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2.07.2007

EUROPA QUER BANIR FUMO ATÉ 2009

EUROPA QUER BANIR FUMO ATÉ 2009
UE sugere que países-membros proíbam fumar em locais públicos; amanhã, lei restritiva entra em vigor na França. Em uma das iniciativas mais ambiciosas já feitas contra o cigarro, as autoridades da União Européia (UE) sugerem a proibição do fumo em todos os locais públicos nos 27 países do bloco europeu até 2009. A proposta foi apresentada ontem pela Comissão Européia e prevê a proibição de fumar em locais de trabalho, meios de transporte, hotéis e restaurantes. Segundo as autoridades européias, se a idéia fosse implementada, criaria a primeira região livre de cigarro, pelo menos em locais públicos. Na Europa, 1 em cada 3 pessoas fuma, uma das taxas mais altas do mundo. A idéia de fechar o cerco contra os fumantes está sendo inspirada nos resultados positivos obtidos em países como Irlanda, Malta, Suécia e Escócia, que baniram ou pelo menos restringiram o cigarro em locais públicos para proteger os não fumantes contra a fumaça. Amanhã, será a vez dos franceses aderirem à tendência. Paris dará um ano para que seus restaurantes se adaptem às novas regras restritivas. Inglaterra, Estônia e Finlândia devem adotar as mesmas regras até meados deste ano e Portugal estuda medidas (veja outros exemplos ao lado). Por enquanto, a proposta da UE não passa de uma sugestão feita pelas autoridades de Saúde do bloco para que um debate seja iniciado e governos iniciem consultas públicas. Mas, para observadores na Organização Mundial da Saúde (OMS), a proposta mostra que há um crescente apoio contra o fumo no continente. PARAÍSO PARA OS FUMANTES - A UE quer que o projeto seja implementado nos 27 países em apenas dois anos. Um dos principais obstáculos para que a proposta ganhe apoio político vem da Alemanha, que preside a UE até meados do ano. O país é hoje um dos maiores centros de produção de cigarro no mundo desenvolvido e considerado mesmo dentro da Europa como um "paraíso" para os fumantes. A seu favor, a UE afirma que conta com o apoio de 80% dos cidadãos europeus que, em um levantamento oficial, indicaram que seriam favoráveis às proibições em locais de trabalho e recintos públicos fechados. O comissário de Saúde da Europa, Markos Kyprianou, deixou claro seu objetivo: acabar com a idéia de que fumar é algo normal e aceitável na sociedade. Segundo ele, 79 mil pessoas morrem por ano na Europa em conseqüência de trabalharem ou freqüentarem locais em que precisam conviver com fumantes. A taxa de mortalidade entre adultos que convivem parte do seu dia com a fumaça dos cigarros é 15% superior ao restante da população. Mesmo sem nunca ter fumado, quem vive perto de um fumante tem 30% a mais de chance de adquirir doenças cardíacas. As chances de desenvolver um câncer de pulmão aumentam em 20%. Atualmente, cerca de um terço dos 480 milhões de habitantes da Europa fuma. A taxa chega a 38% entre os homens e 23% entre as mulheres. Com a proposta feita ontem, a Comissão Européia espera começar um debate para "proteger as gerações atuais e futuras do grave problema de saúde pública que é o fumo, além de criar um ambiente que desencoraje os jovens a começar a fumar. Outras medidas previstas ainda são as de restringir a publicidade de cigarros e proibir patrocínio de eventos por empresas de cigarro. Médicos consideraram a proposta da UE positiva, mas advertiram que é necessário também oferecer condições de os fumantes abandonarem o vício. O vice-presidente do Comitê Permanente de Médicos Europeus (CPME), Alexander Macara, reforçou que "os membros da UE têm a obrigação moral de complementar a legislação antitabaco com uma política efetiva de apoio aos que queiram parar de fumar". MAU EXEMPLO - Na Itália, ao contrário de outros países que baniram o fumo de locais públicos, aumentou o consumo de cigarros em 2006. Nem a elevação de impostos ( 0,20 por maço) impediu o crescimento nas vendas, após três anos consecutivos de queda. No ano passado, os italianos fumaram cerca de 1 milhão de quilos de cigarros a mais que em 2005, quando o país se tornou um dos primeiros na Europa a ter leis restritivas. Uma das hipóteses para o aumento está relacionada ao clima. Com um outono mais ameno, os italianos teriam passado mais tempo ao ar livre, fumando livremente. Além disso, bares e restaurantes teriam adaptado áreas para fumantes em ambientes abertos. ONDE HÁ REGRAS - Irlanda: O fumo é proibido em locais de trabalho e em bares e restaurantes que não tenham áreas específicas para fumantes. Quartos de hotel, prisões e hospitais psiquiátricos estão livres da proibição; Malta: O fumo é proibido em lugares fechados públicos e privados. Nos ambientes de trabalho, para que seja permitido, deve existir fumódromo; Áustria: Não é permitido fumar em escolas, universidades e no transporte público. Com exceção da área hospitalar, o fumo é permitido nos ambientes de trabalho, em área específica para tal; Inglaterra: No meio do ano deverá entrar em vigor uma lei que proíbe o cigarro em escritórios, pubs e restaurantes. Teoricamente, todos os lugares públicos fechados também deverão banir o fumo a partir dessa data; Alemanha: O país ainda resiste a uma lei mais severa, mas o fumo é proibido em prédios públicos. O governo espera concluir até março um acordo para proibir o tabaco em outros locais, como bares e restaurantes; Espanha: A lei proíbe fumo em bares e restaurantes com área superior a 100 m2. Os menores deverão ter áreas separadas; França: A partir de 1º de fevereiro será proibido fumar em escritórios, lojas, escolas e hospitais. Restaurantes terão até janeiro de 2008 para se adaptar. Nesses locais, só será permitido em ambientes projetados para contar fumaça; Itália, Escócia e Suécia: O fumo é proibido em locais de trabalho e restaurantes, mas permitido em locais onde a fumaça fique isolada de outros ambientes. - Jamil Chade, correspondente, GENEBRA - Fonte: Estado de São PauloATÉ 2009

UE sugere que países-membros proíbam fumar em locais públicos; amanhã, lei restritiva entra em vigor na França. Em uma das iniciativas mais ambiciosas já feitas contra o cigarro, as autoridades da União Européia (UE) sugerem a proibição do fumo em todos os locais públicos nos 27 países do bloco europeu até 2009. A proposta foi apresentada ontem pela Comissão Européia e prevê a proibição de fumar em locais de trabalho, meios de transporte, hotéis e restaurantes. Segundo as autoridades européias, se a idéia fosse implementada, criaria a primeira região livre de cigarro, pelo menos em locais públicos. Na Europa, 1 em cada 3 pessoas fuma, uma das taxas mais altas do mundo. A idéia de fechar o cerco contra os fumantes está sendo inspirada nos resultados positivos obtidos em países como Irlanda, Malta, Suécia e Escócia, que baniram ou pelo menos restringiram o cigarro em locais públicos para proteger os não fumantes contra a fumaça. Amanhã, será a vez dos franceses aderirem à tendência. Paris dará um ano para que seus restaurantes se adaptem às novas regras restritivas. Inglaterra, Estônia e Finlândia devem adotar as mesmas regras até meados deste ano e Portugal estuda medidas (veja outros exemplos ao lado). Por enquanto, a proposta da UE não passa de uma sugestão feita pelas autoridades de Saúde do bloco para que um debate seja iniciado e governos iniciem consultas públicas. Mas, para observadores na Organização Mundial da Saúde (OMS), a proposta mostra que há um crescente apoio contra o fumo no continente. PARAÍSO PARA OS FUMANTES - A UE quer que o projeto seja implementado nos 27 países em apenas dois anos. Um dos principais obstáculos para que a proposta ganhe apoio político vem da Alemanha, que preside a UE até meados do ano. O país é hoje um dos maiores centros de produção de cigarro no mundo desenvolvido e considerado mesmo dentro da Europa como um "paraíso" para os fumantes. A seu favor, a UE afirma que conta com o apoio de 80% dos cidadãos europeus que, em um levantamento oficial, indicaram que seriam favoráveis às proibições em locais de trabalho e recintos públicos fechados. O comissário de Saúde da Europa, Markos Kyprianou, deixou claro seu objetivo: acabar com a idéia de que fumar é algo normal e aceitável na sociedade. Segundo ele, 79 mil pessoas morrem por ano na Europa em conseqüência de trabalharem ou freqüentarem locais em que precisam conviver com fumantes. A taxa de mortalidade entre adultos que convivem parte do seu dia com a fumaça dos cigarros é 15% superior ao restante da população. Mesmo sem nunca ter fumado, quem vive perto de um fumante tem 30% a mais de chance de adquirir doenças cardíacas. As chances de desenvolver um câncer de pulmão aumentam em 20%. Atualmente, cerca de um terço dos 480 milhões de habitantes da Europa fuma. A taxa chega a 38% entre os homens e 23% entre as mulheres. Com a proposta feita ontem, a Comissão Européia espera começar um debate para "proteger as gerações atuais e futuras do grave problema de saúde pública que é o fumo, além de criar um ambiente que desencoraje os jovens a começar a fumar. Outras medidas previstas ainda são as de restringir a publicidade de cigarros e proibir patrocínio de eventos por empresas de cigarro. Médicos consideraram a proposta da UE positiva, mas advertiram que é necessário também oferecer condições de os fumantes abandonarem o vício. O vice-presidente do Comitê Permanente de Médicos Europeus (CPME), Alexander Macara, reforçou que "os membros da UE têm a obrigação moral de complementar a legislação antitabaco com uma política efetiva de apoio aos que queiram parar de fumar". MAU EXEMPLO - Na Itália, ao contrário de outros países que baniram o fumo de locais públicos, aumentou o consumo de cigarros em 2006. Nem a elevação de impostos ( 0,20 por maço) impediu o crescimento nas vendas, após três anos consecutivos de queda. No ano passado, os italianos fumaram cerca de 1 milhão de quilos de cigarros a mais que em 2005, quando o país se tornou um dos primeiros na Europa a ter leis restritivas. Uma das hipóteses para o aumento está relacionada ao clima. Com um outono mais ameno, os italianos teriam passado mais tempo ao ar livre, fumando livremente. Além disso, bares e restaurantes teriam adaptado áreas para fumantes em ambientes abertos. ONDE HÁ REGRAS - Irlanda: O fumo é proibido em locais de trabalho e em bares e restaurantes que não tenham áreas específicas para fumantes. Quartos de hotel, prisões e hospitais psiquiátricos estão livres da proibição; Malta: O fumo é proibido em lugares fechados públicos e privados. Nos ambientes de trabalho, para que seja permitido, deve existir fumódromo; Áustria: Não é permitido fumar em escolas, universidades e no transporte público. Com exceção da área hospitalar, o fumo é permitido nos ambientes de trabalho, em área específica para tal; Inglaterra: No meio do ano deverá entrar em vigor uma lei que proíbe o cigarro em escritórios, pubs e restaurantes. Teoricamente, todos os lugares públicos fechados também deverão banir o fumo a partir dessa data; Alemanha: O país ainda resiste a uma lei mais severa, mas o fumo é proibido em prédios públicos. O governo espera concluir até março um acordo para proibir o tabaco em outros locais, como bares e restaurantes; Espanha: A lei proíbe fumo em bares e restaurantes com área superior a 100 m2. Os menores deverão ter áreas separadas; França: A partir de 1º de fevereiro será proibido fumar em escritórios, lojas, escolas e hospitais. Restaurantes terão até janeiro de 2008 para se adaptar. Nesses locais, só será permitido em ambientes projetados para contar fumaça; Itália, Escócia e Suécia: O fumo é proibido em locais de trabalho e restaurantes, mas permitido em locais onde a fumaça fique isolada de outros ambientes. - Jamil Chade, correspondente, GENEBRA - Fonte: Estado de São Paulo

SUÍÇA TESTA NOVA DROGA ANTIINSÔNIA (Droga que imita a ação da Orexina em pacientes com Narcolepsia)

SUÍÇA TESTA NOVA DROGA ANTIINSÔNIA (Droga que imita a ação da Orexina em pacientes com Narcolepsia)
01/02 - Um grupo de pesquisadores que estuda a narcolepsia, doença que faz as pessoas adormecerem subitamente, está transformando o conhecimento que produziu em uma nova maneira de ajudar outro grupo de pessoas: os insones. Em estudo publicado no site da revista Nature Medicine, cientistas de um laboratório suíço relatam como conseguiram reverter o problema ao bloquear a ação de uma molécula chamada orexina no cérebro de animais e pessoas. Essa substância é importante para manter o estado de vigília, e é uma molécula ausente no cérebro dos narcolépticos. Por isso, os portadores dessa doença não conseguem dormir e acordar em ciclos normais. É um mal que afeta uma em cada 2.200 pessoas, aproximadamente, de acordo com um levantamento feito nos EUA. A equipe que publicou o estudo, liderada por François Jenck, do laboratório suíço Actelion, conseguiu produzir uma droga antiinsônia que imita a ação da orexina em pacientes de narcolepsia. O medicamento foi testado em roedores e cães, e testes clínicos já foram feitos em humanos para determinar a segurança e a eficácia da droga, afirma Roland Haelfi, assessor de relações públicas da Actelion. Estudos estão sendo feitos agora para avaliar a dosagem ideal para o medicamento. Até o fim deste ano, a Actelion deve iniciar um ensaio clínico de fase 3 - uma avaliação mais detalhada da ação da droga -, que permitiria ao laboratório pedir licença para começar a vendê-la. Os cientistas preferem não especular sobre quando a droga pode chegar ao mercado, mas estudos de fase 3 costumam levar alguns anos. Fonte: Jornal de Brasília(Droga que imita a ação da Orexina em pacientes com Narcolepsia)

01/02 - Um grupo de pesquisadores que estuda a narcolepsia, doença que faz as pessoas adormecerem subitamente, está transformando o conhecimento que produziu em uma nova maneira de ajudar outro grupo de pessoas: os insones. Em estudo publicado no site da revista Nature Medicine, cientistas de um laboratório suíço relatam como conseguiram reverter o problema ao bloquear a ação de uma molécula chamada orexina no cérebro de animais e pessoas. Essa substância é importante para manter o estado de vigília, e é uma molécula ausente no cérebro dos narcolépticos. Por isso, os portadores dessa doença não conseguem dormir e acordar em ciclos normais. É um mal que afeta uma em cada 2.200 pessoas, aproximadamente, de acordo com um levantamento feito nos EUA. A equipe que publicou o estudo, liderada por François Jenck, do laboratório suíço Actelion, conseguiu produzir uma droga antiinsônia que imita a ação da orexina em pacientes de narcolepsia. O medicamento foi testado em roedores e cães, e testes clínicos já foram feitos em humanos para determinar a segurança e a eficácia da droga, afirma Roland Haelfi, assessor de relações públicas da Actelion. Estudos estão sendo feitos agora para avaliar a dosagem ideal para o medicamento. Até o fim deste ano, a Actelion deve iniciar um ensaio clínico de fase 3 - uma avaliação mais detalhada da ação da droga -, que permitiria ao laboratório pedir licença para começar a vendê-la. Os cientistas preferem não especular sobre quando a droga pode chegar ao mercado, mas estudos de fase 3 costumam levar alguns anos. Fonte: Jornal de Brasília

ANVISA PROIBIU E DEPOIS LIBEROU ( Ponstan e Feldene)

PROIBIU E DEPOIS LIBEROU (ANVISA com Ponstan e Feldene)
01/02 - Anvisa suspende venda e consumo dos remédios Ponstan e Feldene e, 48 horas depois, volta atrás. Medida surpreende farmacêuticos. Uma decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que suspendeu dois remédios confundiu pacientes e donos de farmácias. Na segunda-feira, o órgão do Ministério da Saúde determinou que todas as caixas do medicamento Ponstan, indicado para alívio de cefaléia, dores musculares, reumáticas e cólicas menstruais, fossem retiradas das prateleiras. Quarenta e oito horas depois, decidiu que o medicamento, fabricado pela Pfizer, poderia voltar a ser vendido. Na portaria, publicada no Diário Oficial da União, a Anvisa também proibia o laboratório de importar o antiinflamatório Feldene SL, comercializado no Brasil há mais de 20 anos. Faltou, porém, esclarecer que, no caso do Feldene, a venda não estava vetada. A Pfizer apenas não poderia mais importar o remédio da inglesa Cardinal Health UK 416, que o fabrica. Procurada na manhã de ontem pelo Correio, a assessoria de imprensa da Anvisa chegou a recomendar que os usuários do medicamento parassem de tomá-lo imediatamente e procurassem um médico para trocá-lo por outro com o mesmo princípio ativo. No mercado, há 23 genéricos do produto. No final da tarde, a Anvisa informou, por nota, que o Feldene SL poderia ser vendido e que não era necessário interromper o uso do remédio. Ressaltou que a suspensão refere-se apenas à importação do produto. Com o recuo da agência, o uso do Ponstan também foi liberado. Nas drogarias de Brasília, porém, quem precisou comprar o remédio teve dificuldade. Os comerciantes entenderam que a venda do medicamento estava suspensa e recolheram todas as caixas das prateleiras. Uma das maiores redes do Distrito Federal, que tem 24 lojas em Brasília, mandou todo o estoque disponível do produto para Aparecida de Goiânia (GO), sede da empresa. Na 302 Sul, a "rua das farmácias", os comerciantes contaram que foram avisados da decisão pela Anvisa na segunda-feira e, desde então, tiraram o medicamento das prateleiras. O gerente de uma rede de drogarias, que pediu para não ser identificado, contou que o antiinflamatório importado pela Pfizer costuma vender bastante. "Ele é solúvel, mais fácil de tomar e não agride o estômago", disse. Na quadra comercial, o Feldene SL só era encontrado em uma das 30 lojas de uma rede de drogarias. "Não recebemos comunicações sobre o Feldene. Só vamos retirá-lo se houver notificação", disse um funcionário da drogaria. Em nota oficial, o diretor-médico da Pfizer Brasil, João Fittipaldi, ressaltou "que não há qualquer problema de qualidade ou eficácia relacionado ao Feldene SL. A Pfizer reafirma seu compromisso no cumprimento das normas de qualidade na produção de seus medicamentos", concluiu. MOTIVO - A justificativa da Anvisa para a suspensão "relâmpago" da venda e uso do Ponstan foi a metodologia usada na fabricação do produto. O laboratório usava um procedimento até então desconhecido pelo Ministério da Saúde para secar o remédio e fazer a granulagem (junção das partículas que formam o comprimido). Ontem, os técnicos da Anvisa analisaram o método e o aprovaram. A análise da metodologia aconteceu em tempo recorde: inicialmente, o órgão afirmou que demoraria pelo menos 15 dias para fazer um laudo sobre o remédio. Segundo Fittipaldi, o Ponstan, que está no Brasil desde 1966, foi adquirido pela empresa em 2000. Antes, o produto era fabricado por outro laboratório. "Quando ocorreu a transferência da produção do medicamento para a Pfizer, em 2004, foi solicitada à Anvisa uma alteração do local de fabricação, devidamente aprovada pela agência", afirmou, em nota. Em relação ao Feldene, a alegação da Anvisa para suspender a importação é de que o remédio é fabricado na Inglaterra, país que não teria os mesmos cuidados na produção de medicamentos exigidos no Brasil. O Ministério da Saúde, por exemplo, determina que as fábricas tenham uma linha de produção para cada remédio. Já os laboratórios ingleses podem fabricar vários medicamentos ao mesmo tempo. Como a diferença é de procedimentos de fabricação, o produto só poderá voltar a ser vendido no Brasil quando a linha de produção inglesa for adequada à legislação nacional. Não há como prever em quanto tempo isso acontecerá. O laboratório inglês também não se manifestou se tem interesse em modificar a estrutura de produção para continuar exportando para o Brasil. O Feldene e o Ponstan não foram os únicos remédios suspensos pela Anvisa neste ano. No início de janeiro, a agência determinou o fim da fabricação, distribuição, do comércio e do uso de todos os lotes do Mevilip, do Laboris Farmacêutica Ltda. Indicado para diminuir o índice de gorduras na corrente sangüínea, o remédio tinha fórmula diferente da registrada na Anvisa. Em pouco menos de um mês, o órgão de vigilância sanitária suspendeu lotes de outros cinco produtos, incluindo um antiinflamatório (Artinizona 20mg) e um anticoncepcional (Ciclovulon). - Paloma Oliveto, da equipe do Correio - Fonte: Correio Braziliense
01/02 - Anvisa suspende venda e consumo dos remédios Ponstan e Feldene e, 48 horas depois, volta atrás. Medida surpreende farmacêuticos. Uma decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que suspendeu dois remédios confundiu pacientes e donos de farmácias. Na segunda-feira, o órgão do Ministério da Saúde determinou que todas as caixas do medicamento Ponstan, indicado para alívio de cefaléia, dores musculares, reumáticas e cólicas menstruais, fossem retiradas das prateleiras. Quarenta e oito horas depois, decidiu que o medicamento, fabricado pela Pfizer, poderia voltar a ser vendido. Na portaria, publicada no Diário Oficial da União, a Anvisa também proibia o laboratório de importar o antiinflamatório Feldene SL, comercializado no Brasil há mais de 20 anos. Faltou, porém, esclarecer que, no caso do Feldene, a venda não estava vetada. A Pfizer apenas não poderia mais importar o remédio da inglesa Cardinal Health UK 416, que o fabrica. Procurada na manhã de ontem pelo Correio, a assessoria de imprensa da Anvisa chegou a recomendar que os usuários do medicamento parassem de tomá-lo imediatamente e procurassem um médico para trocá-lo por outro com o mesmo princípio ativo. No mercado, há 23 genéricos do produto. No final da tarde, a Anvisa informou, por nota, que o Feldene SL poderia ser vendido e que não era necessário interromper o uso do remédio. Ressaltou que a suspensão refere-se apenas à importação do produto. Com o recuo da agência, o uso do Ponstan também foi liberado. Nas drogarias de Brasília, porém, quem precisou comprar o remédio teve dificuldade. Os comerciantes entenderam que a venda do medicamento estava suspensa e recolheram todas as caixas das prateleiras. Uma das maiores redes do Distrito Federal, que tem 24 lojas em Brasília, mandou todo o estoque disponível do produto para Aparecida de Goiânia (GO), sede da empresa. Na 302 Sul, a "rua das farmácias", os comerciantes contaram que foram avisados da decisão pela Anvisa na segunda-feira e, desde então, tiraram o medicamento das prateleiras. O gerente de uma rede de drogarias, que pediu para não ser identificado, contou que o antiinflamatório importado pela Pfizer costuma vender bastante. "Ele é solúvel, mais fácil de tomar e não agride o estômago", disse. Na quadra comercial, o Feldene SL só era encontrado em uma das 30 lojas de uma rede de drogarias. "Não recebemos comunicações sobre o Feldene. Só vamos retirá-lo se houver notificação", disse um funcionário da drogaria. Em nota oficial, o diretor-médico da Pfizer Brasil, João Fittipaldi, ressaltou "que não há qualquer problema de qualidade ou eficácia relacionado ao Feldene SL. A Pfizer reafirma seu compromisso no cumprimento das normas de qualidade na produção de seus medicamentos", concluiu. MOTIVO - A justificativa da Anvisa para a suspensão "relâmpago" da venda e uso do Ponstan foi a metodologia usada na fabricação do produto. O laboratório usava um procedimento até então desconhecido pelo Ministério da Saúde para secar o remédio e fazer a granulagem (junção das partículas que formam o comprimido). Ontem, os técnicos da Anvisa analisaram o método e o aprovaram. A análise da metodologia aconteceu em tempo recorde: inicialmente, o órgão afirmou que demoraria pelo menos 15 dias para fazer um laudo sobre o remédio. Segundo Fittipaldi, o Ponstan, que está no Brasil desde 1966, foi adquirido pela empresa em 2000. Antes, o produto era fabricado por outro laboratório. "Quando ocorreu a transferência da produção do medicamento para a Pfizer, em 2004, foi solicitada à Anvisa uma alteração do local de fabricação, devidamente aprovada pela agência", afirmou, em nota. Em relação ao Feldene, a alegação da Anvisa para suspender a importação é de que o remédio é fabricado na Inglaterra, país que não teria os mesmos cuidados na produção de medicamentos exigidos no Brasil. O Ministério da Saúde, por exemplo, determina que as fábricas tenham uma linha de produção para cada remédio. Já os laboratórios ingleses podem fabricar vários medicamentos ao mesmo tempo. Como a diferença é de procedimentos de fabricação, o produto só poderá voltar a ser vendido no Brasil quando a linha de produção inglesa for adequada à legislação nacional. Não há como prever em quanto tempo isso acontecerá. O laboratório inglês também não se manifestou se tem interesse em modificar a estrutura de produção para continuar exportando para o Brasil. O Feldene e o Ponstan não foram os únicos remédios suspensos pela Anvisa neste ano. No início de janeiro, a agência determinou o fim da fabricação, distribuição, do comércio e do uso de todos os lotes do Mevilip, do Laboris Farmacêutica Ltda. Indicado para diminuir o índice de gorduras na corrente sangüínea, o remédio tinha fórmula diferente da registrada na Anvisa. Em pouco menos de um mês, o órgão de vigilância sanitária suspendeu lotes de outros cinco produtos, incluindo um antiinflamatório (Artinizona 20mg) e um anticoncepcional (Ciclovulon). - Paloma Oliveto, da equipe do Correio - Fonte: Correio Braziliense

Regulamentação dos medicamentos OTC

FABRICANTES DISCUTEM MUDANÇAS NOS ANÚNCIOS DE MEDICAMENTOS OTC 05/02 - São Paulo, Há mais de um ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vem estudando alterações a serem feitas na regulamentação da propaganda de medicamentos isentos de prescrição médica, os chamados OTC. Esses produtos representam cerca de 30% do mercado farmacêutico total, com faturamento anual na casa dos R$ 6 bilhões ao ano. Entre as propostas em discussão no Ministério da Saúde está a de incluir as contra-indicações dos produtos, tanto na propaganda em televisão, quanto em jornais e revistas. Para avaliar como o consumidor recebe as informações veiculadas nessas propagandas, a Associação Brasileira da Indústria de Medicamentos Isentos de Prescrição (Abimip) encomendou uma pesquisa à Inestra/Ibope - especializada em pesquisa e consultoria para o mercado farmacêutico. O estudo, feito com 400 pessoas na cidade de São Paulo, analisou, entre outros tópicos, os hábitos e comportamento da população em relação aos medicamentos vendidos sem receita médica. Foi avaliado também o grau de informação dos consumidores em relação às mensagens de advertência dos produtos. MENSAGEM NÃO ATINGE ALVO - "Avaliamos apenas as mensagens em vigor atualmente, que alertam para o risco do consumo de medicamentos com ácido acetilsalicílico (AAS), no caso de suspeita de dengue. A pesquisa comprovou que mensagens de advertência na propaganda podem confundir o consumidor", diz o presidente-executivo da Abimip, Aurélio Saez. Segundo ele, a grande maioria dos consumidores (80%) não liga a substância - neste caso, o AAS - à advertência para não consumir em determinada situação. "O momento em que se vê a propaganda não é o mesmo momento em que se faz a compra. Assim, se a mensagem não for clara, ela não será lembrada." Em documento à Anvisa, a Abimip enviou a sugestão de que, na propaganda, seja feita uma advertência genérica, mas educativa, que leve o consumidor a procurar informações, dessa forma conscientizando a população. "Advertências e outras informações importantes deveriam ser colocadas na embalagem. A propaganda, por sua vez, deveria divulgar, por exemplo, a frase: 'Não compre este medicamento antes de ler as advertências nas embalagens'", acrescenta Saez.
SAÍDA É MUDAR EMBALAGEM - Ainda de acordo com o executivo, a indústria prefere mudar as embalagens do que divulgar informações com frases longas, o que acabaria quebrando o ritmo da propaganda. "A proposta é ter uma recomendação genérica e educativa, pois conforme o estudo os consumidores tendem a não comprar medicamentos que não conhecem sem antes buscar informações", argumenta Saez. Segundo a pesquisa, 75% dos consumidores não compram produtos que não conhecem, de propaganda que ouviram ou viram, mesmo servindo para algum problema que eles têm ou costumam ter. Fonte: Gazeta Mercantil