Dica para sua saúde
20 de julho de 2007
Você conhece os ácidos graxos trans? Este é o assunto do momento entre médicos, nutricionistas e a indústria alimentícia. São notícia em revistas, jornais e televisão. Mas por que se fala tanto nos ácidos graxos trans? É o que vamos descobrir agora.
Os ácidos graxos trans (ou gordura trans) são um tipo de gordura formada por processo de hidrogenação natural ou industrial. A hidrogenação natural ocorre em animais ruminantes, assim existem pequenas quantidades desses ácidos graxos em leite e carnes. Já a hidrogenação industrial, é um processo onde os óleos vegetais líquidos são transformadas em gordura sólida à temperatura ambiente. É dessa hidrogenação industrialmente que provém a grande parte dos ácidos graxos trans consumidos diariamente.
As gorduras vegetais hidrogenadas foram criadas para substituir as gorduras animais (ricas em ácidos graxos saturados). São usadas na indústria alimentícia para melhorar a consistência, o sabor e a durabilidade dos alimentos.
Durante muito tempo achava-se que as gorduras trans eram melhores para a saúde, já que eram produzidas a partir de óleos vegetais. Porém, no início da década de 90, quando começaram a surgir os estudos sobre essas gorduras, verificou-se que elas são piores que as gorduras saturadas. De lá pra cá essa teoria só se confirmou.
Os estudos sugerem que o consumo de ácidos graxos trans tem sido associado ao aumento de LDL (o “mal colesterol”) e redução no HDL (o “bom colesterol”). Há evidências de que dietas ricas em ácidos graxos trans podem elevar também as concentrações plasmáticas de triglicérides. Resumindo: ácidos graxos trans fazem mal ao coração.
Os produtos que mais contém ácidos graxos trans na dieta são: gorduras vegetais hidrogenadas, margarinas, biscoitos e bolachas, sorvetes cremosos, batatas fritas de fast food ou congeladas pré-fritas em gordura vegetal hidrogenada, bolos, tortas ou qualquer alimento que contenha gordura vegetal hidrogenada entre seus ingredientes. Por isso a importância de se ler o rótulo de qualquer alimento antes de comprá-lo.
Pensando nisso, a Anvisa criou a RDC 360 de 23 de dezembro de 2003 onde decretou que a partir de 1º de agosto de 2006, todos os rótulos de alimentos industrializados devem informar a quantidade de gordura trans contida no alimento. Com isso, os consumidores agora podem identificar os alimentos ricos nessa gordura e evitar seu consumo, tornando suas escolhas mais saudáveis.
A Organização Mundial da Saúde recomenda que o consumo máximo deste tipo de gordura não ultrapasse 2 gramas por dia. Para se ter uma idéia de como a gordura trans está presente na nossa alimentação, verifique abaixo:
Alimento Porção (medida caseira) Gordura trans (gr)
Biscoito Recheado de Chocolate 2½ biscoitos 1,9
Biscoito Salgado com gergelim 1 pacote (6 unidades) 2,0
Empanado de frango 5 unidades 1,9
Pipoca de microondas "natural" 2½ colheres de sopa 1,1
Podemos verificar que as porções não são grandes e que uma criança consumiria facilmente qualquer alimento da tabela nas porções indicadas. Por isso a importância da observação dos rótulos dos alimentos. Consciente do mal que esse tipo de gordura faz ao coração, a SBC não certifica alimentos que contenham gordura trans ou gordura vegetal hidrogenada. Os consumidores são os responsáveis pelos rumos que a indústria alimentícia toma, portanto esteja consciente da sua participação e cobre das indústrias a criação de produtos que não contenham gordura trans.
Lembre-se: as gorduras trans são extremamente prejudiciais para o seu coração e até hoje não se encontrou nenhum benefício dessa gordura para a saúde. Evitar seu consumo é um grande passo para preservar a saúde!!
webmaster@boaspraticasfarmaceuticas.com.br
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7.26.2007
7.24.2007
Qualidade de vida:ENVELHECIMENTO / REJUVENESCIMENTO
ENVELHECIMENTO / REJUVENESCIMENTO
CORPO COMBATE EVELHECIMENTO POTENCIALIZANDO GENES
20/07 - Potencializar as atividades dos genes de que o corpo humano dispõe de maneira natural pode retardar o envelhecimento e aumentar a longevidade, de acordo com um estudo conduzido pelo Centro Nacional de Pesquisas Oncológicas (CNIO) da Espanha, em relatório publicado na sexta-feira pela revista científica Nature. Os dois genes, denominados p53 e Arf, eram conhecidos até agora por sua possante atividade anticancerígena. "Compreender que relação existe entre o envelhecimento e o câncer pode ajudar no desenvolvimento de novas terapias contra ambos", declarou na terça-feira Manuel Serrano, diretor da pesquisa, em entrevista por telefone. Diversas companhias farmacêuticas já dispõem de medicamentos experimentais que atuam sobre esses genes, e foram desenvolvidos como novas terapias contra o câncer. Pelo menos um deles, da companhia Roche, está sendo testado em pacientes voluntários. Serrano assinala que esses produtos podem ser eficazes para retardar o envelhecimento, ainda que advirta que essa possibilidade não tenha sido investigada. A pesquisa se baseou em estudo de camundongos geneticamente modificados para potenciar a atividade dos genes p53 e Arf. Já que ambos têm atividades muito semelhantes em espécies diferentes de mamíferos, e que os resultados de estudos anteriores conduzidos em camundongos com estes genes foram confirmados posteriormente para seres humanos, os cientistas acreditam que as conclusões do trabalho atual também sejam válidas para a espécie humana. A pesquisa demonstras que os camundongos nos quais a atividade dos genes foi potenciada vivem 16% mais do que os animais do grupo de controle. Traduzida para a espécie humana isso resultaria em aumento da expectativa de vida de 80 para 93 anos. A manipulação genética que prolonga a vida dos camundongos não é legalmente permitida em seres humanos, mas usar medicamentos que produzam o mesmo efeito não estaria sujeito a essa restrição. Essa elevação da longevidade, como demonstram os pesquisadores, é independente do efeito do p53 e do Arf no combate ao câncer. Ao gene p53 -conhecido como guardião do genoma, porque atua como policial que combate as células malfeitoras - é atribuída a ativação de genes antioxidantes, quando detecta pequenos danos causados pelo envelhecimento das células. O p53 também remove do organismo as células que sofrem danos excessivos, como as de tumores, e algumas das afetadas pelo envelhecimento. A pesquisa oferece uma possível explicação para o enigma de por que a longevidade tende a caracteriza algumas famílias e por que algumas pessoas parecem extremamente jovens - ou velhas - para a idade que têm. Uma das chaves parecem ser os genes Arf e p53, mais ativos em certas pessoas - e famílias - do que em outras, e capazes de oferecer proteção natural contra o envelhecimento. - Josep Corbella - Tradução: Paulo Migliacci ME
Fonte: La Vanguardia – Notícias Terra
EMAGRECIMENTO & OBESIDADE
PESO SAUDÁVEL CONTRIBUI PARA LONGEVIDADE, DIZ ESTUDO
19/07 - Manter um peso saudável pode ajudar as pessoas a terem uma vida mais longa ao limitar a exposição do cérebro a insulina, de acordo com cientistas nos Estados Unidos. Um estudo com ratos de laboratório descobriu que a redução dos sinais de insulina dentro das células do cérebro aumenta a longevidade. Em artigo na revista Science, os pesquisadores disseram que adotar estilo de vida e peso saudáveis leva a uma redução dos níveis de insulina em seres humanos e pode ter o mesmo efeito. Segundo especialistas, se isto for comprovado, a insulina será apenas um dos muitos fatores, tais como genes, que influenciam a longevidade. PROTEÍNA IRS2 - Pesquisas anteriores em moscas de frutas e parasitas intestinais sugeriram que reduzir a atividade do hormônio insulina, que regula os níveis de açúcar no sangue, pode aumentar a longevidade. O mais recente estudo examinou os efeitos de uma proteína, IRS2, que transmite os sinais da insulina até o cérebro. Ratos que tinham a metade da proteína tiveram vida 18% mais longa do que os ratos normais. Apesar de ter peso excessivo e altos níveis de insulina, os ratos tinham maior atividade quando ficavam mais velhos, e seu metabolismo de glicose faz lembrar o de ratos mais jovens. Os pesquisadores disseram que os ratos geneticamente modificados viviam mais tempo porque doenças letais, como câncer e problemas cardiovasculares, estão ocorrendo mais tarde por causa da redução do sinal de insulina no cérebro, embora os níveis de insulina em circulação sejam altos. Segundo eles, no futuro, pode ser possível formular drogas que reduzam a atividade do IRS2 para reproduzir o mesmo efeito, embora eles tenham que ser específicos para o cérebro. PROBLEMA DE PESO - O chefe do estudo, Morris White, do Instituto Médico Howard Hughes, em Boston, disse que a forma mais simples de encorajar a longevidade é limitar os níveis de insulina fazendo exercícios e adotando uma dieta alimentar saudável. White disse que a descoberta apresenta "um mecanismo para o que a sua mãe lhe disse quando você estava crescendo - tenha uma boa dieta e faça exercício, para se manter saudável". "Dieta, exercício e peso baixo ajuda os tecidos periféricos sensíveis a insulina." "Isto reduz a quantidade e a duração da secreção de insulina necessária para manter a sua glicose sob controle quando você come." "Assim, o cérebro é exposto a menos insulina." A equipe de pesquisadores agora planeja examinar a possibilidade de ligações entre os sinais de IRS2 e a demência. A demência estaria associada à obesidade e a altos níveis de insulina, de acordo com trabalhos científicos anteriores. Matt Hunt, da organização britânica Diabetes UK, disse: "Este é um estudo interessante pois o trabalho feito com ratos pode sugerir que insulina desempenha um papel no processo de envelhecimento." "Apesar disso, nós estamos examinando várias interações extremamente complexas de genes no cérebro e esta pesquisa não explicou ainda como este mecanismo pode estar funcionando." Hunt disse que a longevidade dos seres humanos vem aumentando, apesar da crescente incidência de obesidade e diabete sugerir que os níveis de insulina no cérebro podem ser apenas um de muitos fatores envolvidos. "Nós saudamos o fato de que este estudo apóia nossa principal mensage, da importância de ter um estilo de vida saudável."
Fonte: BBC Brasil – Notícias Terra
CORPO COMBATE EVELHECIMENTO POTENCIALIZANDO GENES
20/07 - Potencializar as atividades dos genes de que o corpo humano dispõe de maneira natural pode retardar o envelhecimento e aumentar a longevidade, de acordo com um estudo conduzido pelo Centro Nacional de Pesquisas Oncológicas (CNIO) da Espanha, em relatório publicado na sexta-feira pela revista científica Nature. Os dois genes, denominados p53 e Arf, eram conhecidos até agora por sua possante atividade anticancerígena. "Compreender que relação existe entre o envelhecimento e o câncer pode ajudar no desenvolvimento de novas terapias contra ambos", declarou na terça-feira Manuel Serrano, diretor da pesquisa, em entrevista por telefone. Diversas companhias farmacêuticas já dispõem de medicamentos experimentais que atuam sobre esses genes, e foram desenvolvidos como novas terapias contra o câncer. Pelo menos um deles, da companhia Roche, está sendo testado em pacientes voluntários. Serrano assinala que esses produtos podem ser eficazes para retardar o envelhecimento, ainda que advirta que essa possibilidade não tenha sido investigada. A pesquisa se baseou em estudo de camundongos geneticamente modificados para potenciar a atividade dos genes p53 e Arf. Já que ambos têm atividades muito semelhantes em espécies diferentes de mamíferos, e que os resultados de estudos anteriores conduzidos em camundongos com estes genes foram confirmados posteriormente para seres humanos, os cientistas acreditam que as conclusões do trabalho atual também sejam válidas para a espécie humana. A pesquisa demonstras que os camundongos nos quais a atividade dos genes foi potenciada vivem 16% mais do que os animais do grupo de controle. Traduzida para a espécie humana isso resultaria em aumento da expectativa de vida de 80 para 93 anos. A manipulação genética que prolonga a vida dos camundongos não é legalmente permitida em seres humanos, mas usar medicamentos que produzam o mesmo efeito não estaria sujeito a essa restrição. Essa elevação da longevidade, como demonstram os pesquisadores, é independente do efeito do p53 e do Arf no combate ao câncer. Ao gene p53 -conhecido como guardião do genoma, porque atua como policial que combate as células malfeitoras - é atribuída a ativação de genes antioxidantes, quando detecta pequenos danos causados pelo envelhecimento das células. O p53 também remove do organismo as células que sofrem danos excessivos, como as de tumores, e algumas das afetadas pelo envelhecimento. A pesquisa oferece uma possível explicação para o enigma de por que a longevidade tende a caracteriza algumas famílias e por que algumas pessoas parecem extremamente jovens - ou velhas - para a idade que têm. Uma das chaves parecem ser os genes Arf e p53, mais ativos em certas pessoas - e famílias - do que em outras, e capazes de oferecer proteção natural contra o envelhecimento. - Josep Corbella - Tradução: Paulo Migliacci ME
Fonte: La Vanguardia – Notícias Terra
EMAGRECIMENTO & OBESIDADE
PESO SAUDÁVEL CONTRIBUI PARA LONGEVIDADE, DIZ ESTUDO
19/07 - Manter um peso saudável pode ajudar as pessoas a terem uma vida mais longa ao limitar a exposição do cérebro a insulina, de acordo com cientistas nos Estados Unidos. Um estudo com ratos de laboratório descobriu que a redução dos sinais de insulina dentro das células do cérebro aumenta a longevidade. Em artigo na revista Science, os pesquisadores disseram que adotar estilo de vida e peso saudáveis leva a uma redução dos níveis de insulina em seres humanos e pode ter o mesmo efeito. Segundo especialistas, se isto for comprovado, a insulina será apenas um dos muitos fatores, tais como genes, que influenciam a longevidade. PROTEÍNA IRS2 - Pesquisas anteriores em moscas de frutas e parasitas intestinais sugeriram que reduzir a atividade do hormônio insulina, que regula os níveis de açúcar no sangue, pode aumentar a longevidade. O mais recente estudo examinou os efeitos de uma proteína, IRS2, que transmite os sinais da insulina até o cérebro. Ratos que tinham a metade da proteína tiveram vida 18% mais longa do que os ratos normais. Apesar de ter peso excessivo e altos níveis de insulina, os ratos tinham maior atividade quando ficavam mais velhos, e seu metabolismo de glicose faz lembrar o de ratos mais jovens. Os pesquisadores disseram que os ratos geneticamente modificados viviam mais tempo porque doenças letais, como câncer e problemas cardiovasculares, estão ocorrendo mais tarde por causa da redução do sinal de insulina no cérebro, embora os níveis de insulina em circulação sejam altos. Segundo eles, no futuro, pode ser possível formular drogas que reduzam a atividade do IRS2 para reproduzir o mesmo efeito, embora eles tenham que ser específicos para o cérebro. PROBLEMA DE PESO - O chefe do estudo, Morris White, do Instituto Médico Howard Hughes, em Boston, disse que a forma mais simples de encorajar a longevidade é limitar os níveis de insulina fazendo exercícios e adotando uma dieta alimentar saudável. White disse que a descoberta apresenta "um mecanismo para o que a sua mãe lhe disse quando você estava crescendo - tenha uma boa dieta e faça exercício, para se manter saudável". "Dieta, exercício e peso baixo ajuda os tecidos periféricos sensíveis a insulina." "Isto reduz a quantidade e a duração da secreção de insulina necessária para manter a sua glicose sob controle quando você come." "Assim, o cérebro é exposto a menos insulina." A equipe de pesquisadores agora planeja examinar a possibilidade de ligações entre os sinais de IRS2 e a demência. A demência estaria associada à obesidade e a altos níveis de insulina, de acordo com trabalhos científicos anteriores. Matt Hunt, da organização britânica Diabetes UK, disse: "Este é um estudo interessante pois o trabalho feito com ratos pode sugerir que insulina desempenha um papel no processo de envelhecimento." "Apesar disso, nós estamos examinando várias interações extremamente complexas de genes no cérebro e esta pesquisa não explicou ainda como este mecanismo pode estar funcionando." Hunt disse que a longevidade dos seres humanos vem aumentando, apesar da crescente incidência de obesidade e diabete sugerir que os níveis de insulina no cérebro podem ser apenas um de muitos fatores envolvidos. "Nós saudamos o fato de que este estudo apóia nossa principal mensage, da importância de ter um estilo de vida saudável."
Fonte: BBC Brasil – Notícias Terra
7.22.2007
MEDICAMENTOS: Aspectos sobre automedicação , legislação, falsificação, propaganda e publicidade
MEDICAMENTOS: Aspectos sobre automedicação , legislação, falsificação, propaganda e publicidade
Antonio Celso Brandão
"A automedicação é definida como o uso de medicamentos sem prescrição médica, na qual o próprio paciente decide qual medicamento utilizar. Inclui-se nesta designação genérica a prescrição (ou orientação) de medicamentos por pessoas não habilitadas, como amigos, familiares ou balconistas de farmácia, nesses casos também considerados exercício ilegal da Medicina." (BORTOLI et al., 1998). No Brasil, de acordo com a ABIFARMA (Associação Brasileira das Indústrias Farmacêuticas) cerca de 80 milhões de pessoas é adepta da automedicação (IVANNISSEVICH, 1994). Estes dados são preocupantes, pois em um país como o Brasil, onde o acesso aos serviços de saúde pública é difícil, o nível de instrução e escolaridade são baixos, onde há carência de informação à população, se instalou uma verdadeira selva terapêutica caracterizada pelo elevado número de especialidades farmacêuticas e pela deturpada consciência acerca dos medicamentos e da farmacoterapia, os riscos da prática da automedicação são potencializados sinergicamente.
A legislação brasileira classifica os medicamentos comercializados em três categorias
•medicamentos com tarja vermelha na embalagem – são aqueles que necessitam de receita médica para compra;
•medicamentos com tarja preta na embalagem são aqueles cuja receita médica é retida depois da compra;
•medicamentos sem tarja – são aqueles que podem ser comprados livremente.
De acordo com a OMS, os riscos da automedicação são :
•diagnosticar a doença incorretamente;escolher uma terapia inadequada;
•retardar o reconhecimento da doença, com a possibilidade de agravá-la;
•tomar medicamentos de modo errado;
•usar uma dosagem insuficiente ou excessiva;
•utilizar o medicamento por período curto ou prolongado demais;
•tornar-se dependente do medicamento;
•possibilitar o aparecimento de efeitos indesejáveis graves;
•não reconhecer riscos farmacológicos especiais;
•desconhecer as possíveis interações com outros medicamentos;
•possibilitar o aparecimento de reações alérgicas.
A maioria das pessoas que se automedicam ignora o fato de que determinadas substâncias usadas indiscriminadamente podem provocar condições fisiológicas não esperadas do organismo.
As estatísticas americanas têm demonstrado que a incidência de Reações Adversas a Medicamentos (RAM) pode chegar até 20 % dos pacientes internados, sendo até maior para aqueles em tratamento com múltiplas drogas, e de 5 a 20 % dos pacientes ambulatoriais. Se aplicadas tais taxas à população de São Paulo e considerando somente as internações e atendimentos ambulatoriais que se estima foram feitos pelo SUS pode-se chegar a estupenda cifra de 5.620.000 casos em geral e 46.000 internações devidas exclusivamente às iatrogenias.
O problema pode ser muito mais grave pois a venda de medicamentos é ainda pouco controlada e a prevalente automedicação leva não só ao aumento do número de RAM bem como do grau de nocividade. O custo social e econômico desta situação é com certeza muito elevado embora ainda não tenha sido medido aumento especifico.
Apesar de não haver dados exatos sobre o problema, sabe-se que a falsificação de medicamentos afeta indiscriminadamente países desenvolvidos e em desenvolvimento. O aumento do comércio internacional e a possibilidade de transações comerciais pela internet impõem a necessidade de maior cooperação entre os países, que devem promover a troca de informações de forma rápida e oportuna e adotar medidas comuns de prevenção e combate aos medicamentos falsificados.
O uso de medicamentos falsificados ou de má qualidade pode resultar em ineficiência de tratamentos médicos, no caso de os pacientes não receberem a quantidade necessária do princípio ativo, ou em sérios danos à saúde, quando os produtos são adulterados ou produzidos deliberadamente com substâncias tóxicas inadequadas.
Fatores que, segundo a OMS, contribuem para a proliferação dos medicamentos falsificados:
Falta de uma legislação adequada, órgãos reguladores nacionais ausentes ou com escasso poder, descumprimento da legislação existente e sanções penais ineficazes, corrupção e conflitos de interesses, oferta de produtos inferior à demanda, altos preços de mercado e cooperação ineficiente entre os interessados diretos.
Quanto às falsificações e ou irregularidades nos medicamentos a OMS agrupa em seis categorias:
•Medicamentos sem principio ativo.
•Quantidade incorreta de principio ativo.
•Principio ativo errado.
•Quantidade de principio ativo correta mais com
embalagem falsa.
•Cópia de um produto original.
•Produto com alto grau de impureza ou
contaminantes.
Propaganda e Publicidade de Medicamentos :
Este é um problema que envolve implicações no campo de saúde pública, com vieses econômicos e éticos. A mensagem publicitária sobre os medicamentos pode educar ou deseducar, formar opinião ou agredi-la, ser moral ou imoral, sugerir condutas de ordem social, influir na procura, nos preços e nos mercados. O Estado tem o direito e o dever de regular a qualidade da informação sobre medicamentos que poderão afetar a saúde do consumidor. Medicamento com exigência à prescrição médica ou odontológica ( Lei 6360 art.58 § 1°) a propaganda ficará restritas a publicações que se destinem a médicos, cirurgiões dentistas e farmacêuticos.
Os medicamentos cuja venda independam de receita médica deverão enquadrar-se nas exigências do Ministério da Saúde. O Código de Defesa do Consumidor coíbe a propaganda enganosa (que contém informações falsas) e Abusiva quando gerar discriminação, provocar violência, explorar o medo e a superstição, aproveitar a falta de experiência da criança e desrespeitar valores ambientais.
Medicamentos vendidos pela INTERNET exige que os paises membros da comunidade internacional se comprometam através de princípios de auto-regulamentação estabelecidos pela OMS.
Texto retirado do seminário de medicamentos do curso de especialização de Portos Aeroportos e Fronteiras do Instituto de Saúde Coletiva da UFBA
Antonio Celso Brandão
"A automedicação é definida como o uso de medicamentos sem prescrição médica, na qual o próprio paciente decide qual medicamento utilizar. Inclui-se nesta designação genérica a prescrição (ou orientação) de medicamentos por pessoas não habilitadas, como amigos, familiares ou balconistas de farmácia, nesses casos também considerados exercício ilegal da Medicina." (BORTOLI et al., 1998). No Brasil, de acordo com a ABIFARMA (Associação Brasileira das Indústrias Farmacêuticas) cerca de 80 milhões de pessoas é adepta da automedicação (IVANNISSEVICH, 1994). Estes dados são preocupantes, pois em um país como o Brasil, onde o acesso aos serviços de saúde pública é difícil, o nível de instrução e escolaridade são baixos, onde há carência de informação à população, se instalou uma verdadeira selva terapêutica caracterizada pelo elevado número de especialidades farmacêuticas e pela deturpada consciência acerca dos medicamentos e da farmacoterapia, os riscos da prática da automedicação são potencializados sinergicamente.
A legislação brasileira classifica os medicamentos comercializados em três categorias
•medicamentos com tarja vermelha na embalagem – são aqueles que necessitam de receita médica para compra;
•medicamentos com tarja preta na embalagem são aqueles cuja receita médica é retida depois da compra;
•medicamentos sem tarja – são aqueles que podem ser comprados livremente.
De acordo com a OMS, os riscos da automedicação são :
•diagnosticar a doença incorretamente;escolher uma terapia inadequada;
•retardar o reconhecimento da doença, com a possibilidade de agravá-la;
•tomar medicamentos de modo errado;
•usar uma dosagem insuficiente ou excessiva;
•utilizar o medicamento por período curto ou prolongado demais;
•tornar-se dependente do medicamento;
•possibilitar o aparecimento de efeitos indesejáveis graves;
•não reconhecer riscos farmacológicos especiais;
•desconhecer as possíveis interações com outros medicamentos;
•possibilitar o aparecimento de reações alérgicas.
A maioria das pessoas que se automedicam ignora o fato de que determinadas substâncias usadas indiscriminadamente podem provocar condições fisiológicas não esperadas do organismo.
As estatísticas americanas têm demonstrado que a incidência de Reações Adversas a Medicamentos (RAM) pode chegar até 20 % dos pacientes internados, sendo até maior para aqueles em tratamento com múltiplas drogas, e de 5 a 20 % dos pacientes ambulatoriais. Se aplicadas tais taxas à população de São Paulo e considerando somente as internações e atendimentos ambulatoriais que se estima foram feitos pelo SUS pode-se chegar a estupenda cifra de 5.620.000 casos em geral e 46.000 internações devidas exclusivamente às iatrogenias.
O problema pode ser muito mais grave pois a venda de medicamentos é ainda pouco controlada e a prevalente automedicação leva não só ao aumento do número de RAM bem como do grau de nocividade. O custo social e econômico desta situação é com certeza muito elevado embora ainda não tenha sido medido aumento especifico.
Apesar de não haver dados exatos sobre o problema, sabe-se que a falsificação de medicamentos afeta indiscriminadamente países desenvolvidos e em desenvolvimento. O aumento do comércio internacional e a possibilidade de transações comerciais pela internet impõem a necessidade de maior cooperação entre os países, que devem promover a troca de informações de forma rápida e oportuna e adotar medidas comuns de prevenção e combate aos medicamentos falsificados.
O uso de medicamentos falsificados ou de má qualidade pode resultar em ineficiência de tratamentos médicos, no caso de os pacientes não receberem a quantidade necessária do princípio ativo, ou em sérios danos à saúde, quando os produtos são adulterados ou produzidos deliberadamente com substâncias tóxicas inadequadas.
Fatores que, segundo a OMS, contribuem para a proliferação dos medicamentos falsificados:
Falta de uma legislação adequada, órgãos reguladores nacionais ausentes ou com escasso poder, descumprimento da legislação existente e sanções penais ineficazes, corrupção e conflitos de interesses, oferta de produtos inferior à demanda, altos preços de mercado e cooperação ineficiente entre os interessados diretos.
Quanto às falsificações e ou irregularidades nos medicamentos a OMS agrupa em seis categorias:
•Medicamentos sem principio ativo.
•Quantidade incorreta de principio ativo.
•Principio ativo errado.
•Quantidade de principio ativo correta mais com
embalagem falsa.
•Cópia de um produto original.
•Produto com alto grau de impureza ou
contaminantes.
Propaganda e Publicidade de Medicamentos :
Este é um problema que envolve implicações no campo de saúde pública, com vieses econômicos e éticos. A mensagem publicitária sobre os medicamentos pode educar ou deseducar, formar opinião ou agredi-la, ser moral ou imoral, sugerir condutas de ordem social, influir na procura, nos preços e nos mercados. O Estado tem o direito e o dever de regular a qualidade da informação sobre medicamentos que poderão afetar a saúde do consumidor. Medicamento com exigência à prescrição médica ou odontológica ( Lei 6360 art.58 § 1°) a propaganda ficará restritas a publicações que se destinem a médicos, cirurgiões dentistas e farmacêuticos.
Os medicamentos cuja venda independam de receita médica deverão enquadrar-se nas exigências do Ministério da Saúde. O Código de Defesa do Consumidor coíbe a propaganda enganosa (que contém informações falsas) e Abusiva quando gerar discriminação, provocar violência, explorar o medo e a superstição, aproveitar a falta de experiência da criança e desrespeitar valores ambientais.
Medicamentos vendidos pela INTERNET exige que os paises membros da comunidade internacional se comprometam através de princípios de auto-regulamentação estabelecidos pela OMS.
Texto retirado do seminário de medicamentos do curso de especialização de Portos Aeroportos e Fronteiras do Instituto de Saúde Coletiva da UFBA