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11.13.2010

O que fazer quando o estresse prejudica o desempenho?

É óbvio que a evolução do homem trouxe benefícios significativos para o seu dia a dia. No entanto, isso custou a todos algo: a necessidade de se adaptar constantemente às mais variadas inovações em uma velocidade que chega a impressionar, pois o que é considerado novidade hoje, amanhã pode ser visto por muitos como algo sem valor. Essa aceleração que o ser humano enfrenta leva muitas pessoas a se deparar com o tão temido estresse - considerado por muitos especialistas como um dos males que mais afeta as pessoas. E quando o estresse surge em decorrência do trabalho e o profissional começa a ter sua performance prejudicada, o que deve ser feito seja por ela ou pela própria organização, que não deseja perder um colaborador de talento? Abaixo, listo algumas sugestões que podem ser adotadas por empresas e por qualquer profissional que deseja proteger sua carreira de fatores estressantes.
Dicas para as organizações - É de extremo interesse das organizações acompanha a performance dos colaboradores. Quando esse trabalho é observado, surpresas desagradáveis podem surgir como, por exemplo, um profissional que antes se destacava por sua performance, comprometimento e motivação, está com o desempenho abaixo do esperado. O que fazer?
1 - A estreita e dinâmica relação entre os líderes e os membros das equipes, permite que os gestores identifiquem que um colaborador encontra-se com os primeiros sinais de estresse que podem evoluir e impactar no dia a dia das suas atividades laborais.
2 - A área de Recursos Humanos precisa ficar atenta aos fatores internos que podem criar espaço para a "instalação" do estresse no ambiente organizacional e, consequentemente, encontrar e apresentar soluções para a alta administração.
3 - A comunicação interna ganha importante papel no combate ao estresse, pois através dos canais que a empresa possui (intranet, impressos, reuniões periódicas, murais etc.) um amplo leque para alertar os colaboradores sobre as consequências que o estresse causa ao ser humano, quando se encontra um estágio avançado.
4 - Além dos canais de comunicação interna, as empresas contam com outras ferramentas importantes como, por exemplo, a pesquisa de clima organizacional. Utilizada de forma adequada e focando questões, inclusive, ligadas diretamente aos processos que na qualidade de vida dos profissionais é possível identificar fatores estressantes que coloquem em risco a saúde dos colaboradores e, logicamente, da própria empresa.
5 - Quando a pessoa encontra-se em um grau elevado de estresse, a tendência é que os reflexos sejam observados na sua performance. Diante disso, a avaliação de desempenho também se torna um instrumento de valor para saber o que levou um profissional a declinar na sua produtividade. Vale salientar que durante esse processo, o gestor deve avaliar antecipadamente o percentual de ausência do funcionário e ficar atento para o turnover justificado por licenças médicas.
Dicas para os colaboradores - O estresse no ambiente de trabalho não deve apenas ser combatido pelas organizações, pois os profissionais também podem e precisam se defender desse mal que prejudica tanto a vida pessoal quanto a carreira. Mas, como evitar o estresse?
1 - A prática de esportes é apontada como uma alternativa saudável não apenas para a saúde física como também a emocional. Ao adotar uma determinada modalidade esportiva a pessoa cuida do corpo e encontra oportunidades para eliminar a tensão do dia a dia.
2 - Os momentos com a família ou os amigos nem sempre são valorizados como deveriam. Há quem diga que a falta de tempo não permite visitar uma pessoa querida, ir ao cinema, a um jantar ou mesmo caminhar em um espaço verde. Mas, quando o estresse chega, muitos se arrependem das oportunidades que deixaram passar.
3 - Ir a médico não é o programa preferido, nem daqueles que não curtem uma balada agitada. Mas é preciso saber como vai a saúde, principalmente quando alguns indicadores tornam-se uma constante como, por exemplo, problemas gástricos, enxaquecas periódicas, mau humor constante, insônia, ansiedade, entre outros. Por isso, fazer check-ups regulares é indispensável para profissionais de todas as idades.
4 - Não é fácil lidar com a pressão vivida no ambiente corporativo e conseguir uma boa produtividade que atenda as necessidades da companhia. Para não se afogar no trabalho, se organize e faça uma lista das prioridades. Isso evitará que você ultrapasse o horário de expediente e vire uma máquina.
5 - Se mesmo com um sistema organizado para a realização de atividades o volume de trabalho ultrapassa o seu limite, não esqueça que você é humano e pedir ajuda não diminuirá o seu valor diante do gestor ou dos demais colegas que estão à sua volta. Caso a sua mente sinalize que o alerta está no vermelho e sua vontade é jogar tudo para o alto e correr, em pleno expediente, converse francamente com seu superior e exponha a situação. Sempre é possível encontrar uma solução viável tanto para o colaborador quanto para a empresa.
Patrícia Bispo 

BIOSSEGURANÇA EM LABORATÓRIOS

Materiais biológicos manuseados em laboratórios são, quase sempre, fontes de
contaminações. As Boas Práticas em Laboratório, seguindo as regras da Biossegurança
devem ser adotadas para minimizar a ocorrência de eventuais acidentes, contaminações
ambientais e do corpo técnico operacional.
De acordo com os critérios de patogenicidade os microrganismos podem ser
classificados com base no seu potencial patogênico, para o homem e para os animais, a
saber
Classe de risco 2- (risco individual moderado e risco limitado para a comunidade) –
patógeno capaz de causar doença ao homem ou aos animais, mas que não consiste
em sério risco a quem manipula, à comunidade, aos seres vivos e ao meio ambiente
quando manipulado em condições de contenção.
Classe de risco 3- (elevado risco individual e risco limitado para a comunidade) -
patógeno que geralmente causa doenças graves ao homem ou aos animais e pode
representar sério risco a quem o manipula.
Os laboratórios, de um modo geral, podem ser classificados no nível 2 de
biossegurança, mas trabalhamos com materiais biológicos que podem conter
microrganismos classificados nos níveis 3, e por esta razão necessitamos de
procedimentos adequados para o trabalho no laboratório.
As exposições laboratoriais podem causar contaminações, mas a existência de
medidas eficazes de tratamento e prevenção limita os riscos.
Definições
Aerossóis: Gotas de líquido dispersas no ar.
Amostras biológicas para diagnóstico: são materiais de origem humana ou animal para
análise (como excrementos, secreções, sangue e derivados, tecidos e líquidos orgânicos)
com fins diagnóstico.
Anti-séptico: Agente químico ou físico utilizado para desinfecção de tecido vivo, capaz de
destruir ou inibir o crescimento de micro-organismos na área aplicada.
Descontaminação: Destruição ou remoção (total ou parcial) de microorganismos dos
artigos e superfícies.
Desinfecção: Destruição ou inibição do crescimento de microorganismos patógenos não
esporulados ou em estado vegetativo, de superfícies.
EPIs: Equipamento de proteção individual.
Esterilização: Processo de destruição de todos os microorganismos, incluindo os esporos.
Limpeza: Processo de remoção de sujidade.
Sanitização: Processo destinado à redução da maioria das bactérias patogênicas
presentes.
Procedimento Operacional Padrão – BiossegurançaSubstâncias infectantes: são apresentações que contêm microrganismos viáveis (tais como bactérias, vírus, riquetsias, parasitas, fungos ou microrganismos recombinante, híbrido ou mutante) sabidamente capazes de provocar doença ao homem ou animais.
Treinamentos/Informações
Funcionários e pessoas que têm acesso a área laboratorial estão sujeitos à exposição
ocasional e acidental a microorganismos que pertencem a grupos de risco mais elevados,
portanto, se faz necessária a adoção de planos e normas de segurança, na prevenção de
acidentes e minimização de exposições.

São objetivos da vigilância médica e de saúde do pessoal que trabalha em áreas
de risco por exposição a agentes biológicos: prevenir o aparecimento de doenças profissionais em indivíduos saudáveis, através de exames regulares;
programar, orientar e verificar a realização de imunizações ativas ou passivas para
prevenção e minimização de risco de infecção, quando houver ;
providenciar o diagnóstico precoce dos casos de infecção ocupacional;
avaliar a eficácia de equipamentos e de medidas de proteção e prevenção.
3.2 Normas de vigilância sanitária de funcionários
que têm contato com microrganismos da classe de risco 2
É obrigatória a realização de exames de saúde clínico e laboratorial préadmissionais.
É recomendada a coleta de amostra sorológica para análise comparativa
imediatamente após a exposição.
É necessário manter registro de casos de doenças e faltas.
O funcionário e/ou seu médico têm a responsabilidade de informar a empresa
sobre todas as faltas decorrentes por doenças.
Mulheres em idade fértil precisam ser informadas sobre os riscos de exposição
profissional a microrganismos patógenos. Informar o responsável pelo laboratório,
imediatamente quando estiver gestante e/ou amamentando, para tomada de medidas
preventivas contra possíveis infecções por exposição desnecessária (que coloquem
em risco a saúde da mãe e da criança). Medidas preventivas a serem tomadas para a
proteção do feto variam de acordo com os patógenos aos quais a gestante está
exposta.
EPIs de uso obrigatório
Nas áreas restritas é obrigatório o uso de:
 Máscaras e óculos: na realização de procedimentos em que haja possibilidade de
respingos de sangue ou outros fluidos corpóreos, nas mucosas da boca, nariz e olhos.
 Luvas, aventais de manga longa;
 Calçados fechados de boa aderência ao solo.
Cuidados gerais durante procedimentos em laboratórios
Ter a máxima atenção durante a realização dos procedimentos.
É proibida a pipetagem com a boca.
Nestas áreas é proibido comer, beber, fumar, guardar alimentos ou aplicar produtos
cosméticos.
É proibido levar quaisquer materiais a boca e língua.
Manter as áreas de trabalho limpa, organizada e livre de materiais que não são
usados durante a atividade em execução.
As superfícies de trabalho precisam ser desinfetadas após qualquer derramamento
de material potencialmente perigoso, bem como ao final do expediente.
É obrigatório lavar as mãos antes e após cada manuseio de material químico e
biológico, bem como antes de saírem do laboratório e áreas de produção.
Todos os processos técnicos devem ser realizados de forma a reduzir ao mínimo o
perigo de formação de aerossóis ou de gotículas. Quando houver técnicas de maiores
riscos de formação destes, conduzir o procedimento em capela.
 Durante o trabalho no laboratório, a equipe usará aventais próprios, de uso restrito
nestas áreas. As roupas contaminadas precisam ser desinfetadas com técnica
adequada.
A indumentária para proteção dentro do laboratório não pode ser guardada no
mesmo armário com objetos e vestuário pessoais.
Os óculos de segurança e os protetores de face (visores), assim como outros
dispositivos de proteção, devem ser usados sempre que forem indicados para a
proteção de olhos e face contra os salpicos ou contra o impacto de objetos.
Nas áreas de serviço onde há risco de exposição a agentes infectantes e químicos,
somente será permitida a entrada de pessoas devidamente alertadas sobre os
eventuais perigos e que preencham determinadas condições (vacinações, por ex.).
Durante o trabalho, as portas destas áreas permanecerão fechadas. O acesso de
crianças e animais é proibido.
Manter programa de controle de artrópodes e roedores.
Luvas adequadas ao trabalho serão usadas em todas as atividades que possam
resultar em contato direto com material biológico e químico. Depois de usadas, as
luvas serão removidas em condições assépticas e descartadas em lixo para plásticos
classe 1. Em seguida, lavar as mãos.
Todo lixo classe 1 segue para autoclavação para posterior descarte.
Todo e qualquer derramamento de material, acidente, exposição efetiva ou
possível a materiais infecciosos precisam ser levados imediatamente ao conhecimento
do responsável pelo laboratório.
As áreas de trabalho e armazenamento precisam ser adequadas para acesso a
materiais de modo a evitar o congestionamento de mobiliário, equipamentos e objetos.
 É proibida a colocação de vasos de plantas ornamentais nestes ambientes.
Todo e qualquer agente desinfetante e anti-séptico utilizado precisa ser registrado
na ANVISA e conferido quanto à data de validade.
 Nível de Biossegurança 2 – NB2:
Áreas de manuseio de materiais biológicos são classificadas em Nível de
Biossegurança 2, onde há necessidade de algumas providências preventivas à saber:
Portas de acesso áreas onde ocorra manuseio de material potencialmente
infectante precisam ter Sinalizações com Risco Biológico - Área Restrita.
O acesso ao laboratório deve ser limitado ou restrito de acordo com a definição do
responsável, quando estiver sendo realizado experimento ou procedimentos que
acarretem em risco de exposição.
As superfícies de trabalho devem ser descontaminadas ao menos uma vez ao dia
ou sempre que ocorrer derramamento de material potencialmente infectante.
Todo resíduo líquido ou sólido contaminado deve ser descontaminado ou inativado
antes de ser descartado, assim como todo material ou equipamento que esteve em
contato com agente contaminante.
 Deve-se utilizar dispositivo mecânico para pipetagem, pois é impróprio e arriscado
pipetar com a boca.
Pessoal do laboratório e áreas produtivas, que impliquem em risco de
contaminação, precisam ter treinamento técnico específico no manejo de agentes
patogênicos e ser supervisionados por profissionais de competência técnica.
Procedimentos nos quais exista possibilidade de formação de aerossóis infecciosos
devem ser conduzidos em cabines de segurança biológica ou outro equipamento de
contenção física.
O responsável tem o dever de limitar o acesso ao laboratório. Cabe a ele a
responsabilidade de avaliar cada situação de risco e autorizar quem poderá ter acesso às
áreas de acesso restrito.
Todo o lixo do laboratório deve ser adequadamente descontaminado ou inativado.
 Uma autoclave precisa estar disponível para descontaminação no interior ou
próximo às áreas de risco de modo a permitir a descontaminação de material biológico
previamente de descarte de material classe 1.
Recebimento/Transporte
Transporte Seguro de Amostras e Materiais Infecciosos
É proibida a remessa de substâncias de potencial infectante não identificáveis ou
não marcadas como tais. Tal procedimento pode acarretar perigo para os o serviço de
transporte, e a quem recebe a remessa.
O responsável pela remessa precisa ser treinado, de forma a garantir o manuseio
dentro das normas de biossegurança, bem como acondicionar e identificar o material
evitando eventuais acidentes.
Documentação e embalagem
A documentação que acompanha as remessas de amostras biológicas
potencialmente infectante devem conter: informações de origem, destino, cuidados de
manuseio, alerta de risco e procedimento de emergência em caso de acidente.
A embalagem de transporte precisa ser impermeável, conter material absorvente
envolvendo o recipiente em contato direto com a amostra, envolto em saco plástico.
 Recebimento de material potencialmente
infectante
O responsável pelo recebimento de tais materiais precisa ser treinado quanto à
procedimentos de biossegurança.
Procedimento Operacional Padrão – Biossegurança
O recipiente de transporte somente deve ser aberto para conferência e manuseio de
seu conteúdo em ambiente laboratorial, por profissional paramentado.
Verificar ocorrência de possível vazamento e/ou quebra, para realização de
procedimento de descontaminação e desprezo.
Higienização de Superfícies e Equipamentos:
O quê? Quando Com o que? Como
Chuveiros e lava-olhos
semanalmente Água e sabão
Água corrente
Álcool 70%
Limpeza;
Ligar o sistema e deixar água
limpa correndo por 3 minutos
Passar sobre a superfície edeixar solução em contato por
15 minutos
Aparelhos Semanalmente
Após exposição à material biológico
Pano  ou papel descartável;
Água e sabão;
Álcool a 70%.
Remover a contaminação;
Limpeza;
Passar sobre a superfície e deixar solução em contato por
15 minutos, depois secar com papel absorvente seco
Autoclave Semanalmente Água e Sabão Limpeza mecânica
Banho-maria Semanalmente Água e sabão;
Álcool a 70%.
Retirar a água;
Limpeza;
Passar sobre a superfície e
deixar solução em contato por
15 minutos, depois secar com
papel absorvente seco
Centrífugas Após utilização
Após contaminação com material
biológico
Álcool a 70% Passar sobre a superfície e
deixar solução em contato por
15 minutos, depois secar com
papel absorvente seco
Estufa Mensalmente
Após contaminação com material biológico
Água e sabão;
Álcool a 70%.
Limpeza;
Passar sobre a superfície e
deixar solução em contato por
15 minutos, depois secar com
papel absorvente seco
Cabine de Diariamente Água e sabão; Limpeza mecânica;
Procedimento Operacional Padrão – Biossegurança
a serviço da vida. www.biotecnica.ind.br 6
Fluxo laminar Antes e após o
uso Álcool a 70%. Passar sobre a superfície e
deixar solução em contato por
15 minutos, depois secar com
papel absorvente seco
Filtro de ar condicionado
Mensalmente
Água e sabão;
Solução de hipoclorito
1%
Retirar o filtro;
Limpeza;
Deixar de molho em solução
por 30 minutos, enxaguar,
fazer leve compressão para
remover excesso de água
Recolocar o filtro.
Freezer Mensalmente Água e sabão Transferir o conteúdo para
outro freezer;
Degelar;
Limpeza.
Geladeiras Mensalmente Água e sabão Transferir o conteúdo para
outro freezer;
Degelar;
Limpeza.
Bancadas Diariamente ou após contaminação com material biológico
Pano ou papel descartável;
Álcool a 70%.
Remover a contaminação;
Passar sobre a superfície e
deixar solução em contato por
15 minutos, depois secar com papel absorvente seco
Paredes Trimestralmente Água e sabão. Limpeza.
Pias Diariamente Água e sabão. Limpeza.
Pisos Diariamente ou após contaminação om material biológico
Pano ou papel;
Água e sabão;
Solução de hipoclorito 1%
Remover a contaminação;
Limpeza;
Passar pano embebido na
solução e aguardar 30 minutos
para secagem com pano seco
Lixeiras Semanalmente Água e sabão;
Solução de hipoclorito 5%
Limpeza;
Deixar de molho em solução
por 30 minutos,
enxaguar,secar com material
absorvente.
 Procedimentos usuais de desinfecção:
Álcool a 70%(etanol ou isopropílico):
O álcool a 70% (v/v) é um dos desinfetantes mais empregados no laboratório.
*Utilização: para desinfecção da pele, bancada e equipamentos.
*Procedimento: Após a limpeza com água e sabão deve-se esfregar um pano ou algodão
embedido com a solução de álcool a 70%.
*Tempo de inativação: deixar a superfície a ser descontaminada em contato com a
solução por no mínimo 15 minutos.

*Preparo do Álcool a 70% (v/v):
Etanol a 95º (p/v).........................................................73,7ml
Água destilada q.s.p.....................................................100 ml
Hipoclorito de sódio 1%:
*Utilização: descontaminação de pisos, vidrarias, inativação química de material biológico.
*Procedimento: Após a limpeza com água e sabão deve-se passar pano ou material
absorvente com a solução de hipoclorito 5% no piso, ou submergir vidraria em solução,
garantindo que a solução esteja em contato com toda parede do objeto a ser
descontaminado.
Atenção, para descontaminação de resíduos líquidos e semi-sólidos, colocar hipoclorito
concentrado na proporção de 1 para 19 partes do resíduo em descontaminação.
*Tempo de inativação: deixar em contato a superfície a ser descontaminada por no
mínimo 30 minutos.
Procedimento usual de esterilização
Autoclavação
Procedimento de inativação com calor úmido à alta pressão.
*Utilização: descontaminação de utensílios laboratoriais, bem como descontaminação de
material para descarte.
*Procedimento: 121°C, 1 atm (vide instrução operacional do equipamento).
*Tempo de inativação: mínimo de 15 minutos.
Descarte Materiais que estiveram em contato com amostras potencialmente infectantes devem
ser descontaminados antes de saírem da área de trabalho onde foram manipulados.
Todo material pérfuro-cortante, mesmo que estéril, deve ser desprezado em
recipientes resistentes à perfuração com tampa.
Todos materiais e amostras contaminados precisam ser desinfetados, antes de serem
descartados ou limpos para uso posterior. Devem ser colocados em sacos plásticos à
prova de vazamento e identificados, antes de serem autoclados. Esses sacos devem ser
mantidos em vasilhames de paredes rígidas, laváveis e identificados, colocados em área
restrita.
Condutas em derramamentos e acidentes laboratoriais com material
potencialmente infectante
Em caso de derramamento de material biológico, o local precisa ser imediatamente
identificado com alerta de RISCO e isolado;
Cobrir a área de derramamento completamente com material absorvente e aplicar
solução de hipoclorito concentrado. Após 30(trinta) minutos, deve ser iniciado o
procedimento de limpeza. Utilize material absorvente descartável (toalhas de papel,
compressas de gaze, panos de limpeza) para absorver o derramamento. Se o volume
derramado for grande, pode ser usado material absorvente granulado para absorver o
líquido;
Use luvas (resistentes), avental e proteção facial, proteger os calçados com
material impermeável e descartável;
 Se o derramamento contiver vidro quebrado ou outros objetos, esses devem ser
descartados sem contato manual direto. Podem ser usadas folhas rígidas de cartão ou
pás de lixo plásticas, dotadas de dispositivo para impulsionar os detritos em um recipiente
para os recolher; ou usar pinças. Estas deverão ser descartadas juntamente com os
objetos num recipiente apropriado para material com risco biológico e à prova de
perfurações;
 Se houver a possibilidade de formação de gotas,ex: quebra dentro da centrífuga, o
equipamento deve permanecer fechado durante pelo menos meio hora a fim de permitir
que as gotas assentem, antes de se iniciar a descontaminação;
 Absorver a maior parte do líquido antes da limpeza;
Enxágüe o local do derramamento com água a fim de remover produtos químicos
nocivos ou odores.
Seque o local do derramamento para prevenir escorregões.
Todo material descartável utilizado na descontaminação precisa ser esterilizado
antes de ser descartado.
Acidentes ocupacionais
 Vias de Infecções:
Via aérea: Inalação de aerossóis com soluções ou partículas infectantes que podem se
formar durante a remoção de tampas de tubos de ensaio ou frascos, em pipetagem
rápida, por centrifugação de tubos destampados e/ou por aquecimento rápido.
Oral: Geralmente ocorre por pipetagem com a boca ou o ato de levar a mão ou objetos
contaminados à boca.
Inoculação direta: Picadas acidentais de agulhas, lancetas, cacos de vidro,arranhões ou
cortes podem ser facilmente contaminados por contato com amostras biológicas
infectantes.
Mucosas: Contato direto ou indireto de agente infectante com as mucosas da boca e
olhos.
Procedimento pós exposição a materiais biológicos
Comunicar imediatamente um representante da comissão de Biossegurança ou
responsável pela célula.
Aplicar solução anti-séptica sobre a região exposta ao agente potencialmente
infectante percutânea ou cutânea (PVPI, álcool iodado ou álcool 70%) e na mucosa
oral (clorexidina a 4%), deixando em contato por um tempo mínimo de 15 minutos;
Nas exposições de mucosas e olhos, deve-se lavar exaustivamente com água ou
solução fisiológica;
Atenção: a utilização de soluções irritantes como éter, hipoclorito de sódio ou
glutaraldeído são contra-indicados.
Procedimento Operacional Padrão – Biossegurança
a serviço da vida. www.biotecnica.ind.br 9
Avaliação do Risco de Exposição em caso de acidentes:
Cabe ao responsável e/ou à Comissão de Biossegurança avaliar e classificar a
cada caso de acidente ocorrido em particular o grau de risco e medidas a serem tomadas,
com base em informações técnicas científicas e relato dos envolvidos.
Para a tomada de decisões, é preciso reunir a maior quantidade de informações
possíveis, como:
Definição do tipo de material biológico envolvido;
Gravidade e tipo da exposição;
Identificação ou não do paciente-fonte e de sua condição sorológica anti-HIV,
hepatites, dentre outros;
Os acidentes mais graves, geralmente,são os que envolvem:
a) Maior volume de sangue: Lesões profundas provocadas por material perfuro-cortante,
com presença de sangue visível no instrumento, acidentes com agulhas previamente
utilizadas na veia ou artéria do paciente e acidentes com agulhas de grosso calibre;
b) Maior inoculo viral: representado por pacientes-fonte com infecção pelo HIV/aids em
estágios avançados da doença ou com infecção aguda pelo HIV. São situações que
apresentam viremias elevadas.
Esquematicamente, os aspectos iniciais da exposição e riscos são avaliados a
partir das informações levantadas:
Tipo de exposição
Percutânea
Mucosa
Pele não-íntegra
Mordedura humana
Tipo e quantidade do material biológico (líquido, tecidos)
Sangue
Material biológico contendo sangue
Líquidos e tecidos potencialmente infectantes (sêmen, secreção vaginal, líquor, líq
sinovial, líq pleural, líq peritoneal, líq pericárdico, líq amniótico)
Contato direto com material contendo vírus em grande quantidade
Situação infeccioso da fonte
Presença de HBsAg
Presença de anti-VHC
Presença de anti-HIV
Susceptibilidade do profissional exposto
Situação quanto à vacina contra hepatite B e resposta vacinal
Situação infecção HIV / HBV / HCV CDC, 2001.
Referências Bibliográficas
• Biossegurança em laboratório biomédicos e de microbiologia / Ministério da Saúde,
Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. –
2 ed. – Brasília: Ministério da Saúde, 2004.
• MACHADO, C.M. Rotinas de limpeza, Laboratório de Virologia do IMISP – FMUSP,
SP, 2001.
• Manual de Biossegurança dos Ambulatórios da Faculdade de Odontologia da
PUCRS. Comissão de biossegurança, Porto Alegra, 2006.
• Ministério da Saúde. Coordenação de controle de infecção
• Processamento de Artigos e Superfícies em Estabelecimento de Saúde – 2 ed. –
Brasília, 1994
• SOUZA, M.M. Biossegurança no laboratório clínico. Ed. Eventos, RJ, 1998

Elaboração: Comissão de Biossegurança BioTécnica:
Adelaine França de A. Lorién – Agda Andrade – Baby Maria Ferreira – Roscelli Sette
Silva Maiolini – Shauma Gustavon
Farmacêuticas Bioquímicas

Conheça dez alimentos que ajudam a ganhar músculos

Rio - Quem pratica exercícios sabe a importância de uma alimentação balanceada e dos componentes que favorecem o surgimento de massa muscular. O processo de crescimento dos músculos requer mais do que proteína, já que o levantamento de peso queima muita energia. Por este motivo, a dieta de quem quer conseguir aquela tonificação deve conter também doses saudáveis de carboidratos.

Para ajudar em uma dieta balanceada, o site Askmen selecionou dez alimentos que ajudam a construir massa muscular. Confira a lista que apresenta os dez grandes favoritos para você desfilar um corpo cheio de músculos no verão.

1º Quinoa
É fato que nem todos os homens comem carne, mas como suprir a necessidade de proteínas neste caso? Não precisa procurar mais, pois a quinoa, que é uma planta nativa cheia de grãos, é rica em proteína completa, com todos os nove aminoácidos essenciais ao corpo humano. Este alimento sem glúten é fácil de digerir e é rico em magnésio, fibras e ferro.

2° Amêndoas

Eis outro alimento vegetal que está abastecido por proteínas. Apenas ¼ de xícara de amêndoas contém cerca de 8 gramas de proteínas, 2 gramas a mais do que um ovo. As amêndoas também protegem o coração, pois aumentam o colesterol bom (HDL ) e possuem magnésio. O magnésio é um mineral abundante, que é usado em mais de 300 reações bioquímicas no corpo e é especialmente conhecido por estar envolvido no metabolismo energético e na síntese de proteínas.

3º Queijo Cottage
Pode parecer surpreendente, mas a maioria dos fisiculturistas sérios incluem queijo cottage entre os alimentos mais importantes na construção muscular. Para entender o motivo, basta ler o rótulo do produto. Apenas 1/2 xícara de queijo cottage oferece 14 gramas de proteína em apenas 80 calorias, com menos de 2 gramas de gordura.

4° Ostras
Apesar de não ser o alimento mais conhecido pelos fortões, as ostras estão entre os segredos dos especialistas em fisiculturismo. Apenas 100 gramas de ostras cozidas oferecem mais de 20 gramas de proteína, com apenas cinco gramas de gordura. Ostras também oferecem mais zinco do que qualquer outro alimento. Como o magnésio, o zinco é um mineral que é essencial para a síntese proteica, tornando ostras um alimento importante para o crescimento muscular.

5º Leite com chocolate
Desde jovens, os homens têm sido constantemente alertados sobre a importância do leite. Como o leite é um alimento animal, ele fornece todos os aminoácidos essenciais, com muito pouca gordura (em especial o leite desnatado). Existem diversos suplementos energéticos que levam como princípio o leite e a mistura com chocolate, morango ou baunilha.

6º Carne moída
As carnes vermelhas, como as carnes magras, são uma excelente fonte de proteína. Evitá-las em sua dieta pode ser um erro, pois em apenas 100 gramas de carne moída magra existem mais de 27 gramas de proteína. Embora uma porção também contenha 11 gramas de gordura, o que separa a carne de seus concorrentes são todas as vitaminas e minerais adicionais que ela contém. A carne está repleta de vitamina B12, zinco e ferro - que são importantes para o crescimento muscular e desenvolvimento.

7º Soja

Os benefícios de fortalecimento muscular da soja simplesmente não podem ser comparados a qualquer outra planta. Apenas um copo de soja cozida contém mais de 20 gramas de aminoácidos. A soja também está recheada com outras vitaminas e minerais importantes, tornando esta uma alternativa à carne.

8º Ovos
Rápido e fácil de preparar, os ovos são um componente-chave da dieta de qualquer macho. Cada ovo vem carregado com cerca de 5 gramas de proteína ao custo calórico muito baixo de apenas 60 calorias. Mas não é apenas a quantidade de proteína que faz do ovo um alimento especial, ele também possui um tipo de proteína que é mais facilmente utilizada pelo organismo. Isto significa que a proteína dos ovos são utilizadas de forma mais eficiente para o crescimento muscular.

9º Frango

O frango é o alimento básico de fortalecimento muscular. Uma porção de 100 gramas de carne branca vai fornecer cerca de 31 gramas de proteína, com apenas 4 gramas de gordura. A relação proteína x gordura torna o frango um alimento irresistível, o que faz dele um dos mais importantes na construção muscular.

10º Peixes
Quando se trata de construção muscular, os peixe esmagam a concorrência. Para se ter uma ideia, o salmão é composto de 25% de caloria, além de conter outros nutrientes saudáveis. Ele possui ômega-3 e é uma excelente fonte de vitamina D.
A PRINCIPAL CARACTERÍSTICA DA LIDERANÇA: CONFIANÇA

O "papa" da administração, Peter Drucker:
"A única definição de líder é alguém que possui seguidores. Algumas pessoas são pensadores. Outras, profetas. Os dois papéis são importantes e muito necessários. Mas, sem seguidores, não há líderes."
 O que resulta desta definição é que, para haver seguidores, o líder tem que inspirar confiança, já que sem confiança ninguém segue ninguém.
A confiança é a principal característica que dá suporte à liderança. Alguns denominam esta característica principal de credibilidade. Não muda muito, só o nome.
A confiança representa uma condição, sem a qual, não floresce a liderança. Ou seja, só é líder quem inspira confiança. Esta condição não garante a assunção da liderança, mas garante a base onde ela pode ser construída.
Portanto, qualquer que seja a posição de um líder, em qualquer empresa ou situação, a principal característica desse líder - e de quaisquer outros líderes - é a confiança. Para haver um líder, esse líder tem que inspirar confiança em quem o segue.
A confiança, então tão buscada e desejada, apresenta algumas peculiaridades interessantes, que ajudam na sua formação, apresentadas abaixo:
1. A confiança requer tempo para ser construída.
Não há confiança à primeira vista, o tempo é o adubo que permite crescer a relação de confiança.

2. A confiança é construída um a um.
A confiança se constrói em relações entre duas pessoas. Faça visitas garantindo isonomia de tratamento e construa a confiança.

3. A confiança é uma avenida de duas mãos.
A confiança precisa de duas pessoas e, necessariamente, ser recíproca. Se não há reciprocidade, há problemas de balanceamento no relacionamento.

4. A confiança implica em apreender e aprender com o outro.
Neste mundo de rápidas mudanças as pessoas estão aprendendo, mais e mais rápido, e a relação de confiança necessita constante troca de informações, tanto para equiparar os dois lados da relação de confiança, como para apreender as mudanças que ocorrem com cada um dos lados dessa relação.

5. A confiança tem limites.
A confiança é conquistada etapa a etapa. A cada etapa há o controle para verificar se a confiança depositada teve a realização comprometida do outro lado. Umas regras ótimas são:

Confie em Deus, e feche a porta com cadeado.
Tenha sempre confiança, mas faça contratos por escrito.
6. A confiança exige firmeza.
Tornar claro e checar o entendimento do que se espera é básico. Uma vez depositada a confiança, ela tem que ser correspondida. Confiança não correspondida significa abandono da relação. Ponto final.

7. A confiança requer líderes.
Para se adquirir confiança é necessário que a outra parte diga algo como:

- "Deixa comigo!"
Isto, acima de tudo, quer dizer que a pessoa informa que tem condições de levar a bom termo a situação. No mínimo, esta pessoa lidera a si própria, ela se compromete com resultados.
8. Confiança significa lisura de procedimentos.
O melhor truque para ser um líder é não utilizar truque nenhum.

9. A confiança requer caráter e persistência.
A relação de confiança requer que cada lado só prometa aquilo que pode cumprir, portanto, se você prometeu, vá até as últimas conseqüências para garantir o prometido.

Ou de outra forma: só prometa aquilo que você pode cumprir, com folga.
Ou ainda mais: mesmo que o outro lado insista, jamais seja desonesto.
Você leva muito tempo para ganhar confiança e somente um segundo para perdê-la.
10. A confiança e o ser humano.
O ser humano é interessante: julga os outros pelos seus comportamentos, mas, a si próprio, pelas suas atitudes.

Aos próprios olhos nunca ninguém falha, há sempre uma explicação plausível, mas as razões pelas quais você deixou alguém a ver navios, são exclusivamente suas. Não importa se você é incompetente, se você tem falta de sorte, ou mesmo se você é mentiroso.
Assuma o erro, peça desculpas e, se aceita a desculpa, comece de novo a construir a confiança. Em casa, com a família, ou no trabalho.
E agora duas perguntas para você mesmo:
Seu líder transmite confiança para você?
E você, você transmite confiança para os seus seguidores? Esta é a sua opinião ou a opinião dos seus seguidores? E no lar, com a família, com os amigos, no trabalho?

LIDERANÇA A ARTE DE MOBILIZAR PESSOAS

Ao longo do tempo verificou-se que empregado, quando tem confiança e é comprometido com a empresa, obtém mais e melhores resultados, do que o empregado vigiado, controlado e mandado.
A liderança, dentro de uma visão moderna, está sendo buscada por um simples fato: o controle de empregados custa caro, e não obtém a maior produtividade de cada empregado. Ou seja, é duplamente ineficaz: custa mais e não obtém o melhor.
Não fosse isso, não se justificaria um Hospital Sara Kubitschek, que possui um corpo técnico de excelente nível, e paga salários menores do que esses profissionais poderiam estar ganhando no mercado. Ou ainda, os McDonalds, que atendem em 119 países, têm mais de 30.000 restaurantes de lanches rápidos, e servem mais de 47.000.000 de sanduíches por dia, com pessoal atendendo a todos com um sorriso nos lábios.
O que faz com que todas estas pessoas trabalhem assim?
O que esse pessoal faz que os outros não possam fazer?
Cabe discutir o que é liderança. As seis definições de liderança abaixo, para mim são todas equivalentes:
1

LIDERAR é conectar os seus empregados ao seu negócio.

2

LIDERAR é obter e manter empregados que ajam e trabalhem como proprietários.
3

LIDERANÇA é a arte de fazer com que os outros tenham vontade de fazer algo que você está convencido que deva ser feito.
4

LIDERANÇA é a arte de mobilizar os outros a batalhar por aspirações compartilhadas.
5

LIDERANÇA é a arte de obter resultados desejados, acordados e esperados através de empregados engajados.
6

LÍDER
é o portador da autoridade legitimada, ou seja, aquele em quem se reconheçam motivos para ser ouvido, acatado e seguido. (Benedito Milioni)
Em quaisquer definições de liderança, aquela que você gostar, sempre haverá uma ou duas palavras, no máximo, que se retiradas, mudam o significado de liderança para gerência, ou chefia. Vejamos:
GERENCIAR é colocar para trabalhar os seus empregados no seu negócio.
GERENCIAR é obter e manter empregados que ajam e trabalhem como empregados.
GERÊNCIA é a arte de fazer com que os outros façam algo que você está convencido que deva ser feito.
GERÊNCIA é a arte de mobilizar os outros a batalhar.
GERÊNCIA é a arte de obter resultados desejados, acordados e esperados através de empregados.
As palavras que mudam, e dão todo o sentido da liderança, - diferentemente da simples gerência - são conectar, agir e trabalhar como proprietários, fazer com que os outros tenham vontade de fazer, batalhar por aspirações compartilhadas, e empregados engajados.
Em toda e qualquer definição de liderança, que utilizarmos, terá um ou dois vocábulos que expressarão o conceito de aderência e comprometimento do empregado à empresa, de pertencer a um agrupamento que faça a diferença.
Liderar fica sendo então algo como prover um significado ao trabalho que faça com que valha a pena o engajamento das pessoas, que esse significado ajuda a sensação de pertencer, mas, sobretudo, conceda a chance de participar, com o seu próprio trabalho e esforço, na construção de algo que valha a pena engajar a sua vida.

Neste casos, liderar é dar um significado ao trabalho, que propicie o engajamento voluntário dos empregados. O que também ajuda a definir a liderança:

Liderar é também dar um significado ao trabalho que propicie o engajamento voluntário dos empregados.
Note que esta frase sobre liderança enfoca mais um dos processos - básico, necessário e importantíssimo – da liderança, que é a construção do significado, é o que engaja o empregado ao negócio, é o que faz com ele tenha vontade de obter os resultados que o líder aponta, orienta ou indica. Mas a liderança não se resume a isso.

O grande guru da administração, Peter Drucker, diz:
"A única definição de líder é alguém que possui seguidores. Algumas pessoas são pensadoras. Outras, profetas. Os dois papéis são importantes e muito necessários. Mas, sem seguidores, não podem existir líderes."

"O líder eficaz não é alguém amado e admirado. É alguém cujos seguidores fazem as coisas certas. Popularidade não é liderança. Resultados sim!"

Estabelecimentos que fraudaram venda de remédios pelo Farmácia Popular deverão ser punidos


BRASÍLIA - As farmácias particulares conveniadas ao programa Aqui Tem Farmácia Popular poderão ser multadas e descredenciadas se forem confirmados os "indícios de irregularidades" apontados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) , informou nesta sexta-feira, por meio de nota, o Ministério da Saúde. Atualmente existem 13.152 farmácias conveniadas, em 2.336 municípios.
O tribunal constatou fraudes no programa, que podem ultrapassar R$ 1,7 milhão. De 2006, ano de criação do programa, até fevereiro de 2010, mais de 57 mil vendas de medicamentos foram feitas para CPF de pessoas mortas. Algumas já haviam morrido há mais de dez anos da data da compra. Segundo o TCU, mais de 17,2 mil CPFs foram usados para as compras nas farmácias populares. Segundo o relatório, o maior volume ocorreu em 2008: superior a 24 mil autorizações. O TCU fez uma auditoria por amostragem em 17 estabelecimentos de Minas Gerais, São Paulo e do Rio de Janeiro. A escolha dos estados foi feita em função do volume de venda.
"Assim como ocorre com todas as suspeitas de irregularidades, os indícios de desvios apontados pelo TCU serão rigorosamente investigados pelo Ministério da Saúde. Confirmadas as irregularidades, as farmácias serão multadas e descredenciadas", diz a nota do ministério. A pasta informou também que 240 farmácias saíram do programa, nos últimos seis meses, por irregularidades.
De acordo com o ministério, está em processo de ampliação o acesso ao sistema de óbitos (Sisobi), do Ministério da Previdência, que vai permitir o cruzamento de informações com o cadastro de clientes do Farmácia Popular. "O Datasus [Departamento de Informática do SUS] realiza adequações técnicas para possibilitar tal cruzamento de dados, que será incorporado à rotina da fiscalização do programa".
Em relação à venda para pessoas mortas, como aponta o TCU, o ministério alega que as suspeitas não afetam a credibilidade do programa. "No decorrer de cinco anos, o número de transações comercias no Aqui Tem Farmácia Popular chega a 60 milhões. Neste universo, as 57 mil vendas que supostamente teriam sido feitas com CPF de pessoas falecidas, por exemplo, não representam nem 0,1% das comercializações realizadas entre 2006 e 2010", diz a nota.
Os auditores do TCU questionam os valores pagos pelos medicamentos. A diferença entre o valor de referência e o preço mediano obtido nas licitações de remédios para a hipertensão, por exemplo, é superior a 1.000%. No caso do Captopril 25 miligramas - usado para controlar a pressão alta - a diferença chega a 2.500%.
(Leia também: Governo vai investigar irregularidades na venda de medicamentos )
O ministério argumenta que os preços usados no programa não podem ser comparados com os adotados em licitações públicas do Sistema Único de Saúde (SUS). "O Farmácia Popular, de modo complementar ao SUS, se vale da rede de farmácias e drogarias já implantadas no Brasil não tendo custos operacionais nem de recursos humanos para sua operacionalização".
A auditoria do TCU encontrou ainda irregularidades em documentos: falta de nome do paciente na receita médica, receitas apresentadas fora do prazo de validade, divergência entre o registro do médico no Conselho Regional de Medicina (CRM) e o apresentado no Sistema Autorizador de Vendas e diferenças de assinaturas nos cupons do mesmo comprador.
Outras fraudes também constam do relatório, como a concentração de vendas em um espaço curto de tempo, o alto percentual de vendas para um município distante da farmácia fornecedora e o grande número de ocorrências com o mesmo registro no Conselho de Medicina em curto espaço de tempo. Em um dos casos analisados, todas as vendas feitas em um único dia foram registradas pela farmácia na mesma hora e com o mesmo registro.
O ministério informa ainda que, desde 2009, vem adotando medidas para evitar fraudes, como a obrigatoriedade da retenção de cópia da receita médica na farmácia e a apresentação de carteira de identidade, CPF ou documento com foto na hora da compra. Ainda segundo o órgão, a Caixa Econômica Federal passou a analisar os documentos para o credenciamento das farmácias.
O TCU recomenda que o ministério faça estudo sobre custos e efetividade do programa, além da adoção de sistema de fiscalização mais rígido.

Nota "boaspraticasfarmaceuticas" Este programa "Farmácia Popular"  é um maiores programas de acesso a medicamentos do mundo. Este aspecto deveria ser destacado pela Reportagem do jornal "O Globo"   para que ao que parece continua fazendo oposição aos programas sociais do governo Lula.
É preciso avisar para este prestigioso Jornal que as eleições presidenciais  ja terminaram e a Dilma ganhou as eleições.

11.12.2010

Saiba lidar com as mentiras das crianças

Conheça a verdade sobre as mentiras que crianças e adolescentes contam. Em cada idade, você deve agir de uma maneira para corrigir esse comportamento

Quem já viveu o constrangimento de ver o filho fazer caretas de desagrado diante de um presente sem graça pode imaginar o que seria a vida em sociedade se todos fossem sinceros o tempo inteiro... Um inferno! Nessas horas, o bom senso manda chamar a atenção da criança e mostrar que, às vezes, a verdade causa mágoas desnecessárias. “Não se trata de fazer apologia da dissimulação, mas a mentira social é importante nas relações e ajuda a proteger nossa auto-imagem e a das demais pessoas”, explica a psicóloga Mônica Portella, professora da PUC-RJ e autora do livro COMO IDENTIFICAR A MENTIRA (ED. QUALITYMARK). Mas, se em situações específicas essa virtude torta representa um progresso no desenvolvimento da sociabilidade, o uso dela fora desses contextos está longe de trazer benefícios. Ele mina a confiança nos relacionamentos, pode acarretar prejuízos para outras pessoas e alimentar o sentimento de impunidade diante de comportamentos irresponsáveis e pouco éticos. O desafio dos pais é reconhecer essas situações e calibrar as reações, evitando que os filhos caiam tanto no extremo da inconveniência quanto no da “pinoquice”.

Uma verdade só dela

Nos primeiros anos, as mentiras são uma mistura de fantasia e descoberta da independência de pensamento. “A criança gosta de se sentir dona de uma verdade que é só dela. O domínio da linguagem e o pensamento mais articulado permitem inventar histórias mirabolantes, reforçando a percepção de possuir uma consciência autônoma, que ninguém controla. Essas fantasias são um avanço no desenvolvimento mental”, afirma a psicóloga infantil Silvana Rabello, professora da PUC-SP. Outra característica da mentira nessa fase – que dura até 5 ou 6 anos – é a rapidez com que os enredos fantásticos são esquecidos ou substituídos por outros. O objetivo é despertar co moção na platéia ou desviar a atenção de alguma mancada.
Nem por isso as mentiras infantis deixam de causar confusões, como descobriu a vendedora paulistana Andréia Azevedo, 32 anos, mãe de Laura, 4. A filha havia chegado da escola com arranhões no rosto dizendo que tinha sido a professora. “Fui lá conversar e, de cara, a professora quis saber o nome do gato que machucara a Laura. Para a avó, ela contou que havia sido a prima... e até hoje ninguém sabe o que aconteceu. Já pensou se chego na escola fazendo acusações?”, diz a mãe.
SE O SEU FILHO ATÉ 5 ANOS MENTE
Não adianta discursar sobre as implicações sociais e morais dessa atitude. Se o pequeno mentir para esconder um erro, deixe clara sua desaprovação e dê a ele a oportunidade de se arrepender. Mais que sermões e castigos, é essa reflexão que levará à mudança de comportamento. Caso se trate de alguma história fantástica, ouça e não se preocupe – nem ele a leva a sério. Agora, se for uma fantasia de perigo ou de perseguição em que a criança insista, fique atenta. “Fixações desse tipo costumam revelar angústias que ela não consegue traduzir em palavras”, avisa Silvana.

O fim da inocência

A partir dos 6 anos, meninos e meninas começam a construir noções de certo e errado e passam a usar a mentira com premeditação. “Enquanto os pequenos men tem para ocultar um erro involuntário e que já acon teceu, os maiores maquinam para atingir um objetivo”, garante Silvana. Um exemplo é dizer que não tem lição de casa para passar a tarde se divertindo com o brinquedo novo. “A mentira agora já não é gratuita e sempre traz uma compensação para quem a conta, ainda que se trate de algo tão intangível quanto despertar a atenção”, diz Mônica. Descobrir essas motivações pode dar pistas importantes sobre o momento de vida do filho. A história de Tales, hoje com 7 anos, ilustra bem essa situação. Seu pai, o desenhista-projetista Zulênio Antônio de Souza, 40 anos, de São Paulo, havia batido o carro de leve. “Só tinha quebrado o farol”, lembra. Quando o garoto contou o episódio na escola, ninguém deu bola e ele resolveu incrementar o enredo: falou que o carro ficara destruído, inclusive por causa dos tiros da polícia. “Todo mundo aí se alvoroçou e a história correu. Fizemos o Tales desmentir tudo”, conta Zulênio.
Compreender a origem da mentira não significa fazer vista grossa para o filho não se sentir culpado. Se não for pressionado a enxergar o erro e se arrepender, ele pode ficar com a falsa sensação de que a dissimulação é um recurso válido para obter algo. “Com o tempo, essa ausência de implicações leva a uma convicção de impunidade e mina o senso ético”, alerta Silvana.
SE O SEU FILHO DE 6 A 10 ANOS MENTE
Explique em poucas palavras por que foi errado mentir e faça-o participar de alguma reparação, ainda que simbólica, do prejuízo causado. Se a mentira serviu para ocultar uma nota baixa, em vez de bronca, invista no relacionamento perguntando como pode

Atenção, perigo

É na adolescência que os efeitos negativos da mentira podem trazer os piores resultados. “O jovem mente com a desenvoltura do adulto e articula as histórias com antecedência, principalmente para fugir de responsabilidades ou contornar regras e proibições. Um caso típico é dizer que vai a determinado lugar e ir para outro, no qual pode até mesmo estar em risco”, avisa Mônica. Mentir para acobertar erros dos amigos também é uma situação freqüente nessa fase, e os pais precisam mostrar que, com isso, ele pode se tornar cúmplice de uma situação prejudicial a alguém.
“Há vezes ainda em que o filho mente para preservar as relações familiares”, constata o psicólogo Nelson Pedro-Silva, professor do Instituto de Psicologia da Unesp e autor do livro ÉTICA, INDISCIPLINA E VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS (VOZES). É o que acontece em famílias muito rígidas, nas quais a mínima falha é motivo de críticas. Para driblar o controle doméstico e, ao mesmo tempo, não viver em clima de tensão, o jovem oculta suas necessidades e interesses reais. Se a família ainda acha que ele é muito criança para namorar, por exemplo, é provável que ele esconda o relacionamento e disfarce os encontros dizendo que vai sair com os amigos ou ficar na escola para fazer um trabalho.

Pecados capitais

JAMAIS peça ao filho que seja cúmplice de uma mentira, mesmo a mais banal, do tipo dizer que você não está quando simplesmente não quer atender o telefone.
DIANTE de um assunto que considere embaraçoso ou para o qual não sabe a resposta, não invente histórias – é melhor tergiversar, omitir detalhes ou pesquisar juntos.
NÃO VALORIZE a “esperteza” da criança que foge de alguma responsabilidade com uma mentira particularmente brilhante.
A MENOS que tenha alguma suspeita de problemas sérios, não vasculhe as coisas do adolescente para não minar o clima de confiança.

Está na cara que é mentira

A maioria das mães sabe quando o filho está mentindo. E não é só intuição. “Inconscientemente, quem mente emite sinais não-verbais da mentira, os quais são captados pelo interlocutor”, diz a psicóloga Mônica Portella, que ensina a identificar as escorregadas mais comuns.
O CHORO de manha não tem lágrimas e acaba de repente, assim que o bebê consegue aquilo que quer. O choro verdadeiro só se acalma aos poucos.
AO MENTIR, a criança pequena leva a mão à boca, como se quisesse esconder as palavras. Em adolescentes e adultos, esse reflexo pode aparecer como uma coçadinha na região dos lábios.
PAUSAS LONGAS e freqüentes e o recurso de repetir a pergunta antes de responder indicam que a pessoa precisa pensar e elaborar melhor o que vai dizer.
SORRISOS que somem com rapidez, em que os olhos não se contraem ou que deixam os lábios em posição assimétrica são suspeitos.
QUEM MENTE gesticula pouco ou faz gestos que não combinam com as palavras – por exemplo, a criança diz que já fez a lição apontando para a frente e não para trás, como seria natural para falar de uma ação passada.

O genoma completo de um tumor de pulmão

Para sequenciar o primeiro genoma humano foram gastos aproximadamente US$ 3 bilhões. Hoje é possível sequenciar o genoma de uma pessoa por US$ 3 mil. É como se um televisor que custava R$ 1 mil no ano 2000 custasse hoje R$ 0,001. Essa redução de custo permite que sejam sequenciados os genomas de milhares de pessoas. Mas o mais interessante é o uso dessa tecnologia para diagnosticar câncer e orientar o tratamento.
O aparecimento de tumores se deve a mutações no genoma de células do órgão afetado. No caso do câncer de pulmão, compostos na fumaça do cigarro provocam essas mutações. Há décadas sabemos que não basta uma única mutação para desencadear o início da divisão descontrolada das células e o consequente aparecimento do tumor. As mutações vão se acumulando e de repente surge o tumor.
E as mutações continuam a se acumular à medida que o tumor se torna mais agressivo, invasivo, metastático e resistente aos tratamentos quimioterápicos. A partir de 1980, foram identificados genes que, ao serem alterados por mutações, causam tumores (chamados de oncogenes). São centenas de genes que, se alterados individualmente ou em combinações, provocam vários tipos de tumor.
Sabemos também que, dependendo do conjunto de genes alterados, o desenvolvimento da doença e o tratamento podem ser diferentes. A grande novidade é a possibilidade de comparar o genoma completo do tumor do paciente com o de suas células saudáveis. Comparando a sequência do DNA dessas amostras, é possível identificar as mutações nas células tumorais de um paciente. Isso foi feito, pela primeira vez, com uma pessoa com câncer de pulmão.
Após a cirurgia, o tumor removido e a amostra normal foram enviados para uma empresa capaz de sequenciar um genoma humano em poucos dias a custo baixo. O DNA das amostras foi sequenciado completamente. Como existem cerca de 3 bilhões de pares de bases no genoma humano, a sequência final de cada uma das amostras continha aproximadamente esse número de bases. Para ter certeza de que as sequências estavam corretas, cada base do DNA foi sequenciada cerca de 50 vezes. Feito isso, as sequências foram comparadas.
O resultado é impressionante. Os dois genomas são 99,99% idênticos, mas o 0,01% de diferença representa mais de 50 mil locais onde uma das bases da sequência do tumor era diferente da presente nas células normais. O problema é identificar a importância relativa de cada uma destas 50 mil diferenças e quais podem fornecer informações úteis para o tratamento.
Uma análise cuidadosa dos dados demonstrou que 391 dessas diferenças estavam em genes. E uma delas afetava um dos genes cujo envolvimento no aparecimento de tumores de pulmão era sabido. O papel das outras 390 mutações ainda é desconhecido.
Outras 43 mudanças correspondiam a alterações de grandes trechos de DNA. Os genes que sabemos serem essenciais para a sobrevivência das células não apresentavam mutações - o que era de se esperar, já que mutações nesses genes levam à morte da célula.
Esse estudo também deixa claro que a grande quantidade de mutações acumuladas nos tumores exigirá uma analise cuidadosa para identificar os dados relevantes para o tratamento. Nos próximos anos, os oncologistas terão de aprender a navegar o tsunami de informações gerado pelo sequenciamento completo de tumores, mas não há dúvidas de que, no futuro próximo, essa tecnologia estará incorporada à rotina dos melhores centros de oncologia.
MAIS INFORMAÇÕES: THE MUTATION SPECTRUM REVEALED BY PAIRED GENOME SEQUENCES FROM A LUNG CANCER PATIENT. NATURE, VOL. 465, PÁG.
Estadão

Pós-graduação aumenta salários, mas deve estar de acordo com plano de carreira

Uma pesquisa revela em números que quanto mais estudo, maior o salário. Por isso, depois de terminar a faculdade, o desafio é escolher que pós-graduação cursar.

Depois de se formar em relações internacionais, a diretora de marketing Juliana Andrade entrou para um curso de pós-graduação. “Eu espero ser melhor remunerada e ter maior sucesso na minha carreira profissional”, diz.Milene Schiavo, gerente de recursos humanos, também não se contentou só com o curso de administração de empresas. Começou a fazer pós em recursos humanos. O retorno já veio: “Recentemente, tive um convite de trabalho para ser gestora de uma empresa em que hoje sou gerente de RH, e um dos motivos foi porque eu estava cursando a pós”, afirma.Promoções, salários maiores: quem se qualifica é recompensado. E uma pesquisa mostra que a pós-graduação é ainda mais importante para os profissionais que estão começando a ocupar cargos de chefia.Trabalhadores com nível superior que tenham mestrado ou doutorado, por exemplo, ganham 37,72% a mais (R$ 4.484,53) do que aqueles que só fizeram graduação (R$ 2.792,61).“É o resultado que o ocupante desse cargo traz em relação às atividades do cargo. Então quanto mais preparado ele for, mais resultados ele traz para as atividades em que a empresa exige desse cargo”, diz Silvana Di Marco Franzotti, gerente da pesquisa salarial e de benefícios da Catho Online.A pesquisa feita com 167 mil trabalhadores em todo o país também revela a variação salarial no topo da carreira. Diretores que cursaram MBA ganham mais do que todos os outros (R$ 18.693,28), mesmo daqueles com mestrado e doutorado (R$ 17.466,67).
Para cada cargo, uma pós-graduação. Na hora de escolher o curso, é importante focar o objetivo profissional. É o que destaca Sônia Helena dos Santos, especialista em gestão de pessoas. “Se ele tem intenção em trabalhar no mercado, vai procurar uma pós-graduação, e, conforme o desenvolvimento da carreira dele, quanto tempo ele vai permanecer, pode buscar na sequência um MBA. Quando você fala num mestrado ou num doutorado, aí já tem um caráter muito mais investigativo, voltado a uma carreira acadêmica”,
G1.com

Unidade de terapia intensiva


Num hospital, uma unidade de terapia intensiva (UTI) ou unidade de cuidados intensivos (UCI) caracteriza-se como "unidade complexa dotada de sistema de monitorização contínua que admite pacientes potencialmente graves ou com descompensação de um ou mais sistemas orgânicos e que com o suporte e tratamento intensivos tenham possibilidade de se recuperar". [1].


Conceito e estrutura 

A UTI nasceu da necessidade de oferecer suporte avançado de vida a pacientes agudamente doentes que porventura possuam chances de sobreviver, destina-se a internação de pacientes com instabilidade clínica e com potencial de gravidade. É um ambiente de alta complexidade, reservado e único no ambiente hospitalar, já que se propõe estabelecer monitorização completa e vigilância 24 horas.

As doenças são inúmeras o que torna muito difícil a compreensão de todas elas. Porém, os mecanismos de morte são poucos e comuns a todas as doenças. É atuando diretamente nos ditos mecanismos de morte que o médico intensivista tira o paciente de um estado crítico de saúde com perigo iminente de morte, pondo o mesmo em uma condição que possibilite a continuidade do tratamento da doença que o levou a tal estado (doença de base).
Exemplos mais comuns de doenças que levam a internação em UTI são:
Ainda é funçao da UTI amenizar sofrimento tais como dor e falta de ar, independente do prognóstico.
Os profissionais que atuam nestas unidades complexas são designados intensivistas. A equipe de atendimento é multiprofissional e interdisciplinar, constituída por diversas profissões: médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos e assistentes sociais.
As UTI a partir da década de 1930 transformaram o prognóstico, reduzindo os óbitos em até 70%. Hoje todas especialidades utilizam-se das unidades intensivas, principalmente para controle de pós-operatório de risco.
É muito importante tanto para o paciente como para família compreender a UTI como etapa fundamental para superação da doença, porém tão importante é aliviar e proporcionar conforto independente do prognóstico. A equipe está orientada no respeito a dignidade e autodeterminação de cada pessoa internada, estabelecendo e divulgando a humanização nos seus trabalhos, buscando amenizar os momentos vivenciados através do paciente e família. A UTI é sem dúvida muito importante para o avanço terapêutico, porém impõe nova rotina ao paciente onde há separação do convívio familiar e dos amigos, que pode ser amenizada através das visitas diárias. Outro aspecto importante é a interação família-paciente com a equipe, apoiando e participando das decisões médicas.

História

A UTI tem suas origens nas salas de recuperação pós-anestésica (RPA), onde os pacientes submetidos à procedimentos anestésico-cirúrgicos tinham monitorizadas suas funções vitais (respiratória, circulatória e neurológica) sendo instituídas medidas de suporte quando necessário até o término dos efeitos residuais dos agentes anestésicos.

Era Florence

A Unidade de Terapia Intensiva é idealizada como unidade de monitoração de paciente grave através da enfermeira Florence Nightingale.
Em 1854 inicia-se a Guerra da Crimeia na qual Reino Unido, França e Turquia declaram guerra à Rússia. Em condições precárias a taxa de mortalidade atinge 40% entre os soldados hospitalizados.
Florence e mais 38 voluntárias por ela treinadas partem para os Campos de Scutari. Incorporando-se ao atendimento a mortalidade cai para 2%. Respeitada e adorada, torna-se referência entre os combatentes e importante figura de decisão. Estabelece as diretrizes e caminho para enfermagem moderna.
Era Dandy
Walter Edward Dandy nasceu em Sedalia, Missouri. Recebeu sua A.B. em 1907 através da Universidade de Missouri e seu M.D. em 1910 através da Universidade e Escola de Medicina Johns Hopkins. Dandy trabalhou um ano com o Dr. Harvey Cushing no Hunterian Laboratório do Johns Hopkins antes de iniciar seu internato e residência no Johns Hopkins Hospital. Ele trabalhou na Faculdade de Johns Hopkins em 1914 e permaneceu até sua morte em 1946. Uma das mais importantes contribuições para neurocirurgia foi o método de ar na ventriculografia, no qual o fluido cerebroespinal é substituído por ar para dar forma a imagem ao raio X do espaço ventricular no cérebro. Esta técnica era extremamente bem sucedida para identificar as lesões e alterações cerebrais. O Dr. Dandy também foi pioneiro nos avanços das operações para a doença da neuralgia do glossofaríngeo e de Ménière, e publicou os estudos que mostram a participação de discos projetando-se na dor ciática.

Era Peter Safar

Peter Safar, o primeiro médico intensivista, nasceu na Áustria, filho de médicos, e migrou para os Estados Unidos após permanecer no campo de concentração nazista. Formou-se médico anestesista e na década de 1950 estimulou e preconizou o atendimento de urgência-emergência. Ainda nesta época formulou o ABC primário em que criou a técnica de ventilação artificial boca a boca e massagem cardíaca externa. Para estes experimentos contava com voluntários da sua equipe o qual eram submetidos a sedação mínima. Ainda, através de experimentos, concretizou para o paciente crítico as técnicas de manutenção de métodos extraordinários de vida. Na cidade de Baltimore estabeleceu a primeira UTI cirúrgica e em 1962, na Universidade de Pittsburgh, criou a primeira disciplina de "medicina de apoio crítico" nos Estados Unidos. Iniciou os primeiros estudos com indução da hipotermia em pacientes críticos. Como últimas contribuições elaborou os projetos das ambulâncias-UTI de transporte, fundou a Associação Mundial de Medicina de Emergência e foi co-fundador da SCCM (Society of Critical Care Medicine), o qual foi presidente em 1972.

Equipamentos

Cada leito contém monitores cardíacos, cama elétrica projetada, oximetria de pulso e rede de gases. Dentre os principais equipamentos utilizados em UTI estão:
  • Termômetro
  • Oxímetro de pulso: Equipamento que possui sensor óptico luminoso o qual é colocado no dedo. Através da determinação da coloração sanguínea capilar, verifica a taxa de saturação do oxigênio designada Saturação de O2, ou seja, mede indiretamente a oxigenação dos tecidos de maneira contínua.
  • Eletrocardiográfico, com freqüência cardíaca e medida intermitente de pressão arterial. Situa-se na cabeceira do leito e é conectado ao paciente através de eletrodos descartáveis no tórax.
  • Monitor de pressão arterial
  • Capnógrafo
  • Monitor Cardíaco - Efetua o controle do débito cardíaco
  • Sonda naso-enteral: quando ocorre dificuldade da ingestão dos alimentos, é introduzida sonda maleável de baixo calibre na narina até o duodeno, porção após o estomago. Dietas especiais designadas Dietas Enterais, são mantidas em infusão contínua dando aporte necessário de calorias, proteínas e eletrólitos. As Dietas especiais dispensam as dietas convencionais, podendo o paciente utilizá-las por longo período.
  • Sonda vesical - Em pacientes inconscientes ou que necessitam controle rígido da diurese ( volume urinário ), é necessário introduzir sonda na uretra ( canal urinário ) até a bexiga. A sonda é conectada em bolsa coletora que fica ao lado do leito em locais baixos.
  • Máscara e cateter de oxigênio - São dispositivos utilizados para fornecer oxigênio suplementar em quadros de falta de ar. O cateter é colocado no nariz e a mascara próxima a boca com finalidade de nebulizar umidificando e ofertando O2. Em geral são dispositivos passageiros e retirados após melhora dos quadros dispnéicos ( falta da ar ).
  • Cateter Central - O cateter é chamado de central em decorrência de estar próximo ao coração. Fino, da espessura da uma carga de caneta, é introduzido através do pescoço ou no tórax ( infraclavicular – abaixo da clavícula ). Permite acesso venoso rápido e eficaz. Sua permanência pode variar de semana a meses. É indolor.
  • Tubo orotraqueal - Trata-se de tubo plástico, maleável, de diâmetro aproximado de 0.5 a 1.0 cm e é introduzido na traquéia sob anestesia e sedação. Permite a conexão do ventilador mecânico com os pulmões. A permanência pode ser de curta duração, até horas, ou semanas. Caso não possa ser retirado e com previsão maior de duas semanas, poderá ocorrer possibilidade de traqueostomia e inserção da cânula baixa permitindo ao paciente maior conforto e até alimentar-se.
  • Ventilador Mecânico - Aparelho microprocessado valvular que permite a entrada e saída do ar dos pulmões, oxigenando-os e mantendo estabilidade e segurança do sistema respiratório. Os equipamento modernos permitem maior interação entre paciente-ventilador com seu comando ou não. Apesar das inúmeras vantagens e em vários casos obrigatórios, estabelece interrupção da fisiologia normal respiratória, favorecendo infecções pulmonares designadas “pneumonias do ventilador”. O processo de retirada do ventilador mecânico é chamado de desmame ventilatório, que é gradual.

Técnicas

  • Coma induzido - Na UTI há grande preocupação em fornecer conforto e ausência de dor a todos pacientes internados. Em casos mais graves, principalmente quando há necessidade da Intubação Orotraqueal, é iniciada sedação (tranqüilizante e indutor de sono ) e analgesia ( abolição da dor ) contínua que pode levar a ausência total de consciência e sonolência profunda. Neste estágio, designado “coma induzido” , não há dor, não há frio e a percepção do paciente é interrompida. O tempo e espaço nesta situação é abolido, onde pacientes que permanecem “meses” na Unidade, recordam como “horas” .
  • As Infecções - São as causas mais importantes de internações em Unidades Intensivas. Em geral respiratórias ou urinárias, recebem tratamento com antibióticos de última geração e de amplo espectro de ação contra bactérias. Os riscos das infecções ocorrem quando há disseminação hematogênica (através do sangue) e ocorre generalização do processo infeccioso designada tecnicamente como sepse. Outro motivo de preocupação crescente é a infecção desenvolvida no ambiente hospitalar, sendo na grande maioria prevista e inevitável principalmente em decorrência de técnicas invasivas como a pneumonia do Ventilador Pulmonar.
Procedimentos Cirúrgicos Eventuais: Procedimentos cirúrgicos de pequeno porte podem ser necessários. Nas situações emergenciais são realizados através do próprio intensivista e na rotina através da equipe cirúrgica especializada de apoio do Hospital.
  • Traqueostomia: Não é recomendada a manutenção por longos períodos da cânula de intubação em virtude de lesões que podem ocorrer na traquéia e laringe. Não há tempo específico recomendado, cabendo ao intensivista a indicação e recomendação da traqueostomia. Procedimento relativamente simples, consiste na abertura da traquéia na região inferior frontal do pescoço e introdução de cânula plástica em substituição a mantida através da boca. Pode ou não ser procedimento permanente, podendo ser retirada quando do desmame efetivo do ventilador mecânico.
  • Drenagem Torácica: Em coleções líquidas importantes no pulmão ou no pneumotórax (colabamento do pulmão), pode ocorrer necessidade da colocação de dreno torácico com sistema coletor. Trata-se de procedimento provisório.
  • Catéter de PIC: Catéter em geral provisório introduzido na porção superior da cabeça para drenagem liquórica de alívio.
  • Catéter de Diálise Peritoneal: introduzido no abdome, permite a infusão de líquido intraabdominal e troca dialítica. Procedimento simples, podendo ser permanente ou não.

Exames complementares de rotina

Todos os órgãos e sistemas são avaliados diariamente nos pacientes internados nas UTIs. Após avaliação clínica, são solicitados exames de rotina como:
  • Hematológicos: através da punção venoso, coleta-se pequena amostra de sangue para avaliação no laboratório central dos principais eletrólitos, enzimas e metabólitos do organismo. A função renal é medida indiretamente através da dosagem da uréia e creatinina, dando ao médico informação valiosa em relação a integridade renal.
  • Gasométricos: designada de gasometria arterial, é efetuada punção na artéria radial situada no punho (local do pulso). Após coleta, a amostra é analisada através do equipamento designado hemogasômetro que permite a análise dos principais gases do sistema respiratório tais como oxigênio e gás carbônico. Portanto é método para avaliação da boa função pulmonar.
  • Radiológicos: Diariamente efetua-se nos pacientes submetidos a ventilação mecânica a radiologia torácica pulmonar para controle e diagnósticos de derrames (líquidos) e infecções como a broncopneumonia.

Equipe multiprofissional e interdisciplinar

  • Médico intensivista: designação técnica do médico especializado e dedicado exclusivamente ao atendimento do paciente internado nas Unidades Intensivas e Emergenciais. Possui conhecimento clínico e cirúrgico amplo, capaz de diagnosticar, medicar e realizar procedimentos complexos emergenciais. A especialidade é definida como Medicina Intensiva, reconhecida mundialmente com certificações específicas. Cabe a este profissional evoluir e medicar diariamente os pacientes internados nos aspectos nutricionais, cardiológicos, pulmonares, neurológicos entre outros. Responde integralmente na condução e responsabilidade da Unidade como todo.
  • Enfermeiro intensivista: Enfermeiro com formação para o atendimento de pacientes de alta complexidade com grande dependência no leito. Supervisiona a ação do grupo de técnicos e auxiliares de enfermagem, como a higienização, controle das medicações e prescrições, tendo papel assistencial fundamental.
  • Fisioterapeuta intensivista: a fisioterapia no paciente crítico é fundamental para manutenção e prevenção de vários aspectos da fisiologia em virtude da dependência total ou parcial dos pacientes que podem culminar na chamada Síndrome do Imobilismo. Na Síndrome há diminuição do trofismo muscular, emagrecimento, retração de tendões e vícios posturais que podem provocar contrações permanentes e no dorso (nas costas) as chamadas úlceras de pressão. A assistência ventilatória é outra necessidade fundamental realizada através do fisioterapeuta, que efetua higienização brônquica diária através de técnicas específicas e controle do ventilador mecânico.
  • Nutrólogo e nutricionista: o nutrólogo é médico especializado no diagnóstico e prescrição nutricional. Diariamente efetua avaliações e mantém o aporte calórico, protéico, glicêmico e vitamínico equilibrado e essencial para manutenção do funcionamento e atividades vitais do organismo. O nutricionista, incorporado na equipe multiprofissional, efetua diagnósticos e evoluções dietéticas específicas, coordenando, organizando e acompanhando as prescrições nutricionais.
  • Psicólogo intensivista: todos aspectos emocionais, seja do paciente, da família ou da equipe, são constantemente avaliados e observados através da psicologia intensiva. Com presença fundamental nos períodos das visitas familiares, objetiva estabelecer além da humanização a aproximação e apoio terapêutico necessário.
  • Assistente social: atua no apoio a família e paciente em situações externas ou internas que possam impor dificuldades não relacionadas ao andamento terapêutico direto, seja no âmbito familiar , do trabalho ou pessoais.
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