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12.25.2010

"Quem ama o feio...


...bonito lhe parece."

Todo mundo com certeza já ouviu esse ditado popular do qual discordo totalmente. Eu acho é que a gente acostuma, por isso passa a achar bonito.

Mas afinal, o que é ser feio ou ser bonito? Vasta literatura trata do tema, mas quase todos concordam que a beleza ou feiúra é uma questão de referencial, de formação cultural, da época em que se vive e também daquele enigma que nos torna únicos, que é nosso gosto pessoal.

O que é belo para um pode não ser para outro e assim ocorre com o que é feio. Não conseguimos ser unanimes nem em relação a qual parte do corpo é a mais bonita. Uns acham que são os seios das mulheres, outros que são os braços fortes de um homem, tem que prefira as costas, a barriga, as coxas, os olhos, os pés. Eu prefiro tudo, desde que esteja bem encaixado.

Existe também o mito de que alguém bonito demais termina ficando feio com o passar do tempo e a convivência. Sobre isso vale o mesmo que disse lá em cima sobre a feiúra: a gente só acostuma.

Assim como a grama do vizinho é sempre mais verde, a esposa dele será sempre mais interessante, simplesmente porque não é a nossa.Mas quer saber um jeito de desejar sempre a mesma mulher? Uma vez por dia imagine que ela não é mais sua. É tiro e queda.

Somos acostumados pela literatura, pelo cinema e pela TV, a imaginar o feio como o "mau" da história e os bonitos como os heróis. É uma associação quase automática da feiúra à maldade, com raras exceções de vilões bonitos mas que em compensação são mais maus do que um pica-pau.

Daí o porque de nossa sociedade buscar esses valores nas suas relações pessoais e de negócios. Se tivermos duas pessoas igualmente competentes concorrendo a uma vaga, e uma delas em boa forma física e dentro dos padrões atuais de beleza e a outra acima do peso e considerada "feia", a chance da "bonita" levar a vaga é infinitamente maior.

Associamos sobrepeso à preguiça, pouca disposição, desânimo. Associamos uma pessoa fora dos padrões de beleza à desleixo, ao insucesso. Não digo que penso assim e nem que isso é certo, apenas retrato a coisa como acho que é.

Mas também a beleza sendo associada à bondade, à inteligência e ao sucesso é um peso para quem é considerado belo. Parece que existe uma obrigação de adequar-se ao que sua aparência física sugere nas mentes alheias. A pessoa precisa estar sempre de bom humor, estar em cargos de chefia, ter boa situação financeira, ser "bem sucedido".

Sem contar o igualmente preconceituoso estereótipo do "bonito e burro". Alguém muito bonito em uma posição de destaque numa empresa é constantemente associado ao uso do sexo ou da sedução para alçar aquele posto.

Se é um grande "fdp" e é feio, pronto, "está explicado!". Se é uma moça bonita e volúvel, claro, "toda mulher bonita demais é p*".

Qualquer pessoa que desvie muito do que consideramos a média tem esse trabalho extra para provar seu valor e romper estereótipos.

No entanto o que realmente mexe com todos nós é aquilo que não podemos enxergar com os olhos numa primeira vista, é aquela pessoa que contra todas as nossas expectativas e padrões ainda assim nos atrai. Quem nunca passou por isso? De pensar "mas o que será que ela tem? O que é isso que me faz antes até mesmo de ver alguma beleza, simplesmente querer?".

Isso é o tal "charme", que tem um monte de nomes por aí. Tchan, algo a mais, borogodó, mojo, seja lá quantos forem. Pode ser o charme do canalha, daquele safado, sem vergonha, pilantra, mas que é incrivelmente mais interessante do que o sujeito que é simplesmente "bom".

Pode ser o charme daquela mulher sedutora, que acima de qualquer coisa faz sua presença prevalecer sobre qualquer outro de seus aspectos físicos. A inteligência na medida certa, que torna-se interessante sem ser professoral. O charme que a adrenalina causa, através de qualquer esporte radical que exista, enfim, uma infinidade de características que fogem ao simples olhar que estabelece o que é "bonito" ou "feio" e que desafia nossos próprios conceitos.

Costumo dizer que a mulher quando é muito charmosa inspira umas 20 tragédias gregas por onde passa.

E o melhor de tudo é que não existe um cirurgião plástico capaz de dar charme a ninguém, afinal, ainda não inventaram prótese de silicone pra isso.

Édipo e Complexo de Édipo

Édipo (em grego antigo Οἰδίπους, transl. Oidípous) é um personagem da mitologia grega. Famoso por matar o pai e casar-se com a própria mãe. Filho de Laio e de Jocasta, pai de Etéocles, Ismênia, Antígona e de Polinice.
Segundo a lenda grega, Laio, o rei de Tebas havia sido alertado pelo Oráculo de Delfos que uma maldição iria se concretizar: seu próprio filho o mataria e que este filho se casaria com a própria mãe.
Por tal motivo, ao nascer Édipo, Laio abandonou-o no monte Citerão pregando um prego em cada pé para tentar matá-lo. O menino foi recolhido mais tarde por um pastor e batizado como "Edipodos", o de "pés-furados", que foi adotado depois pelo rei de Corinto e voltou a Delfos.
Édipo consulta o Oráculo que lhe dá a mesma previsão dada a Laio, que mataria seu pai e desposaria sua mãe. Achando se tratar de seus pais adotivos, foge de Corinto.
No caminho, Édipo encontrou um homem e, sem saber que era o seu pai, brigou com ele e o matou, pois Laio o mandou sair de sua frente.
Após derrotar a Esfinge que aterrorizava Tebas, que lançara um desafio ("Qual é o animal que tem quatro patas de manhã, duas ao meio-dia e três à noite?"), Édipo conseguiu desvendar, dizendo que era o homem. "O amanhecer é a criança engatinhando, entardecer é a fase adulta, que usamos ambas as pernas, e o anoitecer é a velhice quando se usa a bengala".
Conseguindo derrotar o monstro, ele seguiu à sua cidade natural e casou-se, "por acaso", (já que ele pensava que aqueles que o haviam criado eram seus pais biológicos) com sua mãe, com quem teve quatro filhos. Quando da consulta do oráculo, por ocasião de uma peste, Jocasta e Édipo descobrem que são mãe e filho, ela comete suicídio e ele fura os próprios olhos por ter estado cego e não ter reconhecido a própria mãe. Após sair do palácio, Édipo é avisado pelo Corifeu que não é mais rei de Tebas; Creonte ocupara o trono, desde então. Édipo pede para ser exilado, mandado embora. Pede, ainda, para que Creonte cuide das suas duas filhas como se fossem suas próprias.
A história está recolhida em Édipo Rei e Édipo em Colono de Sófocles.


Complexo de Édipo

Alguns conceitos em psicologia são particulares de algumas abordagens psicológicas e o complexo de Édipo é um conceito fundamental para a psicanálise, entendido, inclusive, como sendo universal e, portanto, característico de todos os seres humanos. O complexo de Édipo caracteriza-se por sentimentos contraditórios de amor e hostilidade. Metaforicamente, este conceito é visto como amor à mãe e ódio ao pai, mas esta idéia permanece, apenas, porque o mundo infantil resume-se a estas figuras parentais ou aos representantes delas.

A idéia central do conceito de complexo de Édipo inicia-se na ilusão de que o bebê tem de possuir proteção e amor total, o que é reforçado pelos cuidados intensivos que o recém nascido recebe por sua condição frágil. Esta proteção é relacionada, de maneira mais significativa, à figura materna. Mais ou menos aos três anos, a criança começa a entrar em contato com algumas situações em que sofre interdições. Estas interdições são facilmente exemplificadas pelas proibições que começam a acontecer nesta idade. A criança não pode mais fazer certas coisas porque já está “grandinha”, não pode mais passar a noite inteira na cama dos pais, andar pelado pela casa ou na praia, é incentivada a sentar de forma correta e controlar o esfíncter, além de outras cobranças. Neste momento, a criança começa a perceber que não é o centro do mundo e precisa renunciar ao mundo organizado em que se encontra e também à sua ilusão de proteção e amor total. O complexo de Édipo é muito importante porque caracteriza a diferenciação do sujeito em relação aos pais. A criança começa a perceber que os pais pertencem a uma realidade cultural e que não podem se dedicar somente a ela porque possuem outros compromissos, como é o caso do trabalho, de amigos e de todas as outras atividades.

A figura do pai representa a inserção da criança na cultura, é a ordem cultural. A criança também começa a perceber que o pai pertence à mãe e por isso dirige sentimentos hostis a ele. Estes sentimentos são contraditórios porque a criança também ama esta figura que hostiliza. A diferenciação do sujeito é permeada pela identificação da criança com um dos pais. Na identificação positiva, o menino identifica-se com o pai e a menina com a mãe. O menino tem o desejo de ser forte como o pai e ao mesmo tempo tem “ódio” pelo ciúme da mãe. A menina é hostil à mãe porque ela possui o pai e ao mesmo tempo quer se parecer com ela para competir e tem medo de perder o amor da mãe, que foi sempre tão acolhedora. Na identificação negativa, o medo de perder aquele a quem hostilizamos faz com que a identificação aconteça com a figura de sexo oposto e isto pode gerar comportamentos homossexuais. Nesta fase, a repressão ao ódio e à vontade de permanecer em “berço esplêndido” é muito forte e o sujeito desenvolve mecanismos mais racionais para sua inserção cultural. Com o aparecimento do complexo de Édipo, a criança sai do reinado dos impulsos, dos instintos e passa para um plano mais racional. A pessoa que não consegue fazer a passagem da ilusão de superproteção para a cultura, psicotiza.

Autoria: Paula Regina Guimarães

Feliz recomeço com muito amor


Amar é paciência e virtude, mas meu peito adora a sensação de corromper a perfeição. Quem liga para os dogmas da boa paixão? Sentimento bom mesmo é aquele que não tem medida, que não tem ensaio e nem mesmo espaço para previsões concretas. Temer, duvidar e sentir o corpo arrepiado é a mais exata tradução do sentimento que menos se revela em linguagens. Não daquelas ditas, pelo menos. São os sinais que revelam sua imensidão, e sinais muitas vezes são mais visíveis do que ditados. Ama-se pelos olhos, pela pele, pelo corpo em si. Ama-se quando se tem saudades, quando se anseia a presença, quando estende-se o minuto da espera. Ama-se quando se quer, quando não é permitido, quando é bizarro e quando é simplesmente normal. E ama-se mesmo com discussões, gritos e choros escondidos. Eis sua singularidade mais explicita : amar é compartilhar até as coisas mais difíceis de serem divididas, é conviver com os opostos mais longínquos e com as idéias mais reversas. É ser livre, mesmo vivendo em conjunto. A liberdade ganha sim uma nova conotação...e a vida ganha novos sabores. Mudam-se as rotinas, as convivências, as metáforas. E mudar é algo que envolve além do que se vê ou quer. E é por isso que é difícil, pois encaixar tanta pluralidade em um sentimento tão singular exige mais do que se imagina. É preciso muito mais que amor para se amar, e a imaginação as vezes exige perfeição demais. E ninguém é perfeito, aliás, alguém quer ser estritamente perfeito nessa vida ? A perfeição exige demais, exige sempre viver na espreita dos limites. E viver em espaços delimitados é extremamente irritante e monótono. É por isso que o horizonte está sempre nos convidando a atravessá-lo, sabe se lá quantas histórias há por detrás de onde o sol surge. Sabe-se lá quantas facetas podemos usufruir ao cruzar o desconhecido. Novidade, é isso que inspira. E, ainda mais por isso, que o amor precisa ser descoberto a cada dia. Não é preciso inúmeras declarações decoradas ou presentes dados por dar. É preciso somente que aja contato, seja este evidenciado por sinais ou pela alegria da partilha. É preciso não se esquecer que nada é simples, mas nada também é impossível. Depende somente do quanto nos arriscamos por algo, pois para o interessado sempre há um modo de fazer a coisa certa, mesmo que o certo seja algo que as aparências ditam como errado ou incoerente. Pois não há máscaras para os sentimentos, não há escapatórias quando a sinceridade preenche o nosso peito com porções dessa magia que é não compreender exatamente o que de fato se sente. E isso é incrivelmente belo. Não compreender significa que algo ultrapassa os limites do que pode ser explicado, que é além dos sinais, que é amor. E nesse fim de ano, eu desejo amor para todos. Um amor puro e explícito que preencha todas as lacunas e dignifique ainda mais quem o sentir. Que aja um sentimento que permita emoções, alegrias, raivas, arrepios e falta de léxico. Que falte o ar, o chão, a riqueza de explicação e o apego a certos detalhes.E que a vida seja repleta dos mais distintos momentos, pessoas e experiências e que ela seja vivida com total vigor e energia. Que haja paz, esperança e luz, mas que acima de tudo que possamos decidir por nós mesmos o nosso futuro. Que aja amigos e risos. Que aja espaço para arrependimentos e boas decisões, para as desculpas e para novos erros, novas descobertas e também histórias. E que cada ano seja sempre o melhor ano das nossas vidas..
Sem autoria 

12.24.2010

Mitos e verdades sobre o câncer

Mesmo com os mais inovadores tratamentos de combate ao câncer, a maioria ainda desconhece vários aspectos da doença. O que não faltam são informações distorcidas sobre o assunto. Conheça alguns mitos e verdades sobre a doença:
Câncer tem cura?
Diversos tipos de câncer são potencialmente curáveis, particularmente se detectados numa fase precoce.

Câncer é hereditário?
O câncer é uma doença que resulta da interação entre fatores ambientais e genéticos. Entretanto, uma parcela pequena dos tumores malignos é considerada hereditária. A maioria está relacionada à exposição a fatores ambientais (tabagismo, hábitos alimentares, infecções etc).
Estresse, depressão e outros problemas psicológicos podemcausar o câncer ou agravar a doença?
Problemas psicológicos alteram o sistema imune, mas o nexo causal direto entre estresse, depressão e aparecimento do câncer ainda não foi demonstrado. No paciente com câncer, tais sintomas podem aumentar a dificuldade para enfrentar o tratamento e atrapalhar o sucesso terapêutico.
A dieta inadequada é responsável por metade dos casos de câncer?
A dieta está relacionada ao aparecimento do câncer. Uma dieta saudável pode contribuir significativamente para prevenir alguns tipos de câncer.

Adoçantes provocam câncer?
Apesar de inicialmente haver suspeitas sobre o potencial cancerígeno de adoçantes, estudos posteriores não confirmaram a associação.
O álcool é fator de risco?
O consumo de álcool está relacionado ao câncer de cabeça e pescoço, esôfago, intestino e mama.
Por Amândio Soares Fernandes Júnior - Membro da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBCO) e da Sociedade Brasileira de Cancerologia (SBC).
Época

Veja mais:
O fim dos mitos sobre o câncer
Nos últimos vinte anos, a medicina venceu
várias batalhas contra a doença e passou
a entendê-la melhor. Com isso, os estigmas
que cercam esse mal também estão
sendo demolidos

O ator Raul Cortez: depois do choque do diagnóstico, serenidade e confiança nas armas da medicina atual



NESTA REPORTAGEM
Entrevista: Raul Cortez
Quadro: As vitórias contra o câncer
Quadro: De cabeça erguida

EXCLUSIVO ON-LINE
Outras reportagens de capa
No dia 10 de dezembro do ano passado, uma notícia mudou o curso da vida do ator Raul Cortez. Internado às pressas depois de passar mal em casa, ele recebeu um diagnóstico assustador: estava com câncer no aparelho digestivo. Cortez teve de interromper sua participação na novela Senhora do Destino, então no ar, para submeter-se a uma cirurgia de extração do duodeno e de partes do estômago e do pâncreas. Atualmente, ele passa por um duro tratamento quimioterápico. "A doença cobra um preço alto. Mas eu sei que hoje a medicina tem armas para combatê-la. Isso me dá uma certa serenidade para atravessar esta fase", diz. A experiência de Raul Cortez reflete de maneira exemplar o momento atual da luta contra o câncer no Brasil, onde se estima que mais de 450.000 casos sejam diagnosticados em 2005. A medicina tem obtido grandes avanços na compreensão da doença e no combate a ela. O câncer deixou de ser equiparado a uma sentença inapelável de morte e tornou-se um problema que, em muitos casos, pode ser controlado, dando ao portador uma sobrevida antes inimaginável e uma qualidade de vida bastante próxima daquela das pessoas que sofrem de doenças crônicas. Os progressos no campo científico se somam a novas atitudes culturais de médicos, grupos de apoio, parentes e dos próprios pacientes – que, via internet, podem obter informação atualizada e de qualidade sobre o mal que os aflige. O resultado é a pulverização de velhos estigmas em torno do câncer. A doença ainda é um desafio para a medicina, mas a vida dos doentes e de suas famílias tornou-se muito mais suportável com a compreensão mais precisa do que ela acarreta.
Duas décadas atrás, a ciência apenas tateava na compreensão do câncer. Isso mudou bastante. Falar da doença no singular é hoje, inclusive, uma imprecisão: segundo a Organização Mundial de Saúde, existem 804 tipos de câncer identificados e classificados. Diagnósticos mais precoces e precisos, remédios mais potentes e menos nocivos ao organismo, técnicas de extração dos tumores menos agressivas – todos esses avanços fizeram com que a sobrevida aumentasse (veja quadro). Atualmente, a taxa de pacientes com câncer de pulmão que não apresentam reincidência depois de cinco anos de tratamento é de 17% – um avanço de 70% em relação à década de 70. No câncer de próstata e de testículos, o índice de sobrevida se aproxima dos 100%. O diagnóstico precoce é a maior razão desses progressos. As taxas de acerto das máquinas de tomografia computadorizada mais avançadas já passam de 90%.

"Quando soube que estava com câncer na região anal, em 2001, fiquei abalada. Eu já havia vencido um tumor de pele, mas esse era bem mais grave. Vivia um momento especial da minha vida. Meus filhos tornavam-se adultos e eu estava amando de novo. Sentia-me feliz também com meu programa na televisão. Fiquei várias vezes internada, fiz 42 sessões de quimioterapia, que me debilitaram muito. Depois, entrei na radioterapia, e aí já não conseguia trabalhar. Meus filhos e meu então marido foram pessoas importantes nessas horas. Com a força deles, resolvi expor minha condição. Tem gente que diz 'aquela coisa', 'aquela doença'. Se você não enfrenta seu inimigo, tem muito menos chance de vencê-lo. Câncer não é pecado. As pessoas devem se informar, pesquisar na internet, questionar os médicos. Têm de continuar trabalhando e não aceitar a pena alheia. O tempo para ser considerado curado é dez anos. Já estou quase na metade da história. Quem enfrenta uma doença com possibilidade de morte sempre sai transformado da experiência. Em alguns sentidos, a vida fica até melhor depois de vencer um desafio como esse."
Ana Maria Braga,
apresentadora de televisão
Campanhas de prevenção também são um fator na melhora das estatísticas. Nos anos 70, o número de diagnósticos de câncer de mama era dez vezes menor do que hoje. No entanto, as taxas recentes de sobrevida são maiores do que naquela época. Isso porque, graças à difusão de informações e da prática do auto-exame, pode-se diagnosticar um nódulo em estágio inicial. Outra evolução foi o desenvolvimento de drogas mais potentes. Novas classes de remédios, como os anticorpos monoclonais, têm a capacidade de detectar as células do tumor e agir especificamente sobre elas. Com isso, os efeitos adversos diminuíram – muito embora ainda sejam consideráveis. Firmou-se a consciência de que é preciso rigor máximo nos tratamentos, algo que nem sempre ficava evidente num período anterior, em que o nível de especialização dos médicos não era tão elevado. "Garantir o controle da doença, mesmo nos casos em que aparentemente não há cura, é o melhor procedimento", afirma o oncologista Císio Brandão, do Hospital do Câncer A.C. Camargo, em São Paulo. "Novos medicamentos surgem a todo momento, e esses pacientes devem estar prontos para se beneficiar deles."
As vitórias da medicina sobre o câncer permitiram que alguns mitos se desfizessem. A mais célebre estudiosa desses mitos foi a ensaísta americana Susan Sontag. Em 1978, depois de descobrir que tinha um câncer no seio, ela publicou um texto de enorme impacto intitulado A Doença Como Metáfora. "Enquanto essa doença particular for tratada como um predador maligno, invencível, e não apenas como um mal físico, a maioria das pessoas com câncer se sentirá deprimida ao descobrir qual é a sua doença. A solução não é sonegar a verdade dos pacientes, mas retificar as concepções sobre a doença, desmistificá-la", escreveu ela. Susan curou-se do primeiro tumor, mas no fim dos anos 90 foi apanhada novamente pela doença, que acabou por matá-la em 2004. Pouco antes de sua morte, numa entrevista a VEJA, ela afirmou que se sentia aliviada ao perceber que, no intervalo entre seus dois diagnósticos, as atitudes irracionais em relação ao câncer haviam diminuído. Sontag resumiu admiravelmente os avanços percebidos por ela: "Há mais franqueza no ar, mais informação circulando entre os leigos, menos medo de tratamentos efetivos como a quimioterapia e mais ceticismo em relação a tratamentos sem eficácia como as dietas".

"Em setembro do ano passado, ligaram da escola de minha filha Julia, então com 7 anos, dizendo que ela não estava bem. Fazia um mês que Julia aparecia com marcas roxas pelo corpo – bastava esbarrar em alguém para ficar assim. Eu e meu marido a levamos ao hospital. O diagnóstico foi leucemia. Na hora, vem o clichê: o chão se abriu sob meus pés. Vi minha filha vulnerável, como se alienígenas estivessem tomando o corpo dela. Depois de 24 horas prostrada, tomei uma decisão. Iríamos viver um dia de cada vez. Eu estou aqui agora com a Julia, não sei de amanhã nem do ano que vem. Tenho de ser verdadeira com ela. A gente nunca tentou dourar a pílula. Nem fazer previsões boas ou ruins. No hospital em que ela está se tratando, os médicos também falam sobre o momento, não criam expectativa. A Julia é curiosa e está aprendendo tudo sobre a doença. Outro dia, disse à minha mãe: "Estou com 300 000 plaquetas, vó". Hoje ela toma alguns comprimidos e vai ao hospital tomar injeção todas as terças. Está em remissão, já não se detectam as células leucêmicas. Remissão não é cura, mas ela está bem."
Soninha Francine,
vereadora paulistana (PT) e apresentadora de televisão
Um dos estigmas que vieram abaixo foi aquele que igualava o câncer à morte certa. Em segundo lugar, a doença perdeu muito do caráter de mal inescrutável. Falar de câncer já foi um tabu social. Empregavam-se eufemismos para evitar a palavra. Era comum também esconder dos portadores a sua verdadeira condição – em geral, era aos familiares que o médico solenemente confidenciava a verdade sobre o paciente. "Mente-se para pacientes de câncer não apenas porque a doença é (ou considera-se que seja) uma sentença de morte, mas porque é percebida como obscena – no sentido original dessa palavra: agourenta, abominável, repugnante", escreveu Susan Sontag.
"Câncer" deixou de ser palavrão. O termo é pronunciado abertamente em público e figura em camisetas e acessórios que viraram moda, como aqueles com o logotipo da campanha contra o câncer de mama. Outro exemplo é a pulseira que o ciclista Lance Armstrong, sobrevivente de um câncer nos testículos – que no caso dele se complicou com metástases nos pulmões e no cérebro –, lançou para angariar fundos para pesquisas sobre a doença, em parceria com a Nike. Em um ano, mais de 46 milhões de pulseiras já foram vendidas no mundo todo. Depois de tratado, Lance voltou a competir e venceu seis vezes a prova mais desafiadora de sua modalidade esportiva, a Volta da França, da qual é o maior campeão de todos os tempos.
No ano passado, quando a vereadora paulistana e apresentadora de televisão Soninha Francine teve a notícia de que sua filha caçula, Julia, de 8 anos, sofria de um tipo raro de leucemia, fez questão de tratar do problema sem meias palavras. "Cheguei a brigar com meu marido porque ele disse a um amigo que nossa filha estava com uma 'doença chata'", afirma. Não é só o nome que não tem mais de ser evitado. Hoje, a grande maioria dos doentes considera um direito seu saber com todas as letras do que sofre. "Quando não recebem informação adequada, eles se sentem traídos e às vezes até abandonam o tratamento", diz Císio Brandão.
Dois outros estigmas foram derrubados, mas ainda resistem em certos círculos: o de que o câncer tem raízes psicológicas, em geral ligadas à repressão de sentimentos, e o de que a manifestação da doença é uma espécie de punição. A primeira idéia foi popularizada pelo psicólogo austríaco Wilhelm Reich (1897-1957), segundo o qual o câncer era "a doença que se segue à resignação emocional, uma desistência da esperança". Essa concepção de uma origem psicológica do câncer foi desacreditada pela ciência. Hoje em dia, quando os psicólogos insistem na importância de uma atitude reativa em relação à doença e grupos como os Doutores da Alegria são admitidos em hospitais para levantar o astral dos pacientes, é menos por acreditar que isso tenha uma influência direta sobre a cura do que por saber que essa atitude ajuda a reforçar o ânimo para enfrentar um tratamento longo e sofrido. A crença de que a doença é uma forma de punição, no entanto, está muito enraizada na história cultural da humanidade. É possível encontrar esse conceito já em poemas da Antiguidade grega, como a Odisséia, a narração de Homero escrita quase 900 anos antes da era cristã. O próprio cristianismo cuidou de reforçar a idéia de que certas atitudes mentais produzem doenças graves. As terapias de apoio contemporâneas procuram desfazer esse tipo de associação. "Ter câncer não é pecado", diz a apresentadora Ana Maria Braga, que enfrentou dois diagnósticos e submeteu-se a dois tratamentos bem-sucedidos, o primeiro de pele, em 1991, e o segundo na região anal, em 2001.

Paulo Liebert/AE
"O diagnóstico do câncer é impactante. Mas é importante não se entregar a esse momento, e canalizar energias para o duro combate à doença. No meu caso – tive um câncer no testículo em 1998 e outro no estômago, em 2002 –, o fato de ter uma família sólida me fez sentir amparado. No tratamento, é preciso ter disciplina e seguir os procedimentos indicados pelos médicos. Essa crise nos oferece a oportunidade de lidar melhor com nossas fragilidades e compreender que não temos controle sobre os ritmos e os prazos da vida. É natural que os exames sejam precedidos de muita ansiedade. E a notícia da superação? A sensação, ao receber a informação de que o problema está sob controle, é a mesma de receber uma mensagem de boas-vindas, de ter sido contemplado com mais uma possibilidade de vida."
Luiz Gushiken,
ministro da Secretaria de Comunicação
Talvez não haja símbolo mais evidente da maneira como o câncer é enfrentado socialmente hoje em dia do que a cabeça raspada das pessoas que se submetem à quimioterapia. É um emblema ainda, mas nem de longe tão negativo quanto os de outros tempos. A cena em que a personagem vivida pela atriz Carolina Dieckmann perde o cabelo na novela Laços de Família (2000), depois de descobrir que tem leucemia, foi um momento marcante da televisão brasileira nos últimos anos. A atriz veterana Glória Menezes também se desfez das madeixas para interpretar uma doente na peça Jornada de um Poema. Entre as doentes reais, a apresentadora Ana Maria Braga foi pioneira ao ostentar a careca na televisão como símbolo de uma luta pessoal. "Eu tinha duas opções: esconder-me de meu público ou assumir o que estava passando. Expor a falta de cabelo foi minha forma de enfrentar o problema", diz ela. A vereadora Soninha passou pela situação delicada de explicar à filha por que as demais crianças da clínica onde ela se tratava estavam carecas – e informar-lhe que ela também ficaria assim. "A Julia ficou preocupada com o que os amiguinhos de escola iam dizer. No fim, encontramos um jeito leve de tratar do assunto. Eu disse: 'Olha, Julia, é como a gripe carecal das histórias do Cebolinha, só que aqui vocês tomam um remédio que faz o cabelo cair'", conta.
A compreensão da doença e o fim dos mitos tiraram um peso adicional dos ombros dos doentes. Obviamente, isso não significa que o impacto de descobrir que se tem um câncer seja assimilado igualmente por todos. Como toda doença grave que nasce e cresce em silêncio, o câncer é um lembrete esmagador de nossa mortalidade. Dá-se o que os especialistas chamam de "elaboração do próprio luto". "Com uma notícia dessas, a morte deixa de ser um evento abstrato e se transforma numa possibilidade concreta", diz a psicóloga Maria Júlia Kovács, coordenadora do Laboratório de Estudos sobre a Morte da Universidade de São Paulo. Uma experiência desse tipo é tão perturbadora que não se deve roubar do paciente o direito de sofrer com sua condição. Os médicos relatam que são comuns os casos de pessoas que escondem a própria angústia numa tentativa heróica de poupar as pessoas próximas. Parentes e amigos dos doentes também sentem medo da morte e do sofrimento que o câncer pode causar. Eles também vivem a elaboração antecipada do luto do outro. "Quem está ao lado de um doente de câncer também precisa de apoio, até para poder ajudá-lo de maneira mais eficaz", diz Maria Goretti Sales Maciel, coordenadora do Programa de Cuidados Paliativos do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo.
Pessoas saudáveis ou aquelas que nunca conviveram com um doente grave tendem a subestimar o poder desestabilizador de um mal como o câncer. A doença revoluciona toda a vivência do cotidiano. Ajudar os doentes e seus familiares a reestruturar o dia-a-dia é a tarefa de novas disciplinas como a medicina paliativa. A especialidade ainda não é reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina, mas programas desse tipo são oferecidos nas principais instituições que trabalham com pacientes de câncer no país. Suas equipes são compostas de médicos, enfermeiros e psicólogos, que atendem os doentes nos hospitais e em casa. Muitos dos conselhos e regras simples empregados por quem atua nessa área têm o sabor de platitudes, mas a doença grave é justamente um desses momentos em que o senso comum se desfaz – e as pessoas precisam ser trazidas de volta a ele. Entre as orientações dirigidas aos familiares e amigos está, por exemplo, a de respeitar a intimidade do doente (veja quadro). Entre aquelas dirigidas ao paciente está a de não abandonar os planos, mesmo que sejam somente para o dia seguinte. Casos como os de Ana Maria Braga, Luiz Gushiken e Raul Cortez, no entanto, mostram que se pode ambicionar mais do que isso. Diz Ana Maria: "É possível sobreviver ao câncer. Em alguns sentidos, a vida fica até melhor depois de vencer um desafio como esse". 
"A doença não vai me vencer"
Desde o fim do ano passado, o ator Raul Cortez, de 72 anos, luta contra um câncer no aparelho digestivo. Depois de uma cirurgia para extração do tumor, ele passa por um tratamento à base de quimioterapia. Cortez recebeu VEJA para duas entrevistas – em sua casa, em São Paulo, e em seu sítio, no interior paulista
"Não quero que ninguém tenha pena de mim. Isso é a pior coisa para um paciente com câncer"
OS PRIMEIROS SINTOMAS "Dois anos atrás, a doença já dava sinais de sua presença, sem que eu me desse conta. Tive uma hérnia de hiato, uma pancreatite, uma sinusite, o pulmão já estava sendo atacado. Quando fiz a novela Esperança, passei muito mal depois de uma refeição. Apesar desses sinais, emendei as filmagens de duas novelas. Ator é um bichinho engraçado, eu achava que não era nada grave. No dia do meu aniversário, em 28 de agosto do ano passado, eu comecei a me sentir realmente doente e fiquei revoltado. Pensei: não vou deixar isso acontecer comigo. Quando não dava mais para segurar, fiz um exame, mas não deu nada. Fui então a um acupunturista, e ele disse que eu tinha algum problema no pâncreas. Comecei a sentir dores e imaginava que dor de câncer deveria ser daquele jeito. Quando tiver um papel de paciente de câncer, brinquei comigo, já sei como interpretar. Nem sonhava que estava sentindo a dor do câncer de fato. A doença não vai me vencer."
A DESCOBERTA
"No dia 10 de dezembro do ano passado, depois que vomitei em casa, minha empregada me enfiou num táxi e me mandou para o hospital. Eu me internei contra minha vontade. Depois de uma bateria de exames, o médico mandou chamar minha família. Até ali eu não estava alarmado. Só senti o choque na hora em que ele anunciou, na presença de meus quatro irmãos: você está com um tumor. Perguntei se era benigno. Quando o médico disse que era maligno, veio um grande susto. Mas, logo em seguida, pensei: não posso chorar, senão enfraqueço e não poderei lutar contra a doença. Então tomei coragem e falei: se tiver de operar, que seja já."  
A OPERAÇÃO"Quando estava indo para a cirurgia, achava que aquilo não podia estar acontecendo de verdade. Eu deitado na maca, com uma touca ridícula na cabeça, parecia um pesadelo. Numa operação de quinze horas, os médicos extraíram meu duodeno, uma parte menor do estômago e outra do pâncreas. Em razão disso, hoje não posso pesar mais que 72 quilos. Agora, controlo meu peso todo dia. Antes disso tudo, eu estava com quase 80 quilos. Agora, peso 66 quilos e 700 gramas."

"Recuperei o humor. Minha vida passou por uma grande mudança, mas sinto uma quietude interior"
O HOSPITAL"Durante minha internação, descobri que num hospital não tem essa de solidão. E não é só porque as portas se abrem para as visitas a toda hora. O hospital tem vida própria, as pessoas são muito solidárias. Há sempre o contato com os funcionários e outros pacientes. Constatei, aliás, que a identificação com os demais doentes é vital. A gente se fala até hoje, um dá força ao outro."  
O TRATAMENTO"Depois da operação, fiz radioterapia e também iniciei as sessões de quimioterapia. Faço uma a cada duas semanas. Tenho de ficar no hospital por três horas recebendo os remédios por via injetável, e os efeitos são realmente desagradáveis. Sinto dores terríveis depois de enfrentar a químio. Além disso, tomo um remédio que tira a concentração e dá tremedeira – demorei um pouco para associar minhas perdas de equilíbrio ao efeito dele. O tratamento é duro, mas está valendo a pena. Sinto que a doença foi controlada."  
O APOIO DA FAMÍLIA"Quando tive o diagnóstico de câncer, meus parentes caíram em prantos. Eu pensei: não posso deixar que eles se abatam, e comecei a brincar com a situação. Todos eles se preocupam, ligam para mim o dia inteiro. O que me deixa feliz é saber que, junto com minhas duas filhas e meus irmãos, formamos uma família unida. É mais fácil atravessar esse momento duro com o afeto deles."  
"Na rua as pessoas estimam melhoras. Os caminhoneiros, ao me ver, agora buzinam para mim"
A VIDA COM A DOENÇA"Depois do susto inicial, recuperei meu humor. Passo os dias em meu sítio, fazendo caminhadas, conversando com os amigos pelo telefone, lendo e vendo DVDs. Só fico frustrado por não conseguir pintar. Tento, mas não sai nada. O que importa é ter uma rotina e manter a mente ocupada. Sei que minha vida passou por uma grande mudança, mas sinto uma quietude interior. Estou mais tolerante com as pessoas, me divirto com elas, com seus defeitos."
A REAÇÃO DAS PESSOAS"Não quero que ninguém tenha pena de mim. Isso é a pior coisa para um paciente com câncer. Graças a Deus, não percebo dó no olhar dos meus amigos. Mas, quando encontro alguém que não é tão chegado, sinto aquele olhar de consternação que me causa repulsa. Embora esse tipo de reação me irrite, acho que devo tornar minha doença pública. É engraçado, na rua as pessoas estimam melhoras. Os caminhoneiros, quando me vêem, até buzinam para mim. Virei a Sula Miranda. Quando eu falo que já estou bom, as pessoas dizem: mesmo assim, quero que o senhor se recupere logo."
PROJETOS"Por enquanto, não dá para fazer televisão nem teatro. Mas, se tiver trabalhos em comerciais, eu garanto que estou inteiro. No fim do ano, tenho vontade de fazer um espetáculo de curta duração. Seria uma coisa simples, um monólogo talvez. Também planejo fazer uma peça junto com minha filha Lígia. Isso é mais para a frente, se Deus quiser, mas tenho planos. Eu me sinto curado."
 

 

Neurologia

Distúrbios de atenção

Não restam mais dúvidas de que a DDAH é real: exames deixam claro sua relação com a baixa atividade em determinadas regiões do cérebro

The New York Times
O transtorno do déficit de atenção com hiperatividade atinge entre 3% e 5% das crianças e pode acompanhar os portadores até a vida adulta O transtorno do déficit de atenção com hiperatividade atinge entre
3% e 5% das crianças e pode acompanhar os portadores
até a vida adulta 
Estudos de imagens cerebrais em pessoas com déficit de atenção mostraram um padrão consistente de atividade abaixo do normal nos lóbulos frontais
Embora pesquisas recentes tenham identificado fatores ambientais que podem elevar a probabilidade de desenvolvimento da doença, estima-se que seu componente genético seja mais forte
Até 2002, um grupo internacional de respeitados neurocientistas achava necessário publicar um relato argumentando intensamente que o transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) era uma doença real. Em face de evidências científicas “devastadoras”, eles reclamavam, o TDAH era comumente retratado pela mídia como "um mito, uma fraude ou uma condição benigna" – uma consequência de professores rígidos demais, talvez, ou do excesso de televisão.
Nos últimos anos, tem sido mais raro ouvir alguma dúvida de que o problema realmente existe, e as evidências explicando sua rede neural e sua genética vêm se tornando mais convincentes e complexas.
Mesmo assim, ultimamente foram publicados alguns artigos e ensaios que usam a atenção (ou a falta de) como um indicador e uma metáfora de algo mais amplo na sociedade: as distrações eletrônicas, o conceito de multitarefa, a ideia de que a natureza da concentração pode estar mudando, de que as pessoas se sentem sobrecarregadas, distraídas, irritáveis.
Mas o TDAH não é uma metáfora. A doença não é a inquietude e a indisciplina que acontecem quando os alunos ginasiais são privados de intervalos, ou a distração dos adolescentes na era do smartphone. Ela também não é a razão pela qual seus colegas baixam e-mails durante reuniões e até mesmo em meio a conversas.
"A atenção é uma fenômeno cognitivo realmente complexo, com muitas peças dentro dela", afirma o Dr. David K. Urion, de Harvard, que dirige o programa de deficiências e neurologia comportamental no Hospital Infantil de Boston. "Quando falando de crianças com déficit de atenção, o problema reside na atenção seletiva quando comparado a seus pares em idade e sexo – o que você absorve e o que você ignora?"
Além disso, o distúrbio ocorre ao longo de um amplo espectro, de leve a extremo. Meninos são mais propensos a serem hiperativos e impulsivos, meninas a serem desatentas (um motivo para muitas meninas não serem oficialmente diagnosticadas é que aquelas com o jeito desatento podem ser bem comportadas na escola, mas ainda assim, incapazes de se concentrar).
Padrão consistente — “Ainda há muito que não sabemos”, disse Bruce F. Pennington, professor de psicologia na Universidade de Denver e especialista na genética e na neuropsicologia dos distúrbios de atenção. "Mas sabemos o bastante para dizer que se trata de um problema baseado no cérebro, e temos alguma ideia sobre quais circuitos e genes estão envolvidos".
Estudos de imagens cerebrais em pessoas com déficit de atenção mostraram um padrão consistente de atividade abaixo do normal nos lóbulos frontais, onde fica a chamada função executora. E cientistas estão focando nos caminhos para a dopamina e neurotransmissores similares ativos nos circuitos que passam informações de entrada e saída aos lóbulos frontais.
Níveis de atividade em circuitos específicos podem ajudar a explicar o aparente paradoxo de usar estimulantes, como o Ritalina, para tratar crianças que já parecem superestimuladas. Em muitas crianças com TDAH, esses medicamentos podem ajudar os circuitos a funcionar mais normalmente. "Se você tem déficit de dopamina, é mais difícil se concentrar em comportamentos orientados por objetivos", explicou Pennington. "Os psicoestimulantes alteram a disponibilidade de dopamina nesses mesmos circuitos".
Fator genético — Embora pesquisas recentes tenham identificado fatores ambientais que podem elevar a probabilidade de desenvolvimento da doença, estima-se que seu componente genético seja mais forte. O Dr. Maximilian Muenke, diretor do braço de genética médica no Instituto Nacional de Pesquisa do Genoma Humano, disse que em gêmeos idênticos, se um deles tiver TDAH, a probabilidade de o segundo também ter é de 80 por cento (entre gêmeos não-idênticos, o número cai para 20 a 30 por cento, o mesmo de irmãos no geral).
No mês passado, a equipe de Muenke publicou um artigo identificando um gene, chamado LPHN3, associado tanto à doença quanto a uma reação favorável a estimulantes. Mas ninguém acha que apenas um gene é o responsável; assim como a atenção é um fenômeno complexo, a genética dos déficits de atenção também é.
Remédios personalizados — Muenke é cauteloso ao afirmar se os estudos da genética poderiam, algum dia, desempenhar algum papel no tratamento da doença. Ele falou de eventualmente prever quais crianças responderão a remédios específicos, poupando as famílias da frustração de trocar de medicamentos diversas vezes sem nenhum alívio. Ele pareceu mais otimista ao falar das probabilidades a longo prazo.
"Acredito realmente que, com o tempo, seremos capazes de desenvolver remédios personalizados para uma criança com TDAH", afirmou ele, acrescentando que, quando as causas principais são conhecidas, "essa criança terá um tratamento muito específico, seja ele apenas comportamental ou envolvendo medicação" – e essa medicação será feita sob medida para a criança.
Casos antigos — Talvez ávido por deixar claro que o TDAH é muito mais que uma metáfora para as distrações da vida moderna, os cientistas adoram citar exemplos muito mais antigos que a própria criação do termo.
Urion evocou Sir George Frederick Still, o primeiro professor britânico de medicina pediátrica, que descreveu a síndrome precisamente em 1902, falando de um garoto que era "incapaz de manter sua atenção, até mesmo num jogo, por mais que um período muito curto de tempo" – e que por isso estava "atrasado nas atividades escolares, mesmo parecendo completamente normal em seus modos e conversas".
Muenke citou Der Struwwelpeter (Pedro Descuidado, em tradução livre), livro infantil escrito por Heinrich Hoffmann em 1845 que traz a história de Zappel-Philipp, ou Felipe Inquieto (uma tradução ao inglês foi feita por Mark Twain, o grande cronista dos garotos).
As circunstâncias da vida moderna podem gerar a falsa ideia de que uma cultura repleta de eletrônicos e deveres amontoados cria o distúrbio. "As pessoas pensam que vivemos num mundo que causa TDAH", disse Urion. É claro que ninguém deveria dirigir e trocar mensagens de texto ao mesmo tempo, continuou ele, mas para "um marinheiro portuário que conduz um enorme navio ao porto de Boston, prestar atenção já era uma boa ideia, mesmo naquela época".
Verão: temporada da herpes

Quando se fala em verão, as primeiras imagens que vêm a cabeça dificilmente dificilmente são as das feridas no canto da boca provocadas pela herpes labial. É durante essa época do ano, entretanto, que a doença ataca mais. Confira abaixo um texto elaborado pela equipe do médico Marcello Bossois, alergista, imunologista e coordenador do Projeto Brasil Sem Alergia (www.marcellobossois.cjb.net), e saiba mais sobre o herpes.


O que é
O herpes simples é uma doença causada por vírus e atinge boa parte da população. Sua ocorrência se dá sob as formas de herpes labial e herpes genital.Após o contágio, este vírus persiste no organismo, sendo capaz de apresentar manifestações periódicas. No verão, essas manifestações aumentam, devido a exposição solar freqüente em praias e piscinas.
O quadro pode ser evidente em períodos de stress. Todo mundo tem em algum momento contato com o vírus do herpes simples, que pode ser transmitido através da saliva do beijo, por relação sexual, por outras secreções ou até pelas mãos de pessoas que possuem o vírus.
Ele sobrevive em uma junção nervosa do assintomático, até se manifestar em qualquer fase da vida. A maioria das pessoas é portadora do vírus e não chega a desenvolver a lesão.
Herpes Labial
A infecção se divide em quatro estágios:
1. O lábio arde e coça;
2. Inicia-se um pequeno inchaço, formando bolhas freqüentemente dolorosas;
3. As bolhas rompem-se e juntam-se ocasionando ferida com secreção; neste estágio, o vírus pode ser transmitido a outras pessoas com muita facilidade;
4. A ferida seca e sara; formam-se crostas e ocorre a cicatrização.

Estas lesões reaparecem com freqüência sendo variáveis de indivíduo para individuo. O vírus pode infectar outras partes do corpo, se tocada logo após o contato com a ferida labial. Se, por exemplo, após tocar a ferida do herpes labial, a pessoa tocar os olhos, pode provocar uma infecção grave, com a formação de úlceras na parte transparente do olho.
A Transmissão
Durante a infecção pelo herpes labial, o beijo é um importante meio de transmissão do vírus.
Se uma pessoa infectada beija outra durante episódio de infecção, a transmissão torna-se possível. É assim que geralmente as crianças adquirem a primeira infecção pelo herpes, que é extremamente perigoso em recém nascidos.Ao ser beijada pela mãe ou qualquer outra pessoa que apresente a infecção (principalmente no terceiro estágio), a criança pode contrair o vírus.

Herpes Genital
O herpes genital é outro tipo de infecção causada pelo vírus do herpes e é considerado, dentre as doenças sexualmente transmissíveis, a de mais rápido crescimento numérico.
Milhões de pessoas no Brasil têm herpes genital e, a cada ano, dezenas de milhares de homens e mulheres, a maioria entre 18 e 35 anos, pode transmitir esta infecção, trazendo muito sofrimento.
A Transmissão
A forma inicial de transmissão é através de relação sexual com pessoa que esteja com herpes genital em atividade. As manifestações são mais graves na primeira infecção e aparecem poucos dias após a relação sexual.
Há períodos com e sem manifestações clínicas e essas são desencadeadas por algo que abaixe as defesas do organismo como o sol da praia, o stress e o período menstrual, e doenças do sistema imunológico.
É importante ressaltar, que no período de manifestação, as lesões facilitam a transmissibilidade de doenças venéreas perigosas como AIDS e Hepatite B.
Tratamento do Herpes Genital e Labial
Não há como prevenir o herpes genital e labial. O que podemos fazer, seria administrar, nas pessoas sabidamente infectadas, uma vacina composta de substâncias que aumentem as defesas, ensinando o organismo a combater melhor a doença, diminuindo muito a ocorrência dos sinais e sintomas como: Lesões orais, genitais, incomodo, ardência e coceira constante. A vacinação é feita mensalmente, totalizando nove doses, em média. Além disso, o uso de medicações sintomáticas e suplementos alimentares ajuda bastante no combate a essa infecção.
Herpes Zoster
Apesar do nome ser semelhante aos outros tipos de herpes, o vírus e a forma da doença são diferentes. Sabe-se que por algum motivo (stress, mudança hormonal, imunossupressão e etc) o vírus da catapora se reativa, levando ao aparecimento de vesículas em zonas muito dolorosas, sendo que alguns pacientes não agüentam nem o vento nessa região.
Tratamento Do Herpes Zoster
Já o herpes zoster poderia ser prevenido, tomando a vacina contra catapora. Nas pessoas aonde o herpes zoster se manifestou, pode ser aplicada vacinas imunoestimulantes que diminuem muito a freqüência e a intensidade da doença.
O Dia

Novo medicamento poderá ser alternativa contra o HIV

Produto já foi testado e teve resultados promissores no tratamento de 18 pacientes

Rio - Cientistas desenvolveram um novo remédio capaz de bloquear a entrada do vírus HIV nas células. O medicamento, que está sendo testado por um grupo de pesquisadores, foi inspirado em uma proteína que o próprio organismo humano produz. O estudo  com a nova droga, publicado na revista americana ‘Science Translational Medicine’, teve sucesso em 18 pacientes nos primeiros ensaios clínicos.

Segundo os pesquisadores, o novo produto provoca poucos efeitos adversos porque é derivado de uma pequena proteína — chamada virip e descoberta em 2007 —, que o organismo humano produz para se defender de outros vírus.

Para chegar à proteína, os cientistas sintetizaram 600 variantes da virip para verificar se uma delas era eficaz contra o HIV. A VIR-576 teve ótimos resultados. O HIV depende de uma proteína chamada gp41 para invadir as células humanas. A VIR-576 liga-se à gp41 e impede que ela realize essa função.

Guillermo Giménez, do Centro de Pesquisas Biológicas, na Espanha, disse que o medicamento teve sucesso nos ensaios clínicos de fase 1 e 2. Na fase 1, foi observado se o composto era tóxico. Na fase 2, foi avaliada a eficácia. Os próximos passos seriam as fases 3 e 4, quando se verifica, respectivamente, a eficácia do tratamento em comparação com terapias existentes e a efetividade da droga em uma população real de doentes.

Hoje, dois medicamentos já atuam de forma parecida com o novo medicamento, mas possuem limitações, como a existência de cepas resistentes.
O Dia

Qualidade de Vida: Alimentação Equilibrada + Atividade Física + Lazer

Você tem saudade de uma época em que sobrava tempo para uma caminhada no fim da tarde, a poluição ainda não assustava, sua alimentação era muito mais variada, sua saúde não o preocupava, seu emprego lhe garantia uma poupancinha extra no final do mês e, pelo menos uma vez por mês, o cinema era um programa garantido? Se este é o seu caso ou se pelo menos for semelhante, comece a compreender a expressão “Qualidade de Vida”. É uma maneira de avaliar o resultado das suas atitudes em relação ao seu corpo, à sua vida, a você mesmo. São vários os fatores que terão causado uma perda de Qualidade de Vida. Provavelmente os mais comuns são velhos conhecidos seus:
• Aumento do stress (Perdeu o emprego? Morreu alguém? Brigou com o companheiro?…).
• Tabagismo (Quantos cigarros tem consumido por dia?).
• Poluição (Há quanto tempo você não passeia no meio de um bosque?).
• Menos tempo para exercícios (Nem para o futebol aos domingos sobra tempo..).
• Menos tempo para lazer (Quando foi a última vez que você levou a família ao Jardim Zoológico?).
• Alimentação mais rápida e de menor qualidade.
• Aumento da carga horária do trabalho.
Ainda há tempo para uma mudança em seus hábitos. É incrível como apenas com a modificação de algumas atitudes corriqueiras como vícios alimentares, podemos diminuir em muito os riscos de desenvolver ou agravar doenças como as cardíacas, gastrointestinais, hipertensivas, câncer de mama e de intestino, entre outras. A presença de doenças como estas, em qualquer estágio, significa um grande prejuízo à sua Qualidade de Vida. Apesar de já “estarmos acostumados” a uma rotina que talvez inclua hábitos não-saudáveis como a ingestão exagerada de alimentos gordurosos e açúcares, além da baixa ingestão de frutas e verduras ou o hábito de fumar, o conhecimento de que estas atitudes -e outras- estão minando nossa saúde já deveria ser suficiente para uma verdadeira revolução em nossa maneira de viver.
Outro hábito que a vida moderna nos roubou foi o da prática de atividades físicas. Enquanto o homem das cavernas caminhava quilômetros para buscar comida, o homem “evoluído” apenas caminha, lentamente, até a geladeira. A ciência demonstra que o hábito de praticar exercícios regularmente, mesmo de intensidade moderada, pode compensar aquela fantástica supressão de hábitos saudáveis ao longo da história da humanidade. A obesidade já é considerada uma epidemia pelos órgão relacionados à saúde no mundo inteiro e este é o primeiro benefício relacionado à pratica de atividades físicas: o controle do peso e das doenças relacionadas ao seu excesso, como doenças cardiovasculares, hipertensão, diabetes etc. Outros efeitos ainda são caracterizados, como a diminuição do stress e a sensação de bem-estar.
E, por fim, o último componente desta equação de que resulta o índice de Qualidade de Vida: o Lazer. São aqueles momentos em que nos dedicamos a sair da rotina e fazer algo que nos cause prazer, relaxamento, alegria, descontração: ler um livro, assistir um filme, passear no parque, tomar um banho de cachoeira, jantar com amigos… são momentos em que recarregamos nossas baterias e nos preparamos para enfrentar a inevitável correria do dia-a-dia.
No entanto, antes de sair correndo desesperadamente, saiba que existem profissionais justamente para orientá-lo nesse momento:
Uma Nutricionista, ela estudará seus hábitos e gostos para prescrever numa dieta, o cardápio adequado a seu tipo físico e suas atividades. Existe uma distribuição ideal para cada nutriente e para cada refeição. Procure conhecer a que melhor vai contribuir para a sua saúde e bem-estar.
O Professor de Educação Física, ele é o profissional indicado para estudar suas aptidões, potenciais e limitações físicas e prescrever atividades na intensidade e duração adequadas a você. Ele vai orientá-lo, estimulá-lo e criar parâmetros para avaliar seu desempenho e sua evolução.

De qualquer forma, aqui vão algumas dicas:
• Caso esteja acima do peso, você deverá diminuir a ingestão de calorias; porém é muito importante uma dieta nutricionalmente equilibrada, ajustada a cada pessoa.
• Produtos como suplementos nutricionais podem ser prejudiciais se utilizados indiscriminadamente e devem ser prescritos por médicos ou nutricionistas habilitados.
• Evite doces, frituras, leite e carnes gordurosas, excesso de sal e bebidas alcoólicas.
• Dê preferência a frutas e vegetais, carne de aves e peixes, sucos naturais, alimentos assados, cozidos e grelhados.
• Inicie seu programa de condicionamento físico após a liberação de seu médico e sob a supervisão de um Professor de Educação Física. Caso tenha mais de 35 anos, é indicada a realização de um eletrocardiograma de esforço.
• Não pratique exercícios em jejum.
• Faça uma avaliação física, ela vai indicar seu estado físico geral e estabelecer seus objetivos.
• Reserve um tempo de seu dia para você, e aproveite-o!
• Incorpore estas mudanças em sua vida.
Dr. João Santos Caio Jr

Quem é o seu amante?


Muitas pessoas têm um amante e outras gostariam de ter um. Há também as que não têm, e as que tinham e perderam.

Geralmente são essas últimas as que vêem ao meu consultório para me contar que estão tristes ou que apresentam sintomas típicos de insônia, apatia, pessimismo, crises de choro ou as mais diversas dores.

Elas me contam que suas vidas transcorrem de forma monótona e sem perspectivas, que trabalham apenas para sobreviver e que não sabem como ocupar seu tempo livre. Enfim, são várias as maneiras que elas encontram para dizer que estão simplesmente perdendo a esperança.

Antes de me contarem tudo isto, elas já haviam visitado outros consultórios, onde receberam as condolências de um diagnóstico firme:

"Depressão", além da inevitável receita do anti-depressivo do momento.

Assim, após escutá-las atentamente, eu lhes digo que elas não precisam de nenhum anti-depressivo; digo-lhes que elas precisam de um AMANTE!

É impressionante ver a expressão dos olhos delas ao receberem meu conselho.Há as que pensam: "Como é possível que um profissional se atreva a sugerir uma coisa dessas?!"

Há também as que, chocadas e escandalizadas, se despedem e não voltam nunca mais.Àquelas, porém, que decidem ficar e não fogem horrorizadas, eu explico o seguinte: AMANTE é "aquilo que nos apaixona".

É o que toma conta do nosso pensamento antes de pegarmos no sono e é também aquilo que, às vezes, nos impede de dormir.

O nosso AMANTE é aquilo que nos mantém distraídos em relação ao que acontece à nossa volta.É o que nos mostra o sentido e a motivação da vida. Podemos encontrar o nosso amante em nosso parceiro, que nos desperta as maiores paixões e sensações incríveis. Também podemos encontrá-lo na pesquisa científica ou na literatura, na música, na política, no esporte, no trabalho, na necessidade de transcender espiritualmente, na boa mesa, no estudo ou no prazer obsessivo do passatempo predileto...

Enfim, é "alguém" ou "algo" que nos faz "namorar" a vida e nos afasta do triste destino de "ir levando".

E o que é "ir levando"?Ir levando é ter medo de viver.

É o vigiar a forma como os outros vivem, é o se deixar dominar pela pressão, perambular por consultórios médicos, tomar remédios multicoloridos, afastar-se do que é gratificante, observar decepcionado cada ruga nova que o espelho mostra, é se aborrecer com o calor ou com o frio, com a umidade, com o sol ou com a chuva.

Ir levando é adiar a possibilidade de desfrutar o hoje, fingindo e se contentar com a incerta e frágil ilusão de que talvez possamos realizar algo amanhã.

Por favor, não se contente com "ir levando"; procure um amante, seja também um amante e um protagonista da SUA VIDA...

Acredite: o trágico não é morrer; afinal a morte tem boa memória e nunca se esqueceu de ninguém.

O trágico é desistir de viver; por isso, e sem mais delongas, procure um amante ...

"PARA SE ESTAR SATISFEITO, ATIVO E SENTIR-SE JOVEM E FELIZ, É PRECISO NAMORAR A VIDA".

(Dr. Jorge Bucay - PSICÓLOGO - tradução do original "Hay que buscarse un Amante")

Sonhos!!!





A felicidade não cai do céu. É preciso conquistá-la dia a dia. E mais: só tem acesso a ela quem fizer por merecer. Portanto, se você tem um sonho que o fará feliz, comece a batalhar por ele agora, e com determinação. Lembre-se: é você quem faz. Para conquistar a felicidade para si, produza felicidade para os outros.

Mais um dia para viver bem.

Você consegue imaginar por onde andou durante o sono da última noite?

Lembra-se dos sonhos que sonhou enquanto dormia?

Estes sonhos ainda são mistérios para quem estuda a mente humana, esta quase desconhecida. Mas você não precisa se incomodar se não lembra dos sonhos que sonhou enquanto dormia. Mas será que você tem presente e vivo os sonhos que criou com a mente acordada? Aquelas projeções da mente com os desejos do seu coração, de criança, adolescente, ou de qualquer outro momento da sua vida?

“Lembra que o sono é sagrado e alimenta de esperança o dia acordado”, diz a canção “Amor de Índio”, de Beto Guedes. A esperança e a confiança devem estar vivas em você durante todo o dia para buscar este sonho com o qual você deve dormir e acordar para ser alimentado.

Viva intensamente este dia e se entregue à aventura de viver, às boas sensações de cada momento e às novas possibilidades que se abrem diante de você. Alinhe seus sonhos a estas possibilidades e você estará cada vez mais perto do que sonhou.

Não esqueça que só uma coisa torna o sonho impossível: o medo de fracassar.

Sonhe e realize.
Sonhar é preciso

Sonhar é sair pela janela da liberdade,
é vaguear pelos caminhos
proibidos ou não.
É, sem ter um rumo qualquer,
ter um alvo a perseguir:
a felicidade.

Sonhar é não limitar-se a limites
sejam eles quais forem,
impostos ou não.
É fazer do impossível o possível
quando e como quiser o coração.

Sonhar é viver o passado no futuro
e o futuro no presente.
É ter o se quer
e afastar o que não se deseja
É despertar dentro de si
aquele ser criança.
É almejar a vida...

Pra sonhar não é preciso
ter passado, nem presente,
nem cultura, nem riquezas...
Pra sonhar não precisa fazer parte
de uma classe social
de uma faixa etária
ou de qualquer coisa que separe
um ser humano do seu semelhante
É preciso apenas ter esperança
pois sem esperança ninguém vive
e sonhar é viver...

Sonhar não é direcionar os pensamentos
ao que pode ser real
Mas sim tornar real,
mesmo que apenas na mente,
o possível e o impossível,
o real e o abstrato
o tudo e o nada
Num tempo e num lugar
a serem definidos
ao belprazer de quem sonha...

Sonhar é dar a própria vida
a um sentimento de bem-estar
e, sem restrições,
entregar ao coração as rédeas da razão
É viver com quem se ama
sentindo-se amado.
Sonhar é sair...
       É vaguear...
       É não ter rumo.
       É ter um alvo.
       É não limitar-se.
       É fazer...
       É sentir...
       É amar...
       É ser amado...
       É ter esperança...
       É viver!

Sonhar é preciso!

Com que óculos você vai nesse verão 2011?




Sempre que tenho algum objeto de consumo, algo que quero no momento de certa forma vou atrás ver o que vai ser. E é claro agora com o blog trago para dividir o que achei e o que descobri com vocês.

Hoje o assunto vai ser óculos, mas não é qualquer um, é óculos para o "Verãozão" que está chegando mesmo. Um dos acessórios mais utilizados nessa época e que deixa o visual ímpar.

No calor as roupas tendem a diminuir, menos pano e mais acessórios, e nesse verão os óculos pelo que tenho visto seguem a tendência 2011 muitas cores.





Outro que merece destaque é esse na foto acima os óculos gatinho que voltam com tudo, com cores da temporada e armações mais leves. O que tudo indica vai ser o queridinho basta olhar nas vitrines e no que foi os desfiles.



"O modelo dos anos 1950 voltou com tudo nos desfiles de inverno 2011 de grifes renomadas como a Prada e Alexander Wang e logo caíram no gosto de fashionistas mundo afora - e parece que os olhos de gato devem durar, pelo menos, algumas temporadas.

Mas nem todo mundo fica bem com o visual. “Neste modelo, mais do que os outros, é preciso levar em conta as proporções e a combinação de cores junto ao tom da pele e cabelo”, afirma o empresário e designer de óculos Francisco Ventura."


C O R E S

Já em relação à escolha de cores, opte sempre pelo contraste, ou nas cores coringas: preto e vermelho.

Loiras: devem evitar cores muito claras, que puxem para a família dos amarelos, como âmbar e tartaruga.

Morenas: ficam ótimas com cinza marinho, âmbar, tartaruga, vinho.

Ruivas: além do preto, combinam com cores mais fechadas como o marrom e o tartaruga fechado.

Negras: os tons de caramelos são uma ótima pedida.

Orientais: a grade de cor neste caso é ampla, sem muitas restrições.

Isso acima são sugestões, o importante mesmo é experimentar e ver como se sente, pois a individualidade é imprescindível, independente de qualquer sugestão.


Outros Modelos

Anos 70

As armações redondinhas, famosas nos anos 70 e eternizadas pelo beatle John Lennon, vêm com tudo. Elas não se resumem em armações metais prateadas; as grifes ousaram na irreverência, trazendo a tendência em cores vibrantes e oversize.

Máxióculos
Os maxióculos continuam em alta, agora revisitando as décadas de 50 e 60, em versões levemente menores do que os "maxi", porém nem tão pequenas quanto as usadas nos anos 90. O que vem por aí é um modelo intermediário, com uma linha superior acentuada, que garante mais charme ao look. Outra novidade é uma versão dos modelos aviadores.

Coloridos
Quem gosta de um visual colorido e bem humorado vai adorar a nova tendência de cores em acessórios que seguem as tendências apresentadas nas passarelas do mundo, as cores "assorvetadas". Aposte nas tonalidades lavanda, rosa e camelo. Quem preferir pode abusar das cores cítricas como verde limão, amarelo e laranja.
Fontes Usadas:
http://chic.ig.com.br/como-usar/notici