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7.16.2011

Nova droga controlar a esclerose múltipla

A esclerose múltipla é uma doença autoimune sorrateira, que provoca uma espécie de curto-circuito nervoso. E assim desencapa os neurônios responsáveis pela troca de informações da central de comando com o resto do corpo, comprometendo, em questão de anos ou décadas, funções como a fala, a visão, a memória e a locomoção. Os responsáveis por esse tilt são alguns agentes tresloucados do sistema de defesa, que começam a agredir as bainhas de mielina, capas de gordura que revestem a cauda das células nervosas, e criam lacunas de conexão em sua rede de comunicação. A boa notícia é que o arsenal terapêutico ganha um novo aliado para amenizar os efeitos dessa falha no hardware: uma droga capaz de preservar os fios nervosos encapados.

O medicamento, testado em 75 mil pacientes mundo afora, traz esperança sobretudo a pessoas com o tipo remitente-recorrente do distúrbio, que representa 85% dos casos e ainda não tem cura. O remédio se chama natalizumabe, um anticorpo injetável desenvolvido pelos laboratórios Biogen Idec, dos Estados Unidos, e Elan, da Irlanda. Aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária desde 2008, ele recebeu em 2010 a chancela para integrar as diretrizes terapêuticas da esclerose múltipla reconhecidas pelo Ministério da Saúde e deve ser liberado, em breve, a pacientes do Sistema Único de Saúde. "O natalizumabe tem entre 70 e 80% de eficácia na redução das inflamações do sistema nervoso, contra 30 a 40% dos fármacos convencionais", atesta o neurologista Rodrigo Thomaz, da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
Segundo ele, pelo menos 200 pessoas já fizeram o tratamento no Brasil, entre elas a atriz Cláudia Rodrigues, que acaba de voltar à TV depois de mais de um ano afastada. A droga concede a indivíduos em estágio mais avançado da doença a oportunidade de não passar o resto da vida em uma cama. "A indicação do remédio, porém, deve acontecer apenas depois de tentativas com a terapia à base de imunomoduladores, as drogas de primeira escolha", observa Thomaz. Isso porque, apesar de tanto benefício, a terapia com o natalizumabe também prevê riscos, especialmente o de infecções oportunistas graves. "Essa é a razão de ele só ser aplicado em centros de referência em esclerose múltipla, habilitados para monitorar os pacientes", diz o neuro.

A esclerose múltipla costuma se manifestar em pessoas na faixa de 20 a 50 anos, principalmente mulheres — e sua origem permanece desconhecida. Na fase inicial, a pessoa pode apresentar problemas de fala e dificuldade de engolir e, com o tempo, vêm a fadiga sem fim e os lapsos de memória. Há ainda relatos de depressão e alterações de humor. Outros sintomas são problemas de bexiga e intestino, visão dupla ou embaçada, falta de equilíbrio e coordenação, rigidez ou formigamento dos membros, além de disfunções sexuais.
Quando a desordem não é progressiva, o tratamento depende de imunomoduladores, drogas que ajudam a suprimir a sede de ataque das células de defesa malucas. Já nos casos mais agressivos, são usados os imunossupressores, que abalam toda a imunidade do paciente. Há médicos, no entanto, que apostam em outras estratégias de controle. O neurologista Cícero Galli Coimbra, da Universidade Federal de São Paulo, por exemplo, defende o tratamento com vitamina D. "Quanto mais baixos os níveis dessa molécula, mais ativa é a doença. Ou seja, as crises se tornam frequentes e aumentam o risco de sequelas", afirma. Para o médico, o déficit da vitamina seria um dos gatilhos do distúrbio.

No campo das promessas, há o transplante de células-tronco, realizado experimentalmente há dez anos pela equipe do imunologista Júlio Voltarelli, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. "Os primeiros resultados indicam que o procedimento evita o avanço da doença em 70% dos casos", conta o pesquisador. Segundo a reumatologista Daniela Moraes, da Unidade de Terapia Imunológica da instituição, foram concluídos cerca de 50 transplantes com essa meta. "A doença não regride, mas um paciente que andava de muleta continua andando de muletas", exemplifica a médica. Um avanço e tanto se pensarmos que seu destino poderia ser uma cama.

Rede preservada
O novo remédio natalizumabe neutraliza a ação das células de defesa agressoras ao impedir sua passagem do sangue para o cérebro

A doença
Na doença, o sistema imune ataca a bainha de mielina, massa esbranquiçada e gordurosa que reveste a cauda dos neurônios. Isso prejudica ou destrói a comunicação da célula com a sua vizinha. Em larga escala, há um comprometimento do sistema nervoso e da comunicação entre o cérebro e o corpo, afetando funções motoras, sensoriais e cognitivas.

A droga em ação
O natalizumabe é injetado na veia e se conecta às células de defesa que atacariam a bainha de mielina. Com essa ligação, os linfócitos não conseguem abandonar os vasos sanguíneos para detonar os nerônios. Isso reduz a inflamação, fenômeno que limita a comunicação entre as células nervosas.

As células-tronco
Tratamento reinicializa o sistema imune para que ele não agrida os nervos

1. O paciente é internado e submetido a sessões de quimioterapia para matar as células do seu sistema imunológico que estavam comprometidas pela doença e atacavam o sistema nervoso.

2. Células-tronco não afetadas por fatores ambientais são retiradas da medula óssea do indivíduo previamente. São essas unidades que, mais tarde, vão se transformar em células de defesa novinhas em folha, sem aquela memória que as incitaria a mirar os neurônios.

3. As células, após um período no laboratório, são devolvidas ao paciente e se multiplicam até formar um novo sistema imune, desta vez não agressivo. O tratamento envolve riscos, já que o paciente fica sem imunidade por um tempo, mas sua eficácia chega a 70%. Mesmo depois do procedimento, os pacientes continuam a tomar medicamentos por segurança.
 

COMO DEIXAR UM HOMEM FURIOSO

1) Esconda o controle remoto da tv e do som;
2) Bata a porta do carro com toda força;
3) Jogue fora a chuteira ou tênis de futebol que ele deixa na área de serviço e diga que foi a faxineira;
4) Ponha, sempre, todas as cervejas no congelador e deixe lá até congelarem completamente;
5) Use o espelho retrovisor interno do carro para passar baton e deixe-o completamente desregulado;
6) Nas preliminares, bata com o joelho no saco dele;
7) Sempre congele o vinho dele;
8) Sempre congele o uisque dele;
9) Quando ele estiver mais alegre que de costume, pergunte: “Você bebeu?”;
10) Convença-o de que sabe cortar cabelo e corte o dele;
11) Se ele demorar a colocar a camisinha, diga: “Não fique nervoso, senão der a gente termina amanhã;
12) Sempre bata fotos no momento em que ele estiver fazendo uma careta;
13) Quando ele se queixar que saiu com cara de panaca, diga: “Mas você é assim mesmo”;
14) Ligue para o trabalho dele e diga que precisa digitar uma carta, mas o computador está exibindo uma mensagem esquisita;
15) Dê duas camisas de presente para ele e quando ele usar uma, pergunte porque ele não gostou da outra;
16) Quando ele brochar e disser que isso nunca aconteceu antes, exclame:
“Claro! Tinha que ser logo comigo”;
17) Quando ele perguntar “Foi bom pra você?” diga “Não se preocupe comigo… eu estou bem, eu juro”;
18) Trate-o com objetividade científica e diga: “Já tive 3 maridos e, em termos de aproveitamento, você é o do meio”;
19) Quando ele não conseguir consertar qualquer coisa, exclame: “Precisamos chamar um HOMEM para consertar isto”.

Casamento sob medida

Em busca de um parceiro com quem tenha mais afinidade, os brasileiros não hesitam em começar vida nova e o número de recasamentos no País dobra em uma década

Michel Alecrim e Rodrigo Cardoso

A equipe de ISTOÉ Online visitou uma empresa especializada em casamento e mostra, em vídeo, como os casais estão presenteando seus convidados. Alguns chegam a usar até ouro nas lembrancinhas :
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Por décadas, o “seja infinito enquanto dure”, de Vinicius de Moraes, foi lançado em mesas de bar, cartas açucaradas e investidas românticas. Agora, o famoso trecho do “Soneto da Felicidade” é usado por especialistas para explicar como os brasileiros estão encarando o casamento. Ele não precisa mais ser “até que a morte nos separe”, mas “bom enquanto durou”. Até porque as pessoas hoje em dia só se mantêm casadas por opção – não há mais o peso da imposição social ou econômica sobre a instituição matrimonial. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na última década, o número de casamentos subiu 28% e o de separações cresceu 43%. Mas o total de recasamentos (gente que casa uma, duas, três vezes) dobrou nesse período, de 65 mil em 2000 para 136 mil em 2009, último dado disponível. “O sonho do grande amor, do companheiro que faça a pessoa feliz permanece”, afirma a psicólogoa Maria Tereza Maldonado, autora do livro “Casamento, Término e Reconstrução”. “A diferença é que agora as pessoas sabem que ele não necessariamente vai durar para sempre.”

A expectativa em torno desse “bom” também mudou. Até pouco tempo atrás, os enamorados só se contentavam com a perfeição. Pares que se completassem, com os mesmos gostos, sonhos e ideais, numa simbiose idílica que costumava se romper aos primeiros tremores da implacável rotina. Atualmente, o exercício é retirar o manto das expectativas que cercam as relações amorosas e encarar o parceiro como uma pessoa real, com qualidades e defeitos. “O antigo amor romântico está dando lugar a um sentimento mais realista”, diz Junia de Vilhena, psicóloga e professora da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro. Isso não garante a durabilidade das relações, mas melhora significativamente sua qualidade durante o tempo que elas duram.
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DE NOVO
Michelly e Fábio Foja estão ambos no segundo casamento, uma tendência crescente

Foram as mudanças jurídicas – como a lei do divórcio, que hoje pode ser oficializado até em cartórios – e sociais dos últimos anos que abriram brecha para os recasamentos. A educadora Michelly Foja, 29 anos, e o analista de TI Fábio Foja, 33, pais de João, 3 anos, são um exemplo. Ambos terminaram o primeiro casamento alguns anos após trocar alianças. Segundo Michelly, a parte boa de já ter vivido uma união anterior é o fato de não superidealizar o atual marido. “Percebi que o parceiro perfeito, que vai fazer todas as minhas vontades, não existe”, afirma. A educadora diz estar muito feliz no casamento, mas procura manter o estigma do “para sempre” longe da relação. “Quero ficar do jeito que eu estou, casada, para o resto da vida. Mas sei que, se a coisa desandar, não é o fim do mundo. Essa consciência é importante para o nosso dia a dia.” Sabe-se que em momentos de crise econômica diminuem o número de casamentos e separações. Foi exatamente o que aconteceu no Brasil em 2009, na ressaca da crise detonada no fim de 2008. Na turbulência, ninguém quer mudar o status quo, pois tanto casar quanto separar implica gastar mais.

Está em curso ainda uma mudança de padrões. Digamos que, por muitos anos, o casamento caminhou dentro de uma fôrma número 37. Essa numeração, como ocorre com os sapatos, servia para os pés de muitos casais, apertava o calo de alguns e ficava largo para outros. A fôrma do matrimônio tinha o marido como cabeça do casal e a mulher como rainha do lar. Segundo Ailton Amélio da Silva, professor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP) e autor da analogia, hoje as uniões se flexibilizaram a ponto de poderem ser talhadas sob medida. “O casamento personalizado é o modelo que vai prevalecer pelas próximas décadas”, diz ele. Atualmente, já existem várias possibilidades. Há os que casam e vivem em casas separadas, mulheres mais velhas unem-se a homens mais jovens e até a união de pessoas do mesmo sexo está ganhando espaço. “A sociedade está mais tolerante e isso é ótimo”, completa Amélio.

A empresária Monique Benoliel, 50 anos, e o guarda-vidas Fábio Batista, 34, são um exemplo duplo das mudanças dos últimos anos. Ela está no quarto casamento e ele, no primeiro – embora tenha tido um filho de uma namorada. Este casal personifica outra tendência apontada pelo IBGE, a de matrimônio entre a mulher mais velha e o homem bem mais novo. Juntos há cinco anos, conheceram-se quando ele tinha 26 e ela 42. “Nunca tinha gostado de homens mais novos, mas ele é um idoso com idade de jovem”, diz. “Ele me deu estrutura emocional para me estabilizar profissionalmente.” Batista afirma que até hoje as pessoas acham que Monique é sua mãe, mas não se importa. “Ela não aparenta a idade que tem, é muito alegre.”
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NO PAPEL
Já com dois filhos, Jaime e Ana optaram por oficializar a relação em uma união estável
Mas o que leva as pessoas a abrir mão da sua confortável independência e dividir armários, expor as mais recônditas intimidades e partilhar grande parte da sua vida com alguém? A resposta é singela: o bom e velho amor. Segundo levantamento da revista “Time” nos Estados Unidos, 93% dos americanos casados e 84% dos solteiros apontaram o amor como o principal motivo para levar alguém ao casamento. “Nem mesmo o ‘engravidou tem de casar’ se aplica mais hoje”, diz a terapeuta de casais Lidia Aratangy, autora de “O anel que tu me destes – o casamento no divã”.

“Não vejo outra forma de uma pessoa subir ao altar que não movida pelo amor.” A frase é de um especialista em casamentos. Não na teoria, mas na prática. Do alto da experiência de três uniões desfeitas – está na quarta, e bem-sucedida, há 11 anos – o gestor de negócios paulista Carlos Alberto Gonçalves, 57 anos, foi colecionando lições, muito parecidas com as colhidas entre os mais tarimbados especialistas em relacionamento afetivo ouvidos por ISTOÉ, que dividimos com os leitores:
– Diminua as expectativas. “A perfeição no relacionamento não existe”, afirma Gonçalves.
– Por mais apaixonado que esteja, cultive a autoestima: “Além de fazer alguém feliz, a gente tem de casar para ser feliz. E eu me anulei várias vezes pensando apenas na felicidade de quem estava ao meu lado.”
– Case com alguém com quem tenha afinidades: “Essa história de que os opostos se atraem é balela.”
– Valores são inegociáveis: “Seu parceiro não deve ser uma cópia sua, mas tem de ter valores parecidos.”
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CONQUISTA
José Sérgio e Luiz André são o primeiro casal gay a obter
certidão de casamento: o STF legalizou a relação homoafetiva
A história das uniões de Gonçalves ilustra as transformações pelas quais a instituição do casamento passou ao longo das últimas décadas. Na primeira, quando ele tinha 28 anos, o gestor diz ter se mutilado emocionalmente, ao insistir no relacionamento já desgastado com a mãe de seus dois primeiros filhos, Leonardo, 28, e Letícia, 27. Oito anos mais tarde, no enlace seguinte e ainda anestesiado pelo divórcio, ele só foi descobrir as reais intenções da amada, quando, no cartório, ela bateu o pé para oficializar a união por meio da comunhão total de bens. Colocou um ponto final na relação ali mesmo. Sua filha Bárbara, hoje com 14 anos, é fruto do terceiro matrimônio, formalizado em uma igreja ortodoxa quando Gonçalves tinha 42 anos. A união com a mãe dela durou quatro anos. “Minha ex achou que eu seria 100% dedicado a ela, não queria que eu tivesse uma vida também ao lado de amigos”, conta. “Ela resolveu parar de trabalhar, virou uma dondoca e eu perdi o encanto.” Há 11 anos, ele divide o mesmo teto com a gerente de marketing Ana Paula Ramirez, 20 anos mais nova. Românticos, trocam torpedos, recados carinhosos e gostam de sair para celebrar datas comemorativas e projetos atingidos. O próximo é a construção de uma casa, para onde pretendem se mudar.

As novas configurações de casais também têm produzido mudanças na legislação. Uma delas é a consolidação da união estável como opção ao casamento civil tradicional. O termo firmado em cartório assegura direitos como pensão, herança, seguro de vida e plano de saúde. A arquiteta Ana Leote, 38 anos, optou pela união estável com o biólogo Jaime de Paula Filho, 45, depois de já terem um casal de filhos. Nesse relacionamento, que está no oitavo ano, ela acredita que deixou o romantismo um pouco de lado para viver uma relação mais racional. “Meu casamento anterior foi com meu primeiro namorado, era mais romântico. Agora as coisas ficaram mais práticas e objetivas. Queria um companheiro para dividir a vida, ter filhos, e ele estava disposto a isso também”, diz ela.

Com essa alternativa ao casamento civil, popularizaram-se também os contratos pré-nupciais. “Como a união estável pode ocorrer até entre pessoas que vivem em casas separadas, é preciso definir de quem são os frutos colhidos durante o relacionamento”, diz o advogado Sérgio Bermudes. O advogado Augusto Carneiro de Oliveira Filho ressalta que o contrato pré-nupcial “diminui o estresse da separação”. Segundo os especialistas, está aumentando o número de contratos pré-nupciais. Um dos maiores motivos é a insegurança em relação à união estável, por causa do temor da divisão do patrimônio. Outra razão seria o fator “infinito enquanto dure”: já sabendo que o casamento poderá chegar ao fim, o casal quer colocar tudo preto no branco para evitar atritos.

As conquistas dos casais gays se dão em outro ritmo. Todas marcadas pela esfera jurídica, com o Supremo Tribunal Federal (STF) abrindo caminho e espanando preconceitos e eventuais pressões de grupos religiosos. Em maio, o STF reconheceu a união homoafetiva como uma entidade familiar. No dia 28 de junho, o comerciante carioca Luiz André Rezende Sousa Moresi, 37 anos, e o cabeleireiro paulista José Sérgio Sousa Moresi, 29, realizaram o sonho de oficializar a união de oito anos. O casal registrou o enlace em um cartório de Jacareí (SP) e obteve a primeira certidão de casamento do Brasil emitida para pessoas do mesmo sexo. Para eles, o matrimônio não é uma instituição falida. “Eu queria poder escrever casado em uma ficha cadastral, na frente do tópico estado civil”, diz o comerciante. “Também queria carregar o sobrenome do Serginho no meu documento de identidade. Casar era a melhor forma de consolidar o que a gente já vive.” Com a primeira meta alcançada, eles pretendem adquirir uma casa. “Antes, o banco não aceitava que a gente juntasse nossas rendas. Também só podíamos abrir uma conta conjunta se fôssemos sócios de uma empresa. Nós não éramos sócios, mas uma família”, afirma Moresi.
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LIÇÕES
Carlos Gonçalves (acima) está no quarto casamento. Experiências anteriores favoreceram
a relação com a atual mulher, Ana Paula. Thiago e Simone vão se casar na igreja e no civil
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Na opinião da antropóloga Mirian Goldenberg, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e autora de vários livros sobre o casamento, existe uma mudança de mentalidade em curso. “Os casamentos não são mais tão esquematizados como os dos nossos pais e avós. Agora os relacionamentos são mais complexos”, diz a antropóloga. Mas há um componente “como nossos pais e avós” que continua em alta: as festas de casamento. Aliás, estão cada vez mais espetaculares, luxuosas e dispendiosas – movimentam R$ 10 bilhões por ano (leia quadro). O cerimonialista Roberto Cohen atribui à necessidade de “marcar o rito de passagem” a sobrevivência dessa festa. “Mesmo depois de estarem morando juntos, os casais querem celebrar com os amigos”, diz ele.

A cerimonialista carioca Tatta Bidart, há mais de 20 anos no ramo, observa algumas mudanças. Os casais estão preferindo celebrar o enlace mais velhos e acabou a obrigação de a família da noiva custear a festa, por exemplo. “Os noivos já casam com independência financeira, com a vida profissional estabilizada, e assumem grande parte das despesas”, diz Tatta. Alterações de roteiro que não ofuscam o brilho dos olhos do casal de noivos Thiago Gomes Beserra, 28 anos, e Simone Patrice Zorzan, 25, de São Paulo. O empresário e a professora namoram há cinco anos, quitaram o apartamento que compraram juntos há um ano, e se casam em outubro, no civil e no religioso. Os pais de ambos, juntos há mais de três décadas, são citados por eles como um modelo de parceria a ser copiado. “Também por isso, vamos casar da maneira tradicional, com vestido branco de noiva, em uma capela, e dar uma festa para padrinhos e convidados”, conta Simone.
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CASAL ATUAL
Monique é mais velha que Fábio, uma tendência dos novos casamentos.
Eles formam uma família mosaico, pois têm filhos das uniões anteriores
Autor de “O Relacionamento Amoroso”, Ailton Amélio da Silva afirma que, mesmo sem as pressões sociais de outrora, existem forças psicológicas, como carinho, solidão, amor e apaixonamento, que podem levar um casal a se unir duradouramente ou não. “Mais do que valer a pena se casar, eu digo que não existe outra opção, porque, do contrário, se paga um preço psicológico muito alto.” Segundo Silva, há estudos que mostram que pessoas que dizem encontrar tudo no casamento, como amizade e sexo, são mais satisfeitas do que aquelas que buscam isso com mais de um. “Ter sexo com uma pessoa, amizade com outra e parceria com outros não gera fusão. Quando você vive isso tudo com uma pessoa só, há mais profundidade.” Não esquecendo de aposentar termos como metade da laranja, tampa da panela ou alma gêmea. Nem se frustrando, caso a união termine. “Sabe por que a maioria das pessoas se divorcia?”, pergunta a terapeuta Lidia Aratangy. “Para casar de novo.”
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Colaborou Bruna Cavalcanti

Celebre a vida

No final de semana passado me aconteceu algo muito curioso: fui cercado pela morte


Mas não do jeito que vemos em filme, com capa e foice. A morte se mostrou de uma forma muito diferente: nada menos que cinco pessoas conhecidas ou próximas faleceram entre sexta e sábado.
Quando me dei conta disso no domingo, a primeira sensação que me veio foi de tristeza.
Afinal, se iam bons amigos, pais e parentes de amigos e conhecidos. Farão falta na vida de muita gente, e algumas pessoas certamente irão demorar anos para ser recuperar da perda.
Refleti sobre isso na busca de um significado de tal coincidência e, de imediato, não encontrei.
Hoje cedo, enquanto fazia minha leitura diária, achei um texto de Sêneca que dizia “A fortuna que tira é a mesma que dá. Se alguém perto de você parte, é um sinal que era o tempo dela ir, e o seu de ficar. Não seja ingrato com a fortuna que tem. Celebre a vida”.
Isso me lembrou os rituais Polinésios de passagem, aonde a o falecimento de alguém é celebrado como uma grande festa, lembrando os bons momentos, agradecendo a oportunidade de ter vivido com aquela pessoa e de estar vivo.
No mundo ocidental, em grande parte por nossas crenças religiosas, no falecimento de uma pessoa celebramos (como na missa de sétimo dia), a morte. Nos apegamos ao fato da pessoa não estar mais aqui, da falta que nos faz e lamentamos o fim da vida dela.
Acredito que devemos respeitar e honrar a morte das pessoas. Mas acredito mais ainda que a morte é um sinal que devemos celebrar a vida.
Não estou falando em ser Polianna, ignorando a perda de quem se foi.
Mas o fato é que, um dia, todos nós partiremos deste mundo. A morte nos ajuda a lembrar isso. Mas cabe a você interpretar da forma que entender. Isso pode ser um sinal do fim.. ou de um novo começo.
Viva cada dia como se fosse o último, pois em algum momento será.
Afinal, a gente só leva desta vida a vida que a gente leva.

Por  Pierre Schürmann
Filho mais velho da primeira família brasileira a dar uma volta ao mundo de veleiro, é amante da vida simples

Correndo de costas

Grupos de corredores invertem a direção do treino em busca de mais benefícios. Mas a prática ainda desperta muita polêmica

Rachel Costa

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CONTRÁRIO
Pablo (de roupa azul) e seus alunos
treinam em academia  de São Paulo
Correr para a frente pode parecer até pleonasmo – como subir para cima ou descer para baixo. Não é, porém, o que pensam várias pessoas espalhadas pelo mundo que optaram por algo inusitado: correr de costas. Na Inglaterra, estava prevista, no domingo 17, a realização do primeiro campeonato londrino da modalidade. E, para agosto, os ingleses planejam a segunda competição nacional. No Brasil, provas pontuais acontecem desde 2005. Além disso, a rede de academias Runner, em São Paulo, pretende incluir o treino na sua grade de aulas.

No entanto, o assunto é controverso. Os divulgadores da prática argumentam que a marcha reversiva (como também é chamada) reduz o risco de lesões, promove maior queima calórica e melhora o equilíbrio e a visão periférica. Na África do Sul, Elmarie Ter­­blanche, da Universidade de Stellenbosch, estuda o assunto há nove anos. “Usamos a corrida de costas para substituir outros treinos aeróbicos”, disse Elmarie à ISTOÉ. Em suas pesquisas, jogadoras de netball (jogo semelhante ao basquete) que se submeteram à modalidade apresentaram melhora na capacidade cardiorrespiratória e na agilidade durante as partidas.

No Brasil, na Universidade do Estado de Santa Catarina, há cinco trabalhos em andamento sobre o tema. “A alteração no modo como o pé entra em contato com o chão, a par­tir da ponta, ajuda na redução do impacto”, defende Stella Michaelsen, vice-coordenadora do mestrado em fisioterapia da instituição. O fisiologista Pablo Galletto, divulgador da opção no País, planeja iniciar em breve a produção de esteiras próprias. “O protótipo está construído.”

Outros especialistas contestam as colocações. “Muito tempo forçando o corpo a se mover ao contrário pode comprometer articulações e músculos”, diz Júlio Serrão, coordenador do Laboratório de Biomecânica da Universidade de São Paulo. “Os mecanismos de proteção do corpo estão planejados para o movimento para a frente.” Ele cita como exemplo o quadríceps (músculo anterior da coxa). Na corrida de costas, ele perde sua função de controle de carga. O problema, segundo o pesquisador, é que não se sabe qual outra musculatura assume essa tarefa e tampouco se a alteração, a médio e longo prazo, causa lesões.

Apesar da polêmica, o francês Christian Grollé, uma espécie de articulador internacional da prática, sonha alto. “Espero que o Comitê Olímpico Internacional realize a primeira maratona de costas na Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016”, disse à ISTOÉ. Para materializar o desejo, entretanto, resta à modalidade o seu maior desafio: provar, cientificamente, sua pertinência.  
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O líder tibetano Dalai Lama visita Barack Obama,

EUA
Obama recebe Lama apesar dos protestos da China
                  
               Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, recebeu neste sábado, na Casa Branca, o líder tibetano Dalai Lama, apesar do pedido de Pequim para que cancelasse o encontro, e manifestou a sua "preocupação sincera" em relação aos Direitos Humanos no Tibete.

               O líder tibetano foi recebido na Sala de Mapas, e não no Salão Oval, reservado para reuniões com chefes de Estado, e a Casa Branca tomou uma série de precauções para que a reunião fosse realizada de maneira discreta.

               O encontro - que começou às 11h33 locais e durou 44 minutos - foi fechado à imprensa, que não pôde sequer tirar fotos, e anunciado poucas horas antes, apesar de o Dalai Lama ter chegado a Washington há 11 dias.

               Mesmo com essas medidas, o encontro provocou a ira de Pequim, cuja chancelaria havia pedido aos Estados Unidos na sexta-feira que o cancelasse e honrasse o seu compromisso de reconhecer a integridade territorial da China e a sua soberania sobre a região do Tibete.

               Num comunicado divulgado na noite de sexta-feira, a Casa Branca ressaltou que o encontro deste sábado mostra "o apoio vigoroso do presidente à preservação da identidade religiosa, cultural e linguística única do Tibete e à protecção dos Direitos Humanos dos tibetanos".

               Após o final do encontro, o Dalai Lama declarou que Obama compartilhou uma "preocupação sincera" em relação aos Direitos Humanos no Tibete.

               Barack Obama é "o presidente da maior democracia. Ele manifestou naturalmente preocupação em relação aos valores humanos elementares, dos Direitos Humanos e da liberdade religiosa", declarou o líder espiritual dos tibetanos a um jornalista da AFP.

               "Como consequência, ele mostrou uma preocupação sincera em relação aos sofrimentos no Tibete, e também em outros lugares", acrescentou.

               Classificando o encontro de "reunião espiritual", o Dalai Lama afirmou que se sente próximo de Barack Obama "num nível humano", lembrando que as suas relações com os outros presidentes americanos eram comparáveis.

               O líder espiritual tibetano, que deixou o seu país em 1959 para se exilar na Índia após a derrota de um levantamento contra a ocupação chinesa, assegura que a sua reivindicação se limita a uma autonomia real do Tibete, mas Pequim o acusa de querer a independência.

               Pouco depois do encontro, Pequim criticou fortemente Washington, afirmando que este encontro danifica as relações entre os dois países.

               "Tal acto representa uma grave ingerência nos assuntos internos da China, fere os sentimentos do povo chinês e danifica as relações sino-americanas", afirmou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Ma Zhaoxu, num comunicado citado pela agência oficial Nova China.

               A visita do Dalai Lama aos Estados Unidos ocorre no momento em que Pequim celebra os 60 anos da "libertação pacífica" do Tibete pelas tropas comunistas lideradas por Mao Tse Tung.

               O governo acaba de publicar um "Livro Branco sobre o Desenvolvimento do Tibete" no qual faz referência a "um plano dos agressores ocidentais para destroçar o território chinês".

'Efeito Google' reduz a memória

Memória

Segundo pesquisa, os computadores e os motores de busca online se transformaram em uma espécie de sistema de "memória externa"

'Efeito Google' reduz a memória, mas aumenta habilidades de busca 'Efeito Google' reduz a memória, mas aumenta habilidades de busca (Thinkstock)
Os motores de busca como Google e as bases de dados na internet se transformaram em uma espécie de "memória externa" do nosso cérebro, indica um estudo publicado nesta quinta-feira pela revista científica Science. De acordo com a descoberta, as pessoas perdem a memória retentiva de dados, mas ganham habilidades de procura.

Segundo Betsy Sparrow, professora da Universidade de Columbia, em Nova York, e autora do estudo, os educadores e cientistas já advertiam que o homem está se tornando cada vez mais dependente das informações online. Até agora, porém, poucos estudos confirmavam essa relação.
O estudo Google Effects on Memory: Cognitive Consequences of Having Information at Our Fingertips sugere que a população começou a usar a internet como seu banco pessoal de dados. Para chegar aos resultados, foram realizados experimentos com mais de 100 estudantes de Harvard para examinar a relação entre a memória humana, a retentiva de dados e a internet.
Os pesquisadores descobriram que, se os estudantes sabiam que as informações poderiam estar disponíveis em outro momento ou que poderiam voltar a buscá-la com a mesma facilidade, não lembravam tão bem a resposta como quando achavam que os dados não estariam disponíveis.

 O estudo mostrou ainda que as pessoas não lembram necessariamente como obtiveram certas informações. No entanto, tendem a lembrar onde encontraram os dados que precisam quando não são capazes de lembrar exatamente as informações.  Além disso, a equipe descobriu que, quando os participantes não sabiam dar respostas às perguntas, automaticamente pensavam em seu computador como o lugar para encontrar as informações necessárias.
Inspiração - Foi justamente uma experiência pessoal de Sparrow que a levou a analisar os hábitos de estudo e aprendizado das novas gerações. Ela percebeu que recorria com frequência à base de dados de cinema IMDB (The Internet Movie Database) para lembrar o nome de alguns atores.
Sparrow diz que não ficou surpresa ao constatar que cada vez mais pessoas não memorizam dados porque confiam que podem consegui-los com suas habilidades de busca. "Somos realmente eficientes", destaca.
Sparrow menciona o doutor em Psicologia Daniel Wegner e professor Universidade de Harvard, que há 30 anos já havia elaborado a teoria da "memória transacional", referente à capacidade de dividir o trabalho de lembrar certo tipo de informações compartilhadas.

Como exemplo, ele apontava um casal em que o marido confia que a esposa lembre datas importantes, como consultas médicas, enquanto ela confia que ele lembre nomes de parentes distantes. Assim, ambos não duplicam informações nem "ocupam" memória.
Veja

Gravidez sadia e tranquila

Obstetra ensina como preparar o corpo para uma gravidez sadia e tranquila   
RIO - Cada vez mais estudos comprovam que preparar o corpo antes de tentar engravidar pode aumentar as chances da concepção e protege  o bebê de uma série de doenças. Além de ficar longe do cigarro e das drogas, o obstetra Luiz Fernando Dale afirma que as mulheres que estão querendo ter um filho devem passar a comer bem, praticar exercícios físicos e cuidar bem dos dentes.
- Ao parar o método anticoncepcional, a fertilidade natural ocorrerá em 30% a 40% dos ciclos. Isto significa que você provavelmente não vai engravidar na primeira tentativa. É preciso ter paciência, já que em 85% dos casais uma gestação ocorrerá.  Uma mulher saudável, com menos de 36 anos, pode tentar engravidar por um ano sem ajuda médica  - afirma Dale.
Os 12 passos que levam a uma gravidez tranquila:
1) Procure seu médico: Vá ao ginecologista fazer uma avaliação de rotina (preventivo, exame de mama, exame ginecológico e exames de imagem, se necessário). Ao avisar dos planos de gravidez, o médico vai pedir um exame de sangue. É importante falar para ele se você tem diabetes, hipertensão, epilepsia, depressão ou outras doenças crônicas para que ele adapte as medicações usadas. Algumas medicações são seguras, outras podem trazer riscos ao bebê. Não esqueça que substâncias naturais também podem oferecer riscos. Não esconda do médico as doenças, incluindo as sexualmente transmissíveis, que você e seu marido já tiveram. Certifique-se que suas vacinas estão em dia, e só recorra a vacinação com conselho médico.
2) Tome ácido fólico: Inicie a suplementação de 2 a 3 meses antes de engravidar e durante a gestação tome uma dose de acido fólico de 5 mg por dia. A vitamina irá diminuir em dois terços a chance de alterações do fechamento do tubo nervoso do bebê.
3) Controle seu peso: O sobrepeso pode levar a um aumento dos casos de diabete gestacional e hipertensão. O final da gravidez das mulheres mais gordinhas pode ser mais difícil e a incidência de cesarianas é maior. Ao final de uma gestação, a mulher deverá ter engordado em torno de 9 a 10 kg, que correspondem ao peso do bebê, água, placenta e edema. Tudo que for a mais significa gordura, o que trará uma dificuldade de perda na fase pós parto. Por isso, é importante estar em forma antes da gravidez.
4) Não exagere no álcool e fique de olho no prato: Para Dale, é preciso ter bom senso, já que o excesso ou a falta de nutrientes pode prejudicar o bebê. 
-  O álcool, sendo uma taça ou outra de vinho não faz mal, lembremos que os europeus tem o vinho na dieta habitual. Um mito atual é que a grávida não deve comer comida japonesa. Mesma coisa, no Japão as gestações são alteradas? A história de que grávida não dever comer alimentos crus é verdade para carne crua ou mal passada, mas não para peixe cru.
Ele lembra que bebidas alcoólicas em excesso podem levar a baixo peso do bebê ao nascer, e também causar defeitos cardíacos, alterações no crescimento fetal intraútero e interferir até com o desenvolvimento cerebral. Quem come salada na rua deve optar por bons restaurantes, que lavam os vegetais com critério e onde os empregados usam luvas e gorro.
- Não existem alimentos que melhoram a fertilidade, a saúde é que melhora a fertilidade. Um corpo saudável é que é mais fértil.
5) Não use drogas:  Drogas ilegais são prejudiciais para a grávida e para o bebê. Eles podem nascer com síndrome de abstinência e ter uma maior dificuldade de relacionamento e de aprendizado. A maconha está ligada a baixo peso do bebê ao nascer. A mulher que quiser engravidar deve abandonar as drogas por completo, antes, durante e depois.
6) Evite a cafeína: Procure ingerir menos café diariamente. Um café expresso ou 3 xícaras de café comum ao dia não trazem problemas.
7) Pare de fumar: Fumar eleva o risco de bebês de baixo peso ao nascimento, parto prematuro, complicações na gravidez, e síndrome de morte súbita do bebê. Atenção porque até fumantes passivos correm os mesmos riscos.
Parar de fumar também pode facilitar a capacidade de engravidar. Existem evidências hoje de que o fumo diminui a fertilidade masculina, então se você é parceira de um fumante, peça para ele parar de fumar. Se for necessário, peça ajuda ao médico.
8) Entre em forma: Exercícios regulares ajudam a perder peso, melhoram o humor e reduzem o estresse. Para Dale, trinta minutos 3 vezes por semana é o ideal. Natação, ioga e caminhada são excelentes exercícios para depois que a mulher estiver grávida. Fazer exercícios nos três primeiros meses de gestação não traz problemas. No caso de cólicas ou sangramentos, o repouso deve ser observado.
9) Privilegie a alimentação saudável: Alimente-se bem, dando preferência a frutas, vegetais, grãos, proteínas. Evite gordura, fritura e açúcar. Não existem relatos comprovados que os adoçantes façam mal, mas procure utilizar o Sucralose, que é um derivado do açúcar. Stevia e frutose também são opções. Se tiver dúvidas, procure uma nutricionista para orientação.
10) Evite substâncias tóxicas: A pele, o aparelho digestivo e o respiratório podem absorver substâncias tóxicas do meio ambiente. Evite alimentos artificiais (batatas chips, conservantes etc.), cremes de pele (ácidos), tinturas de cabelo e medicamentos sem indicação médica. Não omita para o médico os produtos que você usa no dia a dia.  Tirando os alimentos artificiais, não há nenhuma contraindicação de tipos de comida. Se estiver fazendo algum tratamento estético o médico tem que saber, para orientar qual deverá ser interrompido se a mulher engravidar.
11) Cuide dos dentes: Vá ao dentista para uma limpeza periodontal  antes de engravidar. A doença periodontal pode levar ao aborto ou ao parto prematuro. Se o tratamento na gestação for necessário, é proibido usar raios-X. A anestesia sem adrenalina está liberada. 
12) Tente cultivar o bem-estar emocional: Quem está tentando engravidar e não está conseguindo passa por um momento de grande estresse. Dale afirma que estas alterações não aumentam taxas de aborto nem dificultam a concepção, mas podem prejudicar a vida conjugal. Por isso, se você está bem orientada, tente administrar a frustração e ansiedade.
Fonte: O Globo