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9.17.2011

Cólicas infantis: cuidados especiais aliviam as dores dos bebês



Cuidados especiais podem aliviar a cólica de crianças recém-nascidas

 

POR GARDÊNIA CAVALCANTI
Rio - A cena é recorrente nos seis primeiros meses de vida do bebê: choro gritante, o bebê se contorcendo e encolhendo as perninhas até tocar na barriga. As cólicas, comuns em bebês desde o nascimento, incomodam os pequenos e tiram o sossego de mães e pais, podendo gerar um estresse emocional em toda a família.

Os sinais e os sintomas das cólicas nos recém-nascidos são identificados pela literatura médica como “Regra dos Três” – choro excessivo e inconsolável por mais de três horas por dia, ocorrendo no mínimo três vezes na semana, e desaparecendo por volta do terceiro mês de vida.

A pediatra da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, Carmem Lúcia, explica que as cólicas são relacionadas à imaturidade fisiológica do sistema digestivo do bebê. "Também é possível que haja o desequilíbrio nos hormônios envolvidos no movimento dos intestinos. Com isso ocorre um aumento do espasmo e, consequentemente, a cólica", diz.

Para o combate à cólica, há no mercado remédios alopatas e fitomedicamentos. Muitas mães preferem apelar para soluções naturais, como os chás de camomila, erva-doce, endro e funcho. No entanto, a pediatra alerta que o uso de chás contra cólicas é controverso.

"Existem estudos científicos que relacionam melhora do quadro da cólica após ingestão de chá de camomila durante uma semana, porém alguns estudos, além de não demonstrarem eficácia, falam contra o uso, pois associam a ingestão de chás por meio de mamadeiras com desmame prematuro”, ressalta Carmem.

Segundo o pediatra e diretor médico Márcio Gueiros, da Hebron Farmacêutica,  que produz o fitomedicamento Endorus, com o extrato fluido da hortelã-pimenta, o chá pode prejudicar a saúde do bebê, pois a dosagem da planta colocada na bebida, bem como seu estado de conservação, podem levar à contaminação.

“Os fitomedicamentos são mais seguros porque são elaborados com extratos padronizados, e passam por pesquisas  clínicas para comprovar sua segurança e eficácia. E por terem tarja vermelha, são vendidos sob prescrição médica”, salienta.

O pediatra lembra também que a alimentação da mãe pode contribuir para as cólicas, principalmente na fase da amamentação. “Muitas vezes o problema pode estar associado ao uso de alimentos condimentados, derivados do leite, chocolates, cafeína, cebola, feijão e  alimentos cítricos. Porém não há comprovação científica sobre o assunto”, afirma.

As mães são orientadas a observar se os bebês ficam mais inquietos e irritados após a ingestão de algum alimento específico.

Gueiros acrescenta que, primeiramente, é preciso manter um ambiente tranquilo na hora de alimentar o bebê. E para diagnosticar se o choro é causado pelas cólicas, a mãe precisa primeiro de calma para depois descartar a possibilidade do bebê estar com fome, frio, calor. Também é necessário verificar se a fralda está molhada e observar se o incômodo tem horário fixo de início e fim, já que as cólicas costumam ocorrer sempre no mesmo horário.

“A prevenção das cólicas pode acontecer, inicialmente, com a correção da apego do bebê ao seio, diminuindo muitas vezes a ingestão de ar durante a sucção. Pode-se colocar o bebê para arrotar após a refeição, dar banho morno e movimentar suas perninhas como se ele estivesse pedalando, ou massagear a barriguinha do bebê com movimentos circulares por alguns minutos, para eliminação de gases e evacuação”,

Saiba como surge o sentimento de culpa e o que ele pode causar. Autopunição

"A verdade sai do erro. Por isso nunca tive medo de errar, nem dele me arrependi seriamente" 

por Rosemeire Zago


Essa frase ao lado do psiquiatra suíço C. G. Jung (1875-1961) nos faz refletir sobre muitas coisas... Quase sempre chegamos na verdade ao errarmos. É isso mesmo! Mas, quantos erros cometemos até chegarmos na verdade?
Isso não importa, o que deve importar mesmo é a experiência adquirida e o crescimento obtido. Mas nem sempre temos essa consciência e, na maior parte do tempo, os erros cometidos são transformados em culpas. Alguns passam a vida errando e se culpando; outros sendo vítimas dos erros dos outros, e culpando-os; outros não fazem nada ou em tudo que fazem, são culpados; e outros, ainda para justificarem seus próprios erros, nos culpam. Que loucura, não?

Culpa é o sentimento de ser indigno, mau, ruim, carrega remorso e censura. A culpa é o resultado de muita raiva guardada que se volta contra nós mesmos. Poderíamos resumir assim:

Raiva + mágoas reprimidas = culpa = autopunição

Esse sentimento que corrói nossa alma e que muitas vezes nos impede de sermos nós mesmos, tem muitas variáveis difíceis de se esgotar. Mas podemos refletir sobre alguns aspectos geradores de culpa.

Características de quem sente culpa

- Preocupação excessiva com a opinião dos outros;
- Sente-se mal quando recebe algo, pois na verdade não se considera digno de aceitar o que os outros dão;
- Fala repetidamente sobre o que motivou a sentir culpa;
- Raiva reprimida;
- Dificuldade em assumir responsabilidade pelos próprios atos;
- Sente-se rejeitado;
- Responsabiliza o outro pelo próprio sofrimento;
- Sente-se vítima em algumas ou muitas situações;
- Geralmente se pune ficando doente, ou sendo vítima frequente de acidentes, ou seja, autopunições constantes;
- Dificuldade em expressar os reais sentimentos;
- Não consegue falar 'não';
- Necessidade em agradar;
- Sempre fazendo algo pelos outros e raramente para si mesmo;
- Dificuldade em fazer algo só para si;
- Não consegue administrar o tempo, pois está sempre sobrecarregado;
- Baixa autoestima;
- Falta de amor-próprio.
Você pode se identificar com essas características ou ter outras, o importante é reconhecer que a culpa traz muitas consequências em nosso modo de ser e agir. Perceba como se sente, elevando assim seu autoconhecimento para mudar o que te faz sofrer.
A culpa pode ser gerada pela (o)

- Religião;
- Morte;
- Manipulação;
- Crítica;
- Regras;
- Acusações;
- Repressão;
- Rigidez;
- Inflexibilidade;
- Julgamento;
- Controle;
- Dependência;
- Superproteção;
- Raiva;
- Medo;
- Rejeição;
- Abandono;
- Abusos;
- Mentira;
- Prazer;
- Felicidade;
- Dinheiro;
- Sucesso;
- Expectativa;
- Comparações;
- Necessidade de agradar;
- Comodismo/ falta de atitude;
- Sentimentos de impotência;
- Preconceito;
- Segredos, principalmente entre os familiares.
Aqui estão algumas causas do sentimento de culpa. A origem de sua culpa pode ser outra, ou serem várias. Procure ter a consciência exata da origem do seu sentimento de culpa. Explore um pouco mais sobre o que gerou em você a culpa. Comece perguntando-se: O que me faz sentir culpa? De não ter sido amado? Ter sido rejeitado, abandonado? Ter acreditado que recebia amor, quando na verdade recebia apenas o que acreditava ser amor? Ter sido vítima de maus tratos e abuso sexual ainda criança? Terem me ocultado a verdade, o que me obrigou a acreditar e conviver com a mentira? De não ter sido amado?

Faça uma lista de todas as culpas que você sente, por maior que possa ser a lista, faça! Isso o ajudará a compreender melhor seus sentimentos e conflitos gerados pela culpa. Analise as situações em que aconteceram os fatos e se você efetivamente tinha condições de agir diferente de como agiu. Depois continue sua análise. Onde, quando e por que começou cada uma delas? Quais são as situações que me sinto culpado pelo que fiz ou deixei de fazer? Quais eram meus valores em relação ao assunto quando agi daquela forma? Se fosse hoje minha atitude seria diferente? Como? Quem fazia ou faz com que eu me culpe? Busque a relação da culpa atual com seu histórico de vida. O objetivo desse exercício não é buscar mais culpados, mas explorar os motivos pelos quais ainda se culpa, se responsabilizando pelos seus atos, e mudar o que pode ainda ser mudado, libertando-se desse sentimento que aprisiona e impede o crescimento.
Consequências da culpa

- Autopunição;
- Medo;
- Sofrimento;
- Remorso;
- Estagnação;
- Doença - segundo alguns estudos, a culpa está presente em praticamente a maioria das pessoas portadoras de câncer;
- Tristeza/depressão;
- Submissão;
- Prisão emocional;
- Solidão;
- Dificuldade em impor limites, dizer não;
- Fuga através do álcool, drogas;
- Compulsão alimentar;
- Conflitos internos e nas relações ;
- Dificuldade em sentir prazer;
- Destruição da autoestima e amor-próprio.
As consequências da culpa são muitas, isso ocorre porque com a culpa está sempre presente a necessidade, ainda que inconsciente, de autopunição. É certo que a culpa pode ser um sinal de alerta sobre falta de limite e respeito pelo outro; ou a indicação que é preciso mudar algum padrão de comportamento. Caso contrário, poderá continuar machucando aqueles que lhes são mais caros.

O mais indicado sempre é responsabilizar-se e não se culpar, pois a culpa faz com que permaneçamos no papel de vítima e esse traz apenas estagnação e repetição de padrão, não proporciona crescimento. A responsabilidade faz com que acreditemos na capacidade de mudar. E todos nós temos essa capacidade!

Rio - As cenas em que a mulher devora um pote de sorvete após terminar o namoro ou em que o homem entra em um bar e sai de lá carregado depois de levar um fora não estão à toa nos roteiros de cinema. Geralmente, os personagens se sentem culpados e buscam meios de fuga para aliviar o sentimento. A culpa é vista como um arrependimento por uma atitude tomada. Segundo a psicóloga Olga Inês Tessari, ela surge do anseio à perfeição. "Quanto melhor uma pessoa querer ser, menos ela admitirá erros", disse. Olga afirma que a culpa está ligada ao contexto cultural em que "surgiu" a raça humana. Ela dá como exemplo a história religiosa de que Eva mordeu a maçã proibida e, por isso, todos pagam por culpa dela, quando na verdade o ser humano é imperfeito, erra e não deveria se culpar.
Entretanto, o psicólogo e psicanalista Julio Cesar Walz enxerga o sentimento de uma forma diferente. Segundo ele, a culpa é um "delírio de grandeza". Walz explica que a culpa faz com que a pessoa acredite que pode controlar a vida e, quando algo sai de uma forma inesperada, este indivíduo busca respostas para aquela situação e, então, acredita que algo que fez causou o acontecimento ruim. "A culpa surge como uma forma de a pessoa tentar superar ou dissimular a sua insignificância pela condição de ser humano", disse Walz. De acordo com psicólogo, a culpa é o cultivo e manutenção da sensação de que tudo depende da pessoa e é ocasionado por ela. "A vida acontece de forma independente", concluiu.
O psicanalista e psiquiatra Paulo Sérgio Guedes acompanha Walz na definição do sentimento de culpa. Segundo ele, o sentimento é a causa de uma série de problemas e não consequência de algo feito. Eles acreditam que uma pessoa não se sente culpada porque fez algo e que esta é uma sensação ilusória de poder, de autovalorização, para tentar superar a real condição de insignificância do ser humano. No livro O Sentimento de Culpa, escrito pelos psicanalistas, o sentimento é abordado como a não aceitação dos defeitos, erros e falta de importância que tem cada indivíduo. "A pessoa não quer ir à academia, se sente mal por isso, mas é a culpa que a coloca como importante e perfeita demais para não poder deixar de ter vontade de fazer exercícios naquele dia", exemplifica Walz. "Este sentimento de grandeza nem faz a pessoa ir à academia, nem ficar em casa sossegada, ela fica sofrendo remorso", explica.
De acordo com Guedes, o sentimento de culpa torna a pessoa prisioneira de uma ideia fixa. "Ela deixa de ser quem é para se tornar o crítico desta pessoa", explicou. A motivação pode ser concreta ou imaginária, segundo ele. Os problemas surgem quando o remorso é guardado. A culpa é a única causa de doenças mentais de origem emocional, de acordo com Julio Cesar Walz e Paulo Sérgio Guedes. "Trata-se de uma dívida impagável", define Walz. As consequências de guardar o sentimento vão desde tratar mal os outros, viver encontrando culpados para tudo, reclamar sempre; como depressão, alcoolismo, vício em drogas e isolamento, segundo profissionais.
Como lidar
Para o psiquiatra Paulo Sérgio Guedes, o primeiro passo para enfrentar o problema é identificar o sentimento de grandeza. Depois, a pessoa deve saber que a vida não é controlável e que o ser humano pode errar. Segundo ele, é preciso entender a diferença entre responsabilidade e culpa. Culpa é o sentimento originado da ideia de que as coisas têm que acontecer como a pessoa quer, responsabilidade é assumir que você é responsável por suas atitudes, explicou.
De acordo com a psicóloga Olga Inês Tessari, é preciso aprender com o erro, para não cometê-lo de novo. "Depois de colocar a raiva para fora, aprende e entende que os erros acontecem", aconselhou ela. Confira na galeria de fotos o que guardar o sentimento de culpa pode causar.
O Dia