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11.26.2011

Estatinas são seguras a longo prazo

Estudo que avaliou droga em pacientes de alto risco cardíaco não constatou aumento de mortalidade por outras causas

estadão.com.br
 O uso de estatinas, drogas que ajudam a baixar os níveis de colesterol, ajuda a reduzir o risco cardiovascular a longo prazo sem aumentar outros riscos, revela um novo estudo.

A pesquisa, publicada no periódico científico Lancet, avaliou os efeitos do uso da sinvastatina por um período de onze anos. Segundo os autores, pesquisas anteriores mostram que a queda no colesterol com o uso de estatinas reduz problemas vasculares e mortalidade, mas há pouca evidência sobre a eficácia e segurança do tratamento a longo prazo.

Para chegar ao resultado, os pesquisadores acompanharam mais de 20 mil pacientes de alto risco. Eles foram divididos em dois grupos: metade recebeu a droga e metade tomou placebo - cápsulas inócuas. Numa primeira etapa, os voluntários foram acompanhados ao longo de cinco anos, em média.

Após esse período, todos passaram a receber estatinas, e os níveis de gordura no sangue ficaram parecidos. A partir daí, eles foram seguidos durante aproximadamente mais seis anos, totalizando quase 11 anos de acompanhamento.

Durante a primeira fase, o grupo que tomou estatinas teve uma queda de 23% nas taxas de LDL - famoso colesterol ruim -  e nos eventos vasculares. Após a experiência, não foram notadas diferenças significativas nos dois grupos, tanto em eventos vasculares quanto mortalidade. Também não houve diferença significativa na incidência de câncer ou mortalidade atribuída as outras causas.

Os autores concluem que mais tempo em tratamento com estatinas resulta em uma queda importante dos eventos vasculares. Além disso, mesmo após o fim do estudo, os benefícios persistiram sem evidência do surgimento de novos riscos.

Segundo o artigo, os resultados respaldam o início imediato da medicação nos pacientes que precisam, e o uso da droga a longo prazo.
"O tratamento com estatinas nos pacientes bem escolhidos é, sem dúvida, um dos maiores avanços na medicina preventiva. No entanto, o uso não pode ser indiscriminado, particularemente em pacientes com baixo risco, pois pode causar manifestações musculares e acelerar a manifestação de diabete", ressalva o cardiologista Andrei Sposito, da Universidade Estadual de Campinas.

Musculação inteligente

Acabou o tempo das oposições extremas, quando musculação era ou objeto de ódio ou de veneração. Hoje, é indispensável para a saúde e a qualidade de vida.

Letícia Moreira/Folhapress
Anabolizantes
Quando usados por pessoas saudáveis, esses hormônios sintéticos causam, além da hipertrofia muscular, sérios danos, alerta Vladimir Modolo, do Centro de Estudos em Psicobiologia do Exercício da Unifesp. "O excesso de testosterona, no homem, diminui a produção de esperma e a capacidade de ereção e causa o crescimento das mamas; na mulher, faz crescer pelos no corpo e no rosto e engrossa a voz. Em ambos, pode causar problemas cardíacos e tumores", diz.
Aeróbico e anaeróbico
Exercícios envolvendo grandes grupos musculares, feitos de forma rítmica, como corrida, natação e caminhada, são aeróbicos -não interferem no suprimento de oxigênio para o organismo. Sua prática reduz a pressão arterial, a gordura corporal e o risco de doenças cardiovasculares. Já a musculação é exercício anaeróbico, de curta duração e alta intensidade. "Entre os benefícios estão o aumento da força e da resistência de tendões e ligamentos, redução da gordura e aumento da massa muscular", afirma Valmor Tricoli, professor da Escola de Educação Física e Esporte da USP. O ideal é praticar os aeróbicos e anaeróbicos em dias alternados. "Cada um causa mudanças adaptativas no corpo que 'brigam' entre si", diz Bernardo Neme Ide, do Labex (Laboratório da Bioquímica do Exercício) da Unicamp.
Biomecânica
Como o nome já entrega, essa ciência investiga o movimento sob aspectos mecânicos, suas causas e seus efeitos no corpo. "Nos exercícios de força, você coloca uma carga extra sobre ossos e articulações. Nessa situação, é fundamental observar o alinhamento dos segmentos -como a cabeça em relação ao tronco ou o quadril em relação aos pés- para ativar corretamente os grupos musculares envolvidos e evitar a formação silenciosa de lesões", explica Luiz Fernando Alves, formado em esportes pela USP, com especialização em biomecânica. Segundo ele, alguns ajustes biomecânicos previnem machucados e dores e aumentam a eficácia do treino. Um exemplo: em qualquer exercício feito em pé, o peso do corpo deve estar na parte anterior (frente) dos pés. Isso facilita o trabalho dos abdominais e distribui melhor a carga entre as vértebras da coluna.
Creatina
Chegou neste mês às farmácias do país um medicamento à base de creatina, aprovado para pacientes que sofrem de distrofia muscular. O remédio só deve ser vendido com apresentação de receita. Presente naturalmente nos músculos e na carne bovina, a creatina é vendida sem restrições nos EUA e usada por atletas para melhorar a performance, já que está envolvida no processo de contração muscular intensa e rápida. No Brasil, vem sendo consumida clandestinamente, mas deverá ter sua venda como suplemento liberada até o meio do ano. O suplemento, além de repor o estoque natural de creatina (queimado na atividade física), faz o atleta se recuperar mais rápido. Mas não é indicado para qualquer um, apenas para os de alto rendimento e modalidades esportivas específicas, como halterofilismo. "Acredita-se que ela aumente a massa muscular, mas, se consumida em excesso, aumenta a quantidade de água dentro do músculo. Isso pode sobrecarregar rins e fígado", explica Jomar Souza, médico do esporte e presidente eleito da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte.
Descanso
O ganho de massa e força muscular ocorre após o exercício. "Durante o treino, não ganhamos, perdemos: para gerar a energia necessária às contrações, as proteínas do músculo se degradam, o que causa microlesões no tecido e um processo inflamatório. O corpo começa, então, um processo de recuperação em que, além de repor as proteínas, gera um pouco mais delas, aumentando massa muscular. Para isso, precisamos de repouso e de alimentação adequada", diz Dilmar Pinto Guedes Jr., do Cepe (Centro de Estudos da Fisiologia do Exercício) da Unifesp. É no repouso que começamos a produzir hormônios como o IGF 1 (Fator do Crescimento do Tipo Insulina 1), que "avisa" ao corpo que ele precisa produzir moléculas de proteína, segundo Denise Vaz de Macedo, coordenadora do Labex. Dormir bem também é fundamental, para produzir o GH (hormônio do crescimento), outra substância responsável pela construção do tecido muscular. Para esse processo acontecer, os músculos exercitados não devem ser submetidos à sobrecarga por um período que varia de 24 a 72 horas. "Se a dor muscular causada pelo exercício ainda estiver incomodando, é sinal de que o processo ainda não se completou", sugere Macedo.
Explosão
O exercício de explosão exige grande quantidade de força em alta velocidade. "São bons para melhorar a performance em esportes, mas a definição e a hipertrofia não são tão significativas quanto nos exercícios convencionais de musculação", diz Bernardo Neme Ide, do Labex. Movimentos de explosão não são indicados para iniciantes.
Envelhecimento
Exercícios de força podem evitar, diminuir ou reverter parte da perda muscular que ocorre na velhice. "O aumento no volume dos músculos eleva a sua força para as atividades físicas diárias, dando ao idoso maior autonomia", diz a nutricionista Mirtes Stancanelli. "As articulações ficam mais protegidas, o equilíbrio e a postura melhoram, diminuindo o risco de quedas", diz o cardiologista José Kawazoe Lazzoli, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte e do Exercício.
Flexibilidade
A musculação em si não diminui a flexibilidade nem encurta os músculos, afirma Dilmar Pinto Guedes Jr. "O que pode atrapalhar são movimentos feitos da forma errada, levando a erros posturais que acabam diminuindo a amplitude dos movimentos de algum grupo muscular", diz.
Fadiga
Para realizar as contrações, usamos a energia estocada nas células dos músculos. Quando esse estoque acaba, por mais que o cérebro "ordene" o movimento, o músculo para de se contrair e entramos em fadiga muscular. "É um sistema de defesa do músculo, que não permite que o esforço continue após o seu limite. Se, depois disso, for feito um descanso suficiente, ele se recupera", diz Madolo. Mas Cohen alerta que, quando chegamos à fadiga, já ultrapassamos nossos limites e o risco de lesões aumenta bastante.
Fibra rápida e fibra lenta
A musculação pode priorizar o trabalho de um ou de outro tipo de fibra, dependendo do objetivo. "Uma complementa a outra", diz a professora da Faculdade de Educação Física da Unicamp Mara Patrícia Chacon-Mikahil. Fibras musculares "lentas" têm maior quantidade de nervos por unidade. "Essa característica permite que os movimentos sejam feitos com maior precisão e controle. Assim, o músculo trabalha por mais tempo, o risco de lesão é menor e o treino ainda melhora a coordenação. Evita-se, dessa forma a famosa 'roubadinha', que muitas vezes machuca os ossos e as articulações", diz Luiz Fernando Alves, treinador da clínica Força Dinâmica. Já as fibras rápidas têm menor número de neurônios ligados em cada unidade. Os exercícios, para essas, duram poucos segundos, pois elas entram em fadiga rapidamente. "Essas fibras aumentam mais de volume que as outras, mas um grande aumento da massa muscular só é conseguido com cargas elevadíssimas. Se o objetivo é a qualidade de vida, o treino deve ser feito com uma carga adequada, para que a pessoa faça mais séries e repetições", recomenda.
Hipertrofia
O aumento de massa muscular ocorre quando o músculo, após "gastar" suas proteínas para realizar as contrações, começa a produzir novas e mais proteínas. Segundo Vladimir Madolo, do Cepe, com exercícios, descanso e alimentação adequados, é possível aumentar até 50% da massa muscular naturalmente -ou seja, sem o uso de drogas anabolizantes.
Eduardo Knapp/Folhapress
Hipertensão
Segundo o cardiologista José Lazzoli, trabalhos científicos mostram que a musculação diminui a pressão arterial. Esse efeito é maior no exercício aeróbico, mas, nas duas atividades, a pressão permanece em níveis mais baixos por 24 horas. "Há um aumento fisiológico da pressão na hora da execução do exercício, mas não há risco de a musculação causar um pico hipertensivo", afirma.
Isométrico e isotônico
Isométrico é quando o músculo não muda de comprimento durante o exercício: a contração é mantida por, no mínimo, 30 segundos, sem movimento articular. Isotônico é o exercício mais usado nas aulas de musculação. A articulação se move, fazendo que o músculo se contraia e se estenda, empregando a mesma quantidade de força para mudar o seu comprimento. "É mais usado quando há lesões articulares, para fortalecer o músculo antes de retornar às atividades habituais", diz Ricardo Nahas, diretor científico da SBME.
Joelho
Exercícios de força tanto podem detonar quanto fortalecer e proteger os joelhos. Um cuidado é fazer o exercício aeróbico sempre antes da musculação, na visão do fisioterapeuta Marcelo Semiatzh, da Força Dinâmica: "O treino produz uma interferência neurológica que vai dificultar o controle da perna depois, na corrida ou na caminhada. Na cadeira extensora da sala de musculação, por exemplo, a pessoa fica estendendo a tíbia e forçando a hipertensão do joelho. Se ela sai dali para caminhar, vai reproduzir esse movimento na marcha e expor o joelho a um risco maior", argumenta Semiatzh. Na concepção dele, é importante, também, observar a rotação externa dos joelhos durante os exercícios, tentando vencer a tendência que temos de virar os joelhos para dentro quando realizamos os movimentos ou mesmo quando estamos parados de pé.
Lesões
Realizar movimentos repetitivos da forma errada, não respeitar o período de descanso para a recuperação do músculo e usar cargas muito pesadas são as principais causas das lesões relacionadas à musculação. "Um movimento que desloca a articulação para um lado errado repetido cronicamente pode fazer com que, em atividades cotidianas, como andar, a articulação posicione o sistema musculoesquelético de forma inadequada, prejudicando não só a articulação como a postura como um todo", diz Madolo. O movimento ou a postura errada podem fazer com que outro grupo muscular, não envolvido diretamente no exercício que está sendo realizado, faça movimentos compensatórios, para suportar o esforço, e acabem se lesionando.
Os movimentos repetitivos também podem fazer com que as microlesões nos músculos e nas articulações aumentem e que o processo inflamatório, que é a resposta do corpo para se recuperar dessas lesões, se torne crônico. "Além da inflamação crônica, isso pode levar à ruptura do músculo ou do tendão", acrescenta Madolo. Se as microlesões se cronificarem nos tendões, podem virar tendinite (inflamação no local) ou tendinose, que é a degeneração do tendão, segundo Nahas.
A ruptura do músculo também pode ocorrer quando ele é submetido à uma carga para a qual ainda não está adaptado. "O excesso de peso sobre a musculatura pode causar ruptura ou distensão muscular, ruptura ou inflamação do tendão ou fratura óssea por estresse", diz Moisés Cohen. O esforço repetitivo também pode levar à fratura óssea por estresse, segundo ele.
Multiarticulares
São os exercícios que movimentam mais de uma articulação e, por consequência, mais de um grupo muscular. Estão mais próximos dos movimentos fisiológicos, que incluem várias cadeias musculares realizando forças opostas, de contração e extensão. "Os multiarticulares são mais complexos, ativam mais o circuito neuromuscular e neuromotor e facilitam a aquisição da 'memória' do movimento, já que correspondem melhor à forma com que nos movimentamos nas atividades habituais", diz Nahas.
Neuromuscular e neuromotor
O sistema neuromuscular é a ligação do cérebro com os músculos, que faz o movimento ou o gesto acontecer. "O cérebro manda a mensagem 'contrair' e os neurônios a levam até o músculo. Ela chega às terminações nervosas dos músculos e articulações, o sistema neuromotor, que responde com o movimento", diz Madolo. Ou seja, todo trabalho de musculação começa na cabeça. A forma inteligente de treinar é imaginar antes o movimento que será executado, ativando assim o sistema neuromuscular e favorecendo a postura e a execução corretas do movimento. "Além disso, pesquisas apontam que esse trabalho cerebral prévio aumenta a estimulação das fibras musculares, o que teoricamente pode aumentar o ganho de massa muscular", conta Madolo.
Osteoporose
A musculação previne e combate a perda da densidade do osso, que caracteriza a osteoporose. "Ela funciona como uma poupança: a pessoa perde menos músculo e de forma mais lenta, mantendo a boa qualidade do osso", diz Márcio Passini, presidente do Comitê de Doenças Osteometabólicas da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia.
Segundo ele, quem tem osteoporose deve trabalhar os abdominais e a musculatura da cintura, para fortalecer a coluna, e fazer exercícios de marcha com peso, para beneficiar o quadril --regiões mais atingidas pela perda óssea.
Proteínas
Se os músculos aumentam de volume, é preciso consumir mais proteínas. Mas nem tanto. "Quem frequenta a academia e está aumentando a massa muscular precisa consumir entre 1,4 g e 2 g de proteína por quilo de peso", diz Scantanelli. Por exemplo: quem pesa 70 kg supre essa necessidade diária com 1 xícara de leite, 1 pote de iogurte, 100 g de filé de frango, 100 g de peixe e 30 g de queijo (nada que supere um padrão normal de refeições). "O corpo não faz reserva de proteína. O excesso é eliminado pela urina, usado para produção de energia ou vai se acumular em forma de gordura", diz Denise Denise Vaz de Macedo, do Labex. Como o excesso de proteína também atua no processo de formação de cristais, pode levar à formação de pedras nos rins, segundo Scantanelli.
Propriocepção
É a capacidade de perceber a posição e o movimento do corpo no espaço e adaptar articulações e músculos para manter o equilíbrio. "Nos ligamentos, temos neurônios que informam ao cérebro que movimento articular é necessário para manter a estabilidade", diz Nahas. Fazer exercícios de força sobre uma bola, por exemplo, aumenta a capacidade proprioceptiva. Implica maior consciência corporal e senso de equilíbrio.
Postura
Certinho, certinho, ninguém é. Mas, na hora de começar um trabalho com pesos, é bom prestar muita atenção à postura. O ideal seria que, antes, a pessoa passasse por uma avaliação postural séria. "Os desvios, assimetrias e compensações posturais de cada um precisam ser considerados para que o treino seja ajustado àquele corpo e não agrave um quadro que pode levar a uma lesão crônica. É importante detectar as alterações posturais de cada pessoa, para ensiná-la a treinar de um jeito que corrija aquela condição e não sobrecarregue áreas do corpo que, por causa da postura dela, já são muito exigidas no dia a dia", diz o treinador Luiz Fernando Alves.
Peso livre
Os pesos e as barras livres são normalmente indicados para quem já tem familiaridade com musculação, porque exigem mais coordenação entre os músculos envolvidos. "É melhor estar acompanhado ao fazer peso livre porque, se houver uma falha muscular ou a pessoa não aguentar o peso, ela não pode largá- lo, como no aparelho. Alguém tem que tirar o peso", afirma Valéria Bonganha, do Laboratório de Fisiologia do Exercício da Faculdade de Educação Física da Unicamp. A barra livre permite trabalhar a coordenação muscular. Quanto maior a coordenação, maior a carga que se consegue levantar. "Isso é importante no dia a dia e para quem quer hipertrofiar", diz Valéria Bonganha.
Qualidade de vida
Apesar de ser o efeito mais visível da musculação, a questão estética é só uma das consequências, e não a mais importante, segundo Ricardo Nahas. "O fortalecimento muscular permite que realizemos melhor todas as atividades do dia a dia, ajuda a prevenir lesões nos esportes, manter a massa óssea etc.", diz. O fortalecimento muscular também é indicado para tratamento e controle de artrose. "A musculatura mais desenvolvida absorve o impacto sobre as articulações, protegendo-as", diz o ortopedista Ricardo Cury. Também facilita o trabalho do coração, por melhorar o retorno do sangue das extremidades do corpo para o coração.
Repetições
Fazer mais repetições com pesos mais leves ou menos repetições com mais carga tem efeito similar na perda de peso e gordura. Segundo Dilmar Pinto Guedes Jr., do Cepe, mais repetições com pesos leves desenvolvem mais resistência, e menos exercícios com mais carga levam à maior hipertrofia. "Para quem quer apenas manter a massa muscular, é indicado fazer mais repetições com menos pesos", diz Ricardo Cury, médico do esporte e ortopedista da Santa Casa de São Paulo.
Refeições
Não vale comer mal e achar que se garante com isotônico. "A alimentação ao longo do dia gera reservas que fazem diferença. Se a pessoa treina de manhã, é o carboidrato que comeu no jantar que faz efeito. Quando treina cheia de carboidratos, não perde massa", diz a nutricionista Cynthia Antonaccio. O ideal é repor os nutrientes na primeira hora pós-treino. "As janelas do organismo estão abertas e sedentas. Os nutrientes serão aproveitados, e não estocados em forma de gordura. E o organismo se recupera mais rápido", diz Scantanelli. Só não vale exagerar: 30 g a 60 g de carboidrato bastam.
Sobrecarga
O músculo cria novas fibras quando submetido ao esforço do peso extra. E não são só os pesos livres, caneleiras ou aparelhos que proporcionam essa sobrecarga. O peso do próprio corpo também cumpre a função. A carga máxima é o maior peso que a pessoa consegue levantar uma única vez. "No treino voltado para a saúde, a sobrecarga é de 40% a 50% da carga máxima para cada pessoa", diz Lazzoli.
SXC
Suplemento
A suplementação de vitaminas e minerais não é consenso no Brasil, mas há profissionais que a defendem. "Considero prudente incluir um polivitamínico para preencher o que as pesquisas mais recentes mostram: o brasileiro não consome o suficiente de verduras e frutas", afirma Cynthia Antonaccio. O bioquímico Júlio Tirapeg, autor de "Nutrição, Metabolismo e Suplementação na Atividade Física" (ed. Atheneu), discorda. Segundo ele, só atletas de ponta, que fazem do esporte sua profissão, devem recorrer à suplementação. "Senão, é perda de tempo e dinheiro. O suplemento faz bem quando a pessoa tem alguma deficiência nutricional."
Tônus
Rigorosamente, tônus é o mínimo de contração que o músculo tem mesmo em repouso. "Só perdemos o tônus quando morremos. Essa ideia de 'tonificar' os músculos é algo que as academias vendem, mas não quer dizer nada", afirma Madolo. A expressão começou a ser usada para dissociar a musculação dos excessos da hipertrofia. Quem não quer músculos saltados diz só querer tonificá- los. "Sempre que há trabalho de força eficaz, há algum aumento do músculo", diz ele. Tonificar, então, é usado para indicar uma hipertrofia leve ou moderada. Já a "definição muscular" é, segundo Madolo, o ganho moderado de massa.
Treino funcional
É um treino de força em que vários grupos musculares são envolvidos para a execução de cada exercício -como nos movimentos que realizamos no dia a dia ou para a prática de algum esporte. Para desenvolver força, são usados vários grupos musculares ao mesmo tempo. "O treino funcional utiliza elásticos, roldanas ou o peso do próprio corpo, que impõem uma sobrecarga menor ao corpo", diz Cohen. Segundo Cury, o trabalho global -que inclui todos os grupos musculares- diminui o risco de lesões.
Vigorexia
Querer ficar cada vez mais forte e aumentar os músculos em proporções não naturais, a qualquer custo, é doença e tem nome: vigorexia. Todo vigoréxico faz exageradamente musculação. Não necessariamente porque goste do exercício em si, mas por esse ser um meio indispensável para atingir o seu objetivo de corpo ideal. Como só os exercícios não são suficientes, por causa da imagem corporal distorcida, essas pessoas começam a utilizar drogas anabolizantes que colocam a saúde em risco e causam alterações de humor, como depressão e ansiedade", diz Madolo. A prevalência do distúrbio é maior em homens, mas o número de mulheres com vigorexia está crescendo. O tratamento é feito com terapia cognitivo-comportamental.
Varizes
Embora a musculação favoreça a circulação de retorno (que traz o sangue das extremidades do corpo de volta ao coração), o que favorece o sistema circulatório, o peso usado no exercício e a hipertrofia dos músculos também sobrecarregam esse sistema, que tem de trabalhar mais. Isso pode causar um aumento do calibre das veias e, em algumas pessoas, deixá-las saltadas, segundo Cohen.
Zinco e magnésio
O zinco, presente em carnes vermelhas, feijão e ovos, tem participação importante na renovação celular. A deficiência de magnésio pode prejudicar os exercícios, porque o mineral está envolvido na produção de energia e na contração e no relaxamento muscular. Está presente em cereais integrais e verduras verde-escuro. Segundo a nutricionista Mirtes Scantanelli, esses minerais melhoram o ganho de massa muscular porque, teoricamente, favoreceriam a restauração mais rápida das células de proteína. "Mas não há evidência de que o consumo de suplementos acelere a renovação das células", diz. Além disso, o corpo absorve e aproveita melhor esses nutrientes quando consumidos na forma de alimentos.
Colaborou Raquel Botelho 
Folha

Vacinas e medicamentos biotecnológicos para o mundo

Fiocruz terá nova unidade para vacinas e drogas biotecnológicas

  AGÊNCIA BRASIL
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou nesta sexta-feira a construção de um parque tecnológico da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) para ampliar a produção de vacinas e dar início à produção de medicamentos biotecnológicos --englobam drogas para tratamento de câncer e doenças inflamatórias; o Brasil atualmente importa esses produtos.
De acordo com o ministro, a iniciativa --uma parceria entre os governos federal, do Estado do Rio e a Fiocruz-- vai contar com investimentos de R$ 800 milhões.
Para construir a unidade, o governo do estado cedeu um terreno de 570 mil metros quadrados em Santa Cruz, na zona oeste da capital fluminense.
"A perspectiva com esse novo parque é poder aumentar em seis vezes a capacidade de produção de vacinas. Mas, o mais importante, é permitir à Fiocruz entrar na nova fronteira de medicamentos no campo da saúde, que são os biotecnológicos. Hoje, eles representam 1% de todas as doses que o país compra, mas comprometem 34% do orçamento do Ministério da Saúde", informou ele, na inauguração da nova sede do Into (Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia), no Rio.
Padilha ressaltou, ainda, que o país só tem condições de oferecer "o mais amplo programa de vacinação do mundo" porque 96% das doses são produzidas nacionalmente.
O ministro informou ainda que o governo federal investirá R$ 70 milhões até 2014 para apoiar o governo do Rio a lançar o Sautec (Centro Estadual de Inovação Tecnológica em Saúde).
Com instrumentos modernos, a unidade vai atuar no campo da neurociência para desenvolver tecnologias de reabilitação física para pacientes com comprometimento do sistema nervoso.
Na solenidade, oficializou-se a doação, pelo governo federal, do antigo terreno do Into na praça da Cruz Vermelha, no centro da cidade, ao governo fluminense.
No local será implantado o Hospital Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer, para tratamento de doenças neurológicas.
Também foram fechados convênios de cooperação técnica com o governo do Estado do Rio, com investimentos de R$ 20 milhões, para aumentar a produção de medicamentos do Instituto Vital Brazil, em Niterói.

A prosperidade é desejada por todos, mas o que é prosperidade pra você?



Segundo “Aurélio” Prosperidade (do latim prosperitate) refere-se à qualidade ou estado de próspero, que, por sua vez, significa ditoso, feliz, venturoso, bem-sucedido, afortunado...

Por isso, pelo significado, cada pessoa deseja a prosperidade de uma forma diferente, para alguns o acúmulo de bens, para outros o suficiente desde que junto com alguém, e por ai vai.
Mas usei essa palavra, para entrar nessa história. Pra uma criança, prosperidade é ter por perto as pessoas que ela gosta, num ambiente harmonioso e de preferência que as coisas sejam feitas ou oferecidas pelas mãos de sua confiança, pai, mãe, avós, tios, família e amigos.

Quem não tem uma lembrança da sua infância de alguém fazendo um bolo ou um almoço, e aquele cheiro de tempero misturado à música?
 Nooooossa,  isso fazia uma “cosquinha” na alma... Isso me remete à prosperidade, esse lugar me deixa com aquele sorriso no canto dos lábios, esse é um dos meus objetivos de vida, poder oferecer aos que amo essa “cosquinha”, pode ser muito caro, ou não, dependendo do que você tem pra oferecer ou o quanto você precisa receber.

Se você não tem essa lembrança, tudo bem. Ofereça isso pra seus filhos, sobrinhos ou filhos de amigos, essa também é uma forma de sentir esse prazer. Experimente!!!!
Essa receita que vou dar é muito fácil de fazer, pode ser um bom começo, vai lá se dê uma chance de começar. 

BOLO DA PROSPERIDADE.
  • 3 ovos
  • 1 xícara de margarina
  • 2 xícaras de farinha de trigo
  • 1 xícara de açúcar mascavo
  • 1 xícara de mel
  • 1 colher de chá de canela em pó
  • Uma colher de sopa de fermento em pó
  • 1 xícara de leite
  • 1 xícara de maça picada
  • 1 xicara de castanha de caju
  • 1 xícara de passa sem caroço
Modo de fazer

Não usar batedeira, misturar a margarina com o açúcar, os ovos, o mel. Colocar o trigo, o leite o restante dos ingredientes e por último o fermento.
Usar assadeira média, assar em forno pré-aquecido à 200° por 30 ou 40 minutos.





Deixe os amigos sentirem esse cheiro de canela, um dia eu falo sobre o poder do aroma e dos sabores das especiarias. A canela, por exemplo, é agregador, tem o poder de amaciar a alma, excelente para reconciliações. Experimente!!!!!!!

Até mais!

As armadilhas dos analgésicos

Especialistas registram o aumento do consumo de remédios contra a dor e alertam para os graves efeitos colaterais que isso pode causar, inclusive dependência

Francisco Alves Filho e Monica Tarantino

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Um levantamento realizado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), órgão do governo americano, divulgado recentemente acendeu um alerta vermelho para médicos e pacientes de todo o mundo. A pesquisa revela que, nos Estados Unidos, o número de mortes por overdose de analgésicos triplicou de 1990 a 2008. No último ano coberto pelo estudo, foram registrados 14,8 mil óbitos. A informação agrava a preocupação das autoridades mundiais de saúde em relação ao crescimento do consumo dessa classe de medicamentos, indicada para o alívio da dor. De acordo com a consultoria internacional IMS Health, de 2006 a 2010 o mercado global desses remédios teve crescimento de 27%. No Brasil, o segmento movimentou US$ 902 milhões em 2010, magnitude que torna o País líder de consumo entre as nações emergentes e sexto maior mercado do mundo, à frente de países como Japão e Espanha.

Para se compreender as origens e as consequências desse problema, é necessário enxergar dois aspectos. Primeiro, deve-se entender as diferenças entre os tipos de analgésicos. Basicamente, há os comuns, aqueles comprados em farmácia e sem receita médica; os anti-inflamatórios com efeito analgésico, também geralmente comercializados sem dificuldade; e os narcóticos, que usam em sua formulação substâncias derivadas do ópio e necessitam de prescrição. São estes os responsáveis pelas mortes por overdose registradas no relatório americano.

Depois, não se pode analisar esse fenômeno sem respeitar as particularidades de cada país, principalmente quando se buscam respostas para explicar o aumento do consumo. Tome-se a situação dos Estados Unidos, por exemplo. Por lá, a prevalência é de consumo abusivo de opioides. No Brasil, o consumo é maior de analgésicos comuns ou anti-inflamatórios com efeito analgésico. “E precisamos usar mais opioides, porque eles aliviam a dor oncológica e outras dores agudas”, diz o neurologista João Batista Garcia, presidente da Sociedade Brasileira de Estudos da Dor. “O fato de não usarmos tanto esse tipo de remédio resulta no sofrimento de muitos pacientes.” Em comum a qualquer nação está a realidade de que, em geral, os indivíduos apresentam baixa tolerância à dor, preferindo recorrer às medicações.
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O fato é que o abuso no consumo dos remédios – opioides ou comuns – tornou-se um dos maiores desafios da medicina atual. Na medida certa, eles aliviam a dor. Mas, em excesso, podem ser extremamente ameaçadores à saúde. Por aqui, uma das categorias mais usadas incorretamente é a de medicamentos contra dor de cabeça, normalmente vendidos sem receita médica. E o que a maioria dos pacientes desconhece é que, quando há consumo sem orientação adequada, corre-se o risco de desenvolver a chamada cefaleia de rebote, causada justamente pela ingestão acima do recomendado. Um trabalho feito pelo neurologista Ariovaldo Alberto Júnior, diretor da Sociedade Brasileira de Cefaleia, ilustra bem esse problema. Em um estudo na cidade mineira de Capela Nova, o médico descobriu que 3,6% da população, de apenas dois mil habitantes, tinha dor de cabeça diariamente. “A principal causa era o uso abusivo de analgésicos”, disse.

A partir da constatação, foi implantado na cidade um programa de desintoxicação que já dura oito meses e inclui iniciativas de educação para os médicos – o objetivo é que parem de indicar analgésicos indiscriminadamente. O programa é semelhante a outro, aplicado também pela equipe do neurologista mineiro, no Tribunal de Contas de Minas Gerais. De mil funcionários, 43% tinham dor de cabeça todos os dias. Os empregados foram acompanhados por quatro meses e verificou-se a redução de mais de 50% da ocorrência da dor e da utilização de remédios. O trabalho foi apresentado no congresso deste ano da Academia Americana de Cefaleia.
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A lista de prejuízos provocados pela utilização excessiva de remédios contra dor de cabeça é mais ampla. “O abuso pode causar lesão renal ou sangramento gastrointestinal”, afirma a neurologista Norma Fleming, coordenadora do Ambulatório da Clínica da Dor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. De maneira geral, esses danos são os mesmos causados por todos os outros tipos de analgésicos consumidos incorretamente. Há outros efeitos colaterais, porém que precisam ser lembrados. “O exagero na ingestão pode ocasionar sérias complicações hepáticas e aumenta os riscos de surdez especialmente após os 60 anos, além de interferir na formação das células do sangue”, explica o pediatra e toxicologista Anthony Wong. Ele é um dos maiores especialistas mundiais no assunto e diretor do Centro de Assistência Toxicológica (Ceatox) do Hospital das Clínicas de São Paulo.

Essas eram até agora as armadilhas mais conhecidas. No entanto, outras, igualmente graves, estão sendo identificadas por pesquisas mais recentes. Na semana passada, cientistas da Universidade de Edimburgo, na Escócia, analisaram 663 pacientes encaminhados à Unidade Escocesa de Transplante de Fígado por causa de problemas no órgão induzidos pelo uso do paracetamol, um dos analgésicos mais usados. Essas pessoas foram observadas por seis anos. Nesse período, os pesquisadores descobriram que os 161 pacientes que abusaram continuamente desses remédios, excedendo frequentemente a dose limite, tiveram efeitos colaterais piores do que aqueles que tomaram uma grande quantidade de comprimidos de uma única vez. Esse tipo de overdose escalonada, como definiram os pesquisadores, aumentou a gravidade das lesões e os riscos dessas pessoas de morrer. “Eles não tomaram overdoses grandes e únicas, aquelas que ocorrem em um único momento. Mas no decorrer do tempo o dano se acumula e o efeito pode ser fatal”, disse Kenneth Simpson. O trabalho foi publicado na revista científica “British Journal of Clinical Pharmacology”.
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Na Dinamarca, uma pesquisa traçou uma relação entre o uso de analgésicos comuns e alguns tipos de arritmia cardíaca. A pesquisa avaliou mais de 30 mil pacientes e concluiu que esses medicamentos podem levar a dois tipos de descompassos nas batidas do coração: a fibrilação atrial e o flutter atrial. Ambos aumentam o risco de paradas cardíacas, derrames e óbito. O trabalho analisou o impacto de dois tipos muito usados contra a dor, os anti-inflamatórios com efeito analgésico não esteroides e os de nova geração, conhecidos como inibidores seletivos COX-2.

Alguns estudos estão jogando luz particularmente sobre os riscos do consumo exagerado na gravidez e infância. Um deles, feito nos Estados Unidos, avaliou o impacto do uso de opioides nesse período. Segundo o CDC americano, o uso de substâncias como a codeína, a oxicodona ou a hidrocodona, antes ou no início da gestação, está relacionado, em alguns casos, a defeitos como espinha bífida, hidrocefalia e glaucoma congênito. Os cientistas também acreditam que os remédios elevam aproximadamente duas vezes os riscos de o bebê ter a síndrome de hipoplasia do coração esquerdo (um dos defeitos cardíacos mais críticos). A última pesquisa, divulgada na semana passada, mostrou que um dos riscos da dose errada dos opioides é a desidratação infantil. “Esses remédios são sedativos e, por isso, muitas crianças não comem ou bebem tanto quanto de costume. Elas não acordam ou não conseguem ingerir a quantidade necessária sob efeito das medicações”, disse à ISTOÉ William Basco, diretor da divisão de Pediatria Geral da Universidade Médica da Carolina do Sul (EUA) e autor do trabalho. Esses remédios também tornam a respiração mais lenta. Em alta quantidade, isso pode levar à parada respiratória e até matar.
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Uma das circunstâncias mais delicadas ao se investigar o problema é estabelecer quando há exagero no consumo e se pode determinar que uma pessoa tornou-se dependente. As situações de abuso, para os especialistas, ficam caracterizadas quando a pessoa começa a tomar o medicamento além da dose indicada. Ela acredita, por exemplo, que uma aspirina só não vai fazer efeito e toma duas. Ou ingere um comprimido e não espera o tempo necessário para que os efeitos se apresentem e já quer tomar outro. Mais um sinal importante é tomar o analgésico preventivamente, sem ter sintoma algum.

A dependência é mais grave e mais comum em relação a medicamentos da categoria dos anti-inflamatórios e derivados de opioides. “Para configurar o quadro de dependência, observamos sinais físicos e psicológicos”, diz a médica Rioko Sakata, coordenadora do Instituto da Dor da Universidade Federal de São Paulo. Nessa situação, a pessoa sente falta do remédio, mesmo sem ter os sintomas de qualquer doença, e não consegue deixar de tomá-lo, ainda que queira evitar. Pode haver também um aumento da tolerância: a pessoa necessita tomar cada vez mais comprimidos para ter o mesmo efeito. Na ausência do remédio, o indivíduo pode apresentar sintomas de síndrome de abstinência, como boca seca, irritação e taquicardia.

Entre os mais sujeitos à dependência dos analgésicos opioides estão portadores de fibromialgia (doença caracterizada por dor generalizada no corpo) e de dor de coluna. Também estão sob essa ameaça os profissionais de saúde. “São médicos, especialmente anestesistas, cirurgiões, emergencistas e profissionais de farmácia e de enfermagem”, diz o psiquiatra Marcelo Niel, do Programa de Assistência a Dependentes da Universidade Federal de São Paulo Proad/Unifesp.

Os caminhos que levam à dependência são iguais aos que empurram à dependência de drogas ilícitas. A exemplo da cocaína e da maconha, os opioides atuam na liberação de substâncias associadas aos mecanismos de recompensa. “Quanto mais prazer a droga estimula e libera, maior o risco de se sentir dependente porque a pessoa fica com um registro dessa sensação no cérebro”, explica Niel. “E é uma sensação tão boa que o cérebro quer repeti-la a todo momento.” No cérebro das pessoas que efetivamente se tornam dependentes, essa onda de alívio da dor ou prazer oferecida pelos medicamentos é interpretada como um convite irrecusável.
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PERIGO
A médica Norma Fleming alerta para o risco de lesões renais
Com ajuda especializada, porém, é possível deixar de ser dependente. Há pelo Brasil alguns centros especializados na ajuda a pacientes. É uma batalha difícil, mas que pode ser vencida. A estratégia começa por uma fase de desmame. Ou seja, diminuir o consumo gradativamente. No caso dos analgésicos comuns, há duas formas de se fazer isso. Uma delas é tratar o paciente em casa. A medicação abusiva é retirada e são indicados outros medicamentos para controlar o problema de saúde que deu origem ao uso do remédio, como uma dor nas costas. Os especialistas também ensinam a usar os recursos farmacológicos para prevenir crises, o que é feito sob monitoramento. Mas há também situações em que o paciente sente enorme dificuldade de evitar os analgésicos ou tem sintomas muito intensos. “Essas pessoas poderão ser internadas por um período que vai de dez a 15 dias”, explica o neurologista Antonio Cezar Galvão, do Centro de Dor do Hospital Nove de Julho, em São Paulo. O processo todo demora, em média, de dois a três meses.

Quando a dependência é de opioides, o processo de desmame é um pouco mais complicado porque há risco de síndrome de abstinência. “Não podemos interromper subitamente o uso de opioides”, explica o psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira, coordenador do Proad. “Se isso for feito, a pessoa pode correr risco de vida. Alguns pacientes apresentam taquicardia e queda da pressão, por exemplo.” A droga mais usada para ajudar no desmame é a metadona. “Em 15 dias é feito o desmame de opioides mais fracos, como a codeína. Depois dessa fase, o paciente faz psicoterapia de apoio para não voltar a consumir o remédio”, completa o psiquiatra. Com derivados de ópio mais fortes, como a dolantina, o tratamento pode demorar mais.

Terapias complementares também ajudam. Entre elas, a acupuntura e a quiropraxia. Esta consiste em um conjunto de técnicas manuais – com ênfase na manipulação das articulações – usado para auxiliar no tratamento de desordens neuro-músculo-esqueléticas. “A técnica ajuda a devolver a mobilidade sem dor”, diz o quiropraxista carioca Lucas Rech.

O melhor remédio para prevenir o abuso, no entanto, é a informação para conscientizar as pessoas dos riscos, disse a ISTOÉ Priya Bahri, da Agência Europeia de Medicamentos (Emea). Em uma conferência recente realizada na Índia, ela mostrou que mais da metade dos meninos e meninas americanos e europeus usam analgésicos todo mês para tratar dores de cabeça. “É na adolescência que se formam os hábitos de saúde. Por isso, é necessário levar informações aos jovens para que aprendam a se proteger”, diz Bahri.
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Novex Óleo de Argan – Creme de Tratamento Ultraprofundo


Trezentos mil anos depois e venho eu aqui fazer a resenha sobre o que creio ser primeiro produto nacional a entrar na onda do óleo de argan.
Como se passou muito tempo desde o lançamento, achei que ninguém mais quisesse saber. Porém, embora muita gente tenha testado, dias atrás algumas amigas ainda formulavam questões sobre este produto: se era bom ou não, se valia a pena comprar…
Daí que resolvi “botar pra fora” a minha experiência. Quer dizer, minha experiência só não, esta resenha inclui, excepcionalmente, opiniões de algumas (outras) amigas da antiga "firma" que eu trabalhava!
Novex Óleo de Argan - Máscara Hidratante
Porque eu ganhei da marca a maior embalagem existente: UM QUILO de creme de tratamento com óleo de argan!
Como era produto pra caramba, resolvi dar um pouco pra cada uma das meninas que trabalhavam comigo pra saber o que elas achavam. Seria legal ouvir relatos diversos, que colhi tempos depois e agora compartilho aqui:
  • Bruna, estudante de arquitetura, cabelos lisos, com luzes: gostou bastante da experiência e percebeu uma melhora na maciez dos fios que estavam pedindo um carinho extra por causa da tintura.
  • Juliana, arquiteta, cabelos com progressiva e tingidos: gostou tanto, que depois de usar a sua parte da “prova” (aproximadamente um copo de 200 ml), comprou um pote para chamar de seu.
  • Priscilla, estudante de arquitetura, cabelos lisos, com luzes: gostou, mas não achou que foi o melhor creme que ela já usou na vida (ela, na época, já tinha usado o MoroccanOil “original”). Questionada se compraria o Novex, disse que, na ausência de grana para investir em algo mais caro, seria uma opção a ser considerada.
  • Melisa, estudante do técnico em edificações, cabelos longos, muito longos, bem cacheados e sem química: foi uma das que também amou o resultado e comprou um pote do produto depois de experimentar a sua amostra. Engraçado que, algumas semanas depois, eu que já tinha esquecido da “distribuição” do Novex na firma, ao elogiar o cabelo da Mel e perguntar o que ela tinha feito, recebi como resposta que a única coisa diferente que ela estava usando era o creme que eu tinha lhe dado!
Cumpre mencionar que não sou repórter investigativa e as meninas não são “blogueiras” de resenhas de cosméticos, então a opinião se restringe muito ao “gostei ou não gostei”, tá?
O creme e a minha opinião
Creme Novex Óleo de Argan
Um creme levemente consistente que, comparado ao irmão rico, até parece um condicionador – detalhe este que merece atenção na hora de utilizar o produto, porque ele pode escorrer por entre os dentes do pente - que uso como se fosse uma colher, pra não enfiar as mãos molhadas dentro da embalagem (e não estragar o produto). Mas, uma vez aplicado nos cabelos, ele até que agarra bem e aguenta até a hora do enxágue.
Creme com “cheiro de creme” sugestiona meu psicológico, que sempre imagina que máscara sem muita firula (como fragrância forte, por exemplo), vai funcionar melhor!
O fato é que consistência e aroma são detalhes quando se verifica o seu poder de hidratação. Sim, minhas amigas, ele hidrata bem o cabelo! E isto se percebe na maciez e redução do aspecto ressecado dos fios depois do processo finalizado.
Lembrando que tenho os cabelos naturalmente secos, que tendem a ficar ressecados com o uso constante de químicas diversas, do secador e da prancha. Como se não bastasse, meus fios são muito finos, que detonam com a mesma facilidade com que ficam pesados com qualquer excesso de produto.
Modo de uso
Costumava usá-lo depois do shampoo anti-resíduos, para assim ter a garantia de que as escamas dos cabelos estavam limpas e prontas para receber todos os nutrientes da máscara. Mas agora que a marca lançou o shampoo da mesma linha (e também a sua versão do óleo de argan, que vai merecer um post exclusivo), é ele quem tenho usado quando aplico o Novex.
Shampoo e Óleo de Argan Novex - Embelezze
Depois de retirar o excesso de água, aplico o creme e faço o enluvamento (que é aquela massagem com as mãos, em pequenas mechas dos cabelos, do comprimento às pontas) e deixo agindo enquanto termino meu banho. Tempo que varia bastante, mas nunca chega perto dos 25 minutos recomendado pela marca, para uso com touca laminada, que eu não tenho.
Comparação com o MoroccanOil
Inevitável fazer a comparação, né? Eu usei este creme da Novex antes e depois de ter o creme “original” da tampa laranja (que é o reconstrutor). E, apesar de achar que talvez ele se assemelhe mais ao da tampa marrom (hidratante), segue aí um pouco da minha experiência.
A diferença no resultado final, que EU percebi, no MEU cabelo, é que o Novex tem poder mais hidratante/amaciante, enquanto o MoroccanOil, apesar de também hidratar, reconstrói os fios (que eu entendo como um reparador de fios detonados, que tendem a ficar, ou ficam mesmo, “elásticos”). E, com este último, o resultado obtido pode ser observado por mais tempo. Vale ressaltar que, como quase toda máscara, ambos devem ser usados com moderação: hidratação em excesso pode deixar os cabelos pesados e reconstrução além da conta, “endurece” os fios.
Quanto à consistência, o que o Novex inspira de cuidados na hora da aplicação para evitar que escorra “por entre os dedos”, o MoroccanOil tem de consistente – do tipo virar a embalagem de cabeça pra baixo e o creme continuar intacto dentro do pote. E, tão marcante quanto a densidade, é a diferença no aroma: o cheiro do importado, que também não é de “perfume”, é bem mais forte que o Novex. E, neste quesito, considero os dois empatados.
Pra finalizar, o preço, né? Enquanto a gente paga mais de R$ 100,00 por 250 gramas da máscara importada, a embalagem do Novex de um quilo (pra dividir com as amigas e durar por toda a eternidade) pode ser encontrada, em qualquer esquina, por menos de R$ 20,00.
Uso o MoroccanOil sempre que pinto os cabelos ou exagero no uso da prancha. Já o Novex, uso como manutenção/prevenção mesmo.

Quero um lugar no fogão!


A contradição das mulheres as vezes é algo assustador. Mulheres querem salários iguais, mas não querem dividir a conta do restaurante. Elas não querem ser vistas como sexo frágil, mas exigem mimos e regalias únicos. Pregam a igualdade entre os sexos, mas acham que um cara é "esquisito" quando é sensível demais. Mulheres gritam aos quatro ventos que são livres e independentes, mas a grande maioria não suporta estar sozinha.

Por que? Porque são mulheres. Eu fico realmente grata por poder votar, trabalhar e todos os etc pertinentes, mas será que tudo que me é permitido eu quero? 

O que ocorre hoje é que as mulheres enquanto corporação já conseguiram tudo o que lutaram por, mas agora não sabem lidar com isso. Acham que qualquer coisa que lhes foi concedida precisa ser aceita, ou seria "trair o movimento".Então ficam perdidas, procurando seu espaço no mundo, sem saber que rumo tomar.

As mulheres foram à luta e fazem agora o que apenas os homens faziam. Tá, mas quem faz o papel das antigas mulheres? Quem cuida das crianças? Quem elabora uma dieta balanceada pro almoço? Ninguém.

Temos então, filhotes obesos e mal educados, sem noção de valor, carentes de tudo que é possível soltos pelo mundo. A culpa é das mulheres? É, sim. Porque alguém tem que fazer o serviço sujo e, se elas não querem, que aceitem homens que façam. Mas tem que ser feito.


Só que 99,7% (estátistica minha) das mulheres não suportaria sustentar um homem enquanto ele apenas cuida dos filhos e da casa. Logo, a casa e os filhos não são cuidados e pronto, assunto resolvido. Os reflexos disso, a gente vê por aí.


Então é basicamente isso: ou as mulheres passam a viver toda a igualdade que pregam, ou voltam para resgatar seu lugar no fogão. A vaga ainda está aberta.
REFLITA

São nos erros que encontramos o caminho


Se você errou, peça desculpas...
É difícil perdoar?
Mas quem disse que é fácil se arrepender?

Se você sente algo diga...


É difícil se abrir?

Mas quem disse que é fácil encontrar alguém que queira escutar?

Se alguém reclama de você, ouça...


É difícil ouvir certas coisas?

Mas quem disse que é fácil ouvir você?

Se alguém te ama, ame-o...


É difícil entregar-se?

Mas quem disse que é fácil ser feliz?

Nem tudo é fácil na vida...

Mas, com certeza, nada é impossível...
Cecília Meireles


Todo o homem é culpado do bem que não fez.
(Voltaire)

Único erro verdadeiro é aquele com o qual nada se aprende.
(J. Powell)

Existe um remédio para qualquer culpa: reconhecê-la.
(Franz Grillparzer)

Ama e faz o que quiseres. Se calares, calarás com amor; se gritares, gritarás com amor; se corrigires, corrigirás com amor; se perdoares, perdoarás com amor. Se tiveres o amor enraizado em ti, nenhuma coisa senão o amor serão os teus frutos.
(Santo Agostinho)


Podemos suportar as desgraças que vêm do exterior: são acidentes. Mas sofrer pelas nossas próprias faltas... Ah!, é esse o tormento da vida.
(Oscar Wilde)

Enganarmo-nos é o preço de pensarmos, a humanidade reina graças à ousadia dos seus erros
(Alain)

Um erro é tanto mais perigoso quanto mais verdade contém
(Henri Amiel)

Não há coisa mais prejudicial a uma nova verdade que um velho erro.
(Johan Wolfgang Von Goethe)

Não existem erros, coincidências. Todos os eventos são bênçãos dadas a nós para aprendermos através deles.
(Elizabeth Kubler-Ross)

Muitos homem cometem o erro de substituir o conhecimento pela afirmação de que é verdade aquilo que desejam.
(Bertrand Russell)

Metade dos nossos erros na vida nascem do fato de sentirmos quando devíamos pensar e pensarmos quando devíamos sentir.
(J. Collins)

Eu não me envergonho de corrigir meus erros e mudar as opiniões, porque não me envergonho de raciocinar e aprender.
(Alexandre Herculano)

Confessar um erro é demonstrar, com modéstia, que se fez progresso na arte de raciocinar.
(Jonathan Swift)


Basta o esquecimento de uma única circunstância para nos levar ao erro.
(Jaime Balmes)

Aqueles que não conseguem se lembrar dos erros do passado estão condenados a repeti-los.

(George Santayana)


A diferença entre um homem de sucesso e outro orientado para o fracasso é que um está aprendendo a errar, enquanto o outro está procurando aprender com os seus próprios erros.

(Confúcio)


A metade dos nossos erros na vida vem do fato de que sentimos quando devemos pensar e pensamos quando devíamos sentir.

(Lhurton Collins)

As façanhas enchem o coração de presunção perigosa; os erros obrigam o homem a recolher-se em si mesmo e devolvem-lhe aquela prudência de que os sucessos o privaram.

(Fénelon)

Do que serviria a vida se não fosse para corrigir os erros, vencer os preconceitos e alegrar cada dia nosso coração e nossos pensamentos?

(Romam Roland)


Enganarmo-nos é o preço de pensarmos; a humanidade reina graças à ousadia dos seus erros.

(Émile-Auguste Chartier)


Aprenda quatro segredos para não adoecer com facilidade Comentários 1 Notícia Fotos Aprenda a evitar gripes e resfriados. Foto: Getty Images Aprenda a evitar gripes e resfriados Foto: Getty Images Reduzir Normal Aumentar Imprimir As variações constantes no clima acontecem independentemente da estação do ano e colaboram para que o corpo sinta tais mudanças e acabe adoecendo. O site norte-americano Health, da revista homônima, ensinou quatro dicas para manter as doenças bem longe do organismo. Aprenda e previna-se. Afaste a gripe: pode parecer óbvio, mas tomar a vacina contra o vírus da gripe é uma das maneiras mais eficazes de prevenir o problema e evitar tosses, febre, dores pelo corpo e todo o mal estar que surge com a doença. Faça amizade com o ar fresco: locais fechados te colocam em contato com mais pessoas e germes. O ar fresco livra desses agentes nocivos e ainda melhora a imunidade. Descansar: o estresse aumenta a suscetibilidade a pegar resfriados devido aos hormônios estressores, como os glucocorticoides, que atrasam a resposta do sistema imune à presença de vírus e bactérias. O estresse também atrapalha o sono e a fome, essenciais para a imunidade. Lavar as mãos: gripes e resfriados são facilmente propagados pelo toque. Evite levar as mãos aos olhos, nariz e boca e procure sempre lavar as mãos com água e sabão. Germes podem viver em sabonetes em barra, mas não nos líquidos.


Aprenda quatro segredos para não adoecer com facilidade

Aprenda a evitar gripes e resfriados. Foto: Getty Images Aprenda a evitar gripes e resfriados
As variações constantes no clima acontecem independentemente da estação do ano e colaboram para que o corpo sinta tais mudanças e acabe adoecendo.
O site norte-americano Health, da revista homônima, ensinou quatro dicas para manter as doenças bem longe do organismo. Aprenda e previna-se.
Afaste a gripe: pode parecer óbvio, mas tomar a vacina contra o vírus da gripe é uma das maneiras mais eficazes de prevenir o problema e evitar tosses, febre, dores pelo corpo e todo o mal estar que surge com a doença.
Faça amizade com o ar fresco: locais fechados te colocam em contato com mais pessoas e germes. O ar fresco livra desses agentes nocivos e ainda melhora a imunidade.
Descansar: o estresse aumenta a suscetibilidade a pegar resfriados devido aos hormônios estressores, como os glucocorticoides, que atrasam a resposta do sistema imune à presença de vírus e bactérias. O estresse também atrapalha o sono e a fome, essenciais para a imunidade.
Lavar as mãos: gripes e resfriados são facilmente propagados pelo toque. Evite levar as mãos aos olhos, nariz e boca e procure sempre lavar as mãos com água e sabão. Germes podem viver em sabonetes em barra, mas não nos líquidos.

Exercício físico para crianças precisa ser na hora certa


Competição antes dos 13 anos é contraindicada por pediatras, que ensinam aos pais a escolher a atividade

Aula de natação a partir dos 6 meses para o desenvolvimento da psicomotricidade Foto: Marcelo Piu
Aula de natação a partir dos 6 meses para o desenvolvimento da psicomotricidade Marcelo Piu
RIO - Enquanto crianças e adolescentes passam um tempo cada vez maior diante de jogos eletrônicos, pediatras chamam a atenção para a epidemia de obesidade e a necessidade de se colocar os pequenos para fora do sofá: dados do IBGE mostram que 15% dos brasileiros entre 6 e 18 anos estão acima do peso; 5% obesos. Mas entre tantas opções, como escolher a atividade e quando começar? Primeiro, a criança deve gostar do exercício; depois, esporte competitivo só é recomendado a partir de 13 anos.
Jogos em grupo, como futebol, vôlei, e queimado, judô e balé são apropriados a partir dos 5 anos, se enfatizarem cooperação e altruísmo:
— Até os 12 anos, essas atividades devem ser lúdicas. Antes dessa idade, a criança ainda não tem estrutura psicológica para competir. Pode-se brincar de premiar quem ganha, quem perde — ensina Isabel Rey Madeira, da Sociedade Brasileira de Pediatria e autora do livro "Filhos, de 2 a 10 anos de idade" (Manole).

Se a criança está gordinha, Isabel sugere começar pela natação, pois a água protege mais das lesões. E essa atividade não expõe tanto dificuldades que ela possa ter, em função do excesso de peso.
Bebês de seis meses já podem brincar na piscina
Mas vale a regra: é a criança quem tem que escolher. Caso ela prefira algum jogo em equipe, não há problemas. E os pais não devem se esquecer de consultar o pediatra, para afastar riscos à saúde, seja qual for a preferência.
Ela tem razão, afirma o pediatra Ricardo Rego Barros, chefe do Serviço de Adolescentes do Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (da UFRJ).
— Os pais devem respeitar as escolhas de seus filhos. Estudos americanos dizem que 75% das crianças e adolescentes obrigados a praticar um esporte abandonam a atividade aos 14 a 15 anos — conta. — É muito importante que eles experimentem várias modalidades antes de se dedicar a um esporte.
Para crianças acima do pe$, Jayme Murahovschi, da Academia Brasileira de Pediatria, indica uma caminhada, corrida e pedalada. A criança pode fazer isso por uma hora, seis vezes por semana. Se a ideia for apenas mantê-la em movimento, sem preocupação com as medidas, basta praticar 30 minutos.
Além de queimar calorias, a atividade física na infância ajuda no desenvolvimento da coordenação, do equilíbrio e sociabiliza, entre outros benefícios. E se pode começar antes do primeiro ano; como a iniciação na piscina. Se o bebê não sofre de oti$, já pode cair na água aos seis meses. A mãe de José Francisco Prado, de 1,6 ano, Luisa Prado, percebe a evolução do menino de uma aula de natação para outra, numa academia carioca:
— Ele está cada vez mais esperto. E a aula tem música, o que ajuda na identificação dele com a atividade na água.
Ricardo Barros aprova e dá uma dica importante:
— É preciso avaliar o preparo dos professores e condições de higiene dos locais.
Os profissionais são unânimes: fora da academia, brincar é sempre um bom exercício.
O Globo

TOP GANHA PREMIO

Gisele Bündchen ganha prêmio por campanha ambiental

Top model e ator americano Don Cheadle receberam distinção em Londres

Rádio ONU

A modelo brasileira Gisele Bünchen é embaixadora da Boa Vontade do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma)
 Foto: Ana Branco / O Globo

A modelo brasileira Gisele Bünchen é embaixadora da Boa Vontade do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) Ana Branco / O Globo
NOVA YORK - A top model Gisele Bündchen recebeu um prêmio internacional pelo seu papel em campanhas de proteção ambiental. Gisele, que é embaixadora da Boa Vontade do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), foi agraciada ao lado do ator Don Cheadle, também embaixador da agência da ONU.
O prêmio "Best Green International Celebrity" foi entregue aos dois no Museu da História Natural, em Londres, nesta quinta-feira. Segundo os jurados, a top model brasileira foi homenageada por usar canais de mídia social para promover a causa verde. Gisele Bündchen foi nomeada embaixadora da Boa Vontade em 2009 e, desde então, tem chamado a atenção para a perda de biodiversidade, para as ameaças enfrentadas pelo planeta e para a degradação ambiental.
Duelo
A modelo e o ator americano Don Cheadle lançaram uma campanha na qual simulavam um duelo em defesa do planeta, com o maior número de atividades verdes em todo o mundo. Gisele Buendchen venceu por 52 votos contra 48 do ator. Don Cheadle tornou-se embaixador da Boa Vontade do Pnuma no ano passado. O artista promove a reciclagem de bolas de golfe, um de seus esportes preferidos. Don Cheadle também vive numa casa que usa energia solar como forma de fomentar a economia verde.

ANSIEDADE PODE GERAR PÂNICO E FOBIAS

Ansiedade pode gerar pânico e fobias

Cuidar da ansiedade contínua é necessário!

Taquicardia, produção de suor, hiperventilação, aumento da pressão arterial, apreensão e inquietude. Se você sente esses sintomas com frequência, atenção: a ansiedade já faz parte da sua vida e pode acarretar alguns problemas sérios. Segundo Julio Peres, psicólogo clínico e doutor em neurociência e comportamento pela Universidade de São Paulo (USP), a ansiedade pode variar em intensidade e expressão conforme a importância que se atribui ao risco iminente.
De acordo com o psicólogo, é preciso prestar atenção na ansiedade quando esta for contínua e crescente no dia-a-dia. “A experiência clínica revela que a ansiedade crônica pode exercer uma influência significativa em comportamentos como isolamento social, distorções de percepção da identidade pessoal e alterações da crítica e do julgamento”, disse.
“Deve-se recorrer à psicoterapia quando a ansiedade e o sofrimento forem expressivos a ponto de limitar a vida diária pela presença de sintomas como distanciamento afetivo, estado de alerta contínuo, pensamentos indesejáveis, insônia, irritação e agressividade”, completou.
A demora em se tratar a ansiedade pode gerar sofrimentos mais graves como o pânico, a depressão, fobias específicas, transtornos psicossomáticos, de estresse pós-traumático, entre outros.
Em tempos de fortes pressões e novas necessidades, a ansiedade pode atingir vários departamentos da vida e, em especial, o campo familiar e profissional. De acordo com o Dr. Julio Peres, os eventos mais associados à ansiedade das pessoas que o procuram são: separação conjugal (infidelidade); decepções (quebra de confiança); mudanças drásticas de vida (cirurgias, enfermidades, perda de emprego); pressões no trabalho; conflitos familiares (discussões graves, brigas); perda de entes queridos (especialmente familiares); abortos; violência e acidentes.
Segundo Peres, a auto-indução de relaxamento, com foco na respiração tranquila, apoiada por pensamentos suaves como, “eu me sinto tranqüilo e seguro”, pode ajudar, assim como a consciência dos momentos simples e agradáveis do dia a dia também ajudam a resgatar o referencial adormecido do bem-estar.
Como a psicoterapia pode ajudar no tratamento da ansiedade? Peres explica que “falar sobre as ocorrências que geram ansiedade ameniza gradativamente a expressão emocional desregulada e à medida que o individuo verbaliza, a organização mental se configura”.

FILÉ MIGNON COM GRÃO-DE-BICO


Filé mignon com grão-de-bico
Um prato rico em sabor e saúde!


4 Porç~oes
206 Kcal

Ingredientes
250g de filé mignon cortado em tiras
1 colher de sopa de farinha de trigo
2 colheres de chá de pimenta síria
4 colheres de sopa de cebola ralada
2 colheres de sopa de pimentão vermelho picado
1 xícara de chá de grão-de-bico cozido
1 colher de sopa de molho de soja light
2 colheres de sopa de salsa picada
Modo de preparo
Em um refratário, misture o filé mignon com a farinha e a pimenta. Grelhe os filés em uma frigideira antiaderente e misture o restante dos ingredientes. Coloque ½ xícara de chá de água e deixe cozinhar por cerca de 10 minutos. Sirva.

Doar é um ato de amor a vida

DIA 25 DE NOVEMBRO: DIA INTERNACIONAL DO DOADOR DE SANGUE

Dia 25 de novembro: Dia Internacional do Doador de Sangue

Doar sangue é um ato de amor ao próximo e neste dia 25 de novembro, o mundo celebra o  
Dia Internacional do Doador de Sangue. Mas, seja por falta de informação ou até mesmo por questões religiosas, atualmente há no Brasil cerca de 3,5 milhões de doadores de sangue. Este número corresponde a somente 1,9% dos habitantes, ou seja, uma parcela mínima da população brasileira. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o índice de doadores por país deve ser de 3%.
O que poucos sabem é que a doação não traz riscos à saúde, afinal, todo o material usado na doação é descartável. Com relação às mulheres, é essencial informar que o período menstrual não interfere na doação, desde que a doadora não esteja sentindo cólicas, dor de cabeça ou com fluxo muito grande. O intervalo entre as doações é diferente para homens e mulheres. Para os homens é permitido doar quatro vezes ao ano e, para as mulheres, três vezes ao ano.
Para que não restem dúvidas sobre o procedimento, seguem algumas informações básicas para quem sempre quis doar, mas nunca teve coragem ou acesso a informação correta.
Para doar sangue é necessário:
Estar em boas condições de saúde;
Apresentar documento de identidade original ou fotocópia autenticada ou documento equivalente com foto e filiação;
Ter entre 18 e 65 anos;
Ter peso mínimo de 50 kg;
Ter descansado no mínimo 6 horas nas últimas 24 horas;
Não estar gripado ou com febre;
Não estar grávida ou amamentando;
Não ter ingerido bebida alcoólica nas últimas 6 horas.
Não poderá doar:
Quem fez tatuagem, piercing ou tratamento com acupuntura nos últimos 12 meses;
Portadores de vírus da AIDS, HBV, HCV ou HTLV;
Pessoas que já viveram situações sexuais de risco acrescido;
Quem possui histórico de doença hematológica, cardíaca, renal, pulmonar, hepática, auto-imune, diabetes, hipertireoidismo, hanseníase, tuberculose, câncer, sangramento anormal, convulsão após os dois anos de idade ou epilepsia, sífilis, doença de Chagas ou malária;
Usuários de drogas. Medicamentos contra indicados para doação de sangue;
Anemia;
Mulheres grávidas não podem doar sangue.
Como é feita a doação:
Ao chegar ao local de doação, a pessoa é submetida ao teste de Hemoglobina ou micro-hematócrito (para verificar se doador está com anemia) e verificação dos sinais vitais (pressão arterial, batimento cardíaco e temperatura). O doador passa por uma entrevista e depois, não havendo problemas, estará habilitado para doar sangue. Depois da realização deste processo é oferecido um lanche que deve ser tomado no local e, em seguida, o doador é liberado.



Doar sangue é um ato de amor ao próximo e neste dia 25 de novembro, o mundo celebra o Dia Internacional do Doador de Sangue. Mas, seja por falta de informação ou até mesmo por questões religiosas, atualmente há no Brasil cerca de 3,5 milhões de doadores de sangue. Este número corresponde a somente 1,9% dos habitantes, ou seja, uma parcela mínima da população brasileira. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o índice de doadores por país deve ser de 3%.
O que poucos sabem é que a doação não traz riscos à saúde, afinal, todo o material usado na doação é descartável. Com relação às mulheres, é essencial informar que o período menstrual não interfere na doação, desde que a doadora não esteja sentindo cólicas, dor de cabeça ou com fluxo muito grande. O intervalo entre as doações é diferente para homens e mulheres. Para os homens é permitido doar quatro vezes ao ano e, para as mulheres, três vezes ao ano.
Para que não restem dúvidas sobre o procedimento, seguem algumas informações básicas para quem sempre quis doar, mas nunca teve coragem ou acesso a informação correta.
Para doar sangue é necessário:
Estar em boas condições de saúde;
Apresentar documento de identidade original ou fotocópia autenticada ou documento equivalente com foto e filiação;
Ter entre 18 e 65 anos;
Ter peso mínimo de 50 kg;
Ter descansado no mínimo 6 horas nas últimas 24 horas;
Não estar gripado ou com febre;
Não estar grávida ou amamentando;
Não ter ingerido bebida alcoólica nas últimas 6 horas.
Não poderá doar:
Quem fez tatuagem, piercing ou tratamento com acupuntura nos últimos 12 meses;
Portadores de vírus da AIDS, HBV, HCV ou HTLV;
Pessoas que já viveram situações sexuais de risco acrescido;
Quem possui histórico de doença hematológica, cardíaca, renal, pulmonar, hepática, auto-imune, diabetes, hipertireoidismo, hanseníase, tuberculose, câncer, sangramento anormal, convulsão após os dois anos de idade ou epilepsia, sífilis, doença de Chagas ou malária;
Usuários de drogas. Medicamentos contra indicados para doação de sangue;
Anemia;
Mulheres grávidas não podem doar sangue.
Como é feita a doação:
Ao chegar ao local de doação, a pessoa é submetida ao teste de Hemoglobina ou micro-hematócrito (para verificar se doador está com anemia) e verificação dos sinais vitais (pressão arterial, batimento cardíaco e temperatura). O doador passa por uma entrevista e depois, não havendo problemas, estará habilitado para doar sangue. Depois da realização deste processo é oferecido um lanche que deve ser tomado no local e, em seguida, o doador é liberado.

Doador Voluntário de Sangue - O Vai, doa!

Depois de ser atropelada, musa da internet cria site para estimular doação de sangue   Vai, doa!

Ações nas redes sociais tentam ajudar a diminuir o problema da falta de doadores de sangue no Brasil

Vivian Carrer Elias
Doação de sangue: campanhas buscam doadores na internet Doação de sangue: campanhas buscam doadores na internet (Joern Pollex/Getty Images)
No Brasil, doam-se o equivalente a 3,5 milhões de bolsas de sangue por ano — 1,9% da população é doadora. Embora esse número esteja dentro do parâmetro da Organização Mundial de Saúde (OMS), entre 1% e 3% da população, na prática é pouco. Segundo o Ministério da Saúde, seriam necessárias pelo menos 5,7 milhões de bolsas para que não faltasse sangue para transfusões no país.

Como doar

QUEM PODE DOAR
Pessoas com mais de 50 quilos, com idade entre 18 e 67 anos (quem tem 16 ou 17 anos pode doar sangue se apresentar autorização do responsável legal).
QUEM NÃO PODE DOAR
Pessoas que tiveram hepatite após os 11 anos de idade; grávidas ou mulheres que estejam amamentando; pessoas expostas a doenças transmissíveis pelo sangue como AIDS, hepatite, sífilis e doença de chagas; usuários de drogas; aqueles que tiveram relacionamento sexual com parceiro desconhecido ou eventual, sem uso de preservativos; pessoas com malária.
O QUE LEVAR
Documento oficial de identidade com foto (identidade, carteira de trabalho, certificado de reservista, carteira do conselho profissional ou carteira nacional de habilitação).
INTERVALO ENTRE DOAÇÕES
Para homens, 60 dias (até quatro doações por ano); para mulheres, 90 dias (até três doações por ano).
Apesar do déficit de doações, é desnecessário dizer o importante papel que elas cumprem. Por isso, além das campanhas esporádicas recrutando doadores, as redes sociais vêm sendo cada vez mais usadas para arrebanhar gente disposta a ajudar.
Um dos exemplos mais bem-sucedidos é o site Vai, doa!, criado pela publicitária Ana Carolina Rocha, 23 anos.
Atropelada por um ônibus no último dia 10 de agosto, em São Paulo. Carol, como é conhecida, sofreu oito fraturas. Uma hemorragia na bacia fez com que perdesse quatro litros de sangue. Quando chegou ao Hospital do Servidor Público Municipal (HSPM), precisou ser operada com urgência. Recebeu dez bolsas de sangue (cada uma vem de um doador e tem 490ml de sangue). Se não houvesse sangue disponível no banco do hospital, Carol provavelmente teria morrido.
Como é comum neste tipo de situação, o hospital pede que o sangue seja reposto com novas doações de familiares e conhecidos do paciente. Ainda sem poder se movimentar por causa do acidente, a solução encontrada por Carol foi gravar um vídeo, ainda internada, pedindo ajuda.
Com 18 mil seguidores no Twitter, um blog bastante acessado, e dona do título informal de musa da internet (Carol já posou para a revista Trip, como musa do lingerie day, dia em que as garotas postam fotos em trajes mínimos no Twitter), não foi difícil espalhar o apelo — até hoje, o vídeo já foi assistido mais de 21.000 vezes. O resultado foi imediato. No dia seguinte à publicação do pedido, cerca de 50 pessoas compareceram ao hospital para doar sangue.
Durante os 45 dias que ficou internada e os outros 35 que permaneceu em casa sem poder andar, usando uma ferramenta simples de criação de blogs, Carol criou o site, que incentiva as pessoas a doar sangue, seja em que hospital for, e enviar fotos desse momento. Ao todo, 65 pessoas já enviaram imagens.
Arquivo Pessoal
Maria Carolina Rocha
Carol Rocha, idealizadora do site 'Vai, doa'
A campanha ainda conta com uma conta no Twitter e outra no Facebook, onde pedidos de doações de outras pessoas de todo o Brasil são divulgados. "Até então, eu nunca havia pensado sobre a doação de sangue, mas, depois que fui salva por dez pessoas que, um dia, resolveram ir a um hospital e colaborar, eu entendi que isso deveria ser mais divulgado", diz Carol.
O Vai, doa! conseguiu não só repor as dez bolsas de sangue para a publicitária e preencher o banco de sangue do HSPM, como incentivou várias pessoas a realizarem doações em diversos estados brasileiros. Além das fotos de pessoas que vão doar sangue, ela recebe as mais diversas respostas positivas provocadas pela sua campanha. "A internet tem o poder de influenciar mais, pois as pessoas passam a fazer parte daquilo, se sentem importantes e úteis", afirma.
Facebook – No embalo do Dia Nacional do Doador Voluntário de Sangue, que foi celebrado nesta sexta-feira, o Ministério da Saúde lançou um banco virtual de doadores no Facebook. No aplicativo, é possível cadastrar informações pessoais, como a cidade onde vive e o tipo sanguíneo. O doador virtual não precisa doar sangue imediatamente, mas se coloca a disposição de fazê-lo quando preciso.