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Perigo dos alisantes capilares

 Mais da metade dos alisantes capilares disponíveis no comércio ou usados em salões de beleza de São Paulo contêm excesso de substâncias que põem em risco a saúde dos consumidores, podendo causar queimaduras, queda de cabelo, ferimentos nas vias respiratórias e até câncer, segundo balanço divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde a partir de análises realizadas pelo Instituto Adolfo Lutz. Foram avaliadas 38 amostras de alisantes coletados na cidade de São Paulo entre 2003 e 2007 e encaminhadas pela vigilância sanitária, Procon e Instituto de Criminalística. Desse total, 20 (52,63%) estavam em desacordo com a legislação em relação ao teor de princípio ativo. O estudo apontou, ainda, que 21% dos alisantes continham altos teores de formol, substância irritante e de potencial cancerígeno. O uso de formoaldeído em formulações cosméticas só é permitido como conservante e em concentração máxima de 0,2% por 100 gramas. Os alisantes irregulares apresentavam concentrações entre 2,01% e 10,98%, podendo causar irritações, queimaduras na pele e danos irreversíveis nos olhos e nos cabelos.


Das amostras analisadas pelo Adolfo Lutz, 26,3% também continham teores de hidróxido de sódio acima do limite permitido, que é de 4,5%. Os níveis encontrados nos produtos irregulares variaram de 4,91% a 12,58%. Altas concentrações de hidróxido de sódio podem causar queimaduras, quebra do fio capilar e queda de cabelo. “Os alisantes de cabelo, quando usados de forma inadequada, podem acarretar sérios danos à saúde do consumidor, especialmente os produtos com concentrações acima do máximo permitido”, afirma a química Maria Cristina Santa Bárbara, pesquisadora do Lutz responsável pelo estudo.

Fonte: Secretaria Estadual de Saúde


 



Diferentes tipos de alisantes não devem ser usados ao mesmo tempo

Conheça os produtos mais utilizados nos salões de beleza do Brasil.
Em alguns casos, tinturas não podem ser aplicadas.

Do G1, em São Paulo
Nada é mais confortante para uma mulher do que se sentir bonita. No salão de beleza, ela tem um leque de opções de produtos para aplicar no cabelo, que vão alterar o volume, a cor e outras características do cabelo.
Ter um cabelo naturalmente liso num país miscigenado com o o Brasil não é fácil. Por isso, muitas mulheres e alguns homens procuram diferentes métodos de alisamento químico, ou recorrem à famosa chapinha para deixar os cabelos mais escorridos.
Normalmente, as mulheres que procuram esses métodos buscam redução de volume e praticidade. Mas é importante conhecer os produtos disponíveis no mercado antes de aplicar nos fios. Saiba
a diferença entre os produtos mais usados para alisar o cabelo.
Info alisantes (Foto: arte / G1)
O quadro acima mostra os produtos mais tradicionais. Além deles, há dois novos tipos de alisamento entrando no mercado, com a promessa de substituir o formol. A oxoacetamida de carbocisteína e o ácido glioxílico já são usados em alguns alisantes, mas ainda não têm reconhecimento oficial da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Os alisantes, além de alterarem a estrutura dos fios, retiram substâncias que ajudam a proteger o cabelo, como proteínas e os hidrolipídicos. Por isso, o cabelo precisa estar forte e hidratado antes da aplicação, e é importante fazer o tratamento após o alisamento, para que os fios não se partam.
Os diferentes tipos de produtos não devem ser misturados. Também é preciso tomar cuidado com a tintura, que muitas vezes interfere com o alisante e deixa o cabelo quebradiço. O ideal é fazer o tratamento com um cabeleireiro que tenha bom conhecimento técnico.
Além disso, outros cuidados básicos devem ser tomados. Peça sempre para o cabeleireiro abrir a embalagem do produto na sua frente para evitar produtos "batizados". Faça também o teste da mecha para ver como os fios reagem antes de aplicar o produto no cabelo todo.
Se a cliente sentir ardor, coceira ou irritação, a aplicação deve ser interrompida imediatamente. Em caso de reações fortes, como alergias, é preciso procurar um médico.

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Colaboração Roberta Freitas