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3.08.2014

Novo teste de urina para câncer de próstata pode estar disponível em 2015

Teste se mostrou mais preciso do que o PSA para detectar a doença. No entanto, ainda não é alternativa e sim um complemento para esse exame ou o de toque retal

Vivian Carrer Elias
Câncer de próstata: Universidade e laboratório da Grã-Bretanha fazem acordo para a produção de novo exame para diagnóstico da doença
Câncer de próstata: Universidade e laboratório da Grã-Bretanha fazem acordo para a produção de novo exame para diagnóstico da doença (Creatas Images/Thinkstock)
Um novo teste para diagnosticar o câncer de próstata de forma mais rápida e prática do que os exames disponíveis atualmente pode chegar ao mercado no ano que vem. Ele consiste em identificar, na urina do paciente, a presença de uma proteína chamada engrailed-2, ou EN2, que é produzida por células cancerígenas da próstata.
Em anúncio feito nesta semana, pesquisadores da Universidade de Surrey, na Grã-Bretanha, onde o exame EN2 foi desenvolvido, revelaram uma parceria com o laboratório britânico Rodox, que vai passar a fabricar e comercializar o teste a partir dos estudos desenvolvidos pela universidade. Para que possa ser aplicado na prática clínica, porém, o exame ainda precisará ser submetido à aprovação das agências reguladoras de cada país em que ele for utilizado.
Atualmente, o diagnóstico do câncer de próstata é feito principalmente pelo exame de PSA (proteína presente no sangue que, em altos níveis, pode indicar a doença) e o de toque retal. Um exame não exclui o outro – o ideal é que o paciente seja submetido aos dois testes. Isso porque, enquanto o PSA fornece informações como a progressão da doença e as chances de recorrência do câncer, o exame de toque pode dizer qual é a extensão do tumor e ajudar o médico a escolher o melhor tratamento para cada caso. Se derem positivo, os resultados de ambos os exames precisam ser confirmados por uma biópsia.
Precisão — Um estudo mostrou que o teste de urina que mede a proteína EN2 detecta o câncer de próstata com uma precisão aproximadamente duas vezes maior do que a do exame de PSA. “Enquanto o novo teste parece diagnosticar entre 60% e 70% dos tumores na próstata, o PSA, sozinho, identifica cerca de 30% a 40%”, diz Gustavo Cardoso Guimarães, cirurgião oncologista e diretor de urologia do Hospital A. C. Camargo, em São Paulo.
Além disso, a mesma pesquisa indicou que ele praticamente não oferece falsos diagnósticos positivos. Segundo os resultados, o teste de urina deu o diagnóstico correto a 90% dos pacientes que não tinham câncer de próstata. Os outros 10% apresentavam um grau muito pequeno da doença, que não era clinicamente significante. 
Segundo Guimarães, isso pode evitar procedimentos invasivos e tratamentos desnecessários em pessoas que têm a doença, mas que não apresentarão sintomas clínicos ou terão a saúde prejudicada. Essa é uma vantagem sobre o PSA que costuma dar resultados falsamente positivos. "Dois terços dos pacientes submetidos à biópsia após o PSA indicar suspeita de câncer não possuem a doença”, diz o médico.
Características — O novo teste de urina também parece dar informações sobre a extensão da doença, ou seja, o quão a próstata está comprometida com o tumor, segundo um estudo publicado em 2012. No entanto, o exame não diz qual é a gravidade da doença e nem prevê se haverá recorrência do tumor – o que pode ser detectado com o PSA. Além disso, diferentemente do exame de toque retal, não possibilita que o médico identifique o volume da próstata, o tamanho dos tumores locais ou o melhor tratamento para o paciente.
Por isso, o exame de urina, se for provado eficaz em pesquisas maiores e mais relevantes, não eliminaria a necessidade de o paciente passar pelos exames de PSA e de toque, mas sim serviria como um complemento não invasivo e mais prático para um diagnóstico mais preciso.
"É um teste extremamente promissor, mas ainda precisa ser submetido a pesquisas maiores para que receba a aprovação das agências reguladoras. Se for comprovado, sem dúvidas trará um enorme benefício aos pacientes”, afirma Guimarães. "Esse teste pode levar a um diagnóstico mais rápido, o que ajudaria a salvar milhares de vidas, além de ter o potencial de reduzir os custos com a doença", diz Hardev Pandha, professor da Universidade de Surrey que coordenou as pesquisas sobre o novo exame. 
Leia também:
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Serviço de inteligência identifica seis grupos que são ameaças à Copa

Relatório enviado à Presidência mostra que gasto 2 bilhões de reais na segurança do evento esportivo não é excesso de cuidado

Robson Bonin e Rodrigo Rangel
NA VÉSPERA: A polícia já identificou vários responsáveis por atos de vandalismo e pretende detê-los
NA VÉSPERA: A polícia já identificou vários responsáveis por atos de vandalismo e pretende detê-los (Ricardo Moraes/Reuters)
A 12 quilômetros do Palácio do Planalto, em Brasília, policiais de várias partes do país trabalham diariamente em uma sala de controle para a qual vão convergir todas as situações de emergência que vierem a ocorrer ao longo da Copa do Mundo no Brasil. Dezenas de monitores, formando um painel de cobertura nacional, receberão imagens captadas em tempo real nas doze capitais que vão sediar um dos mais importantes eventos esportivos do planeta. Nessa sala, oficiais da polícia e agentes de inteligência trocarão informações sobre suspeitos de crimes, avaliando potenciais riscos para torcedores, seleções e autoridades. Com base nos dados que receberão das equipes de campo, traçarão as estratégias para solucionar as eventuais crises de manifestações de rua, ameaças de bomba ou confronto de gangues de torcidas uniformizadas. A segurança da Copa envolverá 100 000 homens, entre policiais, agentes federais e militares das Forças Armadas, e contará com helicópteros, aviões, viaturas e drones. A central de operações montada em Brasília será a ponta da cadeia de comando e vai operar 24 horas por dia em conexão com bases similares em funcionamento em todas as cidades-sede.
Responsável por garantir que tudo transcorra na mais perfeita tranquilidade, o governo federal assegura que nada atrapalhará ou impedirá o Brasil de fazer a “Copa das Copas”,diz a presidenta Dilma Rousseff toda vez que se refere ao evento. . Faltando menos de 100 dias para o jogo inaugural, a Veja diz que existem documentos oficiais mostrando que o investimento de quase 2 bilhões de reais no esquema de segurança não é excesso de cuidado. Segundo a mesma  revista VEJA a Agência Brasileira de Inteligência (Abin)  lista seis grupos potencialmente capazes de tumultuar ou até mesmo impedir a realização do campeonato mundial de futebol.
Nota da bpf: todos os leitores devem ter muito cuidado com estas informações, em se tratando da Veja a confiabilidade é muito baixa.  


Os suplementos de vitaminas e minerais são realmente necessários?


As vitaminas e os minerais são nutrientes essenciais que o nosso organismo não consegue produzir por si próprio. Por isso estes nutrientes devem  ser fornecidos ao organismo através da alimentação e são indispensáveis  ao nosso corpo. Ao contrário do que algumas pessoas pensam não é somente a falta de vitaminas que pode provocar consequências negativas ao nosso organismo,  uma dosagem elevada de vitaminas (vitaminas A, D, E, K) e minerais (selénio, por exemplo) pode também ser prejudicial. Por isso é muito importante tomar quantidades adequadas destes nutrientes. Tomar uma dose adequada de vitaminas e minerais permite criar reservas capazes de satisfazer todas as necessidades do nosso organismo, mesmo durante períodos de doença ou noutras situações.
Determinados grupos de pessoas podem apresentar um risco maior nas carências em vitaminas e minerais:

  • Vegetarianos: cálcio, zinco e vitaminas B12, B6, B2, B1 e D
  • Doentes: por vezes, a absorção global de vitaminas e minerais é reduzida (má absorção) ou existem temporariamente determinadas necessidades mais elevadas. Alguns medicamentos podem também alterar o equilíbrio vitamínico.
  • Pessoas em dieta: algumas dietas podem não ser equilibradas. A exclusão de determinados  grupos de alimentos, provoca, inevitavelmente, uma deficiência vitamínica.
  • Grávidas e mulheres em período de aleitamento: vitaminas D, B6, ácido fólico e cálcio.
  • Idosos: alguns fatores relacionados com o processo de envelhecimento (perda de apetite, descalcificação, uso exagerado de medicamentos, etc.) podem causar carências nas vitaminas D, B6, B12, ácido fólico e cálcio.
  • Desportistas: atividades desportivas intensas aumentam as necessidade vitamínicas. O organismo perde muitos sais minerais através do suor. Desta forma, é essencial e necessário tomar regularmente um suplemento vitamínico.
  • Consumidores de bebidas alcoólicas e fumadores: investigações confirmaram deficiências regulares nas vitaminas B1, B6, C, E, betacaroteno e ácido fólico.
Para uma dieta equilibrada e uma saúde ideal devemos utilizar sempre uma combinação natural das vitaminas,  que é facilmente absorvida pelo organismo,  garantindo um ótimo funcionamento. Os minerais utilizados também são combinados, tanto quanto possível, com um composto orgânico para assegurar uma absorção mais completa e mais rápida, pelo nosso organismo.

Existe, sim, uma considerável diversidade de vitaminas e suplementos que, de acordo com estudos científicos, de fato valem a pena ser consumidos em condições específicas. Confira, a seguir, um resumo de algumas das mais importantes vitaminas:

 Vitamina D

De todas as vitaminas “clássicas” – os compostos orgânicos vitais descobertos entre 1913 e 1941 e batizados com as primeiras letras do alfabeto –, a D é de longe a mais benéfica para se ingerir em forma de suplemento.
Uma revisão de uma série de estudos realizados sobre esse tema concluiu que a vitamina D é responsável pela diminuição da mortalidade geral em adultos. Outra pesquisa semelhante, do ano passado, chegou à mesma conclusão. Ou seja, ao se analisar aleatoriamente adultos que tomam o suplemento e aqueles que não o fazem (sem controlar as diversas outras variáveis que podem influenciar a expectativa de vida humana), os pesquisadores descobriram que os adultos que tomam suplementos de vitamina D por dia viveram mais tempo do que aqueles que não o fazem.
Outra pesquisa descobriu que, em crianças, tomar suplementos de vitamina D pode reduzir a chance de contrair gripe e que, em adultos mais velhos, a vitamina extra melhora a saúde óssea e reduz a incidência de fraturas.
 Probióticos 
 Diversas pesquisa têm mostrado quão cruciais as trilhões de células bacterianas que vivem dentro de nós são na tarefa de regular a nossa saúde – e quão prejudicial pode ser eliminar uma parte delas de repente com um antibiótico. Em outras palavras, tomar o oposto de um antibiótico – um probiótico (o suplemento ou um alimento naturalmente rico em bactérias, como o iogurte) – com o objetivo de substituir as colônias de bactérias em seu intestino é uma boa ideia.
Em 2012, uma análise de 82 estudos descobriu que o uso de probióticos (a maioria dos quais contendo bactérias do gênero Lactobacillus, naturalmente presentes no trato gastrointestinal) reduziu significativamente a incidência de diarreia depois de um tratamento com antibióticos.
Por outro lado, os probióticos não são uma cura para todos os problemas do sistema digestivo: eles não têm sido considerados eficazes no tratamento da síndrome do intestino irritável, entre outras doenças crônicas. Como a maioria dos outros suplementos que são realmente eficazes, os probióticos são úteis em circunstâncias muito específicas, não sendo necessário ingeri-los diariamente.

 Zinco

A vitamina C não pode ser eficaz para prevenir ou tratar o resfriado comum, mas existe, sim, um suplemento que pode (e deve) ser amplamente utilizado para esse fim: o zinco. O mineral está envolvido em muitos aspectos diferentes do nosso metabolismo celular, e uma de suas funções é a de interferir na replicação do rinovírus – os micróbios que causam o resfriado comum.
Uma revisão de 13 estudos concluída em 2011 chegou à conclusão de que, se você sentir um resfriado chegando, o melhor a se fazer é evitar o consumo excessivo de vitamina C e ingerir uma pastilha ou pílula de zinco para ficar melhor o quanto antes. A maioria dos estudos nos quais a pesquisa se baseou fez experimentos com pacientes que tinham acabado de manifestar sintomas do resfriado comum. Uma parte deles recebeu suplementos de zinco, enquanto o outro grupo ingeriu um placebo. Em todas as pesquisas, descobriu-se que o mineral reduziu significativamente a duração dos sintomas do resfriado, além de os deixarem menos graves.

 Niacina

Também conhecida como vitamina B3, a niacina é considerada uma possível cura para uma infinidade de problemas de saúde (incluindo colesterol alto, doença de Alzheimer, diabetes e dores de cabeça). Entretanto, na maioria dos casos, é necessária uma dose forte prescrita por um médico para se alcançar o resultado desejado.
Os suplementos de niacina só possuem eficácia comprovada pela ciência para um grupo de pessoas: quem possui doenças cardíacas. Uma revisão sobre o assunto feita em 2010 constatou que a ingestão do suplemento diariamente reduziu a chance de um acidente vascular cerebral ou um ataque cardíaco em pessoas com doenças cardíacas, reduzindo o risco geral de morte devido a um evento cardíaco.

  Alho

Isso aí, alho! Além de usá-lo para temperar seu arroz, você também pode utilizá-lo – quando tomado como suplemento concentrado – como um tratamento surpreendentemente eficaz para pressão arterial elevada. Uma análise de 2008 de 11 ensaios clínicos constatou que, e uma maneira geral, comer alho todo dia reduz a pressão arterial, com os resultados mais significativos tendo sido observados em adultos que tinham pressão arterial elevada no início dos estudos.
Além desse benefício, também houve pesquisas recentes que sugeriram que os suplementos de alho podem prevenir o câncer, mas os resultados ainda não são unanimidade no meio científico. Estudos observacionais, que dependem de dados coletados de pessoas que já tomam suplementos de alho por conta própria, encontraram uma ligação entre o consumo de alho e uma incidência reduzida de câncer. No entanto, essa correlação poderia ser o resultado de outras variáveis. De qualquer forma, o alho pode ser mais benéfico para a sua saúde do que você imaginava – ainda mais se você tiver pressão alta. [Smithsonian]

A verdade sobre as vitaminas

Nosso corpo precisa delas. Mas impõe um limite. Se passarmos do ponto, as vitaminas podem virar grandes vilãs

por João Vito Cinquepalmi
Tape o nariz e beba de um gole só: leite com cenoura e morango, suco de mamão com maçã, fígado cru batido com beterraba. Desde criança nos acostumamos a sufocos alimentares para conseguir ingredientes fundamentais para saúde, força e beleza: as vitaminas. Até que, em algum momento, alguém ofereceu um trato mais camarada: um comprimido por dia e nada mais de dietas e sucos esquisitos. As vitaminas viriam prontas em um frasco.
Simples, não? A proposta transformou em hit essas vitaminas de frasco, os chamados suplementos vitamínicos. No mundo todo, a venda chega a US$ 76 bilhões, maior do que mercados tradicionais como os de perfumes e remédios para resfriados. É uma indústria que colou no crescimento da economia, graças a uma regra fácil de entender: quem ganha mais dinheiro investe mais no próprio corpo. É por isso que a venda de suplementos cresce no mundo - 6% entre 2007 e 2008 -, mas principalmente nos países em desenvolvimento. No Brasil, aumentou 20% entre 2007 e 2008. Na China, 9%.

Vitaminas são componentes essenciais para o corpo. Logo, a corrida por elas é boa. Certo? Não é bem assim. A demanda por vitaminas está fazendo muitas pessoas jogar dinheiro fora. E colocando outras em risco. De morte.

Antes de tudo, que fique claro: na dose certa, as vitaminas não oferecem perigo. São 13 substâncias batizadas com letras. Esse clube das 13 é formado por A, B1, B2, B3, B5, B6, B7, B9, B12, C, D, E e K. O grupo foi batizado com letras pelo bioquímico polonês Kazimiers Funk em 1912. Ele acreditava que essas substâncias tinham todas a mesma constituição: seriam formadas por uma "amina", nome que se dá a um composto químico que tem o nitrogênio como base. Como eram essenciais para a vida, Funk decidiu juntar o termo "vital", do latim, ao "amina": vitamina. Mais tarde, descobriu-se que as substâncias tinham composições diferentes, mas o conceito ficou.

Para ser membro do grupo, é preciso preencher certos critérios. Primeiro: vitaminas são substâncias não produzidas pelo corpo e, portanto, retiradas de fontes externas. Segundo: estão presentes na comida. Terceiro: são necessárias para o funcionamento do corpo. Veja a vitamina A, por exemplo, encontrada em alimentos como ovos, cenouras e alguns queijos. Veja, aliás, é um verbo apropriado: a vitamina A garante a regeneração de um pigmento da retina chamado rodopsina, responsável pela nossa visão em locais com pouca luz. Quem tem carência dessa vitamina tem cegueira noturna, que é a dificuldade de enxergar em lugares mais escuros.

Mas lembra do que falamos sobre vitamina ter dose certa? Se passamos dessa quantidade exata de que o corpo precisa, dá problema. É como se tivéssemos tomado um porre de vitaminas. E, aí, podemos ter um dos dois fins que esperam qualquer bêbado: ou gastamos dinheiro à toa ou vamos parar no hospital.

Risco 1: prejuízo
Só a alimentação já é suficiente para preencher a nossa cota diária de vitaminas.Exemplo: café da manhã com misto quente, almoço com arroz, feijão, filé de frango, batata frita e suco de laranja, jantar com hambúrguer: está garantido o estoque de vitamina B1 necessário por dia (1,2 miligrama). Com uma goiaba de lanche da tarde, é cumprida também a cota de vitamina C.

O difícil é manter uma dieta que equilibre a necessidade de todas as 13 vitaminas. É possível, mas na prática nem sempre conseguimos planejar as refeições. Almoçamos no restaurante da empresa, improvisamos um lanche à tarde, jantamos pizza por preguiça de cozinhar. E aí sempre falta um tanto de uma vitamina ou de outra. No caso dos brasileiros, um tantão: 99% não absorvem o total necessário de vitamina D e E, por exemplo, e 81% não consomem tudo o que precisam de vitamina K, segundo um estudo feito em 2007 pela Unifesp a pedido do fabricante do suplemento Centrum, a farmacêutica Wyeth (recém-comprada pelo laboratório Pfizer). A pesquisa entrevistou 2 420 brasileiros de todo o país.

É para acabar com essa carência que existem os suplementos vitamínicos. Eles são indicados por médicos a gente que comprovadamente tem menos vitaminas no corpo do que o necessário - por alimentação precária ou problemas de absorção dos nutrientes - e gente que precisa de tratamento para alguma doença. Nesse caso, a vitamina vira remédio. Como a B3, que tem sido prescrita por alguns médicos contra o colesterol alto.

Mas tem também o pessoal que compra vitaminas sem prescrição ou doença. "As pessoas acreditam que precisam tomar mais vitaminas para se sentir melhor e proteger a saúde", diz o professor de nutrologia da Unifesp, Fábio Ancona Lopes. Essa crença começou com o conselho de alguém de respeito. Na década de 1960, o químico Linus Pauling, vencedor de dois Prêmios Nobel, defendeu a ideia de que vitaminas poderiam prevenir contra doenças como câncer, problemas cardíacos e até mesmo o envelhecimento. Em 1970, ele lançou o livro A Vitamina C e o Resfriado Comum, no qual apresentou a ideia de que a vitamina C evitaria resfriado. Foi assim que a atenção recaiu sobre os suplementos vitamínicos, que já eram comercializados em farmácias desde a década de 1930, quando as vitaminas começaram a ser sintetizadas artificialmente.

Em geral, suplementos prometem saciar a nossa necessidade, preencher todos os nossos reservatórios de vitaminas - inteirinhos. Mas e as vitaminas que absorvemos pela comida? Tudo bem que elas podem não chegar à quantidade que o corpo pede, mas garantem alguns gramas importantes. Está aí o problema: na combinação de alimentos e suplementos. Se ultrapassarmos a dose certa de que o corpo precisa, vai sobrar vitamina. E o excesso cai fora, eliminado na urina. Aí, os suplementos podem não suplementar nada. Só levar seu dinheiro embora.

É o que acontece quando alguém tem deficiência de uma vitamina específica e recorre a algum complexo como Centrum, o líder nesse segmento no Brasil. Se você precisa só de vitamina D, não adianta muito tomar um comprimido que também tem as vitaminas B2 e B5, por exemplo - elas serão eliminadas pelo corpo.

Um desperdício que pode custar ao bolso. (No Brasil, um frasco de Centrum com 30 cápsulas - uma recomendada por dia - custa cerca de R$ 35.) Ainda mais porque quem tem dinheiro para comprar suplementos já costuma ter uma alimentação rica em vitaminas. Foi o que concluiu uma pesquisa da Universidade da Califórnia com 10 mil crianças e adolescentes dos EUA. Havia dois perfis diferentes entre os entrevistados: um que mantinha uma boa alimentação - e, portanto, já absorvia uma quantidade razoável de vitaminas - e outro que tinha uma alimentação precária (alguns estavam até em situação de fome). No primeiro grupo, 36% dos entrevistados tomavam algum tipo de suplemento. No outro, só 15% tomavam. "A maior parte dos que tomavam o suplemento nem precisava dele", diz a pesquisadora Ulfat Shaik, professora de pediatria da Universidade da Califórnia.

Mas esqueça por um momento a história da cota. Se pudéssemos estocar o máximo possível de vitamina, estaríamos automaticamente protegidos contra doenças? Não. Estudos recentes comprovam que o poder das vitaminas não faz jus à fama. Um deles foi feito por pesquisadores da Universidade do Texas, em 2008. Eles tentaram comprovar pesquisas que indicavam que selênio e vitamina E preveniriam contra câncer de próstata. Participaram dos testes 35 mil homens americanos. Aqueles que tomaram selênio e vitaminas não tiveram resultado melhor do que os que tomaram placebo - o índice de desenvolvimento da doença foi exatamente o mesmo.

Risco 2: doenças
Nessa pesquisa do Texas, as vitaminas não melhoraram a saúde de ninguém. Mas podia ter sido pior. "As pessoas acreditam que vitamina, se não faz bem, também não faz mal", diz Hélio Vannucchi, professor da Faculdade de Medicina da USP. "Mas elas podem fazer mal, sim."

Isso não costuma vir no rótulo dos suplementos, mas é sabido há muito tempo. Desde a década de 1980: mulheres que tomaram doses altas de vitamina B6 para aliviar os sintomas da TPM tiveram problemas nos nervos - sentiam falta de sensibilidade nos pés e nas mãos e dificuldade nos reflexos, segundo um estudo feito pela médica britânica Katharina Dalton. Quando o tratamento com vitaminas foi suspenso, os sintomas sumiram.

O resultado de outro estudo foi ainda mais assustador: mostrou um índice de mortalidade maior entre quem se tratava com vitaminas. Na comparação entre gente que tomava suplementos e gente que não tomava, morria mais gente no grupo que tomava. Em média, 5% mais gente, de acordo com a Universidade de Copenhague, na Dinamarca, que analisou o resultado de 67 pesquisas sobre o assunto. No total, 232 mil pessoas foram acompanhadas nesses estudos, ao longo de 3 anos, em média. Os participantes tomavam vitaminas A, C e E, além de selênio e beta-caroteno. Se separados por tipo de vitamina, os números são piores. Entre os que tomavam vitamina A, a mortalidade foi 16% maior, na comparação com participantes que tomavam placebo. No grupo que consumia vitamina E, 4% maior. "Não sabemos o que provocou isso, mas a principal hipótese é a aceleração de câncer e de problemas nas artérias", afirma o pesquisador da Universidade de Copenhague Christian Gluud.

Algumas vitaminas podem mesmo virar vilãs quando em excesso no corpo. Uma delas é a B9. Uma porção de 100 gramas de cereal de milho tem quase toda a dose de B9 de que precisamos por dia, 0,4 miligrama. Se chegarmos a 1 grama por dia (uma caixa inteira de cereal), a coisa fica perigosa: o excesso de B9 está ligado a câncer de cólon. É raro alguém comer uma caixa de cereal por dia, e todo dia, por isso os médicos dizem que a alimentação não oferece risco. Já no caso dos suplementos, um comprimido tem concentrações muito grandes de vitaminas. E não é difícil alguém achar que tomar 5 comprimidos por dia não vai fazer mal.

"Pessoas saudáveis devem obter vitaminas da dieta", diz Gerald Combs Jr., professor da Universidade Cornell e autor do livro The Vitamins. "Assim seriam minimizados os riscos de deficiência de vitamina e os de excesso de nutrientes." Fabricantes de suplementos garantem que os produtos não oferecem risco. "A fórmula do Centrum é calculada para não ultrapassar a necessidade de vitaminas mesmo associada a uma dieta equilibrada", diz Eurico Correia, médico da Wyeth e responsável pela fórmula do Centrum no Brasil. Ainda assim, ele deixa uma recomendação - a mesma dada pelos pesquisadores de USP, Unifesp, Harvard, Universidades da Califórnia e de Copenhague. Na hora de buscar vitaminas, dizem todos, o importante não é escolher entre o prato e os suplementos - é procurar um médico. Só ele poderá dizer se a cura para aquela fraqueza que você tem sentido é um comprimido. Ou se uma simples maçã resolve a questão.

Comprimidos
A venda de suplementos vitamínicos cresce 20% no Brasil em um ano. No mundo, a demanda pelos comprimidos também aumenta, mas menos: só 6%.

Em 2008 os brasileiros gastaram o equivalente a R$ 2,3 bilhões com suplementos.
 
Razões para buscar os suplementos
1. Carência de uma vitamina específica

2. Doença

3. Crença no poder milagroso das vitaminas

R$ 1 por dia. Por pouco mais que isso, suplementos dizem saciar nossa necessidade de vitaminas.

1 comprimido promete até 100% das nossas necessidades diárias de vitaminas.

*Fonte Nutritional Business Journal, dados de 2008.
ABC das vitaminas
A - Essencial para visão, crescimento dos ossos e saúde da pele.
Complexo B - Ajudam a produzir energia, e criar novas células, entre outros.
C - Age na produção de colágeno e proteção das células.
D - Importante para os níveis de cálcio e fosfato no sangue.
E - Protege as células de radicais livres nocivos.
K - Ativa proteínas essenciais para a consistência do sangue.
Alimentos
Na teoria, dá para juntar as vitaminas de que mais precisamos em uma dieta:

B2: coentro, leite B3: farinha integral, cereal, frango assado B5: cogumelo, tomate B6: alho, bife C: goiaba, alface E: azeite de dendê, queijo suíço.


Na prática, os brasileiros não conseguem equilibrar as vitaminas.*

50% não consomem a quantidade necessária de A.

80% não consomem a quantidade necessária de C.

81% não consomem a quantidade necessária de K.

99% não consomem a quantidade necessária de D e E.

*Fonte Pesquisa Brazos, feita em 2007 pela Unifesp e patrocinada pela Wyeth Consumer Healthcare, fabricante do Centrum. Foram entrevistadas 2 420 pessoas, distribuídas em todas as regiões do país. **Baseado na necessidade de um homem de 19 a 50 anos, não fumante. Soma supera 100% pelo arredondamento das parcelas de cada vitamina.

Excesso
Somando comida e suplementos, corremos o risco de ultrapassar a cota diária de vitaminas. O excesso pode ser simplesmente eliminado. Mas também pode prejudicar nossa saúde.

AS INOFENSIVAS em excesso, vão pro esgoto B1/ B2/ B5/ B3/ B7/ B12/ d/ k

As perigosas podem causar doenças:

B9 (precisamos de 0,4 mg) Dose diária maior que 1 mg está ligada a câncer de cólon.

B6 (precisamos de 1,7 mg) Mais de 100 mg podem causar fotossensibilidade e afetar o sistema nervoso.

A (precisamos de 0,9 mg) Dose acima de 3 mg compromete os reflexos e tem relação com dormência nos pés e nas mãos.

C (precisamos de 90 mg (não fumantes)) Acima de 2 g, há risco de cálculo renaL

E (precisamos de 15 mg) Mais de 1 g por dia pode causar hemorragia.

Para saber mais
Vitamins and Minerals
Meier J. Stampfer, Harvard Health Publications, 2008.

The Vitamins
Gerald F. Combs Jr., Elsevier Academic Press, 2008.

Após 8 dias de paralisação, termina greve dos garis no Rio


08/03/2014 18h28 -

Paralisação começou no dia 1º; limpeza deve durar 3 dias, diz secretário.
Prefeitura aceitou contraproposta de garis de R$ 1,1 mil, aumento de 36%.

Lívia Torres Do G1 Rio
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Terminou no início da noite deste sábado (8) a greve de garis do Rio, que havia começado no dia 1º de março. A prefeitura fez uma proposta de R$ 1.050 para salário-base (aumento de 36%), os garis em greve não aceitaram e fizeram uma contraproposta, de R$ 1.100, que foi aceita pelo governo municipal (entenda o impasse). Após o anúncio, o prefeito Eduardo Paes disse que se sente como um "capitão" que "retoma o controle da nau".
“Pela primeira vez a gente conseguiu ter uma reunião organizada. Cada dia esse movimento tinha um grupo de representantes diferente. Hoje foi a primeira reunião formal com eles. Até então não conhecíamos a pauta”, disse o prefeito.
A audiência de conciliação entre a Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) e o Sindicato dos Empregados de Empresas de Asseio e Conservação do Município do Rio, que estava agendada para a próxima terça-feira (11), foi antecipada para este sábado e foi realizada na Justiça do Trabalho, no Centro.
Além do aumento do salário, que anteriormete era de R$ 803, sobe também o ticket-refeição, de R$ 12 para R$ 20. O secretário da Casa Civil, Pedro Paulo Carvalho, informou que a coleta será normalizada já neste sábado e a previsão é de que a cidade fique toda limpa em 3 dias.
Paes disse que será preciso fazer um “esforço orçamentário”, mas que os garis “merecem”. “Eu não escondo que o gari é a alma dessa sociedade. Não deu pra dar o que eles esperavam, mas foi bastante generoso.”
Demissões
Sobre as possíveis demissões, que haviam sido anunciadas para os garis que faltasse ao trabalho, Paes disse que não pretende mandar ninguém embora, mas que casos específicos serão analisados. “Quem não trabalhou será descontado e vai ter que recuperar o tempo perdido. Se alguém agrediu o gerente, isso será levado em  conta. Mas eu nunca quis demitir garis. Não será ninguém demitido porque participou do movimento."

Estiveram presentes na reunião: o presidente da Comlurb, Vinícius Roriz; o chefe da Casa Civil, Pedro Paulo; o procurador-geral do Município, Fernando Dionísio; presidente do Sindicato de Empregados de Empresas de Asseio e Conservação, Luciano David Araújo, e o vice-presidente Antônio Carlos da Silva; o presidente do TRT, Carlos Alberto Araújo Drummond; a vice Maria das Graças Cabral Viegas Paranho; e a procuradora regional do Trabalho Débora da Silva Félix.

Toneladas de lixo estão espalhadas pelas ruas de diversas regiões do Rio desde o início do carnaval. A situação alarmente virou destaque na imprensa internacional.

Garis celebram acordo no Centro do Rio (Foto: Felipe Hanower / Agência O Globo)Garis fizeram protesto pela manhã (Foto: Felipe Hanower / Agência O Globo)
Impasse
Na segunda-feira (3), a Comlurb e o sindicato que representa os garis fecharam um acordo para dissídio coletivo. O prazo legal era até 31 de março para se encerrar as negociações, mas as duas partes decidiram antecipar o acordo numa tentativa de encerrar o movimento reivindicatório.

O acordo previu reajuste salarial de 9%. Com este percentual, segundo a Comlurb, a partir de abril, um gari em início de carreira terá piso salarial de R$ 874,79 acrescido de 40% de adicional de insalubridade, totalizando R$ 1.224,70 de salário. O acordo coletivo previu também 100% na hora extra para quem trabalhar nos domingos e feriados, mantendo o direito à folga. plano odontológico para todos, ampliação do prêmio do seguro de vida de R$ 6 mil para R$ 10 mil, aumento do vale-alimentação de R$ 12 para R$ 16, auxílio-creche para ambos os sexos e acordo de resultados possibilitando um 14º e 15º salário aos garis.

O acordo não agradou aos garis grevistas. “Queremos R$ 1.200, mais os 40% insalubridade. Eu acho que é justo. Pelo trabalho que realizamos na chuva, no sol, no vento, em eventos também, como Réveillon, Natal...”, disse, antes do acordo, Célio Vianna, um dos garis que se apresenta como líder do movimento.

Protesto
Os garis fizeram um protesto no Centro na manhã deste sábado. Eles se concentraram na Prefeitura, na Cidade Nova, e caminharam até o Ministério Público do Trabalho, onde um grupo - acompanhado de representantes de advogados da Comissão de Direitos Humanos da OAB e de políticos - foi recebido pelos procuradores. Segundo a Polícia Militar, eram cerca de 500 pessoas. Para os líderes do movimento, cerca de 3 mil participaram da manifestação. Na quinta-feira (6) e na sexta-feira (7) eles também fizeram uma manifestação.

CARNIEL Protestos pelo mundo marcam o Dia Internacional da Mulher

Para celebrar o Dia Internacional da Mulher, manifestantes realizam caminhada na avenida Paulista, em São Paulo (SP), e protestam contra o machismo, a homofobia e a exploração da mulher CARLA

Data é lembrada em diversos países para comemorar as conquistas e reivindicar direito

O Estado de S. Paulo
O Dia Internacional da Mulher foi lembrado em vários países neste sábado (8). Protestos e manifestações pela igualdade de direitos entre homens e mulheres marcaram a data.
No Brasil, dezenas de mulheres se encontraram na Avenida Paulista, em São Paulo, para protestar contra o machismo, a homofobia e a exploração da mulher. Apesar da chuva, elas se uniram com cartazes e camisetas para pedir pela igualdade de direitos.
Pela manhã, houve manifestações também em outras cidades do País, como em Curitiba e em Brasília. Outros protestos estão programados para ocorrer nas principais capitais brasileiras ao longo do dia.
Na França, uma muçulmana tirou a burca e ficou nua em frente ao Museu do Louvre para protestar contra os abusos sofridos pelas mulheres em países de religião islâmica. Nas Filipinas, um grupo de mulheres entrou em confronto com polícia durante um protesto pelo fim da violência contra mulheres e crianças no país.
A dia comemorativo também levou centenas de indianas às ruas de Nova Deli na tarde de sexta-feira. Elas protestavam contra o aumento da violência contra mulheres no país, e relembraram os recentes casos de estupros coletivos noticiados ao redor do mundo. Na Índia, uma mulher é estuprada a cada 21 minutos segundo os dados do Escritório Nacional de Registros de Crimes indiano.
Na Rússia, um movimento chamado "Mulheres contra a guerra" saiu às ruas de Moscou para pedir o fim do impasse entre a Rússia e a Ucrânia pelo controle da Crimeia.
O tema das Nações Unidas para o Dia Internacional da Mulher de 2014 é "Igualdade para as mulheres e progresso para todos".

Vietnã encontra manchas de óleo que podem ter vindo de avião

O Boeing 777 Malaysia Airlines desapareceu dos radares com 239 pessoas a bordo a caminho de Pequim

08 de março de 2014 | 10h 07
AE - Agência Estado

Parentes aguardam informações sobre os passageiros do voo que desapareceram durante voo - AP
AP
Parentes aguardam informações sobre os passageiros do voo que desapareceram durante voo
A equipe vietnamita que participa da busca do Boeing 777-200 da Malaysia Airlines, que desapareceu com 239 pessoas a bordo, localizou duas grandes manchas de óleo no Golfo da Tailândia onde acredita-se que a aeronave caiu.

Aviões da força aérea do Vietnã observaram duas grandes manchas de óleo no oceano. As autoridades suspeitam que podem ter vindo da aeronave que desapareceu em um voo entre Malásia e China, e já enviaram navios para o local.

O Departamento de Aviação Civil do Vietnã informou em comunicado que as manchas de óleo avistadas  são de 10 e 15 quilômetros de comprimento. O resíduo de óleo se encontra ao sul da ilha vietnamita de Tho Chu, no Golfo da Tailândia.
O Boeing 777 Malaysia Airlines desapareceu dos radares com 239 pessoas a bordo a caminho de Pequim. Segundo a imprensa local, a aeronave caiu cerca de 300 quilômetros distante da ilha de Tho Chu. A Malaysia Airlines e as autoridades malaias evitaram por enquanto confirmar o acidente.

"A Malaysia Airlines está trabalhando com as autoridades que iniciaram as operações de busca e resgate para localizar a aeronave", informou a companhia aérea, a principal da Malásia, em nota. O último comunicado da companhia aérea indicou que as "equipes de resgate da Malásia, Cingapura e Vietnã não puderam encontrar nenhum resto do avião", antes de anunciar que "a missão marítima continuará enquanto a missão aérea será retomada ao amanhecer".

A medida foi adotada ao cair a noite na região, 17 horas depois que a torre de controle de Subang perdeu o contato com o Boeing 777-200 do voo MH3700, que decolou de Kuala Lumpur às 13h41 de Brasília da sexta-feira e tinha previsão de chegada em Pequim cerca de seis horas mais tarde. A torre de controle de tráfego aéreo de Subang, na Malásia, perdeu o contato com o avião às 15h40 de Brasília da sexta-feira.
A Marinha da Malásia permanece em contato com as autoridades do Vietnã para confirmar a possível localização do acidente, para onde Malásia, Vietnã e Cingapura enviaram embarcações e helicópteros.
Enquanto isso, a China mantém oito navios em alerta e à espera de ordens, além de uma pequena frota aérea preparada para decolar rumo à região. A Malaysia Airlines também publicou os nomes dos passageiros logo depois que conseguiu entrar em contato com todos os familiares.

Segundo a última lista oferecida pela Malaysia Airlines, entre os passageiros há 154 chineses/taiwaneses, 38 malaios, sete indonésios, seis australianos, cinco indianos, quatro franceses, três americanos, dois neozelandeses, dois ucranianos, dois canadenses, um russo, um italiano, um holandês e um austríaco. / Associated Press e EFE.

Parte de motor solta durante voo e avião faz pouso forçado em aeroporto do Rio

'A aterrissagem e desembarque dos 67 passageiros transcorreram normalmente', segundo a nota da Gol

O Dia
Rio - Um voo que partiu do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, com destino ao Aeroporto Santos Dumont, no centro do Rio, com 67 passageiros, sofreu uma pane na manhã deste sábado e teve que pousar no Aeroporto Internacional do Galeão, na Ilha do Governador, Zona Norte da cidade.
Em nota, a companhia aérea Gol informou que a parte que cobre o motor do avião, um Boeing 737-800, se soltou durante o voo. "A aterrissagem e desembarque dos 67 passageiros transcorreram normalmente", informou a companhia aérea em nota. A empresa disse ainda que o avião passará por manutenção e uma inspeção vai apurar as razões do incidente. Apesar do susto, não houve feridos.

Serra esta envolvido com a máfia dos trilhos

Por que Serra está na mira do MP

Conheça as investigações do Ministério Público que apontam o envolvimento do ex-governador tucano com a máfia dos trilhos em São Paulo. Depoimentos revelam que José Serra fez pressão para beneficiar empresas do cartel

Pedro Marcondes de Moura (pedro.marcondes@istoe.com.br)

Apesar das evidências do envolvimento do ex-governador José Serra (PSDB) com o cartel de trens e o propinoduto em São Paulo, desde o surgimento das primeiras denúncias em junho do ano passado o tucano tem procurado se desvincular do escândalo. Com verdadeiras ginásticas verbais, Serra tenta explicar o inexplicável. “Qualquer manual anticartel nos daria razão. Ganharíamos a medalha anticartel”, declarou Serra na última semana, sem levar em conta que foram as próprias empresas integrantes do cartel que confessaram a prática criminosa e lesiva aos cofres públicos paulistas durante os governos do PSDB, apontando inclusive a participação de políticos e agentes públicos no esquema. Agora, sobre a mesa do procurador-geral de São Paulo, Álvaro Augusto Fonseca, há dois procedimentos investigatórios sobre o envolvimento do tucano com a máfia dos trilhos. O primeiro refere-se à pressão exercida por Serra para que a empresa espanhola CAF vencesse uma licitação de fornecimento de trens para a CPTM durante sua gestão como governador (2007 e 2010). O outro apura a omissão do tucano diante das fraudes cometidas pelo cartel, já que ele, também na condição de governador, recebeu uma série de alertas do Tribunal de Contas, Ministério Público e até do Banco Mundial. Em paralelo, as autoridades ainda investigam contratos celebrados durante a administração de Serra que foram considerados lesivos ao erário. Entre eles, a bilionária modernização de trens do Metrô e a implementação do sistema CBTC. A obra encontra-se até hoje incompleta.
abre.jpg IRREGULARIDADES
Para promotor do Ministério Público de São Paulo, licitações que
compreendem o período do governo Serra foram baseadas em atos ilícitos
Em ofício, o promotor Marcelo Milani diz haver indícios da ligação de Serra em licitações investigadas por fraudes na CPTM. “Segundo os delatores (executivos da Siemens), era realizada toda sorte de falcatruas e combinações para a conquista de contratos”, escreveu Milani. “Ficou claro que todas as licitações de determinado período (que compreende o governo Serra) foram baseadas em atos ilícitos”, complementou. Ao apurar o pagamento de propina e outras irregularidades em um acordo firmado entre a Alstom e a CPTM para manutenção de trens da série 7000, o MP chegou a um depoimento revelador dado à Polícia Federal. Nele, Nelson Branco Marchetti, ex-dirigente da Siemens, diz ter sido pressionado pelo próprio governador José Serra a desistir de medidas judiciais para anular a vitória da espanhola CAF, em um certame para o fornecimento de 320 vagões. A CAF não atendia a exigência mínima de capital social pedida no edital de licitação, em que a Siemens ficou na segunda colocação. Mesmo assim, Serra insistiu para que a Siemens não recorresse e, assim, beneficiasse a CAF. “Releva notar que o delator diz ter participado de tratativas, na Holanda, com agentes do governo do Estado de São Paulo. Especialmente o então governador José Serra”, diz o promotor. Ainda chamou a atenção das autoridades a proposta nada republicana oferecida pela cúpula do governo Serra para pôr fim ao imbróglio: que as empresas se acertassem entre si e a Siemens fosse subcontratada para tocar um terço do projeto. Para Milani, ao agir dessa maneira, o Estado, durante o governo Serra, acabou por incentivar a formação do cartel. Ao final, a sugestão não foi acatada e a CAF forneceu sozinha os trens, ou seja, aconteceu o que Serra almejava desde o início.
SERRA-05-IE-2311.jpg PODE?
Autorizadas por José Serra, reformas de trens com mais de quatro
décadas de funcionamento custaram mais do que a aquisição de veículos novos
Em outro depoimento, desta vez ao Ministério Público, Marchetti narrou um insólito caso que demonstra a inequívoca ligação de Serra com as empresas do cartel de trens em São Paulo. Segundo Marchetti, durante o governo do tucano, tanto ele como executivos da Alstom foram convidados a um encontro por dirigentes do Metrô e da secretaria de Transportes Metropolitanos. Na reunião, os agentes públicos incentivaram as duas companhias a se associarem para vencer a licitação do sistema de sinalização dos trens das linhas 1, 2 e 3 do Metrô. Os executivos ainda sugeriram que a estatal licitasse a sinalização linha por linha, triplicando a concorrência. Mas integrantes do governo Serra sinalizaram que queriam a vitória de um consórcio formado pelas duas empresas para as três linhas. A Alstom acabou ganhando sozinha o contrato para o fornecimento do CBTC. O sistema até agora não foi plenamente instalado, gerando inúmeros problemas aos usuários e levando ao bloqueio de pagamentos pelo Metrô, na gestão do governador Geraldo Alckmin. A companhia francesa alega que foi decidido fazer a “implementação operacional em fases”.
SERRA-03-IE-2311.jpg OPERAÇÃO CARTEL
Em depoimento ao promotor Marcelo Milani, delator disse que Serra atuou
em favor da CAF, empresa integrante do cartel de trens em São Paulo
Na gestão Serra, concentraram-se também os controversos contratos de reformas de trens com mais de quatro décadas de funcionamento. Em outros metrôs pelo mundo, as locomotivas estariam aposentadas. Não à toa, os veículos entregues apresentam problemas de operação. Na versão oficial, a modernização dos 98 veículos das linhas 1 e 3 do Metrô paulista trariam uma economia de 40%. No entanto, investigações do MP apuraram que as reformas custaram mais do que vagões novos vendidos pelas mesmas empresas em outros locais. A constatação veio com o depoimento de um ex-diretor do Metrô, Sérgio Correa. Ele revelou que a estatal não previa no orçamento “o chamado truque, bem como a caixa que importariam em 40% do custo final”. Mas esses e outros itens foram licitados e trocados. A falta de concorrência na disputa dos quatro lotes da “modernização” também fez com que os acordos fossem fechados a valores acima dos previstos em tomadas de preços com as próprias vencedoras dos certames. A reforma, que se encontra suspensa, foi alvo, segundo o MP, de superfaturamento de aproximadamente R$ 800 milhões. As autoridades tentam agora obter a devolução do dinheiro. A Alstom admite que está “enfrentando acusações”, mas ressalta que implementa regras “de conformidade e ética”. Autora de denúncia do cartel, a Siemens diz colaborar para que “as autoridades competentes possam prosseguir com suas investigações”. Procurados, a CAF e o ex-governador José Serra não responderam os questionamentos feitos por ISTOÉ.
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Outra investigação em curso pelo Ministério Público apura a prática do crime de improbidade administrativa pelo ex-governador do PSDB. O MP quer saber a razão de o tucano ter mantido a execução de contratos firmados por empresas do cartel com a CPTM e o Metrô, apesar de seguidos alertas dados pelos promotores e pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) dizendo que eles eram prejudiciais aos cofres públicos. A informação sobre os alertas, encaminhados a presidentes das estatais e publicados no “Diário Oficial”, foi revelada, em agosto, por ISTOÉ. Em fevereiro de 2009, por exemplo, o TCE constatou desvios e direcionamentos em licitações da CPTM. Ao analisar um recurso, o conselheiro Antonio Roque Citadini concluiu que a estatal adotou uma conduta indevida ao usar uma licitação para fornecimento de 30 trens com o consórcio Cofesbra, realizada em 1995, para comprar 12 novos trens mais de uma década depois. Citadini revelou à ISTOÉ que o governo foi avisado inúmeras vezes das evidências de falcatruas.
SERRA-04-IE-2311.jpg TRATATIVAS ALÉM-MAR
O secretário de Transportes do governo Serra, José Eduardo Portella, participou
de reuniões na Holanda com diretor da Siemens, que confessou ter adotado práticas ilícitas
O Ministério Público também disparou vários avisos de irregularidades, que Serra preferiu ignorar. Ao apurar um acordo do Metrô com a CMW Equipamentos S.A, o órgão declarou: “A prolongação do contrato por 12 anos frustrou o objetivo da licitação, motivo pelo qual os aditamentos estariam viciados”. Na ocasião, a CMW Equipamentos foi incorporada pela Alstom. Os promotores também apontaram para fraudes numa série de contratos firmados com outras companhias. Ainda assim, Serra insiste em se dizer merecedor de uma medalha.
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Foto: Lalo de Almeida/Folhapress

Carlos Hamilton Santana

EM 08/03/2014 15:26:35
A saída para o PSDB, no caso, é reunir a cúpula do partido e mandar o presidente dizer que não sabia de nada, que foi enganado ou que foi traído. Pronto. Estaria resolvida a questão. Afinal de contas, não foi assim que fizeram o Lula e o PT? Políticos são todos iguais.

Edson

EM 08/03/2014 15:26:29
Tipico dos tucanalhas de plantão, dos quais o José Burns faz parte: Desqualificar os acusadores. Só que agora a parada é séria, srs. tucanalhas: A briga é com o TCE, MP, Banco Mundial. Vão me dizer que esses estão errados e o Burns está certo? Esse safado ferra até com o amigo dele Chuchu Alckmin

Marcio

EM 08/03/2014 15:25:44
Quero ver levar esse julgamento até o final e prender esse pilantra, igual fizeram com o mensalão, pode ter certeza que não vai dar em nada.

POLI

EM 08/03/2014 15:24:34
QUE O MP ATUE EM DEFESA DA SOCIEDADE ! DOS INTERESSES MAIORES DESSA SOCIEDADE ! NÃO IMPORTA PARTIDOS ! GOVERNOS ! PESSOAS ! INVESTIGUE ! COMPROVE E PUNA !

Fernando

EM 08/03/2014 15:22:28
Políticos; são todos farinha do mesmo saco. Lula, Dilma, Serra, Alquimim, Sarney, José Dirceu, Maluf... PT, PSDB, PMDB... Não se salva uma alma boa no meio dessa casta. Mas cada povo tem os líderes que merece. Continuem votando e elegendo essa liga de corruptos

Molho de tomate faz bem ao coração

A receita, parceira perfeita de massas, reúne boas doses de polifenóis e carotenoides, capazes de reduzir o risco cardíaco.

Lila de Oliveira
Foto: Getty Images
 
Cientistas da Universidade de Barcelona, na Espanha, identificaram altos níveis de carotenoides, polifenóis e vitamina C neste que é um dos pilares da dieta mediterrânea: o molho feito de tomate, cebola, alho e azeite de oliva. A adição do óleo da oliveira, aliás, é fundamental para que a receita não fique apenas apetitosa como favorável à saúde. "É que ele potencializa a ação de todas essas substâncias encontradas na receita", justifica Rosa María Lamuela, uma das autoras da avaliação.
 
Sorte a nossa, pois a combinação de nutrientes ajuda a diminuir a pressão arterial, inibir a oxidação do colesterol ruim e combater processos inflamatórios - daí o motivo pelo qual seu consumo afasta de doenças cardiovasculares a câncer. "Mas faltam análises complementares para chegarmos à proporção ideal de cada ingrediente", pondera a pesquisadora. Por enquanto, sabe-se que, consumindo 120 gramas do molho, é possível absorver de 6 a 10 miligramas de carotenoides e até 24 miligramas de polifenóis. Um prato cheio para a saúde - e, se o cardápio também for composto de peixes, cereais e oleaginosas, outros itens típicos da dieta mediterrânea, melhor ainda.

Na cozinha

Bata no liquidificador: 4 tomates, 1 xícara (chá) de água, 1 colher (sobremesa) de azeite extravirgem, 1 colher (chá) de sal, 1/2 cebola e 1 dente de alho. Leve ao fogo baixo por 20 minutos (ou até o molho encorpar), adicione manjericão e orégano a gosto e sirva com massas e carnes.
Faça o molho em casa. O industrializado leva ingredientes como açúcar e amido. Logo, não é tão vantajoso.
 
Fonte: Fabiana Arantes, nutricionista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.

EUA e França estudam novas medidas contra a Rússia

Barack Obama e François Hollande conversaram por telefone neste sábado sobre solução para a crise ucraniana

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e sua esposa, Michelle, receberam o presidente francês em uma cerimônia na Casa Branca  Foto: AP
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e sua esposa, Michelle, receberam o presidente francês em uma cerimônia na Casa Branca
Foto: AP
Estados Unidos e França poderão tomar, ante a falta de progressos para uma solução da crise na Ucrânia, novas medidas contra a Rússia, anunciou neste sábado a presidência francesa, depois de uma conversa por telefone entre os presidentes François Hollande e Barack Obama.

Depois de insistir na necessidade de que a Rússia retire as forças enviadas à Crimeia desde o final de fevereiro e que se faça todo o possível para permitir o envio de observadores internacionais, os dois presidentes descartaram que, "se não houver progressos nesse sentido, serão tomadas novas medidas, que afetarão consideravelmente as relações entre a comunidade internacional e a Rússia, algo que não convém a ninguém", indicou a presidência francesa em um comunicado.