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Cade investiga manipulação de câmbio por bancos


O banco suiço UBS assinou acordo de leniência com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para entregar provas de que as taxas de câmbio no Brasil, entre 2009 e 2011, foram manipuladas por um cartel. De acordo com matéria no Valor de hoje há, ao todo, 30 pessoas físicas e 15 instituições sob investigação. Os bancos: Banco Standard de Investimentos, banco de Tokio-Mitsubishi UFJ, Barclays, Citigroup, Credit Suisse, Destsche Bank, HSBC, JP Morgan Chase, Bank o America Merrill Lynch, Morgan Stanley, Nomura, Royal Bank of Canada, Royal Bank of Scotland, Standard Chartered e UBS. Qualquer instituição que tenha feito contrato de câmbio neste período pode ter sido afetada pelo esquema em investigação.
O UBS também fez acordo nos Estados Unidos e se comprometeu, em maior, a colaborar com as autoridades antitruste de lá. No Brasil, a investigação começou a partir de provas apresentadas pelo UBS e o Cade considera o caso como grave. Essas instituições, diz a matéria, se alinhavam tanto vendendo quanto comprando moeda e teriam feito cartel para fixar o nível do spread cambial, coordenar compra e venda de moedas, além de propostas de preços a clientes. Também teriam dificultado a atuação de outras instituições no mercado.
A ação do CADE encontra resistência no Banco Central, que nunca cumpriu e não cumpre, até hoje, seu papel de fiscalizar os bancos. Como a experiência norteamericana e européia recente prova que os bancos centrais só servem para salvar bancos da insolvência e acobertar suas fraudes e crimes. Se for comprovado que este esquema operou no Brasil, esperamos que o CADE cumpra seu papel e que puna os responsáveis pela manipulação do câmbio, com multas de bilhões de reais e penalidades restritivas ou mesmo impeditivas de operar nesses mercados.

ALGO PARA SER ESQUECIDO

Algo para ser esquecido,
que não foi com alegria vivido,
que chegou a ser tempo perdido...
Sempre precisamos nossa vida reciclar...
Sempre existem arquivos a deletar...
Coisas envelhecidas, desgastadas,
e até mesmo inutilizadas...
Para que guardar tristes recordações?
Apenas pertencem ao passado...
Um bilhete apaixonado...
Uma flor que murchou,
com o tempo que passou...
Algo para ser olvidado,
e não merece ser lembrado...
A vida para a frente nos chama,
devemos esquecer a quem não mais se ama...
Que fique perdido no passado
a lembrança daquele beijo apaixonado,
daquele carinho desvairado...
O tempo tudo apagará,
e logo nem lembrança restará...
É triste quando morre um amor,
parece que da vida nos foge o calor...
Mas o tempo tudo cura,
e até mesmo aquela jura,
ficará esquecida,
num desvão qualquer da vida...
Novos amores surgirão,
dando nova vida ao coração...
Mas se não for possível esquecer,
de tristeza poderá morrer...
Por ter assim perdido
um amor jamais esquecido...

Marcial Salaverry

7.03.2015

Cunha não respeita regras estabelecidas, diz ministro do STF

Este país lutou muito pela democratização e esta figura (presidente da câmara) está na contra mão do direito e da constituição. 

Após aprovação da maioridade penal, ministro do STF Marco Aurélio Mello, diz estar "assustado" com o comportamento do presidente da Câmara
Marcelo Camargo / Agência Brasil
Marco Aurélio Mello
Marco Aurélio Mello teme o modo de agir de Cunha
Na madrugada desta quinta-feira 2, a Câmara aprovou a Proposta de Emenda à Constituição 171, que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos em determinados crimes. A votação ocorreu um dia depois de um texto semelhante ser rejeitado pela Câmara, graças a uma manobra do presidente da CasaEduardo Cunha (PMDB-RJ). O peemedebista se diz seguro com o procedimento regimental adotado, mas o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), levantou dúvidas sobre a votação.
Para Mello, o País vive "tempos estranhos", de "perda de parâmetros, abandono de princípios, no qual o certo passa pelo errado e vice-versa". "O que nós temos na Constituição Federal? Em primeiro lugar, que o Supremo Tribunal Federal é a guarda do documento maior da República. Em segundo lugar, temos uma regra muito clara que diz que matéria rejeitada ou declarada prejudicada só pode ser apresentada na sessão legislativa seguinte. E nesse espaço de tempo de 48 horas não tivemos duas sessões legislativas", afirmou Mello à Rádio Gaúcha
A base da argumentação de Mello é o parágrafo quinto do artigo 60 da Constituição, segundo o qual "a matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa". Para ele, a violação no caso da votação da maioridade penal foi clara. "Fico perplexo quando se parte para dar uma esperança vã à sociedade como se se tivesse a observância do figurino constitucional, e aí, de forma escancarada, não se tem. O vício formal salta aos olhos".
Apoiados no Regimento Interno da Câmara e na Constituição, diversos parlamentares protestaram durante a votação desta madrugada e prometeram ir à Justiça contra os procedimentos adotados por Cunha. O ex-presidente do STF Joaquim Barbosa também disse avaliar a nova votação da PEC 171 como inconstitucional.
O presidente da Câmara, no entanto, se diz seguro. "Não há o que contestar. Ninguém é maluco. Não tomaremos decisões que sejam contra o regimento", disse. "Estamos absolutamente tranquilos com a decisão tomada. Só cumprimos o regimento", reforçou.
Eduardo Cunha
Eduardo Cunha caminha no Plenário na quarta-feira 1º: 
a manobra feita por ele permitiu a segunda votação da PEC da maioridade penal
Para Marco Aurélio Mello, a condução da votação por Cunha é temerária.
 "Fico assustado quando surge no cenário nacional, alguém assim, que quer consertar o Brasil, com s e com c, sem observar as regras estabelecidas. 
Fico muito assustado", disse à Rádio Gaúcha. "A nossa Constituição está no ápice da pirâmide das normas jurídicas. Não se avança diante de atropelos. A Câmara tem um regimento interno. Mas acima do regimento está a Constituição Federal", afirmou.
Mello, que é contra a redução da maioridade penal, reforçou sua oposição ao projeto aprovado na Câmara. "Nós não teremos melhores dias reduzindo a maioridade. Precisamos perceber as causas da delinquência", disse
.

Brasileiro "derrotados on line" conta como se infiltrou na comitiva e xingou a presidenta Dilma nos EUA.

Nota: Nesta visita oficial do governo brasileiro aos EUA, este coxinha, sem noção, deverá  ser punido pelo governo americano.                      O que é mais interessante é que esse coxinha meliante, se acha o máximo.    

Igor Gilly, que atualmente mora em São Francisco, postou um vídeo em uma rede social explicando como aconteceu o fato

IG
Rio - O brasileiro Igor Gilly, que conseguiu se infiltrar na comitiva de Dilma Rousseff em visita à universidade de Stanford, na Califórnia (EUA), na última quarta-feira, contou como conseguiu aproveitar falha na segurança e hostilizar e ofender a presidenta



Igor Gilly em vídeo em que relata protesto contra a presidente
Foto:  Reprodução

Em vídeo postado em sua página no Facebook, ele explica que acompanhava os passos da presidente desde a noite anterior, quando conseguiu invadir o hotel em que ela e a comitiva se hospedavam e foi de porta em porta de cada quarto tentando ouvir a voz de Dilma, sem sucesso. Ao tomar conhecimento de que ela viajaria a Stanford no dia seguinte, Gilly fez o mesmo ao lado de outros dois amigos, nomeados por ele como Maria Rita e Lucas.
"Chegamos lá e a gente já estava mais esperto da estratégia dos agentes. Eles enganaram todo mundo, fizeram todo mundo achar que ela ia pela frente quando ela foi por trás. A gente fez uma estratégia diferente, falei para ela (Maria Rita) 'vou fingir que sou da comitiva, eu e o Lucas (o rapaz que está a seu lado no momento da abordagem), e nós vamos achar a porta que ela vai entrar'".
"Ela chegou, entrou na portinha, eu estava lá sentado com o Lucas do lado. Quando o segurança viu a gente pegando o celular e a câmera, já começou a desconfiar. Só que já era tarde demais. Ela entrou e a gente começou a falar, falar, falar. Aí é que está, pegou o pessoal todo de surpresa. Todo mundo jurava que éramos da comitiva. Do nada a gente 'sua pilantra, vagabunda', o pessoal ficou espantado. Um guarda pegou o Lucas. Eu segui atrás dela xingando."
No vídeo em que relata a invasão, Gilly diz que sua atitude é "só o começo". "Pretendo e vou continuar agindo pelo Brasil, como um bom patriota faz. Vamos à luta, não vamos nos dispersar. Precisamos focar em pequenas lutas para ganhar a guerra".

Não se deixar levar pela 1ª impressão é caminho para encontrar um amor



Tem  que ver  se  o cara tem "pegada" e "atitude".

The New York Times

  • Andrew Rae/The New York Times
    Casais "incompatíveis" não são tão improváveis
    Casais "incompatíveis" não são tão improváveis

Após décadas estudando o conceito de "valor da união", cientistas sociais finalmente contam com os dados necessários para explicar as escolhas românticas dos filmes "Ligeiramente Grávidos" (2007) e "Orgulho e Preconceito" (2005).
Seth Rogen é um cara desajeitado, mal arrumado e está longe de ser um namorado dos sonhos, especialmente quando interpreta um personagem desempregado, que passa o dia fumando maconha e cobiçando celebridades nuas no filme "Ligeiramente Grávidos". Ele não tem nenhuma das qualidades óbvias que tornam um parceiro valiosos: boa aparência, dinheiro, status social.
Ainda assim, esse cara preguiçoso acaba se relacionando com uma jornalista famosa, representada pela linda Katherine Heigl. Você até poderia ver a história toda como uma fantasia absurda inventada por roteiristas cheios de testosterona, mas o filme foi plausível o bastante para faturar 200 milhões de dólares nas bilheterias.
A fórmula narrativa do "desajeitado que acaba com a moça bonita" sempre deu bons resultados nas bilheterias --o ator norte-americano Adam Sandler construiu sua carreira toda com esse tipo de filme. E casais incompatíveis não são apenas um sonho masculino.
Há centenas de romances do tipo "Maria-sem-graça e Ricardão", um tema igualmente popular quando Jane Austen escreveu "Orgulho e Preconceito". Alto e bonito, dotado com um "semblante nobre", Mr. Darcy ridiculariza a aparência de Elizabeth Bennet: "ela é tolerável, mas não é bonita o bastante para me encantar". Ele ainda diz que há "mais de uma falha na simetria de suas formas".
E o que era ainda pior para o rico Mr. Darcy: o status social da família dela "está obviamente abaixo do meu".
Suas reações iniciais fazem muito sentido para os psicólogos evolucionários, já que essas preferências podem aumentar a probabilidade de transmitir os genes para as futuras gerações. Beleza e simetria física são sinais da saúde e da situação genética do parceiro; além disso, o status social e as posses do parceiro aumentam a probabilidade de que os filhos cheguem à idade adulta.
Parece lógico que pessoas que tenham um valor de união alto insistam em ficar com parceiros comparáveis, e há indícios de que isso seja verdade. Ao observar solteiros em busca de um parceiro em sites de relacionamento online, os pesquisadores descobriram que as pessoas costumam ficar com aquelas que tenham um valor de união similar.
Esse padrão também ocorre nos casamentos: pessoas atraentes, bem-educadas e que ganham bem costumam se casar com indivíduos similares. Na verdade, os economistas afirmam que essa tendência de "parceria seletiva" é uma das principais causas de desigualdade social, já que famílias com duas pessoas com salários altos ganham muito mais do que uma família com duas pessoas que ganham pouco (ou com só uma pessoa que tem um bom salário).
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Veja dez regras sobre o primeiro encontro que podem ser quebradas11 fotos

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Muito já se falou sobre o que pega bem ou mal quando duas pessoas combinam de sair para se conhecer melhor. No entanto, várias dessas normas são uma verdadeira ofensa a um dos atributos principais para o sucesso de um primeiro encontro: a espontaneidade. Fingir ser quem não é pode até impressionar o outro, mas dificilmente sustenta uma relação. Por isso, listamos, a seguir, quais princípios você deve dispensar para se dar bem. Por Heloísa Noronha, do UOL, em São Paulo Didi Cunha/UOL
Mas será que as pessoas são tão superficiais no momento de avaliar o potencial dos parceiros? Para investigar a questão, psicólogos da Universidade do Texas, em Austin, nos Estados Unidos, pediram para que os estudantes avaliassem o apelo romântico dos colegas de sala do sexo oposto.
No início do semestre, os estudantes geralmente concordavam com quais colegas eram os mais desejáveis. Mas quando eram questionados novamente após três meses, depois de passar o curso inteiro juntos em uma sala pequena, os pontos de vista mudavam drasticamente em relação a quais pessoas seriam as mais atraentes.
"A percepção do valor de união muda à medida que as pessoas passam mais tempo juntas", afirmou Lucy Hunt, estudante de pós-graduação, que publicou o estudo no ano passado em parceria com Paul Eastwick, professor-assistente de desenvolvimento humano e ciências familiares.
"Às vezes é isso o que percebemos na história feliz de Seth Rogen, na qual uma pessoa pouco atraente se torna cada vez mais interessante para outro indivíduo", afirmou Hunt. "Mas o oposto também tem boas chances de acontecer. Uma pessoa pode se tornar menos atraente com o tempo".
Essas mudanças de pontos de vista, de acordo com Eastwick, mostram que deve haver menos perdedores no jogo do amor, já que nem todo mundo está em busca do mesmo tipo de gente. "À medida que o consenso a respeito de quem é a pessoa mais atraente desaparece, a competição começa a diminuir, já que aquele que me parece mais desejável pode não parecer a mais atraente para você", afirmou.
Para testar esse efeito, os pesquisadores texanos se uniram a Eli Finkel, professor de psicologia da Northwestern University, em Illinois (EUA), para um estudo envolvendo casais e que foi publicado on-line este mês pela revista científica "Psychological Science".
Alguns dos casais estavam casados há cinco décadas; outros haviam começado o relacionamento há poucos meses. Alguns já se conheciam antes de se apaixonarem; outros começaram a namorar pouco depois de se conhecer. Depois de serem filmados conversando a respeito do relacionamento, todos tinham suas características físicas avaliadas por um grupo de jurados que analisava os parceiros separadamente.
Quando as notas eram comparadas, era possível notar um padrão claro baseado em quanto tempo as pessoas se conheciam antes de começarem a namorar.
Se estivessem namorando um mês depois do primeiro encontro, as chances eram maiores de que ambos fossem igualmente atraentes fisicamente. Mas se ambos se conhecessem há bastante tempo, ou se fossem amigos antes de se tornarem amantes, as chances eram maiores de que uma pessoa bonita acabasse com uma pessoa não tão atraente.
Essa mudança gradual parece ocorrer com grande frequência, segundo a antropóloga Helen Fisher do Instituto Kinsey, que trabalha em parceria com o site de relacionamentos Match.com em sua pesquisa anual com uma amostra representativa dos solteiros nos EUA.




Na pesquisa realizada em 2012, as pessoas entrevistadas respondiam a uma versão da famosa questão levantada por Christopher Marlowe no século 16: "Quem pode dizer que amou sem ter amado à primeira vista?"
Na verdade, um bocado de gente. De acordo com a pesquisa, 33% dos homens e 43% das mulheres responderam "sim" quando questionados se já haviam se apaixonado por uma pessoa que não considerassem atraente quando se encontraram pela primeira vez. Fisher chama esse processo de "amor lento" e afirma que ele está se tornando mais comum à medida que as pessoas demoram mais para se casar.
"Todo mundo tem medo que os sites de relacionamento estejam reduzindo o valor de união a um número limitado de características superficiais como beleza --que determina quem passa as fotos do Tinder, aplicativo de encontros, para a direita ou para a esquerda, aprovando ou não", afirmou a antropóloga. "Mas esse é só o início do processo. Assim que você se encontra com uma pessoa e tem a oportunidade de conhecê-la melhor, o valor de união muda constantemente".
Quando as pessoas envolvidas na pesquisa eram questionadas sobre o que havia mudado seus sentimentos, as principais razões eram "boas conversas", "interesses comuns" e "senso de humor compatível". Todos esses fatores contribuíram que Mr. Darcy mudasse de opinião em "Orgulho e Preconceito".
À medida que ele conversa com Elizabeth e aprende a gostar de seu humor inteligente, ela chega a mudar de aparência. "Mas pouco depois de deixar claro para si e para os amigos que não havia nada de bom naquele rosto, ele começa a notar a beleza incomum gerada pela expressão inteligente daqueles olhos escuros". Até que ele declara que "ela é uma das mulheres mais bonitas que ele conhece".
Naturalmente, aqueles olhos belos não são capazes de mudar sua situação social e Mr. Darcy continua resistindo a seus encantos. Ele se lembra da "inferioridade" da família de Elizabeth e da "degradação" que seria encarar aquele casamento. Mas então ele desiste e resolve revisar mais uma vez os resultados dos seus cálculos do valor de união.
"Eu resisti em vão", afirma ele. "Não será possível. Meus sentimentos não podem ser reprimidos. Permita-me dizer que a amo e a admiro ardentemente".


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Você age feito criança no trabalho?


Heloísa Noronha
Do UOL, em São Paulo
  • Getty Images
    Muitas pessoas nem se dão conta de que agem de maneira infantil no trabalho
    Muitas pessoas nem se dão conta de que agem de maneira infantil no trabalho

Por ainda estarem aprendendo a viver em sociedade, as crianças têm um jeito peculiar de lidar com determinadas situações. Birras, amizades desfeitas (e refeitas) em segundos, por motivos bobos, necessidade de chamar a atenção em certas circunstâncias e atitudes mimadas e egoístas --porque sabem que podem contar com o apoio do pai e da mãe-- são alguns exemplos. O problema é que há quem leve esses comportamentos para a vida adulta --em especial no modo de interagir com o chefe e com os colegas.
Muitas pessoas nem se dão conta de que agem de maneira infantil, mas alguns sinais são importantes para mudar a tempo de não prejudicar uma futura promoção. A seguir, oito frases e atitudes típicas de crianças traduzem comportamentos inadequados no ambiente profissional. Reflita se é o seu caso.

1 - "Você não é mais meu amigo" (ao ouvir uma crítica)

É natural não se sentir bem ao receber críticas, mas a capacidade de ouvi-las deve ser desenvolvida diariamente em um ambiente profissional. Qualquer reação negativa é sinal claro de imaturidade.
"As reações mais comuns observadas em quem não tem essa habilidade são levar o assunto para o campo pessoal e se sentir ofendido, romper o relacionamento com o autor da crítica, responder de forma agressiva e tentar justificar a posição sem elaborar o que escutou", afirma Vagner Sandoval, especialista em gestão de pessoas, liderança e coaching executivo e professor da IBE-FGV (Institute Business Education – Fundação Getúlio Vargas).
"O profissional nunca deve ser reativo. É preciso saber ouvir e avaliar os pontos que precisam ser aperfeiçoados", declara Ylana Miller, sócia-diretora da consultoria organizacional Yluminarh, do Rio de Janeiro, e professora de gestão de carreiras da faculdade Ibmec, também na capital fluminense.

2 - "Não quero mais brincar" (abandonar algum projeto ou bater o pé quando não concordam com suas ideias ou sugestões)

No dia a dia, pode acontecer de, em determinadas situações, alguém enxergar algo sob um viés diferente da maioria e tentar convencer os outros da própria opinião a qualquer custo.
"É preciso debater, sim, e expor o ponto de vista. Mas, se mesmo assim ninguém comprar sua ideia, reflita que talvez o momento não seja o mais apropriado para ela ser posta em prática. É preciso levantar a cabeça e continuar. O que não pode acontecer é travar todo um projeto porque as pessoas não concordam com você", diz o psicólogo Carlos Eduardo Pereira, consultor de carreiras do site Bê-á-bá do RH.
"Se recusar a participar de algo porque a decisão vai contra sua sugestão indica falta de compromisso, empatia e respeito às necessidades do outro e, principalmente, da empresa", fala Izabel Failde, psicóloga organizacional e orientadora de carreiras.
Para Andrea Mele Peixoto, professora da Escola de Negócios da Universidade Anhembi Morumbi, de São Paulo, esse tipo de atitude mimada vem sendo muito comum entre a chamada Geração Y, que contempla os nascidos entre os anos 1980 e meados da década de 1990. São pessoas cujos pais --temendo a rejeição e culpados pelo pouco tempo disponível para os filhos-- foram educadas para se sentirem especiais, diferentes e, às vezes, superiores às demais. Resultado: acham que o universo, inclusive o corporativo, deve ceder aos seus caprichos e vontades.

3 - "Vou contar tudo para minha mãe" (ou melhor, para o chefe, em vez de resolver questões com os próprios colegas)

Segundo Vagner Sandoval, da IBE-FGV, ao reagir dessa forma infantil, o profissional demonstra não só imaturidade como a falta de capacidade de negociar e de resolver conflitos. "Ao levar para o superior questões que poderiam ser resolvidas a partir do diálogo entre os envolvidos, a pessoa prejudica o ambiente e enfraquece sua rede de relacionamentos", declara o especialista.
A atitude é desrespeitosa e fomenta o clima de desconfiança na equipe. "Muitos chefes adoram e estimulam esse comportamento, porque ficam conhecendo as últimas fofocas e, principalmente, por acreditarem ter um aliado infiltrado no grupo. Porém, esse profissional certamente será taxado de puxa-saco e nunca contará com o respeito, simpatia ou confiança dos colegas", diz a psicóloga Izabel Failde.

4 - "Quero chamar a atenção, por bem ou por mal" (comporta-se de maneira equivocada em reuniões, não deixando ninguém falar, por exemplo)

Podem existir dois fatores por trás desse comportamento exibicionista. O primeiro é carência e/ou necessidade de se sentir prestigiado. O segundo é egocentrismo, característica de quem se acha o dono da verdade.
Falar em momentos inoportunos e por tempo indeterminado (não deixando mais ninguém se expressar) compromete o andamento da reunião e, consequentemente, deprecia a avaliação do profissional. "Uma dica muito utilizada para não passar do ponto e, dessa forma, não enfadar os presentes, é sempre monitorar a expressão não verbal dos participantes", fala o especialista em gestão de pessoas Vagner Sandoval. "Quando as pessoas começarem a se mexer na cadeira pode ter certeza que você falou demais. É hora de ir para a conclusão da fala."

5 - "Gosto de brincar de lutinha" (compete com os colegas de maneira impulsiva e irracional)

Já na educação infantil, muitas crianças inventam coisas sobre os colegas ou colocam os amigos uns contra os outros para receberem atenção diferenciada dos professores. Na idade adulta, e em muitos ambientes corporativos, a situação não é lá muito distinta. A diferença é que os menores, por não terem consciência da consequência dos seus atos, nem sempre agem de má fé.
"Essas pessoas têm o ego inflado e querem ser as primeiras em tudo, consequência da falta de limites e das concessões dadas pelos pais", diz a professora Andrea. Ela ainda chama a atenção para o fato de que, nas últimas décadas, universidades e empresas ensinaram, de forma mais ou menos sutil, que o colega tem de ser visto como concorrente.
Para Sandoval, da IBE-FGV, quando a competição interna ocorre sob critérios claros e é avaliada de forma transparente pode, sim, gerar resultados positivos, pois estimula a atualização e o desenvolvimento dos profissionais e, logo, da empresa. O problema é que nem sempre os critérios são objetivos. E alguns ambientes priorizam a competição abusiva e desleal por terem uma visão equivocada de que isso traz à tona o melhor de seus profissionais.

6 - "Papai e mamãe são meus e de mais ninguém" (morre de ciúme do chefe)

Muitos profissionais, após um certo tempo de casa, desenvolvem laços mais estreitos com o chefe e se sentem enciumados quando um colega também se aproxima ou é elogiado pelo mesmo. Típico sentimento de criança emburrada com a chegada do irmãozinho? Pois é.
"No âmbito profissional, o problema é que como a pessoa fica 'sentida' acaba não desempenhando seu trabalho direito, degradando o relacionamento com o colega e, por consequência, com toda a equipe", afirma Pereira, consultor do site Bê-á-bá do RH.

7 - "Sempre passam a mão na minha cabeça" (abusa do bom relacionamento com o chefe para não cumprir com o proposto)

Mais uma vez, o tempo de empresa e o relacionamento estreito com o chefe pode confundir um pouco a cabeça de muita gente. Abusar da confiança é uma atitude infantil que pode colocar um ponto final na carreira dos mais competentes funcionários.
"Algumas pessoas deixam de ser pontuais ou de cumprir certas tarefas porque sabem que, pela trajetória dentro da empresa, o chefe dificilmente chamará a atenção por motivos que julgam pequenos. Não é bem assim", declara Pereira.
Nesse contexto, colegas acabam ficando sobrecarregados e podem se sentir desprestigiados, provocando um clima de mal-estar generalizado. "O ideal seria agir de maneira oposta. Com um certo tempo de casa, é hora de o profissional começar a solidificar sua caminhada aos cargos estratégicos da companhia", diz o psicólogo. Folgar é um tipo de deslize que freia tal crescimento.

8 - "Adoro zoar com os colegas" (exagerar nas brincadeiras no ambiente de trabalho)

Na maioria das escolas, é comum observar crianças e adolescentes que gostam de zombar dos mais tímidos ou dos que se comportam de forma diferente. "Alguns não amadurecem quando adultos e replicam os mesmos comportamentos na empresa. Se no meio dos amigos da escola tais ações podem elevar a moral e o respeito perante os demais, pois caracterizam um certo tipo de força e influência sobre o grupo, no ambiente de trabalho, o efeito é contrário, desastroso e extremamente prejudicial para a carreira e a reputação do profissional", fala Sandoval.


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