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4.23.2016
“Golpe é contra os pobres”
Estudantes protestam contra golpe no Anhangabaú
Ponte para o Futuro: Uma análise das consequências das 30 propostas do PMDB
Entre as propostas do PMDB, está o fim da CLT, permitindo que as convenções coletivas prevaleçam sobre as normas legais. Este programa, pasmem, foi idealizado por Moreira Franco (quem é do Rio conhece bem esta figura).
Gabinete do Senador Roberto Requião[1]
Este resumo é dividido em duas
partes. A primeira contém uma nova lista de propostas complementares que
deverão ser incluídas no documento original, pela Fundação Ulysses
Guimarães, Moreira Franco, segundo o jornal Estado de São Paulo. A
segunda é a lista de propostas originais.
a) Novas propostas que vão ser incluídas no documento “Ponte para o futuro”
Neste domingo, 27 de março, o Jornal Estado de São Paulo publicou novas propostas complementares ao documento “Uma Ponte para o Futuro”, também coordenadas pelo Moreira Franco.
1) Fim ou severa restrição aos subsídios da política industrial e de comércio exterior brasileira. Ou seja, o objetivo é acabar com as políticas que visam desenvolver e impedir maior desindustrialização do Brasil.
2) Henrique Meirelles ou Armínio Fraga no Ministério da Fazenda
3) Não usar mais o excesso de rendimento do FGTS como fonte de recursos a “fundo perdido” subsidiar e financiar o programa ‘Minha Casa, Minha Vida’. A razão disso é que o dinheiro do FGTS seria propriedade do trabalhador e não deveria ser usado para fazer política pública. Na prática, isso levaria a um desemprego em massa na indústria da construção civil, e muito menos pessoas teriam acesso à casa própria
4) Estender o Pro-uni para o ensino médio com o objetivo de privatizar de forma muito mais generalizada o ensino médio.
5) Limitar o Pronatec que é um sistema de bolsas de ensino para cursos profissionalizantes rápidos para a camada mais pobre da população e que tem muita dificuldade material e não-material de realizar cursos profissionalizantes tradicionais que são extensos, dispendiosos ou focados para jovens com bom embasamento educacional.
6) Limitar as concessões de empréstimos estudantis pelo FIES. O objetivo declarado é gerar mais “meritrocracia”. Na prática, isso significa que milhões e milhões de jovens deixarão de ter acesso à universidade.
7) Concentrar os programas sociais apenas aos mais miseráveis, os 10% mais pobres, que vivem com menos de 1 dólar por dia
8) “Intervenção no SUS”. Não sabem o que fazer com ele, só dizem que está sem controle e que precisar ser “reorganizado”. Na prática, certamente são desculpas para justificar a redução dos repasses orçamentários para o Ministério da Saúde. A “reorganização” é só uma forma de descobrir como fazer o SUS funcionar pelo menos precariamente com menos recursos. Ou seja, descobrir quem vai chorar menos se não puder mais ser atendido: os pacientes de câncer, ou com diabetes ou de tuberculose ou as grávidas com zica…[2]
Neste domingo, 27 de março, o Jornal Estado de São Paulo publicou novas propostas complementares ao documento “Uma Ponte para o Futuro”, também coordenadas pelo Moreira Franco.
1) Fim ou severa restrição aos subsídios da política industrial e de comércio exterior brasileira. Ou seja, o objetivo é acabar com as políticas que visam desenvolver e impedir maior desindustrialização do Brasil.
2) Henrique Meirelles ou Armínio Fraga no Ministério da Fazenda
3) Não usar mais o excesso de rendimento do FGTS como fonte de recursos a “fundo perdido” subsidiar e financiar o programa ‘Minha Casa, Minha Vida’. A razão disso é que o dinheiro do FGTS seria propriedade do trabalhador e não deveria ser usado para fazer política pública. Na prática, isso levaria a um desemprego em massa na indústria da construção civil, e muito menos pessoas teriam acesso à casa própria
4) Estender o Pro-uni para o ensino médio com o objetivo de privatizar de forma muito mais generalizada o ensino médio.
5) Limitar o Pronatec que é um sistema de bolsas de ensino para cursos profissionalizantes rápidos para a camada mais pobre da população e que tem muita dificuldade material e não-material de realizar cursos profissionalizantes tradicionais que são extensos, dispendiosos ou focados para jovens com bom embasamento educacional.
6) Limitar as concessões de empréstimos estudantis pelo FIES. O objetivo declarado é gerar mais “meritrocracia”. Na prática, isso significa que milhões e milhões de jovens deixarão de ter acesso à universidade.
7) Concentrar os programas sociais apenas aos mais miseráveis, os 10% mais pobres, que vivem com menos de 1 dólar por dia
8) “Intervenção no SUS”. Não sabem o que fazer com ele, só dizem que está sem controle e que precisar ser “reorganizado”. Na prática, certamente são desculpas para justificar a redução dos repasses orçamentários para o Ministério da Saúde. A “reorganização” é só uma forma de descobrir como fazer o SUS funcionar pelo menos precariamente com menos recursos. Ou seja, descobrir quem vai chorar menos se não puder mais ser atendido: os pacientes de câncer, ou com diabetes ou de tuberculose ou as grávidas com zica…[2]
b) PONTE PARA O FUTURO
Abaixo as propostas iniciais do documento ‘Ponte para o futuro’.
Política fiscal e orçamento
9) Novo regime orçamentário, com o fim de todas as vinculações de receitas. Dito dessa forma, parece uma medida burocrática. Mas é simplesmente o fim de todo o modelo de financiamento da Educação e da Saúde Pública brasileira.
10) A implantação do orçamento inteiramente impositivo. Quem não é especialista em assuntos do parlamento pode não entender imediatamente o que isso significa. Mas significa talvez o fim de um dos últimos instrumentos de governabilidade nas mãos do executivo. Essa medida faria com que o governo funcionasse na prática como um semi-parlamentarismo.
11) Fim de todas as indexações, seja para salários, benefícios previdenciários e tudo o mais. Quando a indexação é pelo salário mínimo, como é o caso dos benefícios sociais, a distorção se torna mais grave, pois assegura a eles um aumento real, com prejuízo para todos os demais itens do orçamento público, que terão necessariamente que ceder espaço para este aumento. Com o fim dos reajustes automáticos, o Parlamento arbitrará, em nome da sociedade, os diversos reajustes conforme as condições gerais da economia e das finanças públicas. Em contrapartida a este novo regime, novas legislações procurarão exterminar de vez os resíduos de indexação de contratos no mundo privado e no setor financeiro.
12) “Orçamento com base zero”, que significa que a cada ano todos os programas estatais serão avaliados por um comitê independente, que poderá sugerir a continuação ou o fim do programa, de acordo com os seus custos e benefícios. Hoje os programas e projetos tendem a se eternizar, mesmo quando há uma mudança completa das condições. De qualquer modo, o Congresso será sempre soberano e dará a palavra final sobre a continuação ou fim de cada programa ou projeto. Isso significa outro passo decisivo para o semi-parlamentarismo que alguns caciques defendem. Além disso, prejudicaria muito a gestão pública já que todos os programas ficariam sempre à mercê de uma permanente negociação fisiológica.
13) Equilíbrio fiscal de longo prazo seria um dos princípios constitucionais que deve obrigar a Administração Pública, aprovando-se uma lei complementar de responsabilidade orçamentária. Busca-se com isso uma suposta trajetória de equilíbrio fiscal duradouro, com superávit operacional e a redução progressiva do endividamento público. Será apenas a recessão e o desemprego permanente.
14) Criação de uma instituição que articule e integre o Poder Executivo e o Legislativo, uma espécie de Autoridade Orçamentária, com competência para avaliar os programas públicos, acompanhar e analisar as variáveis que afetam as receitas e despesas, bem como acompanhar a ordem constitucional que determina o equilíbrio fiscal como princípio da administração pública. Isso foi recentemente aprovado no senado em uma votação relâmpago com muito pouco acesso ao contraditório. É mais uma medida do projeto de limitar o poder do executivo e criar um semi-parlamentarismo de fato.
15) Estabelecer um limite para as despesas de custeio inferior ao crescimento do PIB, através de lei, após serem eliminadas as vinculações e as indexações que engessam o orçamento. Isso gerará estagnação econômica, dificuldade de tirar o país da recessão e pode tornar o país ingovernável a menos que acabe ou desmonte boa parte dos programas sociais.
Previdência e demografia
16) Ampliar a idade mínima para a aposentadoria, de sorte que as pessoas passem mais tempo de suas vidas trabalhando e contribuindo, e menos tempo aposentados. Querem uma idade mínima que não seja inferior a 65 anos para os homens e 60 anos para as mulheres, com previsão da idade mínima aumentar dependendo dos dados demográficos.
17) É indispensável que se elimine a indexação de qualquer benefício, inclusive aposentadorias e auxílios a pessoas deficientes, ao valor do salário mínimo.
Juros e dívida pública
18) Aumento acentuado do superávit primário, ou seja, um mega arrocho fiscal. O instrumento normal para isso é a obtenção de um superávit primário capaz de cobrir as despesas de juros menos o crescimento do próprio PIB. Em tese, isso faria reduzir os juros. Mas não foi o que aconteceu em outras situações como no primeiro ano do mandato da Dilma.
Privatizações e infraestrutura
19) Maiores tarifas para os concessionários privados de serviços públicos: energia elétrica, gás, telefonia, internet, pedágios…
20) Privatizações. Executar uma política de desenvolvimento centrada na iniciativa privada, por meio de transferências de ativos que se fizerem necessárias, concessões amplas em todas as áreas de logística e infraestrutura
21) Fim do Regime de Partilha para o Pré-Sal
22) Fim do controle da Petrobras sobre o Pré-Sal. Isso foi recentemente aprovado no Senado após um ano de manobras regimentais capciosas.
23) Estatuto das estatais. Promover legislação para garantir o melhor nível possível de governança corporativa às empresas estatais e às agências reguladoras, com regras estritas para o recrutamento de seus dirigentes e para a sua responsabilização perante a sociedade e as instituições. Medidas diversas para limitar a capacidade do governo usar as estatais para fazer políticas de interesse público e força-las à privatização.
Comércio Exterior
24) Focar na aliança comercial com grandes potências em detrimento do Mercosul. Regredir nos acordos do Mercosul em benefício de acordos com EUA e Europa.
25) Redução das tarifas e políticas que protegem o mercado e o emprego na indústria brasileira.
26) Incluir o Brasil nos novos acordos de investimentos que os EUA estão propondo na Ásia e no Atlântico Norte.
Política Social
27) Reduzir os gastos sociais em assistência, saúde e educação. Eufemisticamente propõem estabelecer uma agenda de “transparência” e de “avaliação de políticas públicas”, que permita a identificação dos beneficiários, e a análise dos impactos dos programas. O documento afirma que “o Brasil gasta muito com políticas públicas com resultados piores do que a maioria dos países relevantes”
Política trabalhista
28) Fim da CLT. Na área trabalhista, permitir que as convenções coletivas prevaleçam sobre as normas legais.
Política tributária e desburocratização
29) na área tributária, realizar um vasto esforço de simplificação, reduzindo o número de impostos e unificando a legislação do ICMS, com a transferência da cobrança para o Estado de destino; desoneração das exportações e dos investimentos; reduzir as exceções para que grupos parecidos paguem impostos parecidos. O último item é um grande prejuízo para a política industrial brasileira e, portanto, ao emprego industrial e o desenvolvimento tecnológico do país.
30) Promover a racionalização dos procedimentos burocráticos e assegurar ampla segurança jurídica para a criação de empresas e para a realização de investimentos, com ênfase nos licenciamentos ambientais que podem ser efetivos sem ser necessariamente complexos e demorados. O que os ambientalistas acham disso?
Abaixo as propostas iniciais do documento ‘Ponte para o futuro’.
Política fiscal e orçamento
9) Novo regime orçamentário, com o fim de todas as vinculações de receitas. Dito dessa forma, parece uma medida burocrática. Mas é simplesmente o fim de todo o modelo de financiamento da Educação e da Saúde Pública brasileira.
10) A implantação do orçamento inteiramente impositivo. Quem não é especialista em assuntos do parlamento pode não entender imediatamente o que isso significa. Mas significa talvez o fim de um dos últimos instrumentos de governabilidade nas mãos do executivo. Essa medida faria com que o governo funcionasse na prática como um semi-parlamentarismo.
11) Fim de todas as indexações, seja para salários, benefícios previdenciários e tudo o mais. Quando a indexação é pelo salário mínimo, como é o caso dos benefícios sociais, a distorção se torna mais grave, pois assegura a eles um aumento real, com prejuízo para todos os demais itens do orçamento público, que terão necessariamente que ceder espaço para este aumento. Com o fim dos reajustes automáticos, o Parlamento arbitrará, em nome da sociedade, os diversos reajustes conforme as condições gerais da economia e das finanças públicas. Em contrapartida a este novo regime, novas legislações procurarão exterminar de vez os resíduos de indexação de contratos no mundo privado e no setor financeiro.
12) “Orçamento com base zero”, que significa que a cada ano todos os programas estatais serão avaliados por um comitê independente, que poderá sugerir a continuação ou o fim do programa, de acordo com os seus custos e benefícios. Hoje os programas e projetos tendem a se eternizar, mesmo quando há uma mudança completa das condições. De qualquer modo, o Congresso será sempre soberano e dará a palavra final sobre a continuação ou fim de cada programa ou projeto. Isso significa outro passo decisivo para o semi-parlamentarismo que alguns caciques defendem. Além disso, prejudicaria muito a gestão pública já que todos os programas ficariam sempre à mercê de uma permanente negociação fisiológica.
13) Equilíbrio fiscal de longo prazo seria um dos princípios constitucionais que deve obrigar a Administração Pública, aprovando-se uma lei complementar de responsabilidade orçamentária. Busca-se com isso uma suposta trajetória de equilíbrio fiscal duradouro, com superávit operacional e a redução progressiva do endividamento público. Será apenas a recessão e o desemprego permanente.
14) Criação de uma instituição que articule e integre o Poder Executivo e o Legislativo, uma espécie de Autoridade Orçamentária, com competência para avaliar os programas públicos, acompanhar e analisar as variáveis que afetam as receitas e despesas, bem como acompanhar a ordem constitucional que determina o equilíbrio fiscal como princípio da administração pública. Isso foi recentemente aprovado no senado em uma votação relâmpago com muito pouco acesso ao contraditório. É mais uma medida do projeto de limitar o poder do executivo e criar um semi-parlamentarismo de fato.
15) Estabelecer um limite para as despesas de custeio inferior ao crescimento do PIB, através de lei, após serem eliminadas as vinculações e as indexações que engessam o orçamento. Isso gerará estagnação econômica, dificuldade de tirar o país da recessão e pode tornar o país ingovernável a menos que acabe ou desmonte boa parte dos programas sociais.
Previdência e demografia
16) Ampliar a idade mínima para a aposentadoria, de sorte que as pessoas passem mais tempo de suas vidas trabalhando e contribuindo, e menos tempo aposentados. Querem uma idade mínima que não seja inferior a 65 anos para os homens e 60 anos para as mulheres, com previsão da idade mínima aumentar dependendo dos dados demográficos.
17) É indispensável que se elimine a indexação de qualquer benefício, inclusive aposentadorias e auxílios a pessoas deficientes, ao valor do salário mínimo.
Juros e dívida pública
18) Aumento acentuado do superávit primário, ou seja, um mega arrocho fiscal. O instrumento normal para isso é a obtenção de um superávit primário capaz de cobrir as despesas de juros menos o crescimento do próprio PIB. Em tese, isso faria reduzir os juros. Mas não foi o que aconteceu em outras situações como no primeiro ano do mandato da Dilma.
Privatizações e infraestrutura
19) Maiores tarifas para os concessionários privados de serviços públicos: energia elétrica, gás, telefonia, internet, pedágios…
20) Privatizações. Executar uma política de desenvolvimento centrada na iniciativa privada, por meio de transferências de ativos que se fizerem necessárias, concessões amplas em todas as áreas de logística e infraestrutura
21) Fim do Regime de Partilha para o Pré-Sal
22) Fim do controle da Petrobras sobre o Pré-Sal. Isso foi recentemente aprovado no Senado após um ano de manobras regimentais capciosas.
23) Estatuto das estatais. Promover legislação para garantir o melhor nível possível de governança corporativa às empresas estatais e às agências reguladoras, com regras estritas para o recrutamento de seus dirigentes e para a sua responsabilização perante a sociedade e as instituições. Medidas diversas para limitar a capacidade do governo usar as estatais para fazer políticas de interesse público e força-las à privatização.
Comércio Exterior
24) Focar na aliança comercial com grandes potências em detrimento do Mercosul. Regredir nos acordos do Mercosul em benefício de acordos com EUA e Europa.
25) Redução das tarifas e políticas que protegem o mercado e o emprego na indústria brasileira.
26) Incluir o Brasil nos novos acordos de investimentos que os EUA estão propondo na Ásia e no Atlântico Norte.
Política Social
27) Reduzir os gastos sociais em assistência, saúde e educação. Eufemisticamente propõem estabelecer uma agenda de “transparência” e de “avaliação de políticas públicas”, que permita a identificação dos beneficiários, e a análise dos impactos dos programas. O documento afirma que “o Brasil gasta muito com políticas públicas com resultados piores do que a maioria dos países relevantes”
Política trabalhista
28) Fim da CLT. Na área trabalhista, permitir que as convenções coletivas prevaleçam sobre as normas legais.
Política tributária e desburocratização
29) na área tributária, realizar um vasto esforço de simplificação, reduzindo o número de impostos e unificando a legislação do ICMS, com a transferência da cobrança para o Estado de destino; desoneração das exportações e dos investimentos; reduzir as exceções para que grupos parecidos paguem impostos parecidos. O último item é um grande prejuízo para a política industrial brasileira e, portanto, ao emprego industrial e o desenvolvimento tecnológico do país.
30) Promover a racionalização dos procedimentos burocráticos e assegurar ampla segurança jurídica para a criação de empresas e para a realização de investimentos, com ênfase nos licenciamentos ambientais que podem ser efetivos sem ser necessariamente complexos e demorados. O que os ambientalistas acham disso?
[1] Roberto Requião é senador em seu segundo mandato. Foi governador do Paraná por três mandatos. Prefeito de Curitiba e deputado estadual. É graduado em direito e jornalismo com pós graduação em urbanismo.
Acuada, a grande imprensa dá sinais de desespero
por Thiago Takamoto, exclusivo para O Cafezinho
A grande imprensa brasileira não consegue mais disfarçar o desespero que veio à tona após a descoberta, pelo mundo, da trama na qual está envolto o pedido de impeachment apresentado contra a Presidenta Dilma, pedido esse que foi meticulosamente desenhado e construído pelas famílias que controlam os grandes conglomerados midiáticos em conluio com os políticos oportunistas que apenas ocupam espaço no Congresso Nacional.
Um fato interessante chama a atenção nesse cenário de perturbação vivenciado pelos senhores feudais das comunicações. Assim como a Presidenta Dilma, a grande mídia pode dizer que foi vítima de um golpe. Sim, um golpe capitaneado por seus próprios aliados: os desastrados parlamentares que votaram “sim” na sessão da Câmara do dia 17 de último.
O show de horrores protagonizado pelas Excelências no último domingo serviu como estopim para deflagrar o sentimento de repulsa em muitos brasileiros que assistiram perplexos aos discursos dos deputados, que em poucas palavras conseguiram mostrar aos seus “representados” a que vieram e a quem realmente serviram. A sensação de que havia algo muito errado acontecendo na “Casa do Povo” foi geral.
Terminada a apresentação circense, o resultado mais importante foi proclamado na cabeça de cada brasileiro, independentemente do posicionamento contra ou ao favor do processo de impeachment. E sobre isso não é preciso escrever, pois cada um já traz consigo o trauma resultante daquelas horas e horas passadas em frente à TV acompanhando a lastimosa votação comandada por Eduardo Cunha. O episódio, no entanto, não atraiu apenas a atenção do brasileiro, mas também a da imprensa internacional, que até então vinha cobrindo apenas superficialmente os últimos acontecimentos políticos do Brasil.
Os jornalistas estrangeiros, também perplexos como os brasileiros, passaram a fazer os questionamentos que deveriam ser feitos todos os dias pelos veículos de comunicação locais. Como uma Presidenta eleita com mais de 54 milhões de votos pode ter aprovado um pedido de impeachment presidido por um dos maiores corruptos do Brasil? Como um Vice-Presidente pode conspirar abertamente contra o Presidente e ter o apoio da mídia local? Como um Chefe do Executivo pode ser destituído sem que nenhuma denúncia concreta recaia sobre ele? Como a mídia de um país pode fazer uma cobertura tão parcial sem ser questionada?
Como era de se esperar, a grande mídia brasileira noticiou a cobertura internacional de forma extremamente tímida, chegando ao ponto de justificar que a tese do “falso golpe”, de tanto que repetida, teria “colado” fora do país, o que no mínimo atenta contra a inteligência daqueles profissionais estrangeiros que atuam na cobertura política brasileira e também dos especialistas que vêm tratando exaustivamente sobre o assunto nas redações e nas bancadas dos telejornais gringos.
No entanto, o fato que mais preocupou a grande imprensa foi a atenção dada ao tema, ainda que de forma reticente, por aqueles que são favoráveis ao processo de impeachment. Com a explosão das reportagens mundo afora, essa parcela da população também ficou exposta a dezenas de reportagens que contrariam integralmente a narrativa distorcida que vem sendo repetida todas as noites pelo Jornal Nacional e por outros noticiários e periódicos controlados pela grande imprensa.
O desespero da mídia passou então a ficar ainda mais evidenciado. E o exemplo mais recente desse desespero foi o Editorial de “O Globo”, publicado no último dia 21 de outubro, cujo objetivo central foi diminuir o discurso da Presidenta Dilma, sob o fundamento de que apenas a esquerda se convenceu da ilegalidade do impeachment, ilegalidade essa que, segundo o periódico da família Marinho, já teria sido rechaçada pelo Supremo Tribunal Federal.
Essa ideia, embora facilmente comprada por aqueles que se informam apenas pelas reportagens do jornal de maior audiência do país, é tão frágil quanto a base jurídica do pedido de impeachment que agora tramita no Senado.
O Jornal fez uso da generalização para conferir força a um argumento sabidamente fraco, pois desde a sessão de domingo na Câmara dos Deputados ficou comprovado que não apenas a esquerda está olhando com indignação para a tentativa de derrubada da Presidenta da República. A opinião pública mundial destaca agora de forma enfática toda a contradição que envolve esse pedido de impeachment presidido por um dos homens mais corruptos do país, apoiado por poderosos grupos econômicos e embasado em fragilíssimas pedadas.
É certo que, ao ouvir um Ministro do STF verbalizar que não há golpe, tem-se a sensação de que a Presidenta age de má-fé. E é certo também que essa afirmação soa como música para os ouvidos dos jornalistas que servem à grande imprensa. Contudo, o que não se comenta é que o Supremo ainda não examinou o mérito do impeachment, mas apenas os aspectos formais do pedido iniciado na Câmara dos Deputados.
Isso equivale a dizer que o STF ainda não reconheceu (e nem poderia mesmo reconhecer nessa fase) a prática de qualquer crime de responsabilidade por parte da Presidenta Dilma. A Suprema Corte brasileira apenas admitiu a possibilidade de se questionar os atos atribuídos à Presidenta no pedido de impeachment apresentado pela advogada Janaína Paschoal e pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior.
Essa questão tem grande relevo porque, quando a Presidenta Dilma se diz vítima de um golpe, é óbvio que ela não deseja transmitir a ideia de que o instituto do impeachment constitui golpe por si só, mas que a forma como ele está sendo posto, sem indicar de forma precisa um crime de responsabilidade, está em descompasso com o disposto no artigo 85 da Constituição Federal, o que efetivamente pode transformar o impeachment numa ferramenta para a ruptura da ordem democrática.
A grande imprensa utiliza, portanto, as afirmações dos Ministros do Supremo como instrumento para diminuir a fala da Presidenta Dilma, causando a falsa impressão de que ela é irresponsável ao tratar o impeachment como golpe, quando na verdade trata-se de um instrumento previsto na Constituição Federal. Essa atitude, em condições normais de temperatura e pressão, poderia até ser entendida como falta de entendimento jurídico dos jornalistas que atuam na cobertura política nacional, mas a história e o próprio modus operandi adotado pela grande imprensa brasileira afastam por completo o benefício da dúvida.
Embora não veja na perspectiva atual uma chance concreta de a população se organizar ideologicamente contra a forma de agir da grande imprensa brasileira, a atuação da mídia estrangeira na cobertura do processo de impeachment da Presidenta Dilma surge como uma luz a esse propósito, afinal as denúncias sobre a manipulação de informação pelos grandes grupos midiáticos podem agora ser comprovadas por qualquer brasileiro nas timelines de suas próprias redes sociais. Basta querer ver.
"Fora da ONU posso falar que é golpe", diz Dilma
Após assinar Acordo de Paris na sede das Nações Unidas, presidente
conversa com a imprensa brasileira. Dilma reafirma que se sente "vítima
de um golpe em curso" e revela que recebeu solidariedade de líderes em
Nova York.
Depois de discursar na Assembleia das Nações Unidas em Nova York nesta
sexta-feira (22/04), a presidente Dilma Rousseff dedicou uns minutos
para conversar com a imprensa brasileira.
"Eu vim à ONU para falar a verdade. E a verdade aqui é a seguinte:
tivemos uma grande atuação na COP 21. Sem nós, a conferência não teria o
resultado que teve", afirmou ela, justificando o discurso moderado
durante sua fala na plenária.
Dilma admitiu que fez uma referência genérica sobre a situação política
brasileira. "Agora, eu falo em golpe para a imprensa internacional
aqui, porque não estou na ONU", disse a presidenta, explicando a
conversa prévia que teve com jornalistas estrangeiros na residência do
embaixador na cidade.
Segundo Dilma, alguns líderes mundiais reunidos em Nova York
manifestaram seu apoio e solidariedade. "Eu me julgo uma vítima,
injustiçada. Se eu, que sou presidente, me sinto vítima de um processo
ilegal, golpista e conspirador, o que dizer da população do Brasil
quando seus direitos forem afetados?", questionou.
A presidenta voltou a dizer que um golpe está em curso no país, e que
está sofrendo impeachment sem que existam acusações de crime plausíveis.
Ela classificou o processo de impedimento como uma "eleição indireta
travestida de impeachment".
"Pergunto a vocês: quem assumirá o destino do país? Pessoas ilegítimas,
que não tiveram voto como presidenta da República, ou que têm, na sua
trajetória, acusações de lavagem de dinheiro, conta no exterior e
processo contra corrupção?" disse a líder, fazendo referência indireta
ao vice-presidente, Michel Temer, e ao presidente da Câmara, Eduardo
Cunha.
O processo, já aprovado pelos deputados, será agora analisado pelo
Senado. "Eu vou me esforçar muito. Não só eu, como os ministros da
Justiça e da Fazenda. Todos nós vamos debater juntos e dar todas as
informações necessárias aos senadores."
Sobre a contra-argumentação da oposição de que o impeachment não é um
ato ilegal, Dilma acredita que essa postura é de quem tem medo. "E o
medo decorre da absoluta ilegalidade. É subestimar a consciência das
pessoas, a capacidade de compreensão das pessoas, tanto dentro do Brasil
como fora."
A líder afirmou ainda não que não é contra a convocação de novas
eleições, alternativa defendida por algumas alas do PT. "Mas eu acho que
tem que ser me dado o direito de defender o meu mandato. Eu devo isso aos
meus 54 milhões de eleitores".
Protestos em Nova York Pró - Dilma
Um grupo pró-Dilma gritava frases de apoio enquanto
policiais locais se esforçavam para deixar a passagem livre para
pedestres entre os manifestantes.
O movimento chamado "Defend democracy in Brazil" é composto, em sua
maioria, por mulheres.
Eduardo Cunha: uma unanimidade nacional
Até para triunfar no posto de político mais odiado do Brasil é preciso algum esforço. Nos ventos da crise, o deputado Eduardo Cunha, 57 anos, eleito com 233 000 votos pelo PMDB do Rio de Janeiro, é o campeão inconteste nesse quesito - daí o título que VEJA traz na capa desta edição: #Fera, Odiado e do Mal. Fera por sua capacidade incomparável de ir em frente com seus objetivos, mesmo que seja contra tudo e contra todos. Odiado porque a pesquisa mais recente do instituto Datafolha mostra que 77% dos brasileiros querem a cassação do seu mandato. E do Mal porque não param de aparecer depoimentos nos quais Cunha é apontado como um sujeito agressivo, capaz de inspirar medo em seus adversários. E #Fera, Odiado e do Mal, assim tudo junto, para fazer uma referência jocosa ao título "Bela, Recatada e 'do Lar' ", que VEJA publicou em reportagem sobre Marcela Temer, mulher do vice-presidente Michel Temer - título que estourou na web, gerando memes absolutamente impagáveis.
A presidente Dilma Rousseff diz que Eduardo Cunha é traidor, vingativo, chantagista e, como insinua com frequência, corrupto. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, tachou-o de "extremamente agressivo" e dado a retaliações. Uma minoria barulhenta da Câmara se refere a ele como "gângster" e "ladrão", como se ouviu na votação do impeachment. Empresários denunciam-no por extorsão. Cunha é acusado de embolsar propinas milionárias do petrolão, de ser correntista oculto de bancos na Suíça e de mentir aos colegas, o que configura quebra do decoro parlamentar. Mesmo com tantos rivais e denúncias, ele continua à frente da presidência da Câmara, submetendo a Casa a suas pautas e interesses pessoais. Sob sua presidência, os deputados aprovaram o pedido de impedimento de Dilma, e o vice Michel Temer está a um passo do Palácio do Planalto.
E que ninguém pense que Cunha está morto. Na histórica sessão de domingo passado, que decretou o enterro político do governo Dilma, deputados chegaram a defender uma anistia a Cunha por seu papel decisivo no processo. Tudo às claras, diante das câmeras de TV inclusive da Rede Globo que lidera o cartel para tirar a presidenta eleita por 54 milhões de eleitores. Mas há outro motivo, oculto e eloquente, para a tentativa de torná-lo inimputável. Cunha tem se mostrado um provedor generoso. Ninguém sabe tocar tão fundo na alma, na consciência e no bolso dos deputados. Ninguém distribui tantas benesses e favores de forma tão democrática, do alto ao baixo escalão. Tecida durante anos a fio, essa rede de cumplicidade se recusa a passar na guilhotina o pescoço de Cunha. Na campanha eleitoral de 2014, ele conseguiu recursos para vários candidatos. Só o grupo JBS doou 21 milhões de reais ao diretório do PMDB do Rio - uma deferência especial ao parlamentar, dentro da lei, diga-se. Postulantes a deputado federal de outras legendas também foram agraciados e passaram a gravitar em sua órbita de poder.
A própria Operação Lava-Jato já descobriu detalhes desse protagonismo financeiro, mas para a lava-jato o Cunha afastado da câmara, poderá enfraquecer o objetivo maior, que é tirar a Dilma e o PT de Lula. Em mensagem encontrada em um celular do ex-presidente da OAS Leo Pinheiro, condenado a dezesseis anos de prisão no escândalo do petrolão, Cunha reclama que o executivo repassou 5 milhões de reais ao vice Michel Temer numa parcela só, adiando o acerto com o restante da "turma", a sua turma, a turma formada por seus alimentados. Ao pedir o afastamento de Cunha do cargo de presidente da Câmara, Janot o acusou de usar o mandato para fins escusos e citou como exemplo o empenho do deputado em aprovar matérias de interesse do Banco BTG Pactual, cujo dono então, André Esteves, amigo de Cunha, chegou a ser preso pela Lava-Jato. "E-mails trocados demonstram que Eduardo Cunha atuou como longa manus dos bancos, protegendo os interesses ilícitos destes em detrimento do interesse público, visando, assim, a receber vantagens indevidas", disse Janot. Fundamental para a vitória de Cunha na disputa pela presidência da Câmara no ano passado, esse trabalho de captação de doações eleitorais para deputados é facilitado pela proximidade do peemedebista com os donos do dinheiro.
Antes de chegar ao comando da Casa, Cunha relatou quase todos os projetos que envolviam negócios grandiosos. Na medida provisória dos portos, que tratava das concessões no setor, ele defendeu a prorrogação de certos contratos de arrendamento. Durante a discussão do texto, um lobista da Santos Brasil, gigante especializado na operação de contêineres, circulou pelo plenário tentando convencer as excelências a apoiar a iniciativa. A presença do lobista em cena foi entendida por alguns parlamentares, especialmente os de olhos mais cobiçosos, como a prova de que ofertas apresentadas nos bastidores seriam honradas. Que ofertas? "É a emenda Tio Patinhas", gritou da tribuna o então deputado Anthony Garotinho, referindo-se à chuva de matéria sonante que inundava os bastidores. Cunha sempre negou que tivesse vendido às partes interessadas artigos de medidas provisórias. Sempre rechaçou que tivesse usado requerimentos de convocação de empresários para extorqui-los. Mas, registre-se, também sempre negou que tivesse conta secreta na Suíça... O lobista Júlio Camargo, delator do petrolão, acusou Cunha abertamente de ser um extorsionário.
Com reportagem de Thiago Bronzatto
4.22.2016
O que falta para o STF afastar o Cunha?
Janot diz que Cunha é alvo de mais seis inquéritos na PGR
Procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha(PMDB-RJ), é alvo de mais seis inquéritos por fatos distintos, além das duas denúncias que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito das investigações da Operação Lava Jato; segundo Janot, dois dos seis inquéritos abertos para apurar fatos distintos em relação a Cunha estão em fase avançada e deverão "rapidamente" virar denúncias no Supremo; segundo o procurador-geral, o afastamento de Cunha do cargo é um"problema que está com o Supremo"Ciro: Cunha é “bandido” e “comprou 250 deputados”
Ex-ministro Ciro Gomes (PDT-CE) disse que o sistema político
brasileiro está em colapso e que atualmente o país passa por um vácuo de
poder; "Esse vácuo é substituído por interesses pessoais, um movimento
de ascensão pentecostal e ladroeira. Eduardo Cunha não virou presidente
da Câmara - sendo o bandido que é - por acaso. Ele comprou 250
deputados", disparou durante evento promovido pela Universidade Harvard e
o MTI; ele também criticou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso
(PSDB) por não ter realizado as reformas estruturantes necessárias ao
país em troca de alterações na Constituição visando assegurar a sua
reeleição em 1998
22 de Abril de 2016 às 17:02
A declaração de Ciro Gomes foi feita durante as participação no Brazil Conference, evento promovido pela Universidade Harvard e o MTI. Ciro também criticou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, por não ter realizado, em 1998, as reformas estruturantes necessárias ao país em troca de alterações na Constituição visando assegurar a sua reeleição.
De acordo com ele, o êxito civilizatório de uma nação depende de três fatores: alto nível de formação bruta de capital, "que é consequência de arranjos institucionais que a política faz"; coordenação estratégica e consensual entre governos e empreendedores e universidades com visões acadêmicas comprometidas a construir respostas nesta direção, além da formação de pessoal qualificado.
Segundo o ex-ministro, a melhora da performance do Brasil em relação a balança comercial se deve mais a recessão que a outros fatores. "Nosso déficit na balança comercial de manufaturados já está em US$ 110 bilhões. A gente foi adiando o confronto desse problema, atenuando a percepção da catástrofe, em função de um ciclo positivo de preços de commodities", comentou.
Ciro lembra que o fim do boom das commodities afeta a economia independentemente de quem esteja na Presidência do país. "Hoje, a produção do pré-sal custa US$ 41 o barril e nós estamos vendendo a US$ 30. Isso é real, não adianta dizer que é culpa de Dilma, de Lula", afirmou.
"Com o tempo uma imprensa cínica e corrupta formará um público tão vil quanto ela" - JosephPulitzer
sexta-feira, 22 de abril de 2016
Mauro Santayana prova, com dados do FMI e Banco Mundial, que o Brasil cresceu 400% em dólares durante os governos de Lula e Dilma.
O Brasil cresceu extraordinariamente, destes 504 bilhões de dólares, em 2002, para 2 trilhões, 346 bilhões de dólares, em 2014, último dado oficial levantado pelo Banco Mundial, crescendo mais de 400% em dólares, em apenas 11 anos, depois que o PT chegou ao poder.
A NOVA MARCHA DOS INSENSATOS E A SUA PRIMEIRA VÍTIMA - Texto integral- Mauro Santayana
(Do
Blog) - Para amanhã, dia 13 de dezembro, estão programadas novas
manifestações pelo impeachment da Presidente da República, por parte de
pessoas que acusam o governo de ser corrupto e comunista e de estar
quebrando o país.