webmaster@boaspraticasfarmaceuticas.com.br

4.07.2018

Lula aceita prisão e chama revolução: milhões de Lulas andarão por mim

 Rafael Ribeiro Em seu último discurso antes de ser preso num processo de exceção, o ex-presidente Lula fez um pronunciamento histórico; "Eu sou um construtor de sonhos. Sonhei que era possível um metalúrgico, sem diploma, cuidar mais da educação do que os diplomados e concursados cuidaram da educação. Sonhei que era possível pegar os estudantes da periferia e colocá-los nas melhores universidades do País. Daqui a pouco vamos ter juízes e procuradores nascidos na favela, nascidos na periferia. Se esse crime que eu cometi, eu vou continuar sendo criminoso", afirmou Lula; "A morte de um combatente não para uma revolução e vocês serão milhões e milhões de Lulas. Quanto mais dias me deixarem lá, mais Lulas andarão por este País. Os poderosos podem matar uma, duas ou três rosas, mas jamais poderão deter a chegada da primavera", disse Lula; "Em muito pouco tempo, ficará claro que os criminosos são o delegado que me investigou, o procurador que me acusou e o juiz que me condenou. Vou para lá de cabeça erguida e vou sair de peito estufado"; Lula saiu carregado nos braços do povo
247 – Em seu último discurso antes de ser preso num processo de exceção, que atendeu a interesses internacionais e redundou numa ordem de prisão ilegal, expedida por Sergio Moro antes até do trânsito em julgado na segunda instância, o ex-presidente Luiz Inácio Lula fez um discurso histórico, em São Bernardo do Campo (SP). "Eu não os perdoo por ter sido tratado como ladrão", disse Lula. "Eu não estou acima da justiça. Mas eu acredito numa justiça justa, numa justiça justa que leva em consideração as provas do processo. O que eu não posso admitir é um procurador que fez um power-point e que foi para a televisão para dizer que o PT é uma organização criminosa. Eu quero que ele guarde a convicção dele para os comparsas deles, e não para mim", afirmou Lula, numa referência a Deltan Dallagnol.
Lula também protestou contra as campanhas de mídia de que foi vítima. "O que eles não se dão conta é de que, quanto mais me atacam, mais cresce a minha relação com o povo brasileiro", disse o ex-presidente com a voz rouca. "Os poderosos podem matar uma, duas ou três rosas, mas jamais podem deter a chegada da primavera", disse Lula.
O ex-presidente também se referiu a Sergio Moro. "Eu gostaria de fazer um debate com ele e eu o desafio a mostrar alguma prova", afirmou. "Eu sou um construtor de sonhos. Sonhei que era possível um metalúrgico, sem diploma, cuidar mais da educação do que os diplomados e concursados cuidaram da educação. Sonhei que era possível pegar os estudantes da periferia e colocá-los nas melhores universidades do País. Daqui a pouco vamos ter juízes e procuradores nascidos na favela, nascidos na periferia. Esse crime eu cometi. Esse crime eles não querem que eu cometa mais. Se esse crime que eu cometi, eu vou continuar sendo criminoso", afirmou Lula.
Marisa foi morta por "gente sem alma"
O ex-presidente também falou de seu drama pessoal. "Não é fácil o que sofrem os meus filhos, o que sofrem os meus netos. A antecipação da morte da Marisa foi a sacanagem dessa gente. Essa gente não tem alma", afirmou.
Lula também disse que resolveu levantar a cabeça. "Não pensem que eu sou contra a Lava Jato. Agora, qual é o problema. Você não pode fazer julgamento subordinado à imprensa. Você destrói a pessoa e depois o juiz diz que não pode contrariar a opinião pública. Quem quiser votar de acordo com a opinião pública, que rasgue a toga", afirmou. Ele também disse ter sido condenado por Moro a mando da Rede Globo. "Lula, Moro e a Lava Jato têm um sonho de consumo. O golpe não terminou com a Dilma. O golpe só termina se não me deixarem participar da eleição. Eles não querem o Lula de volta porque, na cabeça deles, pobre não pode ter direito", afirmou. "O outro sonho deles é a foto. Fico imaginando o tesão da Veja e da Globo com a minha foto preso. Eles vão ter orgasmos múltiplos. Eles decretaram a minha prisão e eu vou atender o mandado deles. Quero fazer a transferência de responsabilidade. Eles vão descobrir pela primeira vez o que eu tenho dito todo dia. O problema desse País não se chama Lula, é a consciência do povo brasileiro. Tem milhões e milhões de Lulas para andar por mim".
Homenagem a Dilma
Antes da fala, ele também saudou vários companheiros. "Quero cumprimentar meu companheiro Aloizio Mercadante. Se eu tivesse tantos títulos, eu seria presidente da República. Guilherme Boulos é um companheiro da mais alta seriedade. Ele tem só 35 anos. Você tem futuro, meu irmão. Quero saudar essa menina bonita e inteligente, a Manuela", afirmou.
A maior homenagem, no entanto, foi dedicada à presidente deposta Dilma Rousseff.  "Quero agradecer a esta mulher. A mais injustiçada das mulheres que um dia ousaram fazer política neste País. Eu quero ser testemunha de vocês. A Dilma foi a pessoa que meu deu a tranquilidade de fazer quase tudo que eu consegui fazer na presidência da República, pela confiança, pela seriedade e pela competência técnica da Dilma. Sou grato de coração. Não teria sido o que fui sem a Dilma."
I

Monica Iozzi ironiza ‘Super’ Moro: ‘Certeza que prende Aécio e Alckmin’

'Tô indo dormir tranquila, esse cara + o STF vão acabar com a corrupção no Brasil. Honestos, imparciais, nossos heróis!', ironiza a atriz no Instagram


Crítica da Operação Lava Jato, a atriz Monica Iozzi fez uso do Instagram para alfinetar o juiz Sergio Moro, que nesta quinta-feira expediu a ordem de prisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Viva Moro! Tenho certeza que, assim que Temer, Aécio e Alckmim perderem o foro privilegiado, ele prende os três!”, ironizou Iozzi em um post com uma foto em que Sergio Moro aparece conversando e rindo com Aécio Neves.

Ah! E o Serra também! O presidente da Odebrecht disse pra Lava-Jato que deu 52 milhões de reais pro José Serra. Certeza que o Moro vai mandar prender o Serra também. O Lula foi só o primeiro. Olha só o estardalhaço que fizeram pra prender o Lula! De boa… Imagina 52 milhões do Serra na Suíça, velho!!! Agora o Moro vai pegar todo mundo, vocês vão ver… Ufa! Tô indo dormir tranquila, esse cara + o STF vão acabar com a corrupção no Brasil. Honestos, imparciais, nossos heróis! Juro que até o ano que vem tá todo mundo na cadeia. Afinal de contas, primeiro a gente tirava a Dilma, né? Agora vai!”
 

4.06.2018

TERMINA O PRAZO: LULA NÃO SE RENDE, POVO O PROTEGE E REPRESSÃO PODE COMEÇAR

LULA VAI AO STF PARA BARRAR PRISÃO ILEGAL

Não consigo ver justiça”, diz Ciro Gomes sobre prisão de Lula


O pré-candidato à presidência pelo PDT divulgou nota sobre o 
despacho do juiz Moro determinando a prisão do petista e disse 
estar "acompanhando com muita tristeza tudo que está 
acontecendo com o ex-presidente e meu amigo Luiz Inácio 
Lula da Silva" e criticou a impunidade de tucanos

O pré-candidato à presidência pelo PDT, Ciro Gomes, divulgou
 na noite desta quinta-feira (5) uma nota sobre o despacho 
expedido pelo juiz Sérgio Moro determinando que o 
presidente Lula se entregue até amanhã (6) à Polícia Federal.
Ex-ministro de Lula, Ciro disse estar “acompanhando com
 muita tristeza tudo que está acontecendo com o presidente”, 
a quem ele chamou de “amigo”.
De acordo com o pedetista, ele e boa parcela da população não 
conseguem enxergar “justiça” na medida, visto que “notórios 
corruptos do PSDB permanecem intocados”.
Confira.
Estou acompanhando com muita tristeza tudo que está acontecendo com o ex-presidente e meu amigo Luiz Inácio Lula da Silva. Por mim, 
e por muitos brasileiros, especialmente os mais pobres, por 
quem ele tanto fez. Espero que os próximos recursos possam 
prontamente quanto possível estabelecer 
sua liberdade. Parte importante do país na qual me incluo, 
não consegue ver justiça, muito menos equilíbrio em um 
providência tão amarga, enquanto remanescem intocados
 notórios corruptos do PSDB

STJ desmente Globonews; habeas corpus NÃO foi negado para Lula


  
A Globonews deu uma “barriga” gigantesca ao atribuir a Sepúlveda Pertence, advogado de Lula, que o STJ havia negado habeas corpus ao ex-presidente da República. Era mentira. Coube ao próprio Superior Tribunal de Justiça desmentir a fake news.
A defesa de Lula impetrou na manhã desta sexta (6) um habeas corpus contra a ordem de prisão expedida ontem (5) pelo juiz Sérgio Moro. O ministro Félix Fischer, relator do pedido da defesa no STJ, afirmou que ainda não há decisão no caso.

ONU acompanha situação do Brasil e recomenda respeito à legalidade


“O processo contra Lula está tramitando no sistema legal. Claro, estamos acompanhando os acontecimentos”, disse a porta-voz, Elizabeth Throssell.Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos confirmou oficialmente que está acompanhando a situação do Brasil.  Em Genebra, Elizabeth Throssell, porta-voz do Escritório de Direitos Humanos da ONU, recomendou em entrevista coletiva nesta sexta-feira (6) que o caso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva siga o “devido processo legal” e confirma oficialmente que está acompanhando a situação no Brasil.
Throssell ainda indicou que, se for alertada sobre alguma violação grave de direitos humanos, seu escritório irá “examinar” a situação. “Houve uma decisão tomada pelo Supremo Tribunal Federal de que Lula deve ir para a prisão. O caso dele tramita pelo sistema”, disse. “Esperamos que o caso siga o devido processo legal”, insistiu.
Neste momento, milhares de pessoas estão no entorno do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo (SP), manifestando apoio ao presidente Lula.


Presidente Lula decidiu que não vai se apresentar à Polícia Federal

Lula passa a noite no Sindicato dos Metalúrgico

Lula acenou para manifestantes que fizeram um ato do lado de fora do prédio do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC
Lula acenou para manifestantes que fizeram um ato do lado de fora do prédio do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC - 
São Paulo - O presidente Lula ainda permanece na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo (SP), para onde se dirigiu no início da noite desta quinta-feira, logo após o anúncio da expedição do mandado de sua prisão pelo juiz Sérgio Moro. O presidente foi orientado por aliados a não se entregar à Polícia Federal em Curitiba, como determinou o magistrado, e aguardar em São Bernardo do Campo, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos, cercado de apoiadores, o cumprimento da ordem de prisão.
A ideia não é resistir à prisão, mas tentar garantir uma imagem positiva, do ponto de vista político, do momento em que Lula será detido. Segundo um petista, a questão é "semiótica". Lula e PT querem adotar o discurso de que ele é um preso político.
Um segundo grupo, minoritário, defendia a ida do ex-presidente a Curitiba para não passar a impressão de que estaria afrontando a Justiça. Questionado sobre isso pelo jornalista Kennedy Alencar, da rádio CBN, antes da decisão de Moro, Lula disse que consultaria seus advogados.Lula cumprimentou o público pela janela do sindicato na noite de quinta-feira. Ele está recebendo o apoio de políticos e público na sede do sindicato, que ficou aberta durante a madrugada, segundo a assessoria da entidade.
Dilma se pronuncia
Um dos discursos feitos em cima de um carro de som estacionado em frente do sindicato foi o da presidenta Dilma Rousseff. Ela disse que o pedido de prisão expedido pelo juiz federal Sérgio Moro contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva “faz parte do golpe” que começou com seu impeachment.
“O Lula é inocente. Está sendo vítima de uma das mais graves ações contra uma pessoa. Nossa Constituição é clara. Não se pode prender sem ter esgotado todos os recursos. O presidente tinha direito de recorrer”, disse.
Ela acrescentou que “isso faz parte do golpe. O golpe que começou quando me tiraram da presidência da República sem nenhum crime que eu tivesse cometido".
E ainda disse mais. “O que nós assistimos hoje é a rapidez com que decidiram privar o maior presidente desse país do direito mais sagrado da Constituição brasileira que é a liberdade”.
A presidenta Dilma atribuiu o pedido de prisão a uma “perseguição política” a Lula e chamou o povo a resistir diante do contexto político atual.
Simpatizantes de Lula fazem vigília em frente à sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC - Marcelo Chello / AFP
“Vocês que estão aqui são capazes de resistir. Nós não somos um bando de pessoas que entende a linguagem das pedras e dos tiros. Esse não é o Brasil que queremos. Vamos continuar resistindo com coragem”, disse.
Em seguida, o público começou a gritar “Lula guerreiro do povo brasileiro”.
Vaia do público
Depois de Dilma, discursaram também em apoio a Lula o senador Lindbergh Farias; o deputado Ivan Valente (PSOL); o presidente estadual do PT de São Paulo, Luiz Marinho; a presidente da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) Maria Izabel Noronha.
O público vaiou quando o juiz federal Sérgio Moro foi citado e comemorou durante as falas de resistência sobre o presidente Lula.
Em apoio ao ex-presidente, também estão no sindicato a deputada Luiza Erundina, a senadora Gleisi Hoffmann e o coordenador do MTST, Guilherme Boulos, pré-candidato à Presidência pelo Psol.
A pré-candidata à Presidência pelo PCdoB, Manuela D'Avila, também esteve no sindicato para prestar solidariedade a Lula.
Com informações da Agência Brasil e Estadão Conteúdo

Moro terá de buscar Lula no Sindicato dos Metalúrgicos


 
O juiz Sérgio Moro, se quiser efetividade em seu mandado de prisão, terá de ir buscar o ex-presidente Lula no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo. O petista se recusou a entregar-se ante a violência da ordem do magistrado.
A desobediência civil acerca da violência contra Lula é necessária e tem previsão legal nos termos do Art. 1º e do § 2º, Art. 5º da Constituição Federal de 1988.
“Não é Lula que está resistindo, é o operariado que resiste a uma prisão ilegal. Não se prende a esperança do povo. A decisão de Moro é reflexo da ditadura de uma corporação”, discursou o senador Roberto Requião (MDB-PR) na manhã desta sexta (6).
Requião disse que viajará agora pela manhã para solidarizar-se com Lula, em São Bernardo do Campo. O emedebista também acha fundamental a resistência à prisão ilegal.

Unir, resistir e lutar, esta é a consigna




Ricardo Stuckert

TODOS AO SINDICATO DOS METALÚRGICOS 

A prisão de Lula é uma arbitrariedade típica de um país sob regime de exceção, onde o Estado democrático de direito já não tem existência sequer formal, pois a Constituição é violada pelas próprias instituições encarregadas de zelar pela estrita aplicação dos seus dispositivos.
Por todos os ângulos que se analise o episódio, trata-se de uma ação atrabiliária, repressiva e odiosa pela qual são responsáveis – independentemente das cínicas declarações que alguns próceres do governo e do parlamento possam fazer diante do fato consumado – os personagens envolvidos no golpe de Estado de 17 de abril e 31 de agosto de 2016. Todos, sem exceção.
Todos, e aqui não há espaço para citar nome, sobrenome e endereço de cada um dos que estiveram implicados na trama que levou à derrubada da presidenta legítima Dilma Rousseff, incluindo os que votaram – todos, sem exceção – nas vergonhosas sessões da Câmara e do Senado a favor do impeachment da presidenta.
Todos os que deram e dão sustentação no parlamento e fora dele ao regime golpista presidido pelo traidor-mor da nação, o inquilino do Jaburu. Entre estes, surgem agora os que posam de dissidentes, e se demarcam do aliado por razões eleitoreiras e interesses inconfessáveis.
A prisão do presidente Lula por um juizeco de primeira instância, após veredito de uma maioria de juizes com mentalidade de meganhas e torquemadas e não de ministros da Corte Suprema de uma República democrática, é a expressão mais concentrada do retrocesso político por que passa o país depois de haver vivido um ciclo virtuoso de ampliação da democracia, do exercício de direitos sociais e da soberania nacional. Sob o regime golpista, o país vive agora o drama da instauração de um regime violador da Constituição e do aniquilamento da democracia, conquistada a duras penas em 1985, após a superação da ditadura militar.
Quem conhece a história do Brasil e não se ilude com a patranha de que somos o país das mudanças graduais, dos acordos democráticos patrocinados pelos setores mais lúcidos das elites, das inclinações pacifistas das Forças Armadas, da formação liberal das instituições jurídicas e políticas, enoja-se, encoleriza-se, reage, mas não se surpreende. Isto é recorrente na história do Brasil. Uma vez mais, as classes dominantes retrógradas, herdeiras dos escravagistas, declaram guerra ao povo, valendo-se do poder econômico, do respaldo externo proveniente do imperialismo, dos setores mais reacionários das forças armadas, da mídia sob seu controle e dos estamentos policiais e judiciários. Impõem sua ditadura, por diferentes caminhos e variadas formas.
Uma vez mais o Brasil é lançado ao abismo e se vê diante de uma encruzilhada histórica. Um transe na vida nacional, hoje marcada não só pela mutilação da vida democrática mas pela tragédia da fome, do desemprego, da miséria, da deterioração dos serviços públicos, da corrosão dos direitos, da sujeição aos potentados internacionais imperialistas.
Está em curso uma brutal ofensiva política, ideológica, judicial, midiática e policialesca que visa a cercar e aniquilar as forças de esquerda. Faz parte deste processo a modelagem de um novo regime político, a ser monopolizado pelas forças reacionárias, mal chamadas de "centro" e "centro-direita".
As forças progressistas, a começar pela esquerda consequente, não podem assistir passivamente ao desenrolar deste transe, encenando a "defesa da política" e da luta por farrapos de direitos tendo por argumento boutades e por tribuna mal ajambradas redes sociais.
A luta política e social ingressa objetivamente em nova fase, eleva-se, independentemente da vontade dos seus protagonistas, a mais alto patamar, o que impõe a elaboração de novas estratégias, táticas, métodos e formas de combate.
Pode ser ainda um fenômeno imperceptível – num quadro de correlação de forças extremamente desfavorável – mas objetivamente acumulam-se os fatores conducentes a uma revolução democrática, o que implica como dever da esquerda consequente a disponibilidade para mobilizar amplas massas do povo, unir amplas forças suscetíveis de serem unidas. A meta imediata é derrubar o regime golpista para abrir uma nova página na história nacional em que floresçam a democracia e os direitos do povo.
As leis do desenvolvimento histórico são inexoráveis, apesar da violência das classes dominantes e da pusilanimidade dos que têm medo de enfrentá-las.
As classes dominantes preparam uma fraude e uma farsa para que as eleições de 2018, se forem realizadas, tenham apenas um resultado possível – a vitória de seus partidos e de seu candidato.
A única via para deter esta ofensiva é a unidade das forças que desde 1989 têm marchado com Lula e com ele governaram o país no período de 2003 a 2016.
Unir, resistir e lutar, esta é a consigna.

URGENTE:O presidente Lula não se entregará em Curitiba


 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta (6) que não se entregará ao juiz Sérgio Moro, em Curitiba. A decisão do petista já era patente desde ontem à noite quando ele foi ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, onde pernoitou.
Durante ato contra a violência da prisão de Lula, o senador Humberto Costa (PT-PE) desafiou o juiz Sérgio Moro a ir buscar o ex-presidente da República na sede do Sindicato dos Metalúrgicos.
Moro determinou no mandado de prisão que Lula se apresente hoje, até as 17 horas, na carceragem da Polícia Federal de Curitiba.
Além de entrincheirar-se no Sindicato, Lula ainda impetrou novo pedido de habeas corpus no STJ contra a decisão de Moro.

Marco Aurélio Mello pode barrar prisão de Lula a qualquer momento.



 

O ministro Marco Aurélio Mello do Supremo Tribunal Federal (STF) pode barrar a prisão de Lula ainda hoje. Ele deve levar ao plenário da corte na próxima quarta-feira (11) uma ação do Partido Ecológico Nacional (PEN) sobre o tema, mas nada impede que ele conceda uma liminar antes.
A ação do PEN pretende rever a decisão do STF que autoriza a prisão após o fim dos recursos na segunda instância. Assim, seria derrubado o resultado do julgamento que negou habeas corpus para evitar a prisão do presidente.
“Eu tenho que ver. O tribunal está reunido, quarta-feira tem sessão, a tendência é trazer. Se eu entender que há uma urgência maior, não se podendo aguardar, a tendência é trazer ao colegiado”, disse Marco Aurélio.
Com informações da Agência Brasil.

Lula impetra novo habeas corpus no STJ


 

A defesa do ex-presidente Lula impetrou na manhã desta sexta (6) um novo habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ). O processo foi distribuído eletronicamente ao relator da lava jato na Corte, o ministro Felix Fischer, da 5ª Turma
O objetivo é afastar mandado de prisão expedido ontem (5) pelo juiz Sérgio Moro, que exige a apresentação do ex-presidente hoje na carceragem da Polícia Federal de Curitiba.
Os advogados do presidente alegam que ainda há recursos no âmbito da segunda instância, portanto, a prisão é violenta, ilegal, ansiosa e parcial.

Brazil’s Democracy Pushed Into the Abyss



Image
Former President Luiz Inacio Lula da Silva of Brazil at an event this month in Rio de Janeiro.By Mark 
WASHINGTON — The rule of law and the independence of the judiciary are fragile achievements in many countries — and susceptible to sharp reversals.
Brazil, the last country in the Western world to abolish slavery, is a fairly young democracy, having emerged from dictatorship just three decades ago. In the past two years, what could have been a historic advancement — the Workers’ Party government granted autonomy to the judiciary to investigate and prosecute official corruption — has turned into its opposite. As a result, Brazil’s democracy is now weaker than it has been since military rule ended.
This week, that democracy may be further eroded as a three-judge appellate court decides whether the most popular political figure in the country, former President Luiz Inácio Lula da Silva of the Workers’ Party, will be barred from competing in the 2018 presidential election, or even jailed.
There is not much pretense that the court will be impartial. The presiding judge of the appellate panel has already praised the trial judge’s decision to convict Mr. da Silva for corruption as “technically irreproachable,” and the judge’s chief of staff posted on her Facebook page a petition calling for Mr. da Silva’s imprisonment.


The trial judge, Sérgio Moro, has demonstrated his own partisanship on numerous occasions. He had to apologize to the Supreme Court in 2016 for releasing wiretapped conversations between Mr. da Silva and President Dilma Rousseff, his lawyer, and his wife and children. Judge Moro arranged a spectacle for the press in which the police showed up at Mr. da Silva’s home and took him away for questioning — even though Mr. da Silva had said he would report voluntarily for questioning.
The evidence against Mr. da Silva is far below the standards that would be taken seriously in, for example, the United States’ judicial system.
He is accused of having accepted a bribe from a big construction company, called OAS, which was prosecuted in Brazil’s “Carwash” corruption scheme. That multibillion-dollar scandal involved companies paying large bribes to officials of the state-owned oil company, Petrobras, to obtain contracts at grossly inflated prices.
The bribe alleged to have been received by Mr. da Silva is an apartment owned by OAS. But there is no documentary evidence that either Mr. da Silva or his wife ever received title to, rented or even stayed in the apartment, nor that they tried to accept this gift.
The evidence against Mr. da Silva is based on the testimony of one convicted OAS executive, José Aldemário Pinheiro Filho, who had his prison sentence reduced in exchange for turning state’s evidence. According to reporting by the prominent Brazilian newspaper Folha de São Paulo, Mr. Pinheiro was blocked from plea bargaining when he originally told the same story as Mr. da Silva about the apartment. He also spent about six months in pretrial detention. (This evidence is discussed in the 238-page sentencing document.)

But this scanty evidence was enough for Judge Moro. In something that Americans might consider to be a kangaroo court proceeding, he sentenced Mr. da Silva to nine and a half years in prison.
The rule of law in Brazil had already been dealt a devastating blow in 2016 when Mr. da Silva’s successor, Ms. Rousseff, who was elected in 2010 and re-elected in 2014, was impeached and removed from office. Most of the world (and possibly most of Brazil) may believe that she was impeached for corruption. In fact, she was accused of an accounting maneuver that temporarily made the federal budget deficit look smaller than it otherwise would appear. It was something that other presidents and governors had done without consequences. And the government’s own federal prosecutor concluded that it was not a crime.
While there were officials involved in corruption from parties across the political spectrum, including the Workers’ Party, there were no charges of corruption against Ms. Rousseff in the impeachment proceedings.
Mr. da Silva remains the front-runner in the October election because of his and the party’s success in reversing a long economic decline. From 1980 to 2003, the Brazilian economy barely grew at all, about 0.2 percent annually per capita. Mr. da Silva took office in 2003, and Ms. Rousseff in 2011. By 2014, poverty had been reduced by 55 percent and extreme poverty by 65 percent. The real minimum wage increased by 76 percent, real wages overall had risen 35 percent, unemployment hit record lows, and Brazil’s infamous inequality had finally fallen.
But in 2014, a deep recession began, and the Brazilian right was able to take advantage of the downturn to stage what many Brazilians consider a parliamentary coup.
If Mr. da Silva is barred from the presidential election, the result could have very little legitimacy, as in the Honduran election in November that was widely seen as stolen. A poll last year found that 42.7 percent of Brazilians believed that Mr. da Silva was being persecuted by the news media and the judiciary. A noncredible election could be politically destabilizing.
Perhaps most important, Brazil will have reconstituted itself as a much more limited form of electoral democracy, in which a politicized judiciary can exclude a popular political leader from running for office. That would be a calamity for Brazilians, the region and the world.