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8.11.2018

A indústria do medo


por Luiz Carlos Famadas Jr.* 
Diante do risco da síndrome de Regina Duarte, o remédio é ativar o espírito crítico e não aceitar a manipulação da mídia e das redes sociais

A indústria do medo
Ai, que medo, que será de nós após a vitória do Lula..



“Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro. A real tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz”, afirmou Platão.
Quando uma famosa atriz brasileira, no distante ano de 2002, disse em rede nacional de tevê que sentia medo de Lula e do PT como justificativa para votar em José Serra, mal percebia que utilizava um tipo de marketing pouco criativo.
Na verdade, o que havia de diferente naquela declaração era a forma crua e transparente como o medo foi utilizado. Normalmente isso ocorre no cotidiano sem que muitos percebamos.
O medo, na maioria das vezes, é uma reação de nossa mente muito importante para a nossa defesa. É ele que nos faz olhar para ambos os lados antes de atravessar uma rua. É ele que, aliado às experiências negativas e à correta informação, não permite que se caia no mesmo golpe pela enésima vez.
Quando não é fruto de algum transtorno psicológico, o medo pode ser até mesmo saudável. Mas se não estiver cercado da informação correta e imparcial, pode surtir efeito contrário, possibilitando-se, inclusive, seu uso como arma de controle.
No fim dos anos 1930, quando Orson Welles provocou pânico na população dos EUA ao narrar pelas ondas do rádio uma invasão alienígena fictícia, o mundo ainda não tinha a real dimensão do estrago que a imputação do medo poderia causar.
Quando utilizado de forma maliciosa por indivíduos ou meios de comunicação, pode nos levar a tomar atitudes equivocadas em nome de uma suposta segurança, muitas vezes desnecessária. Um ótimo exemplo foi uma campanha numa pequena cidade dos EUA nos anos 1960 que alertava a população sobre os riscos do uso de escadas rolantes. Justamente no momento que naquela cidade uma loja de departamentos era aberta e sua principal atração consistia em... uma escada rolante.
A nova loja impactaria o comércio local com quedas nas vendas. O dono do jornal e da rádio da cidade era, não por acaso, dono de parte dos estabelecimentos comerciais prejudicados com a chegada do novo empreendimento.
 Mais recentemente, ainda no primeiro mandato de Dilma Rousseff, o Brasil assistiu ao bombardeio de seu governo, patrocinado pela velha mídia encabeçada pela Globo. Consistia em alertas nos telejornais diários sobre uma crise que iria se abater sobre o País muito em breve.
Naquela ocasião, o Brasil ainda vivia um bom momento econômico. É certo que um índice ou outro poderiam mostrar pequenas variações em nossa economia, mas nada que não pudesse ser ajustado. E seria.
É também certo que a Globo não tinha o poder de premonição. A tática da velha mídia naquele momento era criar na população e no empresariado aquilo que poderíamos chamar de “mentalidade de crise”.
De fato, quem planejavam viajar ou adquirir bens, principalmente com pagamento a prazo, desistiu. Empresários demitiam com medo dos tempos sombrios preconizados pela mídia. Todas essas mudanças de hábito também eram fartamente noticiadas pela mesma mídia. Isso criava um efeito dominó.
Basta ligarmos a tevê ou o rádio, principalmente durante os telejornais, para constatarmos a intensidade das informações negativas. Violência, doenças, acidentes de trânsito, entre outras desgraças, desestimulam a locomoção, principalmente nas grandes cidades.
Isso aumenta bastante o número de cidadãos reclusos em suas casas, sem contar com a disparada no número de casos de crises de pânico e depressivas. População trancada em casa, não sai às ruas para protestar contra um governo. Muitos dirão que essas tragédias noticiadas realmente acontecem e que a mídia não cria esses fatos. Mas o que se discute é o foco nesse tipo de notícia.
Por analogia, podemos ter em casa fotografias de momentos agradáveis e de momentos trágicos, mas escolhemos para expor em nossos porta-retratos apenas as fotos que nos trazem boas lembranças.
Por essa razão, podemos concluir que o fim desse ciclo vicioso está em nossas mãos. Ao escolher a forma correta de acesso às informações daremos um primeiro passo. Para isso, a internet é um campo farto de fontes de notícias. Também é importante desenvolver nosso poder de análise e não aceitar qualquer lixo.
Boa parte do medo espalhado vem de fontes não confiáveis, as famosas fake news. A mídia dominante tenta nos convencer de que as notícias falsas são exclusividade das redes sociais, para com isso trazer de volta o público que bebia de sua fonte.
Na verdade, as mentiras compartilhadas por parentes e amigos podem ser desmentidas quase imediatamente, ao contrário daquelas destacadas nas primeiras páginas dos jornais e desmentidas (quando desmentidas) em uma notinha interna. Assim, apoiada no medo como arma, a classe dominante oprime, desde que o mundo é mundo

GLOBO ABRE TEMPORADA DE CAÇA A HADDAD E DILMA

Dia do Basta começa com paralisações e atos em todo o país

MANIFESTAÇÃO
Contra o desemprego e retrocessos do governo Temer, trabalhadores atrasam turnos e param atividades pela manhã. Movimento é organizado pelas centrais sindicais e frentes populares
por Redação RBA
GIBRAN MENDES/CUT
Dia do Basta
Trabalhadores da Repar e empresas terceirizadas realizaram manifestação na manhã desta sexta-feira (10)
São Paulo – O "Dia do Basta", organizado em todo o país pelas centrais sindicais e as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo nesta sexta-feira (10), começou com paralisações, atrasos de turnos, atos em portas de fábricas e locais de grande circulação.
Alé de dizer "basta" à retirada de direitos, os trabalhadores protestam contra o aumento nos preços do gás de cozinha e combustíveis. Logo no início da manhã, as refinarias da Petrobras foram palcos de manifestações por parte dos petroleiros e petroquímicos.
Petroleiros da Refinaria Presidente Getúlio Varga (Repar), em Araucária-PR, realizaram ato na entrada das instalações. Já na Refinaria de Paulínia (Replan, os trabalhadores estão concentrados desde as 6h em frente à empresa. 
Em Macaé-RJ, a base da Petrobras de Imbetiba ficará fechada o dia todo contra as privatizações da maior estatal brasileiroa. Na região metropolitana do Rio, trabalhadores da Refinaria Duque de Caxias (Reduc) estão em concentração permanente.
ROBERTO PARIZOTTI/CUTDia do Basta Mercedes
Trabalhadores da Mercedes Benz, em São Bernardo, em concentração para o dia de protestos
Os metalúrgicos do ABC iniciaram as mobilizações às 5h, com uma assembleia no pátio da Mercedes-Benz. Os trabalhadores  das fábricas da região participam também do ato unificado, em frente a sede da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), na Avenida Paulista, com outras categorias profissionais como bancários, servidores públicos, químicos, petroleiros e eletricitários.
No interior do estado e na Grande São Paulo, os trabalhadores dos transportes, ligados a sindicatos filiados à Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística (CNTTL), iniciaram paralisação das atividades da zero hora até às 8h da manhã.
Há paralisação das atividades na Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), em Salvador, desde às 5h. No ABC Paulista, os químicos da empresa Sanko, em Diadema, e Lazzuril, em São Bernardo do Campo, atrasaram na entrada do turno da manhã.
Os protestos também são contra o alto desemprego, as privatizações feitas pelo governo Temer e também pela liberdade do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva.

Confira imagens da mobilização no país:

Outros estados

No Ceará, trabalhadores iniciaram uma caminhada pelas ruas do centro de Fortaleza, com cerca de cinco mil manifestantes. Também foram registrados atos, caminhadas e paralisações em Madalena, Juazeiro do Norte, Limoeiro do Norte e Quixadá.
Na Bahia, o Dia Nacional do Basta começou às 5h com assembleias e conversas com os trabalhadores sobre a luta contra os retrocessos. Os manifestantes param para conversar com os trabalhadores.
"Vamos dar um abraço nesses locais de trabalho, alertar os trabalhadores e trabalhadoras sobre a importância de todos aderirem à luta que estamos encampando para melhorar as condições de trabalho, construir políticas de geração de emprego e renda, melhorando as suas vidas e aquecendo a economia do País", disse Cedro Silva, presidente da CUT Bahia.
Em Pernambucopetroleiros fizeram uma manifestação em frente à Refinaria Abreu e Lima, na cidade de Ipojuca. Algumas rodovias foram trancadas por movimentos populares pelo estado.
Já em Recife, os servidores decidiram parar as atividades e fecharam agências do INSS. Em São Bento do Una, estão totalmente parados os servidores da educação. Em Natal-RN, motoristas e cobradores pararam as atividades por duas horas. 
O Rio Grande do Sul também participa do Dia do Basta. Três mil pessoas participam dos atos em Porto Alegre, de acordo com a CUT. Algumas agências bancárias do centro da cidade ficaram fechadas até às 11h da manhã.
Desde as 7h os trabalhadores se concentravam em frente ao prédio da Federação do Comércio (Fecomércio), no centro da cidade, onde realizaram um ato em defesa dos direitos trabalhistas. Após isso, os manifestantes se dirigiram até a sede o Palácio Piratininga, sede do governo do estado, e, depois, caminharam para Tribunal Regional do Trabalho (TRT4), encerrando o ato.
No Paraná, agências bancárias amanheceram paralisadas em Curitiba, Londrina, Cornélio Procópio, Apucarana, Arapoti, Umuarama, Guarapuava, Toledo, Campo Mourão e Paranavaí. Na capital paranaense, trabalhadores também realizaram manifestação em frente à Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep).
O interior de São Paulo também teve mobilização dos trabalhadores. Os eletricitários da base do Sindicato dos Energéticos (Sinergia-CUT) realizaram assembleias e atrasos de turno em Campinas, Bragança Paulista, Tatuí, São João da Boa Vista, São Carlos, na Cesp de Porto Primavera, Presidente Epitácio, Presidente Prudente e São José do Rio Pardo.
No Pará, mais de três mil pessoas, entre bancários, professores, trabalhadores rurais, dos Correios e estudantes, realizaram um ato público em frente ao Banco da Amazônia.
Brasília teve ato organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores da Limpeza Urbana (Sindlurb), em frente à antiga sede da Sistema de Limpeza Urbana (SLU), pela manhã. Outros sindicatos organizaram suas categorias para panfletagem em locais distintos do DF. Dentre eles, os servidores públicos federais (Sindsep-DF), comerciários (Sindcom) e os professores (Sinpro).
Já o Sindicato dos Bancários de Brasília organizou sua base para fechando agências bancárias até às 12h. Os eletricitários, organizados pelo Sindicato dos Urbanitários (STIU-DF) realizaram assembleias na sede da Eletronorte, Furnas e no Operador do Sistema Elétrico (ONS).
Já no Mato Grosso do Sul, cerca de 90% das escolas estaduais e municipais ficaram fechadas nesta sexta. Junto com outras categorias profissionais, os educadores fizeram uma passeata pelas ruas de Campo Grande para dizer basta de desemprego. Educadores também foram às ruas no Maranhão. Eles concentraram em frente a Universidade Federal do Maranhão (UFMA) para dialogar com a população.
Santa Catarina também esteve mobilizada. Nos municípios de Jaraguá do Sul e Guaramirim, os atos começaram às 7h com panfletagens e assembleias nos locais de trabalho. Em São Bento do Sul, as ações contaram com a participação de 1400 trabalhadores.
A capital Florianópolis teve atividades desde cedo, na Praça XV, com o fechamento das agências bancárias, que ficaram paradas das 8h30 às 12h. 
Em Vitória-ES, uma carretada percorreu as ruas da capital durante a manhã. Os portuários também aderiram às mobilizações e realizaram assembleias, panfletagens e diálogo com a população.
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Já no Mato Grosso do Sul, cerca de 90% das escolas estaduais e municipais ficaram fechadas
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Na Bahia, o Dia Nacional do Basta começou às 5h com assembleias


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No Ceará, trabalhadores iniciaram uma caminhada pelas ruas do centro de Fortaleza
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Já em Recife, os servidores decidiram parar as atividades e fecharam agências do INSS
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Três mil pessoas participam dos atos em Porto Alegre, de acordo com a CUT

8.10.2018

09 de agosto

Parabéns a Tia JANDYRA que se estivesse viva estaria fazendo 92 anos

Propostas de Bolsonaro parecem redação de ensino fundamental

O jornalista e escritor Marcelo Rubens Paiva comentou sobre a participação do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) no debate da Band; “Como são ingênuas as propostas do Bolsonaro… Combater a violência armando a população, a contra mulheres com castração, o problema da educação com disciplina e escolas militares. Parece redação de ensino fundamental 1”

247 – O jornalista e escritor Marcelo Rubens Paiva criticou o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), ao comentar a participação do deputado federal no debate da Band, que aconteceu na noite desta quinta-feira (9).
“Como são ingênuas as propostas do Bolsonaro… Combater a violência armando a população, a contra mulheres com castração, o problema da educação com disciplina e escolas militares. Parece redação de ensino fundamental 1”, escreveu Paiva em sua conta no Twitter.
O escritor aproveitou para dizer que a presidenciável Marina Silva (Rede) fugiu do aborto. “Diz que é assunto complexo e que proporá plebiscito. Não disse a real: ela é contra”, acrescentou.


Paiva também continuou suas críticas aos presidenciáveis. “Meirelles fala que todo candidato está desinformado. Arrogante…”, disse.
“‘Aqui tem 50 tons de Temer. Até quem está propondo o novo, estava ano passado aprovando tudo do Temer’, Boulos. O melhor comentário da noite”, afirmou o escritor.
Será que o candidato sabe o que é "Ensino Fundamental"

Debate de Lula na internet viralizou: primeiros números indicam audiência de mais de um milhão

A estratégia da coligação PT-PC do B de confrontar a censura do Judiciário e da Band e a hegemonia das mídias conservadoras e realizar um debate com Lula, Haddad e Manuela nas redes foi um sucesso inesperado. Mais de um milhão de pessoas já havia assistido o debate às 10h30 da manhã desta sexta (10). Apenas na página oficial de Lula no Faceboook, eram 830 mil visualizações; na página da TV 247 no YouTube, no mesmo horário, já havia mais de 75 mil visualizações. No mesmo horário, havia 2,2 milhões de visualizações do debate da Band na página da emissora no YouTube. A audiência do debate na TV aberta chegou a 5,9 pontos, ao redor de 3 milhões de pessoas na Grande São Paulo.