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12.07.2018

'O Brasil ficou louco', diz o fotógrafo Sebastião Salgado

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Wikicommons
Após o impeachment da ex-presidente
  
Dilma Rousseff, 'começamos a perde 
o controle do país', afirma Salgado
“Não há um retorno da ditadura”
Sebastião Salgado não enxerga a eleição de Bolsonaro como um retorno à ditadura. “Longe disso. O Brasil tem todas as instituições de um país democrata. Tudo o que ele pensa poder fazer no país necessita da aprovação do Congresso, onde ele não tem a maioria, e precisará fazer uma série de concessões. Falar é uma coisa, fazer é outra”, afirma.
Em relação à proposta da criação de um Ministério do Meio Ambiente e da Agricultura, que pode ser abandonada, o fotógrafo acredita que é uma prova de que Bolsonaro terá que voltar atrás de suas decisões. “Isso mostra a pressão que existe nos negócios internos. O Brasil se tornou o maior produtor agrícola do mundo e exporta carne, soja, café”, destaca. “O agrobusiness é enorme e depende do mercado externo. Acabar com o Ministério do meio-ambiente e destruir uma parte da Amazônia traz efeitos para a economia, haverá um movimento planetário de boicote”, lembra.
Sebastião Salgado, que está à frente de uma ONG que milita pelo reflorestamento, não acredita que a eleição de Bolsonaro terá um efeito negativo em seu trabalho. “Esse movimento é independente do governo, plantaremos 150 milhões de árvores e não precisamos de dinheiro público”, sublinha. “O grande problema ecológico de Bolsonaro é a Amazônia, porque ele prometeu uma abertura da Amazônia ao agrobusinness. Mas eu me pergunto se o agrobusinness precisa da Amazônia. Eles têm as terras mais férteis do mundo”, diz.
Segundo Salgado, as próprias Forças Armadas defendem a Amazônia e criaram a Funai. “As Forças Armadas são a principal instituição presente na Amazônia, e eu conheço um certo número de jovens generais que são contra a abertura da Amazônia”, afirma.







FOLHA MANDA PRIMEIRO AVISO DE GUERRA A BOLSONARO

Damares e a masturbação dos bebês de sete meses

    

Valter Campanato/Agência Brasil


12.06.2018

Lula chama militância para tomar as ruas no dia 10


Ricardo Stuckert
247 - O Comitê Nacional Lula Livre, junto aos movimentos da Frente Brasil Popular, que conta com mais de 80 organizações, inicia na próxima segunda-feira 10, Dia Mundial dos Direitos Humanos, a Jornada Nacional Lula Livre, com ações em vários lugares do país; um grande ato já está convocado para a sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, às 18h. A conta do próprio ex-presidente no Twitter fez a convocação: "Anote na agenda: dia 10 é dia de tomar as ruas pela liberdade de Lula!"

Haverá ainda atos de solidariedade realizados por movimentos sociais em todo o País, dialogando com a sociedade sobre a injustiça cometida contra o ex-presidente, preso há mais de oito meses na sede da Polícia Federal, em Curitiba. Serão atos públicos, panfletagens, lançamentos de comitês e outras ações para aumentar o alerta nacional e internacionalmente sobre a prisão injusta de Lula e exigir sua liberdade.
Entre os dias 10 e 11, acontece também a primeira Conferência Internacional em Defesa da Democracia, organizada pela Fundação Perseu Abramo em parceria com o Comitê Internacional Lula Livre e a Secretaria de Relações Internacionais do PT.
A Conferência que será realizada em São Paulo traz nomes das principais organizações de esquerda de Espanha, Uruguai, Portugal e do Parlamento Europeu. A intenção é reunir importantes atores para discutir e elaborar sobre a luta pela democracia e a resistência a retrocessos nas políticas públicas, inclusão social e política externa, bem como sobre a criminalização dos movimentos populares.

O papel da indústria farmacêutica na segurança dos medicamentos


A Farmacovigilância é a ciência e conjunto de atividades relacionados com a detecção, avaliação, compreensão e prevenção de efeitos indesejáveis (ou reações adversas) ou qualquer outro problema de segurança relacionado a medicamentos, visando melhorar a segurança dos fármacos, em defesa da Saúde Pública.
No Brasil o sistema de farmacovigilância estabelecido pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), compreende a indústria farmacêutica que tem como obrigatório o departamento de SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor), compreende ainda os Hospitais Sentinelas, as Farmácias Notificadoras e a própria Vigilância Sanitária.
Na indústria, o principal ator no sistema de Farmacovigilância – SAC - é responsável por capturar dados relevantes sobre a segurança do medicamento disponibilizado no mercado. Além de ser fundamental para a correta orientação dos pacientes sobre características e uso de medicamentos, o SAC, quando bem estruturado, pode ser um poderoso canal para notificações de suspeitas de reações adversas associadas ao uso dos medicamentos. São informações que podem contribuir para ampliar segurança dos pacientes, evitar problema para as empresas, reduzir custos e até mesmo alertar para novas possibilidades terapêuticas dos medicamentos.
A importância do farmacêutico no sistema de farmacovigilância
Dentro desse contexto, o farmacêutico tem uma importância fundamental no monitoramento dos relatos de eventos adversos recebidos por intermédio do SAC. A presença deste profissional nos SACs das indústrias possibilita eficiência nesse canal de comunicação com o paciente, utilizando uma linguagem adequada para orientá-los, possibilitando melhor adesão ao tratamento, cuidados com higiene, alimentação e realização de exames clínicos e laboratoriais periódicos.
A participação do farmacêutico no SAC representa um importante diferencial competitivo para a companhia que o emprega, baseado na inteligência e na qualidade do relacionamento com pacientes, parceiros comerciais e sociedade. “Esse diferencial de atendimento por um farmacêutico é reconhecido pelos pacientes, quase sempre leigos em assuntos farmacológicos”. “As atividades desenvolvidas pelas áreas de SAC devem estar diretamente ligadas à percepção dos benefícios que podem ter a partir da comunicação mais intensa e direta com seus consumidores”.
Os conhecimentos sobre farmacocinética, farmacodinâmica e interações medicamentosas, que constituem a base da formação universitária do farmacêutico, são fundamentais para orientar o paciente sobre a importância do uso conforme prescrito pelo médico, respeitando-se a posologia e a duração prevista do tratamento. “No que diz respeito à avaliação da interação com outros medicamentos ou alimentos, o farmacêutico sabe onde encontrar tais informações ou o momento de encaminhar os relatos recebidos ao departamento médico e para a área de farmacovigilância”.

Capacitação técnica
Farmacêuticos que atuam em SACs devem conhecer profundamente os produtos fabricados pela empresa para que possam, além de fornecer informações corretas aos pacientes, identificar novos riscos potenciais. “São profissionais que poderão atuar posteriormente em outras áreas, como marketing, produção ou mesmo farmacovigilância, e, portanto, também devem conhecer a legislação vigente”, afirma a dra. Rosana Mastelaro.
Dra. Eloísa acrescenta que o profissional deve investir em aprendizado contínuo para proporcionar ao paciente um atendimento cada vez mais personalizado. “Além do conhecimento técnico sobre medicamentos, exames, tratamentos, procedimentos e cuidados terapêuticos, outros treinamentos sobre legislação, assistência farmacêutica, perfil psicológico do paciente e aprimoramento da comunicação são necessários para que o farmacêutico esteja capacitado para atuar no SAC”, avalia Mastelaro.         

A RDC 04/2009 estabelece que as indústrias farmacêuticas, além da necessidade de indicarem um responsável pelo gerenciamento do Sistema de Farmacovigilância, devem estruturar uma comissão interna responsável pela coleta dos dados, apuração e avaliação das prováveis causas das reações, efeitos e eventos adversos, bem como pela realização de auto inspeção, gerenciamento e disponibilização de informações relativas à Farmacovigilância, dentre outras.
De acordo com o manual de Boas Práticas de Farmacovigilância, lançado pelo Sindusfarma em 2010, um bom serviço de gestão da segurança de medicamentos e de farmacovigilância é um requisito imprescindível para a detecção precoce dos riscos associados a medicamentos e para a prevenção de reações adversas aos mesmos.
O escopo maior de um programa dessa natureza é o da monitoração de medicamentos no comércio. O foco dessa atividade concentra-se na identificação de efeitos nocivos ainda não conhecidos, principalmente dos novos medicamentos, os quais são designados por RAMs – Reação Adversa a Medicamentos. Segundo a Organização Mundial da Saúde, as RAMs são definidas como “qualquer resposta a um fármaco que é nociva, não intencional e que ocorre nas doses usadas em seres humanos para profilaxia, diagnóstico ou terapia”. Atualmente, a notificação espontânea de suspeita de reações adversas a medicamentos é a principal fonte de informação em farmacovigilância.
Como a Farmacovigilância possui processos extremamente dinâmicos, é necessário que todas as comunicações de possíveis reações/eventos adversos sejam devidamente encaminhadas a um órgão central de avaliação.
O manual prevê que a área de tecnologia da informação é responsável pela garantia da manutenção do arquivo de banco de dados dos relatos. É imprescindível que esse sistema esteja validado para assegurar a veracidade dos dados inseridos e notificados. Após a notificação preliminar ter sido encaminhada à Farmacovigilância, o elemento responsável estabelecerá contato com o profissional informante para obtenção de mais informações a respeito do ocorrido. Será iniciada uma análise detalhada e precisa dos relatos, estabelecendo uma possível relação causal relatada anteriormente.
Uma vez feita essa análise, a Farmacovigilância informará sobre o ocorrido para os setores internos relacionados (diretoria, força de vendas, garantia de qualidade) e externamente à sua matriz, no caso de empresa internacional, ao médico e/ou hospital relator e aos órgãos reguladores.
Para os produtos isentos de prescrição o procedimento é o mesmo, apenas existe a alteração da figura do informante que, na maioria das vezes, serão consumidores.
No caso de desvios de qualidade, o procedimento também é o mesmo, sendo necessária, eventualmente, a obtenção de uma embalagem ou amostra do produto em questão para submetê-lo a testes de controle de qualidade pelo Departamento competente. Cabe ao Departamento de Assuntos Regulatórios o encaminhamento das informações às autoridades competentes e o cumprimento do prazo estabelecido na legislação.
Os problemas da farmacovigilância no Brasil e na América Latina
Em geral, os sistemas de farmacovigilância são imperfeitos. Na América Latina e no Caribe, a farmacovigilância ainda é fraca, pois sofre as mesmas deficiências que ocorrem nos países desenvolvidos: subnotificação, notificação redundante de efeitos adversos já conhecidos, conflitos de interesses devidos aos vínculos entre os prescritores e dispensadores e a indústria farmacêutica, e falta de motivação dos profissionais de saúde para realizar a notificação de eventos adversos. Porém, a estas deficiências, somam-se outras: os sistemas de saúde não são equitativos e são pouco solidários; grande parcela da população não tem acesso ao sistema de saúde nem à assistência médica; há pouca interação direta entre os pacientes e os profissionais da saúde, o que fomenta o uso de plantas medicinais que fogem aos procedimentos de fabricação e controle industrial. Também existem no mercado várias combinações em doses irracionais, sem eficácia demonstrada, assim como medicamentos usados para indicações não aprovadas, sem contar problemas ainda maiores, como a aquisição de certos medicamentos (tais como os antibióticos) sem receita médica e a venda de medicamentos pela Internet. 
O que se percebe é que a Farmacovigilância ainda é um processo muito complexo e que demanda conhecimentos aprofundados. O setor industrial se preocupa com esta demanda e tenta aperfeiçoar canais de comunicação mais eficientes. No site da Anvisa, órgão competente que fiscaliza e regulamenta o setor industrial farmacêutico, o profissional ou cidadão comum leva muito tempo para preencher todo o formulário online. A tecnologia é uma ferramenta precisa para estreitar e agilizar este processo de comunicação, porém, no site da Anvisa, o processo de notificação não é hábil, é complexo e confuso. Outro fator que não contribui é que o navegador exigido pelo site é internet explorer, arcaico, lento e não abre em tablets e smartphones. Diante desse cenário fica a pergunta: O sistema de farmacovilância no Brasil, funciona efetivamente ou existe somente no papel?

A consciência da qualidade ( Antonio Celso Brandão)




A Qualidade é percebida como função que viabiliza e define o sistema continuado das ações de melhoria da qualidade. Este sistema faz parte de um processo contínuo de verificação e correção de produtos e processos, tem uma função estratégica na organização.



A gestão da qualidade deve estar adaptada à realidade e missão de cada empresa, não deve ser um pacote fechado, que bloqueie a criatividade. O fator humano é a base de sustentação da empresa para a implantação e a continuidade da gestão da qualidade. No mundo competitivo de hoje, não sobrará espaço para aqueles que não se prepararem para atingir níveis de eficiência e qualidade. A globalização se colocou de forma inexorável no mercado, passando a determinar o seu comportamento e fazer parte do novo cenário mundial, desenvolvendo altos níveis de competitividade, obrigando as economias a reverem suas estratégias operacionais. Neste novo cenário as regras mais importantes podem ser definidas da seguinte forma: quem não tiver eficiência e qualidade, será banido do mercado.



O Brasil como as demais economias do mundo, encontra-se exposto no cenário competitivo internacional e, portanto, precisa investir no conhecimento tecnológico e no treinamento dos seus recursos humanos. Um dos caminhos para se atingir a eficiência é a Gestão da Qualidade Total, através do qual a empresa terá condições de aumentar sua produtividade, possibilitando o alcance da competitividade e assegurando a sua sobrevivência.



O desenvolvimento da Qualidade deve ser iniciado através do treinamento contínuo dos funcionários, visando uma mudança de comportamento e atitudes em relação aos métodos de trabalho. A Qualidade Total, segundo Alex Damazio, é basicamente, o princípio e a própria ação para a mudança de comportamento e de atitudes em relação aos métodos de trabalho. Os princípios que regem a filosofia da Qualidade Total se baseiam nos princípios da satisfação dos clientes, gerência participativa, desenvolvimento dos recursos humanos, constância de propósitos, melhoria contínua, gerência de processos, delegação de poderes, gerência de informação e comunicação, garantia da qualidade e busca da perfeição. Estes princípios deverão ser observados e adaptados à realidade de cada empresa em ações diárias, sejam elas estratégicas ou operacionais.



Os maiores obstáculos à implantação da Gestão da Qualidade são os paradigmas definidos como um modelo de normas e regras de comportamento que criam barreiras às mudanças por insegurança e conservadorismo, principalmente dos funcionários mais acomodados, que não entendem os avanços como um benefício às suas tarefas. Embora todos reconheçam que as mudanças são necessárias, há uma crença generalizada de que a implantação da filosofia da qualidade provoque mudanças no paradigma. Na maioria das empresas, principalmente naquelas que tem seus objetivos voltados para fins sociais, revela-se com freqüência pouca atenção atribuída à pessoa humana, cujo o desempenho, comprometimento e esforços são essenciais tanto para a qualidade dos produtos quanto para os serviços prestados.



A ausência de recompensas sociais ou salariais contribui para que os funcionários se sintam desmotivados a dar o melhor de si todos os dias. Os resultados deste equilíbrio, entre desempenho e reconhecimento tem levado a uma constante insatisfação e reclamação por parte dos funcionários. Por outro lado, a insatisfação, levando a um baixo desempenho tem reflexo no usuário, que necessita de um excelente atendimento por parte dos serviços.

O treinamento dado a estes funcionários, na maioria das vezes, é de caráter teórico, uma vez que as condições físicas e materiais contrastam com o objetivo das metas que se deseja alcançar. Culpar os servidores por não desempenharem bem suas funções ou por não proporcionarem um serviço eficiente e rápido aos usuários contribui para criar uma imagem distorcida destas pessoas, denegrindo a imagem da coisa pública.



Há que se pensar que, sendo o ser humano fator fundamental para a implementação da Gestão da Qualidade Total, fica cada vez mais distante atingir este degrau. A falta de um treinamento objetivo e o distanciamento físico dos órgãos encarregados desses treinamentos, a falta de um sistema de avaliação do grau de satisfação dos clientes e a não participação da alta administração muitas vezes levam a um desperdício de tempo e recursos.



Por outro lado, as pessoas treinadas não saem capacitadas a serem multiplicadoras eficientes e líderes nos treinamentos dos subordinados. Sendo estes os responsáveis pela prestação direta dos serviços aos clientes acabam penalizados pela má qualidade dos serviços.



A ênfase numa administração mais política tem levado alguns serviços a um distanciamento entre o padrão de qualidade desejável e o efetivamente realizado. Precisamos despertar a consciência dos dirigentes de empresas públicas e privadas para a compreensão de que sendo o capital humano o fator básico da empresa, é, necessário investir no aporte de conhecimentos, cujos resultados não são apenas de ordem financeira, mas principalmente de eficiência e de qualidade. A implantação da qualidade surge da consciência do trabalhador para o trabalho em equipe, com ênfase ao trabalho participativo e cooperativo. Deve-se iniciar pela análise de problemas e a busca de solução para então se dar início ao trabalho.



Uma das premissas básicas da Gestão da Qualidade é a valorização do ser humano: desenvolver o potencial das pessoas e atender dentro do possível as necessidades deve ser meta das empresas que desejam trabalhar com qualidade.



Uma das grandes dificuldades encontradas nas empresas reside no fato de os seus dirigentes serem, de uma forma geral, despreparados para as funções que exijam a Qualidade Total, como meta a ser alcançada. Uma outra reside na excessiva preocupação em apresentar gráficos e relatórios que demonstrem haver ultrapassado metas de gestões anteriores, reduzindo a qualidade a um plano secundário.