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3.20.2021

Bolsonaro não acerta uma...

 

Toque de recolher questionado por Bolsonaro no STF: entenda os motivos

Fux procura Bolsonaro após presidente da República relacionar decretos de governadores a estado de sítio

Presidente não abre mão do tratamento precoce e declara guerra contra isolamento social

Garcia: Para muitas pessoas é fácil ficar em casa, para outras é impossível - Liberdade de Opinião

CNN Brasil

O Partido Militar

 

Sábado, 20 de março de 2021

Ele está no poder e não pretende sair.

Quero tratar mais sobre essa tema no futuro, aqui nas nossas conversas por e-mail, mas é importante que todos vocês saibam: o Partido Militar, que está exercendo seu poder no Brasil, não pretende largar o osso. Com o desenrolar do fio mórbido da pandemia, fica cada vez mais nítido que as Forças Armadas entraram com tudo na aventura bolsonarista e que relutam em sair dela. Os generais viram em Bolsonaro, claro, um para-raio de votos. Ele tem o carisma eleitoral que nenhum general teria – quantos votos faria Mourão? Mas não viram (e não veem) no capitão fracassado a liderança para os rumos do país. Quem apita, hoje, são os generais que o circundam. É preciso lembrar de algumas coisas.

A gestão assassina da crise humanitária em que nos metemos foi feita por um general da ativa. A eventual responsabilidade, inclusive criminal, pelas centenas de milhares de brasileiros mortos precisa ser direcionada aos homens do Exército brasileiro, não a Bolsonaro isoladamente. Ou alguém acredita que Eduardo Pazuello decidiu, sozinho, assumir o Ministério da Saúde? Ele precisou de autorização oficial do Comando, que libera seus homens como “órgão movimentador”, como é chamado tecnicamente. 

Ao autorizar que um militar da ativa exerça função “fora da Força” – esse é o jargão –, o chefe de Pazuello deve se ater ao regulamento que estabelece os  “princípios e normas gerais para a movimentação de oficiais e praças da ativa do Exército”. O documento R-50, que normatiza essas movimentações, diz que essa decisão precisa considerar “a predominância do interesse do serviço sobre o individual”. Não é Pazuello o gestor da pandemia, é o Exército, representado por ele.  

Eu ainda não vi ninguém perguntar ao comandante Edson Leal Pujol coisas como: “Qual o interesse do Exército em ter milhares de militares da ativa exercendo cargos políticos no governo Bolsonaro?”; “O senhor acha que é benéfico pra instituição a percepção popular de identificação das Forças Armadas com a política do governo?”; “O senhor se manifestou diretamente ao presidente Jair Bolsonaro, que é de sua turma, sobre a presença massiva de militares no Executivo? Em que sentido: positivo ou negativo?”.

Não se enganem, o Partido Militar está ativo e em campanha de reeleição. Com Bolsonaro? Talvez não. Outros nomes estão na mesa, entre eles o de Sergio Moro. Dias atrás, Mourão foi escalado para fazer o papel de afastar as FFAA da gestão assassina da pandemia. Ele disse: "o ministro é um executor das decisões do presidente da República."

Mourão não estava falando de Queiroga, o novo ministro da Saúde com nome de personagem de alguma crônica do Luis Fernando Verissimo. Mourão está pouco se lixando para ele. O general estava falando de Pazuello, tentando tirar das Forças Armadas a responsabilidade pela pilha de mortos. Havia uma expectativa de que, naturalmente, a covid fosse ser dissipada durante a gestão Pazuello. Os méritos, claro, iriam para a "eficiência das Forças Armadas". Como estamos, hoje, nadando em um mar de quase 300 mil brasileiros sepultados, os generais estão tentando bater em retirada. Em retirada do capitão, não do poder.

Na semana passada, a revista piauí publicou uma reportagem na qual afirma, com fontes em off, que dois meses antes da eleição presidencial de 2018, o então comandante do Exército Villas Bôas ouviu de Dias Toffoli, que presidia o STF, “garantias” de que o Supremo manteria Lula preso e longe das urnas. O texto foi lido por estudiosos do tema com os quais eu conversei como um release dos militares, um recado explícito de que a interferência eleitoral por parte dos fardados não vai parar. Uma fonte militar me disse:

“Para o público interno (a base eleitoral e militante do Exército) a reportagem é um press release no estilo ‘fiquem tranquilos, estamos no controle’. Para o STF, o recado é: não só estamos no controle como também sabemos muito… sobre os senhores ministros! Para o eleitor de esquerda/centro-esquerda em geral: ‘Procurem uma frente eleitoral sem o PT e sem Lula’. Para o eleitor fiel do PT: ‘Desistam de Lula’”.

Dias depois da reportagem da revista, o general Carlos Alberto Santos Cruz apareceu no Estadão defendendo uma candidatura de centro, longe de Lula ou Bolsonaro, e elogiando a Lava Jato. Santos Cruz foi ministro da Secretaria de Governo e se afastou de Bolsonaro depois que deixou o governo e representa, hoje, o papel de “militar moderado” que mostra para a população a imagem de um Exército que flutua acima das polarizações mundanas nossas aqui de baixo. Nós já entendemos, general.

Leandro Demori
Editor Executivo

3.16.2021

Recorde de mortes por Covid19 Notícias

Novo recorde: Brasil registra 2.841 mortes por coronavírus em 24 horas

Band

Com 2.798 mortes por Covid-19, Brasil bate novo recorde em 24h; SP, RS, SC, PR e MS tiveram seu pior dia na pandemia

Não é possível preservar o futebol diante do número de mortes por covid-19 | Trajano

UOL Esporte
Itamaraty, comandado por Ernesto Araújo, foi um dos órgãos que questionou reportagem da BBC. Agora, OCDE reafirma que medida contra o Brasil é inédita

3.15.2021

“Moro só conseguiu colocar o Brasil de joelhos porque teve apoio da mídia”, diz Rafael Valim.

Resultado de imagem para Moro
Rafael Valim, professor de Direito Administrativo e Direito Público da PUC/SP, jurista e editor da Editora Contracorrente, condenou em entrevista à TV 247 o papel dos grandes veículos de comunicação na Operação Lava Jato. “A gente não teria a Lava Jato sem esse conluio entre sistema de Justiça e mídia. Isso é evidente. Se o ex-juiz Sergio Moro não tivesse a Rede Globo, nada disso teria acontecido. Não só ele, como o procurador Dallagnol, que hoje também é uma coisa explícita, nós conhecemos até a forma como eles tramaram isso, como se conheceram, tudo isso já é algo público e notório”, avaliou.
Valim explica que o papel principal da mídia foi enfraquecer o ex-presidente Lula, maior alvo da Operação: “Então, o papel da mídia é decisivo no enfraquecimento daquele que é considerado o inimigo. Porque muita gente me pergunta: ‘Valim, um juiz federal, de 1.ª instância, de Curitiba, consegue colocar o país de joelhos?’. É uma pergunta procedente, como pode acontecer isso. Só com o apoio decisivo de um grande veículo de comunicação. E no caso, eram raros os jornalistas que se opunham à Lava Jato. Então, não foi só um veículo de comunicação, foi a maioria da chamada grande mídia. É um problema gravíssimo que se coloca, e me parece, que nós vamos ter que fazer uma profunda reforma, e até o ministro Gilmar [Mendes, do STF] colocou isso, do sistema de Justiça brasileiro, se quisermos superar esse estado de coisas”.
O jornalista Cesar Calejon, que também participou do programa, lembrou da recente coluna de Miriam Leitão, que defendeu Lula, ‘mas desde que ele não mexa na política de preços da Petrobras’, e perguntou ao jurista como o alinhamento da grande mídia se desenha para as eleições de 2022. “Em termos políticos é muito difícil, não sou analista político, cientista político, nada disso. Mas me parece que vai ser muito difícil repetir essa fórmula. É claro que os meios de comunicação agora já estão fazendo, tomando suas providências para tentar enquadrar o agora candidato Lula. Eles já começam a emitir esses sinais para tentar enquadrar o Lula ao seu projeto, que é no final o projeto das elites. Mas vai ser difícil repetir a fórmula, me parece”, completou. Brasil 247.

3.14.2021

Coronavírus: 4 coisas que ainda não sabemos após um ano de pandemia


Sinal de interrogação em fundo que retrata vírus SARS-Cov-2
Legenda da foto,

Apesar da força-tarefa em escala global da comunidade científica, algumas perguntas seguem sem resposta

Em pouco mais de um ano de pandemia, houve mais de 2,65 milhões de mortes e 119 milhões de infectados.

Quando o primeiro caso foi detectado na China em dezembro de 2019, os efeitos do vírus Sars-Cov-2 — o novo coronavírus — eram desconhecidos por pacientes, médicos, cientistas e governos.

Mas, desde então, a ciência reuniu um volume enormes evidências sobre o novo coronavírus e descobriu como ele é transmitido e se reproduz no corpo e a maneira mais eficaz de nos prevenir e tratar quem fica doente.

Por exemplo, agora se sabe que o uso de máscara é essencial para impedir a transmissão, e que até o momento não existem tratamentos para a covid-19 e que essa doença não afeta e mata apenas idosos.

Mas, um ano depois que a pandemia foi declarada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em 11 de março, algumas das coisas que sabíamos no início sobre esse vírus mudaram. A doença que ele causa e o próprio Sars-CoV-2 continuam a evoluir. E há outras coisas que ainda são desconhecidas sobre o novo coronavírus e a covid-19.

1. Os efeitos a longo prazo da doença

Uma pergunta que os cientistas continuam a se fazer é por que o Sars-CoV-2 produz sintomas leves de curto prazo, uma doença respiratória aguda ou possivelmente nenhum sintoma na maioria das pessoas infectadas.

Mas, em algumas pessoas, causa sintomas duradouros, a chamada covid-19 "prolongada" ou "de longa duração". Os sintomas incluem falta de ar, fadiga prolongada, dor de cabeça e dor nas articulações e perda de olfato e paladar.

Crianças na escola
Legenda da foto,

Ainda não se sabe qual será o impacto social da pandemia do coronavírus

Um estudo conduzido pela Universidade King's College, no Reino Unido, estima que uma em cada 20 pessoas fica doente por pelo menos oito semanas.

Os cientistas estão tentando entender quais pacientes podem ser afetados pela covid-19 prolongada e quanto tempo o impacto do vírus pode durar. Outra questão ainda sem resposta sobre os efeitos de longo prazo do vírus é qual será seu impacto epigenético. Ou seja, seus efeitos serão transmitidos de geração em geração?

Além disso, os pesquisadores estão estudando o impacto social e econômico que essa pandemia terá.

2. Como o vírus vai evoluir

Cada vez que o coronavírus é transmitido, ele faz pequenas alterações em seu código genético, e os cientistas estão começando a identificar padrões na forma como o vírus sofre mutação.

SARS-CoV-2
Legenda da foto,

Muito foi descoberto sobre o novo coronavírus Sars-Cov-2, mas ainda há coisas que permanecem desconhecidas

Esses sinais de adaptação do vírus não são totalmente surpreendentes. O uso de tratamentos e vacinas faz com que a maioria dos vírus e bactérias causadores de doenças desenvolvam maneiras de escapar deles e continuar a se espalhar.

Aqueles que desenvolvem resistência a um tratamento ou podem "driblar" o sistema imunológico sobreviverão mais para se replicar e disseminar seu material genético.

A questão das mutações do coronavírus, um ano após o início da pandemia, agora está se tornando muito importante. Isso porque novas variantes do Sars-CoV-2, capazes de se espalhar mais rapidamente, como a observada em Manaus, no Amazonas, estão surgindo, o que nos leva a questionar se isso tornará as vacinas recentemente aprovadas menos eficazes.

Até o momento, há poucas evidências de que sim, mas os cientistas já estão investigando como o vírus sofrerá mutações no futuro e se poderiam evitá-las.

Algumas farmacêuticas já estão atualizando suas vacinas para combater versões mutantes do Sars-CoV-2. Mas, com os padrões de mutações que os cientistas estão vendo aparecer no coronavírus em todo o mundo, temos alguma pista de como ele continuará a evoluir?

Os pesquisadores estão observando de perto para ter uma ideia de sua evolução futura. E esperam que isso possa ser útil para o desenvolvimento de futuras vacinas.

Ilustração retrata coronavírus
Legenda da foto,

Mutações no coronavírus se tornaram problema muito importante um ano após a pandemia

3. Qual pode ser a origem da próxima pandemia

A pandemia covid-19 pegou grande parte do mundo de surpresa. Mas nem todos. Durante anos, epidemiologistas e outros cientistas alertaram que deveríamos estar preparados para uma pandemia.

A maioria das doenças que preocupa os especialistas tem origem em animais. Na verdade, 75% das doenças emergentes são zoonóticas. O novo coronavírus, que se acredita ter se originado em animais — uma das suspeitas recai sobre os pangolins — vendidos em mercados na China, não parece ser diferente.

Nosso efeito sobre o clima, invasão de habitats de vida selvagem e viagens globais ajudaram a espalhar doenças transmitidas por animais. Isso, combinado com a urbanização, a superlotação e o comércio global, criou um cenário ideal para a ocorrência de mais pandemias.

Agora, um ano após a pandemia do coronavírus, os cientistas estão investigando outras doenças que podem causar a próxima. E eles estão de olho em ameaças que vão desde camelos que transmitem a Síndrome Respiratória do Oriente Médio na África até morcegos que espalham o vírus nipah na Ásia.

Wuhan, China
Legenda da foto,

Emissões de poluentes foram drasticamente reduzidas no início da pandemia

4. Qual é o impacto ambiental da pandemia

A poluição e as emissões de gases de efeito estufa caíram em todos os continentes enquanto os países tentavam conter a disseminação do novo coronavírus e impunham lockdowns globais. Mas aumentaram rapidamente no restante do ano. Em média, as emissões de CO2 caíram pouco mais de 6% em 2020.

Ainda não se sabe qual será o impacto final da crise covid-19 nas emissões poluentes. Mas, quando a pandemia finalmente diminuir, retornaremos aos mesmos níveis de dióxido de carbono e emissões de poluentes de antes? Ou as mudanças que vemos hoje podem ter um efeito mais persistente?

Os especialistas acreditam que as mudanças que fizemos durante a pandemia podem levar a hábitos duradouros. Durante o surto de coronavírus, vimos como a redução de viagens e transportes trouxe benefícios para o clima e como o desperdício de alimentos foi reduzido devido ao medo de escassez durante os lockdowns.

Existe a possibilidade de que a pandemia tenha um impacto mais duradouro no meio ambiente, e os ambientalistas se perguntam se a forma como respondemos à crise da covid-19 poderia servir de modelo para reagir às mudanças climáticas