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7.17.2021

“O projeto de poder dos militares sobrevive sem Bolsonaro”, diz Altman


Jornalista avalia que as ameaças das Forças Armadas contra a CPI, que vem revelando o papel de militares na corrupção no Ministério da Saúde, fazem parte da noção de que elas detêm um “poder tutelar” sobre o Estado brasileiro e que, nessa lógica, Bolsonaro não é uma peça central.

  

247 - O jornalista Breno Altman, editor do site Opera Mundi, analisou as recentes movimentações das Forças Armadas, que vêm elevando o tom das ameaças antidemocráticas em meio às revelações de que militares estavam envolvidos no esquema de propinas no Ministério da Saúde.

Diante da acusação, feita pelo presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), e corroborada pelo dossiê do ex-servidor e operador de propinas Roberto Dias, o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, chamou o parlamentar de “leviano e irresponsável”. O tenente-brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Junior foi além e, numa entrevista, disse que as Forças Armadas têm “base legal” para agir contra o Congresso.

À TV 247, Altman destacou que as declarações fazem parte de uma noção dos militares de que eles têm o direito de exercer o “poder tutelar” sobre o Estado brasileiro. A lógica se estende à relação com Jair Bolsonaro, que não é visto como um personagem vital para as Forças Armadas.

“O Bolsonaro sem os militares não existe, mas os militares sem Bolsonaro existem. Os militares e as Forças Armadas têm projeto próprio de poder. Eles cavalgaram no Bolsonaro a partir de 2014/2015 e se deram conta que o Bolsonaro era a via institucional para eles voltarem ao comando do Estado. E eles foram construindo ao redor do Bolsonaro, com ele e apesar de suas contradições, esse caminho. Ou seja, eles estão exercendo na lógica do alto comando um direito que eles consideram legítimo. Não sei de onde eles extraíram essa legitimidade, do direito de exercer o poder moderador no Estado brasileiro, o poder tutelar”, disse o jornalista. 

“Nesta lógica de que eles são o poder moderador, eles não podem ser atacados, investigados, criticados. E qualquer investigação de qualquer crime cometido por altos oficiais generais é um ataque às Forças Armadas, e elas respondem atacando o Estado, quem os atacou. Então, há de se compreender a reação das Forças Armadas [aos escândalos de corrupção] desta forma. É uma reação de uma instituição que se autorreverencia e se autorreferencia num poder moderador que elas próprias foram construindo ao longo da história”, completou.

Noam Chomsky denuncia EUA pela ascensão de Bolsonaro no Brasil


Chomsky, Bolsonaro, Trump

Rede Brasil Atual - O filósofo e linguista Noam Chomsky, em entrevista ao site Truthout, publicada nesta sexta (16), fala do cenário brasileiro, em especial do governo de Jair Bolsonaro. Chomsky compara o presidente brasileiro ao ex-mandatário estadunidense Donald Trump, embora ressalte que, em muitos aspectos, a imitação é pior do que o original.

Ao abordar as condições que ajudaram a levar Bolsonaro ao poder no Brasil, Chomsky destaca que, com a queda dos preços das commodities alguns anos após a saída de Lula da presidência, “a direita brasileira – com incentivo, senão apoio direto dos EUA – viu a oportunidade de retomar o país em suas mãos e reverter os programas de bem-estar e inclusão que eles desprezaram”.

“Eles começaram a elaborar um sistemático ‘golpe suave’. Um passo foi o impeachment da sucessora de Lula, Dilma Rousseff, em procedimentos totalmente corruptos e fraudulentos. O seguinte foi prender Lula sob acusações de corrupção, impedindo-o de concorrer (e possivelmente vencer) as eleições presidenciais de 2018. Isso preparou o cenário para que Bolsonaro fosse eleito em uma onda de uma incrível campanha de mentiras, calúnias e trapaças que inundaram os sites que a maioria dos brasileiros usa como principal fonte de ‘informação’. Há motivos para suspeitar de uma mão americana significativa”, afirmou Chomsky.

O linguista também destaca que as condenações ao ex-presidente Lula foram derrubadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). E, claro, cita o papel desempenhado pelo então juiz Sergio Moro, evidenciado pelo escândalo da Vaza Jato.

“Moro praticamente desapareceu de vista com o colapso de sua imagem como o intrépido cavaleiro branco que salvaria o Brasil da corrupção. Enquanto isso, não por coincidência, destruía grandes empresas brasileiras que eram concorrentes de corporações americanas (que não são exatamente famosas por sua pureza)”, pontua.

7.15.2021

Médicos teriam retirado 1 kg de conteúdo fecal de Bolsonaro por meio de sonda no nariz

 

Procedimento foi feito no Hospital das Forças Armadas, por meio de sonda nasogástrica. Bolsonaro foi diagnosticado com uma obstrução intestinal e transferido para São Paulo, onde pode passar por cirurgia de emergência

(Foto: Divulgação | @jairbolsonaro)
 

247 - Horas após dar entrada no Hospital das Forças Armadas (HFA) de Brasília, na manhã desta quarta-feira (14), apresentando soluços persistentes, Jair Bolsonaro foi submetido a um procedimento com sonda nasogástrica em que foram retirados cerca de 1kg de conteúdo fecal. A informação foi divulgada pelo jornalista Renato Rovai, da Revista Fórum.

A suspeita é que uma hérnia no intestino, que havia sido detectada, tenha provocado o quadro atual. O acúmulo de material fecal no intestino pode provocar sintomas como desconforto, dor, cólicas e soluços, sinais que Bolsonaro já vem apresentando há mais de uma semana.

Jair Bolsonaro enfrenta um quadro de obstrução intestinal e foi transferido de Brasília para São Paulo para que os médicos façam novos exames e avaliem a necessidade de uma cirurgia de emergência.

Ele chegou no início da noite ao Hospital Vila Nova Star, na capital paulista, onde atende o cirurgião gástrico Antonio Luiz Macedo, que cuida de Bolsonaro desde a suposta facada na eleição de 2018.

7.14.2021

Noticias sobre a tragédia governo Bolsonaro

 

Bolsonaro tenta manobra para convencer políticos a aprovarem nome do seu indicado ao STF

Repudiado pela opinião pública e isolado politicamente, Bolsonaro tenta manobrar para emplacar no Senado o nome de André Mendonça como ministro do Supremo