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6.09.2023

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6.07.2023

"STF desfez a rede de proteção a Moro em Curitiba", diz Helena Chagas

A jornalista repercutiu decisões do ministro Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli que podem complicar ainda mais a carreira do atual senador e ex-juiz da Lava Jato

Helena Chagas e Sergio Moro
Helena Chagas e Sergio Moro (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | ABr)
 

"STF desfez a rede de proteção a Moro em Curitiba", diz Helena Chagas · Ouvir artigo
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247 - A jornalista Helena Chagas destacou nesta terça-feira (6) que o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) não terá como escapar de uma investigação fora da 13ª Vara Federal de Curitiba (PR). A colunista citou as decisões do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli após o magistrado suspender as ações judiciais contra o empresário Tony Garcia e conceder habeas corpus ao advogado Rodrigo Tacla Duran. "Foi desfeita a rede de proteção do ex-juiz formada pelos amigos de Curitiba", escreveu a jornalista no Twitter. 

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Em entrevista ao programa Boa Noite 247 nesta terça, Tony Garcia defendeu que Moro seja preso de forma preventiva para não atrapalhar investigações sobre o trabalho dele quando era juiz da Operação Lava Jato, que tem os processo de primeira instância julgados na 13ª Vara, na capital paranaense. 

Na última sexta (2), também numa conversa com o 247, Garcia disse que foi instruído por Moro a dar uma entrevista à revista Veja e forjar informações que pudessem comprometer o ex-ministro José Dirceu (PT). Garcia revelou que, a mando de Moro, gravou de forma ilegal o ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) em 2018. Também afirmou que o atual senador transformou "Curitiba na Guantánamo brasileira" e disse que o parlamentar chantageou a rede Walmart.

 advogado Rodrigo Tacla Duran prestou depoimento à Lava Jato em março, quando a 13ª Vara estava sob responsabilidade do juiz Eduardo Appio, críticos à forma como Sergio Moro julgava os processos. Duran implicou o ex-juiz e o ex-procurador Deltan Dallagnol (Podemos-PR) em tentativa de extorsão

As ilegalidades de Moro e Dallagnol ficaram mais evidentes a partir de 2019, quando começaram a ser divulgadas na imprensa as conversas deles dois com procuradores do Ministério Público Federal (MPF-PR). De acordo com os diálogos, o ex-juiz interferia na elaboração das denúncias, que devem ser feitas por promotores, para que, em seguida, o magistrado decida se condena ou absolve a pessoa investigada. 

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Em 2021, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) declararam a suspeição de Moro nos processos contra o atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em 2022, o ex-juiz foi derrotado no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) por fraude em domicílio eleitoral e, por consequência, decidiu ser candidato pelo estado do Paraná. 

Quanto a Deltan Dallagnol, a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados confirmou nesta terça (6) a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que resultou na cassação do mandato do deputado federal, pois, quando resolveu se candidatar ao Legislativo, o ex-procurador tinha processos em análise no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). 

Também neste ano (2023), o STF confirmou a decisão do Superior Tribunal de Justiça, que, no ano passado, determinou a Dallagnol o pagamento de R$ 75 mil a Lula por conta da apresentação do Power Point em 2016, quando o então procurador denunciou o petista sem provas no processo do triplex em Guarujá (SP).