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5.28.2007

QUEBRANDO PARADIGMAS

Qualidade como arma de competitividade é o novo desafio, mas o é igualmente para os indivíduos.
Exige-se que nos adaptemos à nova realidade.
Os seres humanos são, naturalmente avessos a mudanças.
E este é o desafio. Se faz parte da natureza humana a resistência a mudanças, também faz parte da condição de sobrevivência o saber mudar.
E a mudança que se exige não é apenas de comportamento: são mudanças de valores, cultura, convicções, crenças.
Assistimos a uma tal dinâmica revolucionária da tecnologia, e vemos o mundo tão assustadoramente dinâmico, e aí nos damos conta: ou mudamos ou nos tornamos obsoletos.
As estruturas hierárquicas devem ser quebradas.
A empresa assume novos valores, que serão novamente mudados ao sabor da dinâmica do mercado.
As convicções do passado estão obsoletas.
O chefe centralizador deve abrir mão da hierarquia e adaptar-se a uma estrutura baseada em liderança, onde todos devem ter consciência dos valores da empresa, e devem ser capazes de iniciativas.
Estimula-se a criatividade, permite-se errar na busca de novas soluções.
O chefe, agora líder, deve escutar mais do que falar.
Qualidade como arma de competitividade é filosofia global de gestão empresarial. Esta envolve todas as pessoas de todos os departamentos.
É trabalho de equipe, e aquelas pessoas, funcionários ou executivos, que são sisudos e introspectivos precisam aprender a trabalhar em equipe, a valorizar e respeitar a iniciativa e o talento dos demais. Em uma estrutura de chefias, o poder do chefe vem dos níveis hierárquicos superiores. Em uma estrutura de lideranças, este poder vem da base: vem de seus liderados. Como qualquer trabalho de equipe, o Programa da Qualidade é altamente sensível à qualidade das comunicações entre os membros. E aqui está um ponto onde uma reeducação é fundamental.
Nenhum de nós nasce com habilidades especiais de comunicação e relacionamento, e nenhum de nós tem garantias de que nosso treinamento nestas habilidades é adequado (treinamento que começa na infância e segue pela convivência familiar e escolar). Mas quase todos nós nos comportamos muito desleixadamente nas atividades de nos comunicar e relacionar com outras pessoas seja em casa ou na empresa. E, no entanto, a qualidade da comunicação interpessoal e do relacionamento é a base do sucesso de qualquer empreendimento que envolva pessoas. E este é apenas um exemplo da necessidade de reeducação de comportamento.
Muitas pessoas ainda vêem a questão da Qualidade como algo associado apenas ao produto e ao cliente.
Um programa de Qualidade eficaz envolve mais do que técnicas e normas. Quando se fala em implantar uma política de Qualidade, está se falando em modificar comportamento de pessoas e de modificar a cultura da organização - o que é também mudança cultural de seus membros. Por isso, deve haver um programa de reeducação humana. Mudar comportamentos não é fácil .
A campanha é geralmente massificada e impessoal. Busca conquistar a adesão do funcionário à nova diretriz da empresa. Alcança seu objetivo quando os membros da corporação assimilam os objetivos da campanha da Qualidade, e a compreendem como importante. Muitas campanhas educativas limitam-se a esta abordagem. E conseguem membros bem intencionados, mas nem sempre eficazes. A mudança de comportamento e de valores exige campanha educativa mais pessoal, e deve ser implementada inicialmente com os lideres - aqueles lideres naturais, porque estes são multiplicadores de comportamentos; não necessariamente os que são líderes pela força do cargo. Este processo de educação exige mais tempo, mais transparência e honestidade por parte da empresa. A responsabilidade por Qualidade não é somente da empresa. Compete a cada um de seus funcionários implementar seus próprios Programas de Qualidade Humana, para sempre estarem competitivos em relação aos cargos que ocupam dentro da empresa - e ,portanto, competitivos no mercado de trabalho. O desenvolvimento e aprimoramento de habilidades que o mercado está exigindo -línguas, informática, habilidades humanas (que se chama “Inteligência Emocional) torna-se fundamental”.É fundamental que se tenha humildade em aprender de novo, em reciclar conhecimentos. Reveja seu conceito de status. Dexter Yager diz que "uma doença dos diabos acometeu a América: a doença do status. O homem se lança em busca do sucesso e, quando atinge o primeiro degrau, adoece de status". Reveja suas convicções e valores.
.Há três tipos de pessoas, de acordo com sua capacidade de reagir aos fatos:
•Mecânicas: São as pessoas que dizem "eu sou assim e ninguém me muda". Mecânicas porque apresentam comportamento semelhante a um robot. Estas pessoas desconhecem as mudanças do contexto, repetem um único comportamento, apresentam alta probabilidade de erro, e tem incapacidade de se adaptar.
•Re-Ativas : São pessoas que percebem as mudanças, mas apenas reagem, não interagem com o ambiente. São como os animais, que reagem apenas de duas maneiras possíveis a um estímulo. Um cão ou um gato, quando estimulado, reagem de forma positiva ou negativa, de forma dócil ou agressiva. Estas pessoas captam estímulos do contexto (positivos ou negativos), reagem com dois tipos de respostas: adaptam-se ao meio, mas não o mudam, não interagem, não contribuem.
•Pro-Ativas: Sabem captar o estímulo e processá-lo, e em seguida agir de forma mais adequada. São as pessoas que identificam uma mudança, processam as informações, e interagem de forma a obter os melhores resultados, dando a sua contribuição mudando o ambiente. Estas pessoas: captam mudanças no ambiente, podem emitir três ou mais tipos de respostas, de acordo com seu objetivo, tem grande capacidade de adaptação e de mudar o ambiente, ou de contribuir com ele."Quanto mais forte o vento, mais forte a madeira da árvore".

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