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9.30.2007

Brasileiros estão acima do peso e mal alimentados

MAL-ALIMENTADOS, MAS ACIMA DO PESO
26/09 - Maior pesquisa nutricional realizada no país mostra que cardápio de 90% dos brasileiros com mais de 40 anos está comprometido: sobram carboidratos, gorduras e proteínas. Faltam vitaminas e minerais. São Paulo - Apesar das várias opções de verduras, legumes e frutas que o país planta e exporta, o brasileiro se alimenta mal. O tradicional arroz, feijão e carne é, realmente, uma boa opção para suprir as necessidades dos macronutrientes - proteínas, gorduras e carboidratos -, mas o prato predileto nacional não fornece quantidade suficiente de micronutrientes de que o corpo precisa diariamente. No cardápio verde-amarelo, faltam alimentos capazes de suprir as necessidades de vitaminas e minerais essenciais para manter a saúde do corpo e prevenir doenças. De acordo com o estudo Brazos Nutricional - uma extensa pesquisa realizada pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) em parceria com a Faculdade de Saúde da Universidade de São Paulo (USP) e patrocinada pelo laboratório norte-americano Wyeth Consumer Healthcare -, 90% da população brasileira com mais de 40 anos consome cálcio abaixo da quantidade internacionalmente recomendada, ou seja 1.200mg por dia. Em média, aqui a ingestão diária desse nutriente é de 400mg por dia, ou seja, um terço do considerado ideal para o bom desenvolvimento e manutenção óssea e cardiovascular. O levantamento, divulgado ontem em São Paulo, mostra também que, além do cálcio, 99% dos entrevistados também não atingem a ingestão diária de vitaminas D e E, e 80% não consomem magnésio e vitamina C suficientes. Mas não é só isso: faltam vitamina A no prato de 50% dos brasileiros e vitamina K na alimentação de 81%. "Temos uma dieta bem aquém do que é recomendado. A gente sabia que a ingestão de nutrientes era baixa, mas não esperava que fosse tanto como mostrou a pesquisa", comentou o médico Marcelo Pinheiro, coordenador do estudo. DOENÇAS - De acordo com Pinheiro, a falta desses nutrientes é freqüentemente relacionada à diminuição da imunidade, a problemas ligados ao sistema nervoso e cardiovasculares, além de doenças como hipertensão, diabetes e, principalmente, osteoporose.

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