FOTO TIRADA NO CASAMENTO DE CLARICE
As minhas tres lindas filhas ( Ju, Clarice e Carola)
As minhas melhores e mais importantes obras de QUALIDADE que a vida me proporcionou.
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Medicamentos Controlados: Melhor gerenciamento
Medicamentos controlados: Amplo gerenciamento e menos burocracia
Anorexígenos, ansiolíticos, antidepressivos. Por trás destes nomes tão comuns no ambiente de uma farmácia ou drogaria, estão medicamentos que podem trazer tanto a cura de uma doença como a dependência física e psíquica de quem os consome inadequadamente. Por conta disso, são produtos que integram uma categoria específica: a de medicamentos sujeitos a controle especial. Isso significa que, para serem adquiridos, é necessário que o usuário apresente uma receita especial, médica ou odontológica.
A partir deste ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) acompanhará, mais "de perto", o movimento nos balcões das farmácias e drogarias no que se refere à conhecerá, pela primeira vez de forma mais rápida e precisa, quem prescreve e quem consome substâncias controladas no paísAté agora, o controle da venda desse tipo de medicamento nas farmácias e drogarias tem sido feito de forma manual, com a anotação dos dados do paciente e do profissional que prescreveu o produto.
Essas informações ficam arquivadas em livros de registro que são guardados nos estabelecimentos comerciais. Isso dificulta o monitoramento e acesso das autoridades sanitárias aos dados sobre possíveis vendas irregulares. "Acreditamos que, a partir deste inovador sistema, a prescrição das receitas será feita de forma mais criteriosa, estimulando os profissionais a promoverem o uso racional (adequado) de medicamentos e produtos controlados", explica o diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Raposo de Mello.No último sábado (19), Raposo participou, em São Paulo, do I Simpósio do Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados. Promovido pelo Conselho Regional de Farmácia do estado (CRF-SP), em conjunto com a Anvisa, o encontro reuniu cerca de mil farmacêuticos e representantes de farmácias e drogarias de São Paulo para a apresentação do SNGPC. Durante o simpósio, os profissionais do setor conheceram a concepção e os objetivos do sistema, obtiveram orientações para a implementação do programa e puderam esclarecer dúvidas sobre o SNGPC.De acordo com a presidente do CRF-SP, Raquel Rizzi Grecchi, o sistema pode significar um novo passo para a saúde pública do país. "Acreditamos que o SNGPC será uma importante ferramenta para a prevenção de muitos riscos à saúde da população, ocasionados pelo consumo sem critério e abusivo de medicamentos sob venda restrita", avalia a presidente do CRF-SP. A entidade possui cerca de 30 mil profissionais inscritos, o que representa cerca de 30% dos farmacêuticos do país. Como o SNGPC vai funcionar?A primeira etapa do SNGPC será a habilitação das farmácias e drogarias que vendem medicamentos controlados e também dos responsáveis técnicos pela transmissão eletrônica das informações. Em seguida, será feito um levantamento de todos os produtos comercializados nos estabelecimentos. A partir daí, o farmacêutico responsável passará a enviar os dados para a Anvisa. O repasse das informações deverá ser feito, pelo menos, uma vez por semana.O sistema foi elaborado de forma a facilitar, ao máximo, a adaptação ao SNGPC pelas farmácias e drogarias. Segundo a chefe-substituta da Unidade de Produtos Controlados da Anvisa, Cejana Passos, não será padronizado ou fornecido nenhum programa de computador para adesão ao sistema. O SNGPC oferece as diretrizes técnicas para o envio das informações. A partir daí, cada estabelecimento poderá incluir essas regras no próprio sistema de vendas. Atualmente, já existem 95 empresas de informática habilitadas a utilizar o sistema. De acordo com Cejana Passos, para a "alimentação" do SNGPC foi escolhido o padrão XML, uma linguagem de informática aceita internacionalmente para o envio e troca de dados.A primeira fase de implementação do sistema abrange o comércio varejista, mas o objetivo da Anvisa é que toda a cadeia produtiva de medicamentos passe a enviar informações à Agência por meio do SNGPC. Isso permitirá ao Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (vigilâncias municipais e estaduais e a Anvisa) monitorar, com precisão, todo o caminho percorrido pelos produtos, o que restringirá ainda mais o comércio irregular de substâncias controladas.Cadastramento já começouO comércio varejista de medicamentos já iniciou o cadastramento ao SNGPC. As farmácias e drogarias localizadas nas regiões Sul e Sudeste e no Distrito Federal terão seis meses para fazer a adesão, a contar do dia 2 deste mês, quando o sistema começou a vigorar. Na região Nordeste, o prazo para a habilitação é de nove meses e na região Norte, de um ano. No caso das farmácias de manipulação, o período de adequação e adesão ao SNGPC é de seis meses, independentemente da localização geográfica do estabelecimento.Para os profissionais do segmento, a criação deste sistema de gerenciamento "vem no momento certo". Grande parte deles aponta para a necessidade de maior rigor na prescrição e dispensação de medicamentos. Prova disso é que o Brasil vem figurando na lista dos maiores consumidores per capita de medicamentos anorexígenos, ligados à inibição do apetite e que podem levar a problemas psiquiátricos e de dependência.Agilidade e segurança no monitoramentoNa avaliação de farmacêuticos que atuam no comércio varejista, o SNGPC resultará em menos burocracia no gerenciamento de produtos controlados, já que as anotações em papel serão substituídas pelo cadastramento eletrônico dos dados.
Segundo a farmacêutica Aline Lorenzoni, responsável técnica por uma drogaria em Brasília, o profissional terá mais tempo para acompanhar o atendimento nos balcões e orientar os clientes. "Quando trabalhei no Rio Grande do Sul, utilizei um sistema eletrônico para dispensar produtos controlados e isso tornava o trabalho muito mais ágil", lembra Lorenzoni. "A anotação em papel, no livro de registro, demanda um tempo maior", completa.
A farmacêutica acredita que, com um sistema mais rigoroso de gerenciamento de controlados, o farmacêutico terá mais respaldo para uma possível negativa de entrega de um medicamento ou produto. "É comum algumas pessoas chegarem no balcão somente com a 2ª via da receita e tentar convencer o profissional a entregar o medicamento de forma inadequada", conta Aline Lorenzoni. Segundo ela, os medicamentos controlados mais procurados no balcão da drogaria em que trabalha são os antidepressivos, ansiolíticos (indicado para controle da ansiedade) e anticonvulsivantes.Para "alimentar" o SNGPC, o farmacêutico terá uma senha de acesso ao sistema e será o responsável pelo envio dos dados para a Anvisa. Com isso, o profissional certificará, com transparência e segurança, os medicamentos que entraram e saíram da farmácia. Mercado apóia medidaA expectativa é que o SNGPC forneça um "retrato" das inadequações na venda de medicamentos. O próprio setor varejista avalia que o sistema será essencial para aperfeiçoar o comércio nas farmácias e drogarias do país. É o que afirma o presidente da ABC Farma, Pedro Zidoi. "Somos totalmente favoráveis a esse controle porque não podemos continuar permitindo que pessoas inescrupulosas tenham vantagens sobre a saúde do povo", defende. A ABC Farma representa os farmacêuticos proprietários de farmácias e drogarias. De acordo com Zidoi, o setor já esperava a criação de um sistema capaz de identificar os "bons e maus" profissionais. Segundo ele, a ABC Farma já firmou parcerias com a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil para facilitar o crédito financeiro aos estabelecimentos que necessitarem adquirir computador e acesso à internet.Por que o controle? - Os medicamentos sujeitos a controle especial estão listados na Portaria 344/98 do Ministério da Saúde. - O controle especial foi estabelecido porque determinados medicamentos, apesar de extremamente eficazes, podem oferecer riscos elevados à saúde se o consumo não for racional (adequado). - Entre os produtos abrangidos pela Portaria 344 estão os entorpecentes, psicotrópicos, anabolizantes, entre outros. - Estes medicamentos são conhecidos pela tarja preta impressa na embalagem, mas também podem apresentar tarja vermelha e demandarem receita médica em duas vias. - O que as autoridades sanitárias defendem é o equilíbrio entre o acesso de quem precisa utilizar medicamentos controlados e a restrição ao uso abusivo. - É o caso, por exemplo, dos anabolizantes e anorexígenos, muitas vezes procurados por pessoas que buscam um corpo perfeito e ignoram ou não sabem os perigos que o uso inadequado desses produtos pode causar à saúde.
(Fonte: Assessoria de Imprensa da Anvisa, por Carlos Augusto Moura)
Anorexígenos, ansiolíticos, antidepressivos. Por trás destes nomes tão comuns no ambiente de uma farmácia ou drogaria, estão medicamentos que podem trazer tanto a cura de uma doença como a dependência física e psíquica de quem os consome inadequadamente. Por conta disso, são produtos que integram uma categoria específica: a de medicamentos sujeitos a controle especial. Isso significa que, para serem adquiridos, é necessário que o usuário apresente uma receita especial, médica ou odontológica.
A partir deste ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) acompanhará, mais "de perto", o movimento nos balcões das farmácias e drogarias no que se refere à conhecerá, pela primeira vez de forma mais rápida e precisa, quem prescreve e quem consome substâncias controladas no paísAté agora, o controle da venda desse tipo de medicamento nas farmácias e drogarias tem sido feito de forma manual, com a anotação dos dados do paciente e do profissional que prescreveu o produto.
Essas informações ficam arquivadas em livros de registro que são guardados nos estabelecimentos comerciais. Isso dificulta o monitoramento e acesso das autoridades sanitárias aos dados sobre possíveis vendas irregulares. "Acreditamos que, a partir deste inovador sistema, a prescrição das receitas será feita de forma mais criteriosa, estimulando os profissionais a promoverem o uso racional (adequado) de medicamentos e produtos controlados", explica o diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Raposo de Mello.No último sábado (19), Raposo participou, em São Paulo, do I Simpósio do Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados. Promovido pelo Conselho Regional de Farmácia do estado (CRF-SP), em conjunto com a Anvisa, o encontro reuniu cerca de mil farmacêuticos e representantes de farmácias e drogarias de São Paulo para a apresentação do SNGPC. Durante o simpósio, os profissionais do setor conheceram a concepção e os objetivos do sistema, obtiveram orientações para a implementação do programa e puderam esclarecer dúvidas sobre o SNGPC.De acordo com a presidente do CRF-SP, Raquel Rizzi Grecchi, o sistema pode significar um novo passo para a saúde pública do país. "Acreditamos que o SNGPC será uma importante ferramenta para a prevenção de muitos riscos à saúde da população, ocasionados pelo consumo sem critério e abusivo de medicamentos sob venda restrita", avalia a presidente do CRF-SP. A entidade possui cerca de 30 mil profissionais inscritos, o que representa cerca de 30% dos farmacêuticos do país. Como o SNGPC vai funcionar?A primeira etapa do SNGPC será a habilitação das farmácias e drogarias que vendem medicamentos controlados e também dos responsáveis técnicos pela transmissão eletrônica das informações. Em seguida, será feito um levantamento de todos os produtos comercializados nos estabelecimentos. A partir daí, o farmacêutico responsável passará a enviar os dados para a Anvisa. O repasse das informações deverá ser feito, pelo menos, uma vez por semana.O sistema foi elaborado de forma a facilitar, ao máximo, a adaptação ao SNGPC pelas farmácias e drogarias. Segundo a chefe-substituta da Unidade de Produtos Controlados da Anvisa, Cejana Passos, não será padronizado ou fornecido nenhum programa de computador para adesão ao sistema. O SNGPC oferece as diretrizes técnicas para o envio das informações. A partir daí, cada estabelecimento poderá incluir essas regras no próprio sistema de vendas. Atualmente, já existem 95 empresas de informática habilitadas a utilizar o sistema. De acordo com Cejana Passos, para a "alimentação" do SNGPC foi escolhido o padrão XML, uma linguagem de informática aceita internacionalmente para o envio e troca de dados.A primeira fase de implementação do sistema abrange o comércio varejista, mas o objetivo da Anvisa é que toda a cadeia produtiva de medicamentos passe a enviar informações à Agência por meio do SNGPC. Isso permitirá ao Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (vigilâncias municipais e estaduais e a Anvisa) monitorar, com precisão, todo o caminho percorrido pelos produtos, o que restringirá ainda mais o comércio irregular de substâncias controladas.Cadastramento já começouO comércio varejista de medicamentos já iniciou o cadastramento ao SNGPC. As farmácias e drogarias localizadas nas regiões Sul e Sudeste e no Distrito Federal terão seis meses para fazer a adesão, a contar do dia 2 deste mês, quando o sistema começou a vigorar. Na região Nordeste, o prazo para a habilitação é de nove meses e na região Norte, de um ano. No caso das farmácias de manipulação, o período de adequação e adesão ao SNGPC é de seis meses, independentemente da localização geográfica do estabelecimento.Para os profissionais do segmento, a criação deste sistema de gerenciamento "vem no momento certo". Grande parte deles aponta para a necessidade de maior rigor na prescrição e dispensação de medicamentos. Prova disso é que o Brasil vem figurando na lista dos maiores consumidores per capita de medicamentos anorexígenos, ligados à inibição do apetite e que podem levar a problemas psiquiátricos e de dependência.Agilidade e segurança no monitoramentoNa avaliação de farmacêuticos que atuam no comércio varejista, o SNGPC resultará em menos burocracia no gerenciamento de produtos controlados, já que as anotações em papel serão substituídas pelo cadastramento eletrônico dos dados.
Segundo a farmacêutica Aline Lorenzoni, responsável técnica por uma drogaria em Brasília, o profissional terá mais tempo para acompanhar o atendimento nos balcões e orientar os clientes. "Quando trabalhei no Rio Grande do Sul, utilizei um sistema eletrônico para dispensar produtos controlados e isso tornava o trabalho muito mais ágil", lembra Lorenzoni. "A anotação em papel, no livro de registro, demanda um tempo maior", completa.
A farmacêutica acredita que, com um sistema mais rigoroso de gerenciamento de controlados, o farmacêutico terá mais respaldo para uma possível negativa de entrega de um medicamento ou produto. "É comum algumas pessoas chegarem no balcão somente com a 2ª via da receita e tentar convencer o profissional a entregar o medicamento de forma inadequada", conta Aline Lorenzoni. Segundo ela, os medicamentos controlados mais procurados no balcão da drogaria em que trabalha são os antidepressivos, ansiolíticos (indicado para controle da ansiedade) e anticonvulsivantes.Para "alimentar" o SNGPC, o farmacêutico terá uma senha de acesso ao sistema e será o responsável pelo envio dos dados para a Anvisa. Com isso, o profissional certificará, com transparência e segurança, os medicamentos que entraram e saíram da farmácia. Mercado apóia medidaA expectativa é que o SNGPC forneça um "retrato" das inadequações na venda de medicamentos. O próprio setor varejista avalia que o sistema será essencial para aperfeiçoar o comércio nas farmácias e drogarias do país. É o que afirma o presidente da ABC Farma, Pedro Zidoi. "Somos totalmente favoráveis a esse controle porque não podemos continuar permitindo que pessoas inescrupulosas tenham vantagens sobre a saúde do povo", defende. A ABC Farma representa os farmacêuticos proprietários de farmácias e drogarias. De acordo com Zidoi, o setor já esperava a criação de um sistema capaz de identificar os "bons e maus" profissionais. Segundo ele, a ABC Farma já firmou parcerias com a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil para facilitar o crédito financeiro aos estabelecimentos que necessitarem adquirir computador e acesso à internet.Por que o controle? - Os medicamentos sujeitos a controle especial estão listados na Portaria 344/98 do Ministério da Saúde. - O controle especial foi estabelecido porque determinados medicamentos, apesar de extremamente eficazes, podem oferecer riscos elevados à saúde se o consumo não for racional (adequado). - Entre os produtos abrangidos pela Portaria 344 estão os entorpecentes, psicotrópicos, anabolizantes, entre outros. - Estes medicamentos são conhecidos pela tarja preta impressa na embalagem, mas também podem apresentar tarja vermelha e demandarem receita médica em duas vias. - O que as autoridades sanitárias defendem é o equilíbrio entre o acesso de quem precisa utilizar medicamentos controlados e a restrição ao uso abusivo. - É o caso, por exemplo, dos anabolizantes e anorexígenos, muitas vezes procurados por pessoas que buscam um corpo perfeito e ignoram ou não sabem os perigos que o uso inadequado desses produtos pode causar à saúde.
(Fonte: Assessoria de Imprensa da Anvisa, por Carlos Augusto Moura)
A Qualidade não pode privilegiar o menor preço
FARMANGUINHOS LUTA PARA ELEVAR PRODUÇÃO
Barreiras burocráticas dificultam dia-a-dia do laboratório, que é referência no tratamento da aids. Referência do programa DST-Aids, o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos), do complexo Fiocruz, no Rio, produz anualmente 2,5 bilhões de comprimidos. É uma quantidade considerável, que representa uma duplicação da produção nos últimos três anos, mas ainda é metade do que a unidade poderia fabricar. Dificuldades legais e burocráticas fazem com que o potencial da unidade não seja plenamente utilizado. "Poderíamos estar produzindo mais, principalmente anti-hipertensivos, diuréticos e outros medicamentos mais consumidos", lamenta Eduardo Costa, diretor de Farmanguinhos. Médico infectologista, phD pela Universidade de Londres, este gaúcho de 65 anos, funcionário de carreira da Fiocruz, encampou uma verdadeira cruzada contra a burocratização que engessa os laboratórios oficiais. Entre os 18 existentes, Farmanguinhos está entre os maiores. Desde novembro do ano passado, a unidade utiliza um novo modelo de compras para tentar fugir ao engessamento da Lei 8.666, que rege concorrências em órgãos públicos. Em vez de licitar a compra de princípios ativos, a Farmanguinhos passou a fazer contratação de serviços de produção. Princípio ativo, em tradução leiga, seria como conhecemos a base de fabricação de um remédio. Num exemplo simples: o princípio ativo de um antitérmico pode ser dipirona, iboprufeno ou paracetamol. "Com a contratação dos serviços, buscamos superar a dificuldade de não termos registro de princípio ativo, estender por cinco anos os contratos e acompanhar a produção dentro da fábrica, para termos fármacos de acordo com nossas especificações", diz Costa. A qualidade do material obtido em licitações, que têm de privilegiar o menor preço, é um dos principais problemas. Por vezes, o produto tem de ser totalmente reprocessado para adequação ao método de produção, o que ocorre com mais freqüência com importados. Costa comenta que o aumento das importações quase destruiu a farmoquímica brasileira, que viu minguar o parque industrial de 200 para 80 fábricas. "Hoje, 80% dos fármacos são importados, principalmente da China e da Índia", diz. A Farmanguinhos foi incumbida de fabricar o similar do Efavirenz, medicamento importado mais usado no tratamento de aids no Brasil. Este mês, o governo decretou o licenciamento compulsório do remédio, suspendendo a exclusividade da multinacional Merck Sharp & Dohme no fornecimento e aquisição de genéricos do anti-retroviral no País. Agora, Costa está em campanha para mudar a estrutura de Farmanguinhos, transformando-o em empresa. Com isso, poderá se habilitar a buscar financiamento no BNDES, por exemplo, e não ficar apenas amarrado às encomendas do Ministério da Saúde. NÚMEROS - 2,5 bilhões de comprimidos é a produção anual do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos), localizado no Rio de Janeiro; 18 laboratórios são oficiais no Brasil; Farmanguinhos é um dos maiores; 80 fábricas compõem o parque industrial farmoquímico do Brasil. Há alguns anos, eram 200 unidades. - Irany Tereza, RIO - Fonte: Estado de São Paulo
Barreiras burocráticas dificultam dia-a-dia do laboratório, que é referência no tratamento da aids. Referência do programa DST-Aids, o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos), do complexo Fiocruz, no Rio, produz anualmente 2,5 bilhões de comprimidos. É uma quantidade considerável, que representa uma duplicação da produção nos últimos três anos, mas ainda é metade do que a unidade poderia fabricar. Dificuldades legais e burocráticas fazem com que o potencial da unidade não seja plenamente utilizado. "Poderíamos estar produzindo mais, principalmente anti-hipertensivos, diuréticos e outros medicamentos mais consumidos", lamenta Eduardo Costa, diretor de Farmanguinhos. Médico infectologista, phD pela Universidade de Londres, este gaúcho de 65 anos, funcionário de carreira da Fiocruz, encampou uma verdadeira cruzada contra a burocratização que engessa os laboratórios oficiais. Entre os 18 existentes, Farmanguinhos está entre os maiores. Desde novembro do ano passado, a unidade utiliza um novo modelo de compras para tentar fugir ao engessamento da Lei 8.666, que rege concorrências em órgãos públicos. Em vez de licitar a compra de princípios ativos, a Farmanguinhos passou a fazer contratação de serviços de produção. Princípio ativo, em tradução leiga, seria como conhecemos a base de fabricação de um remédio. Num exemplo simples: o princípio ativo de um antitérmico pode ser dipirona, iboprufeno ou paracetamol. "Com a contratação dos serviços, buscamos superar a dificuldade de não termos registro de princípio ativo, estender por cinco anos os contratos e acompanhar a produção dentro da fábrica, para termos fármacos de acordo com nossas especificações", diz Costa. A qualidade do material obtido em licitações, que têm de privilegiar o menor preço, é um dos principais problemas. Por vezes, o produto tem de ser totalmente reprocessado para adequação ao método de produção, o que ocorre com mais freqüência com importados. Costa comenta que o aumento das importações quase destruiu a farmoquímica brasileira, que viu minguar o parque industrial de 200 para 80 fábricas. "Hoje, 80% dos fármacos são importados, principalmente da China e da Índia", diz. A Farmanguinhos foi incumbida de fabricar o similar do Efavirenz, medicamento importado mais usado no tratamento de aids no Brasil. Este mês, o governo decretou o licenciamento compulsório do remédio, suspendendo a exclusividade da multinacional Merck Sharp & Dohme no fornecimento e aquisição de genéricos do anti-retroviral no País. Agora, Costa está em campanha para mudar a estrutura de Farmanguinhos, transformando-o em empresa. Com isso, poderá se habilitar a buscar financiamento no BNDES, por exemplo, e não ficar apenas amarrado às encomendas do Ministério da Saúde. NÚMEROS - 2,5 bilhões de comprimidos é a produção anual do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos), localizado no Rio de Janeiro; 18 laboratórios são oficiais no Brasil; Farmanguinhos é um dos maiores; 80 fábricas compõem o parque industrial farmoquímico do Brasil. Há alguns anos, eram 200 unidades. - Irany Tereza, RIO - Fonte: Estado de São Paulo
Automedicação e interação medicamentosa
Auto Medicação e Interação Medicamentosa
Fazer uso de medicamentos por livre escolha ou vontade, ou simplesmente fazer uso de tal medicamento porque a vizinha ou amigo faz uso, com toda a certeza você pode estar detonando com a sua saúde e o pior misturando alguns medicamentos que não podem ser administrados juntos. Quando isso acontece definimos que ocorreu uma sinergia, que é quando uma medicação acaba potencializando a ação de outra. Em outra situação inversa, uma droga anularia o efeito da outra configurando antagonismo.
A interação medicamentosa em nosso organismo ocorre na maioria das vezes no fígado, onde existe um sistema de enzimas cuja a função é exterminar e eliminar os medicamentos que chegam por lá, desta forma, quando duas medicações são ingeridas em curto espaço de tempo as enzimas do fígado que estão trabalhando para eliminar o primeiro medicamento, provavelmente não vai conseguir eliminar o segundo medicamento que ficará na circulação sanguínea por mais tempo, potencializando sua ação.
Não só medicamentos podem se interagir, mas também alimentos, bebidas, sucos e chás, por exemplo, o medicamento Atenolol utilizado para regular a pressão, quando ingerido com suco de laranja, tem seu efeito e eficácia diminuídos em até 50%. Até os chás podem interagir com medicamentos, por exemplo, chá de camomila interage direto com acido acetilsalícilico (AAS) exacerbando seus efeitos. Sempre na duvida é sempre aconselhável ingerir medicamentos utilizando a água. A seguir relacionamos algumas interações entre os medicamentos:» antiácido + AAS = o efeito do AAS chega quase a zero;
» anticoncepcional + Vitamina C ( >1gr.) = a Vitamina C potencializa o efeito do hormônio da pílula, surgindo os efeitos colaterais desta potencialização;
» anticoncepcional + antibiótico = o antibiótico reduz bastante o efeito do anticoncepcional;
» antiácido + antiinflamatório = diminui a ação do antiinflamatório;
» álcool + AAS = o álcool não deve ser ingerido com nenhum medicamento, quando ingerido com o AAS pode ocorrer sangramento estomacal;
» insulina + AAS = diminui a taxa de açúcar do sangue, pois o AAS potencializa o efeito da insulina;
» antiinflamatório + AAS = o antiinflamatório reduz a eficácia do AAS;
» antiinflamatório + Lítio = o lítio se torna com alto poder de toxicidade;
» antiácido + antibiótico = antibióticos como a tetraciclina perde até 75% de sua eficácia quando administrados com antiácidos;
» antiácido + suplemento vitamínico = pode ocorrer uma intoxicação aguda, podendo levar a convulsões e estado de coma;
» antidepressivo triciclíco + anti hipertensivo = os anti-hipertensivos tem sua atividade reduzida;
» antiespasmódico + antidepressivo triciclico = aumento da freqüência cardíaca, boca seca, constipação e sonolência;
» antiespasmódico + broncodilatador = a associação dos dois medicamentos aumenta muito a freqüência cardíaca, podendo o individuo a ter tremores, convulsões e até parada cardiaca;
» antiespasmódico + descongestionante nasal = estimula o sistema nervoso fazendo o coração a funcionar em ritmo acelerado;
» demenidrinato + descongestionante nasal = aumenta a freqüência cardíaca;
» tetraciclina + leite = o cálcio contido no leite, precipita o principio ativo deste tipo de antibiótico, que não funciona como deveria.Por fim, é muito importante que todos os profissionais da saúde divulguem esta filosofia contra a auto-medicação e os riscos envolvidos na interação medicamentosa, procure sempre um médico para poder auxilia-lo e prescrever o medicamento certo para a sua patologia. Viva Bem !!!
Dr. Carlos Eduardo Pires de CamposBiomédico – Patologista ClinicoDelegado Regional do CRBM – Baixada SantistaDiretor do Laboratório Cellula MaterDiretor do IBABCProfessor Universitário
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Fazer uso de medicamentos por livre escolha ou vontade, ou simplesmente fazer uso de tal medicamento porque a vizinha ou amigo faz uso, com toda a certeza você pode estar detonando com a sua saúde e o pior misturando alguns medicamentos que não podem ser administrados juntos. Quando isso acontece definimos que ocorreu uma sinergia, que é quando uma medicação acaba potencializando a ação de outra. Em outra situação inversa, uma droga anularia o efeito da outra configurando antagonismo.
A interação medicamentosa em nosso organismo ocorre na maioria das vezes no fígado, onde existe um sistema de enzimas cuja a função é exterminar e eliminar os medicamentos que chegam por lá, desta forma, quando duas medicações são ingeridas em curto espaço de tempo as enzimas do fígado que estão trabalhando para eliminar o primeiro medicamento, provavelmente não vai conseguir eliminar o segundo medicamento que ficará na circulação sanguínea por mais tempo, potencializando sua ação.
Não só medicamentos podem se interagir, mas também alimentos, bebidas, sucos e chás, por exemplo, o medicamento Atenolol utilizado para regular a pressão, quando ingerido com suco de laranja, tem seu efeito e eficácia diminuídos em até 50%. Até os chás podem interagir com medicamentos, por exemplo, chá de camomila interage direto com acido acetilsalícilico (AAS) exacerbando seus efeitos. Sempre na duvida é sempre aconselhável ingerir medicamentos utilizando a água. A seguir relacionamos algumas interações entre os medicamentos:» antiácido + AAS = o efeito do AAS chega quase a zero;
» anticoncepcional + Vitamina C ( >1gr.) = a Vitamina C potencializa o efeito do hormônio da pílula, surgindo os efeitos colaterais desta potencialização;
» anticoncepcional + antibiótico = o antibiótico reduz bastante o efeito do anticoncepcional;
» antiácido + antiinflamatório = diminui a ação do antiinflamatório;
» álcool + AAS = o álcool não deve ser ingerido com nenhum medicamento, quando ingerido com o AAS pode ocorrer sangramento estomacal;
» insulina + AAS = diminui a taxa de açúcar do sangue, pois o AAS potencializa o efeito da insulina;
» antiinflamatório + AAS = o antiinflamatório reduz a eficácia do AAS;
» antiinflamatório + Lítio = o lítio se torna com alto poder de toxicidade;
» antiácido + antibiótico = antibióticos como a tetraciclina perde até 75% de sua eficácia quando administrados com antiácidos;
» antiácido + suplemento vitamínico = pode ocorrer uma intoxicação aguda, podendo levar a convulsões e estado de coma;
» antidepressivo triciclíco + anti hipertensivo = os anti-hipertensivos tem sua atividade reduzida;
» antiespasmódico + antidepressivo triciclico = aumento da freqüência cardíaca, boca seca, constipação e sonolência;
» antiespasmódico + broncodilatador = a associação dos dois medicamentos aumenta muito a freqüência cardíaca, podendo o individuo a ter tremores, convulsões e até parada cardiaca;
» antiespasmódico + descongestionante nasal = estimula o sistema nervoso fazendo o coração a funcionar em ritmo acelerado;
» demenidrinato + descongestionante nasal = aumenta a freqüência cardíaca;
» tetraciclina + leite = o cálcio contido no leite, precipita o principio ativo deste tipo de antibiótico, que não funciona como deveria.Por fim, é muito importante que todos os profissionais da saúde divulguem esta filosofia contra a auto-medicação e os riscos envolvidos na interação medicamentosa, procure sempre um médico para poder auxilia-lo e prescrever o medicamento certo para a sua patologia. Viva Bem !!!
Dr. Carlos Eduardo Pires de CamposBiomédico – Patologista ClinicoDelegado Regional do CRBM – Baixada SantistaDiretor do Laboratório Cellula MaterDiretor do IBABCProfessor Universitário
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5.21.2007
Terceirizaçao de Medicamentos: Notificaçao e Formulario
Novas regras para terceirização de medicamentos
A Anvisa instituiu novas regras para a terceirização das etapas de produção, análise de controle de qualidade e de armazenamento de medicamentos. A resolução RDC nº 25 foi publicada no Diário Oficial do último dia 30/3 e republicada em 2/4.
O regulamento aperfeiçoa as ações de controle sanitário na área de terceirização, além de harmonizar as normas brasileiras com as de outros países do Mercosul. Ficam revogadas as portarias nº 106/1996 e nº 59/1996. Com as mudanças, as análises serão mais rápidas e o controle das terceirizações mais efetivo.
A principal novidade trazida pela RDC 25 está relacionada à notificação.
Antes, além do contrato de terceirização, as empresas precisavam apresentar uma série de documentos. A partir de agora, deverão ser encaminhados apenas o formulário de notificação, devidamente preenchido, e o pagamento da taxa de vigilância sanitária.
A empresa deverá notificar a Anvisa 30 dias antes de iniciar as atividades de terceirização. A Agência terá 30 dias para se manifestar quando as notificações de contrato de terceirização não atenderem integralmente o disposto no regulamento.
A nova resolução também institui a terceirização de armazenamento, que não estava prevista na legislação anterior. As regras entraram em vigor na data de sua publicação
Informação: Assessoria de Imprensa da Anvisa
A Anvisa instituiu novas regras para a terceirização das etapas de produção, análise de controle de qualidade e de armazenamento de medicamentos. A resolução RDC nº 25 foi publicada no Diário Oficial do último dia 30/3 e republicada em 2/4.
O regulamento aperfeiçoa as ações de controle sanitário na área de terceirização, além de harmonizar as normas brasileiras com as de outros países do Mercosul. Ficam revogadas as portarias nº 106/1996 e nº 59/1996. Com as mudanças, as análises serão mais rápidas e o controle das terceirizações mais efetivo.
A principal novidade trazida pela RDC 25 está relacionada à notificação.
Antes, além do contrato de terceirização, as empresas precisavam apresentar uma série de documentos. A partir de agora, deverão ser encaminhados apenas o formulário de notificação, devidamente preenchido, e o pagamento da taxa de vigilância sanitária.
A empresa deverá notificar a Anvisa 30 dias antes de iniciar as atividades de terceirização. A Agência terá 30 dias para se manifestar quando as notificações de contrato de terceirização não atenderem integralmente o disposto no regulamento.
A nova resolução também institui a terceirização de armazenamento, que não estava prevista na legislação anterior. As regras entraram em vigor na data de sua publicação
Informação: Assessoria de Imprensa da Anvisa