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2.14.2008

ANTIBIÓTICOS: DICAS IMPORTANTES

Antibióticos

Os antibióticos são fármacos que se utilizam para tratar as infecções bacterianas. Infelizmente, são cada vez mais as bactérias que desenvolvem resistências contra os antibióticos com que actualmente contamos. Esta resistência forma-se, em parte, dado o uso excessivo dos mesmos antibióticos. Como consequência, está-se constantemente a desenvolver novos antibióticos para combater bactérias cada vez mais resistentes. Mas, por último, as bactérias também se tornarão resistentes a esses antibióticos mais recentes.
Os antibióticos são classificados de acordo com a sua potência. Os antibióticos bactericidas destroem as bactérias, enquanto os antibióticos bacteriostáticos evitam apenas que aquelas se multipliquem e permitem que o organismo elimine as bactérias resistentes. Para a maioria das infecções, ambos os tipos de antibióticos parecem igualmente eficazes; porém, se o sistema imunitário está enfraquecido ou a pessoa tem uma infecção grave, como uma endocardite bacteriana ou uma meningite, um antibiótico bactericida costuma ser mais eficaz.
Escolha de um antibiótico:
Os médicos podem optar por um antibiótico para tratar uma infecção em particular baseando-se na suposição de qual seja, segundo eles, o agente responsável pelo processo. Por seu lado, o laboratório pode identificar taxonomicamente a bactéria infectante e, com isso, ajudar o médico a escolher o antibiótico. No entanto, essas provas laboratoriais tardam habitualmente um ou dois dias a dar os seus resultados e, por consequência, não podem ser utilizadas para optar pelo tratamento inicial.
Além disso, mesmo que se tenha identificado o agente e se tenha determinado em laboratório a sua sensibilidade aos antibióticos, a escolha do fármaco não é tão simples assim.
As sensibilidades que se detectam no laboratório nem sempre correspondem às que se apresentam no paciente infectado. A eficácia do tratamento depende de factores como o grau de absorção do medicamento pela corrente sanguínea, da quantidade do mesmo que alcança os diversos fluidos corporais e de qual a velocidade com que o organismo o elimina. A selecção de um fármaco tem ainda de levar em conta a natureza e gravidade da doença, os efeitos secundários que provoca, a possibilidade de alergias e outras reacções graves e o custo financeiro do mesmo.
Em certos casos é necessário recorrer a uma associação de antibióticos para tratar infecções graves, em particular quando se desconhece ainda a sensibilidade da bactéria aos mesmos.
As associações também são importantes para certas infecções, como a tuberculose, em que as bactérias desenvolvem rapidamente resistência à administração de uma droga isolada. Por vezes, a junção de duas delas tem um efeito mais poderoso e estas associações podem ser utilizadas para tratar infecções causadas por bactérias que se mostram difíceis de erradicar, como as Pseudomonas.
Administração dos antibióticos
Nas infecções bacterianas graves, os antibióticos são habitualmente administrados primeiro através de injecção, geralmente endovenosa. Quando a infecção está dominada, podem dar-se por via oral. Os antibióticos devem ser ingeridos até que o microrganismo infectante seja eliminado do corpo, um processo que pode requerer vários dias após o desaparecimento dos sintomas. Parar o tratamento demasiado cedo pode provocar uma recaída ou então estimular o desenvolvimento de bactérias resistentes. Por essa razão, os antibióticos são habitualmente ingeridos durante vários dias após ter desaparecido toda a evidência de infecção.
Certos antibióticos são utilizados para tratar infecções por rickettsias, que são microrganismos semelhantes quer às bactérias, quer aos vírus.
As rickettsias são de menor dimensão que as primeiras, porém maiores que os segundos. À semelhança dos vírus, só podem sobreviver dentro das células de outro organismo, mas, como as bactérias, são vulneráveis aos antibióticos. Especificamente, os mais eficazes contra as infecções causadas por rickettsias são o cloranfenicol e as tetraciclinas.
Os antibióticos são usados não só para tratar infecções, como também para as prevenir. Para que resulte eficaz, e com a finalidade de evitar que as bactérias desenvolvam resistências, a terapêutica preventiva deve ser de curta duração e o antibiótico deve ser activo contra aquela bactéria em particular. Um exemplo de terapêutica preventiva consiste em tomar antibióticos enquanto se viaja, para evitar a diarreia do viajante. Da mesma forma, essa terapêutica é usada em pessoas expostas a alguém com meningite por meningococo, devido ao risco de contágio.
As pessoas com válvulas cardíacas anormais ingerem preventivamente antibióticos de forma habitual antes de uma intervenção cirúrgica, incluindo a cirurgia dentária. Estes indivíduos têm um risco acrescido de contrair uma infecção das válvulas cardíacas (endocardite) por bactérias que se encontram normalmente na boca e em outras partes do corpo. As referidas bactérias podem ingressar na corrente sanguínea durante a cirurgia e atingir as válvulas cardíacas danificadas. Os antibióticos de tipo preventivo também podem ser ingeridos pelos indivíduos cujo sistema imunitário não seja totalmente eficiente, como aqueles que sofrem de leucemia, os que recebem quimioterapia para tratar um cancro e ainda os doentes de SIDA. Por outro lado, as pessoas saudáveis que se submetem a cirurgias com elevado risco de infecção (como a grande cirurgia ortopédica ou a intestinal) também os podem tomar.
Infelizmente, os antibióticos são muitas vezes usados sem que exista uma razão forte para tal. Por exemplo, são administrados com frequência incorrectamente para tratar afecções virais, como constipações e gripe.
Efeitos secundários
Um antibiótico pode provocar uma reacção alérgica, como ocorre habitualmente com a penicilina, ou então pode causar outros efeitos secundários. Por exemplo, os aminoglicosidos podem lesar os rins e o ouvido interno.
O tratamento antibiótico pode ser mantido apesar dos efeitos colaterais, em particular se for o único meio eficaz contra a infecção de que sofre o doente. O médico avaliará comparando a importância desses efeitos com a gravidade da infecção.

Fonte:MERCK

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