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2.19.2008

DICAS: ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTO / PRESCRIÇÃO MÉDICA / ENFERMAGEM

Principais Cuidados ao Administrar Medicamentos


o Via oral - administrar o medicamento observando os seguintes pontos:
o conferi-lo com a prescrição médica;
o dar o medicamento na mão do paciente ou se ele não puder tomar sozinho auxiliá-lo no que for necessário;
o anotar no prontuário o medicamento logo após sua administração;
o quando necessário, explicar ao paciente a ação do medicamento;
o lavar todo o material usado na administração de medicamentos e guardá-lo no armário;
o nunca usar os medicamentos contidos num frasco sem rótulo;
o medir as quantidades de acordo com a prescrição médica;
o administrar os medicamentos sem que haja qualquer dúvida sobre a dosagem;
o retirar os comprimidos do frasco com auxílio da própria tampa ou com uma gase limpa, nunca deixá-los entrar em contato com as mãos;
o a boca do frasco deverá ser limpa com uma gase após a retirada do medicamento;
o permanecer próximo ao paciente até este ter tomado o medicamento;
o evitar administrar medicamento preparado por outras pessoas;
o evitar deixar a bandeja com o resto da medicação à mão dos doentes, no caso de haver necessidade de sair de perto do paciente para ir buscar qualquer coisa que esteja faltando.
o Via parenteral - responsabilidades primordiais na aplicação por via parenteral:
o cuidadosa seleção e preparação do material;
o preparação do medicamento, preparação psicológica do paciente e o uso de uma perfeita técnica asséptica.
o Cuidados na aplicação da injeção intramuscular e subcutânea:
o conferir o cartão de medicamento com a prescrição médica;
o preparar o paciente psicologicamente, a fim de obter sua cooperação total, fazendo uma explanação sobre o tratamento e a importância dessa cooperação;
o colocá-lo na posição adequada; escolher o local apropriado para a aplicação;
o fazer a anti-sepsia da pele com a bola de algodão embebida em álcool e conservá-la na mão;
o apanhar a seringa e aplicar a injeçaõ esticando bem a pele;
o retirar a agulha comprimindo a pele com a bola de algodão;
o fazer uma pequena massagem no local da injeção e anotar no relatório de enfermagem a qualidade, quantidade e a região onde o medicamento foi aplicado.
o Cuidados na aplicação da injeção intravenosa:
o lavar as mãos;
o fazer a antissepsia do local onde será aplicada a injeção;
o fazer a antissepsia do dedo indicador o qual vai fixar a veia;
o levar o material usado para lavar imediatamente se este não for descartável.
o Cuidados nas infusão - o método de preparação do frasco varia segundo o tipo a ser utilizado.
o O mais importante é instalar o aparelho de soro sem contaminá-lo; s
o se o frasco for de matéria plástica, cortar a parte que será conectada ao aparelho de soro, com tesoura esterilizada e introduzir o conta-gotas na ponta cortada;
o se o frasco for de vidro, retirar a proteção metálica da boca do frasco e sem contaminar, introduzir a ponta do conta-gotas no orifício próprio e colocar a agulha para introdução do ar no frasco, no orifício em continuação ao pequeno tubo de vidro que se encontra no interior do frasco;
o é importante verificar que não existe ar no aparelho de soro;
o fazer a anti-sepsia, passando o algodão com iodo onde vai ser puncionada a veia e no dedo indicador da enfermeira que vai fazer a fixação da veia.

o Cuidados com armários de medicamentos:
o todos os medicamentos devem ser guardados num armário especial;
o o armário deve ser fechado à chave e esta conservada num lugar fora do alcance do paciente;
o as prateleiras do armário devem ser limpas e os medicamentos arrumados em ordem alfabética, observando, se possível, a seguinte ordem: os medicamentos de uso externo devem estar separados dos de uso interno; os sólidos e os líquidos em prateleiras diferentes; os venenos devem estar rotulados e conservados longe das outras drogas em frascos fáceis de serem distinguidos; estimulantes e drogas para uso hipodérmico devem ser guardados em uma prateleira própria; os entorpecentes (cocaína, morfina e ópio) devem ser conservados em uma gaveta separa e a chave permanecer com a enfermeira chefe do dia. Um nota deve ser feita de cada dose retirada da gaveta, de acordo com a lei que rege os entorpecentes. Óleos, supositórios, antitóxicos, vacinas e extratos glandulares devem ser guardados num compartimento especial, na geladeira ou em lugar fresco; os vidros devem ser bem arrolhados e claramente rotulados. Os conteúdos do armário devem ser examinados frequentemente e devem ser notificadas as drogas que mostrarem mudança na cor, no odor ou na consistência.


Precauções ao Fazer a Prescrição Médica

A prescrição consiste em um plano de cuidados que o médico receita para os pacientes internados no hospital. Esse plano de cuidados inclui recomendação de um tipo de dieta, administração de medicamentos, curativos.

O primeiro item da prescrição é o tipo de dieta, que pode ser livre, para diabéticos, hipossódica, líquida completa e branda.

O segundo item consiste no intervalo de medidas dos dados vitais, que são pulso, pressão arterial, freqüência respiratória e temperatura.

Nos itens que se seguem ocorrerá a prescrição dos medicamentos, que podem ser vários. A prescrição de medicamentos se dá da seguinte maneira: coloca-se o nome do fármaco, a dose, a via de administração e o intervalo.

Nos itens finais, se houver necessidade de curativo, o médico estipula como esse deve ser feito.

A prescrição deve ser feita diariamente pelo médico, em duas cópias: uma vai para a equipe de administração de medicamentos e a outra é anexada ao prontuário do paciente.

A prescrição pode ou não ser mudada, dia após dia, e, dependendo da necessidade do paciente, podem ser acrescidos ou retirados certos medicamentos.

Na folha de prescrição ainda consta um espaço para a estipulação do horário de administração de medicamentos e um espaço para as anotações das medidas dos dados vitais. No final da folha, o médico carimba e assina.

É de suma importância que o médico prescreva com letra legível e explique corretamente os cuidados que ele deseja que sejam empregados no paciente, para que esse tenha recuperação satisfatória.

Equipamentos de Enfermaria

Após a realização da visita à enfermaria do segundo andar do Hospital das Clínicas, na Sexta-feira, 13 de novembro, retornamos à mesma na Sexta-feira seguinte, quando contamos com a colaboração da enfermeira Rogéria para revermos o arsenal clínico utilizado em tal setor.

A seguir serão listados os principais componentes desse arsenal, com um breve comentário de suas principais aplicações:
o Agulhas:
o Agulha de 25 por 8: para injeções intramusculares;
o Agulha de 27 por 8: para injeções intramusculare;
o Agulha de 30 por 10: para diluição de medicamentos (não usada diretamente no paciente);
o Agulha de 13 por 3: para injeções subcutâneas e intradérmicas.
o Jelco e butterfly: equipamentos utilizados em punções venosas. Consistem de uma agulha encapada por tubo fino de plástico, sendo que o butterfly apresenta projeções laterais. É através dessas estruturas que o equipo se conecta com as veias.
o Equipo ( espécie de mangueira aderida ao paciente e ao soro):
o Equipo comum: conecta o soro ao paciente, através do jelco ou butterfly;
o Equipo com saída lateral: tem a mesma finalidade do anterior, contudo a saída lateral possibilita a administração de medicamentos por outra via, além do soro;
o Equipo tipo bomba de infusão: permite a infusão medicamentosa, com maior precisão;
o Equipo tipo micro-gotas: provido de um recipiente de cerca de 100 ml, esse equipamento administra micro-gotas de medicamento em tempo adequado. É mais utilizado na antibiótico-terapia.
o Seringas:
o Seringa tipo 1: utilizada para administrar insulina;
o Seringas tipo 5, 10 e 20: seringas maiores ( o tamanho aumenta de acordo com o número) e para administração medicamentosa diversa. Apenas as tipo 1 e 5 se achavam disponíveis no momento da visita;
o Seringa de vidro: não utilizada no setor. Tem uso apenas em determinados procedimentos cirúrgicos.
o Coletor urinário: equipamento utilizado em sistema aberto. Segundo fomos informados, é ainda o procedimento mais comum.
o Sondas:
o Sonda uretral: ao contrário do coletor urinário, é utilizada em sistemas fechados, sendo introduzida na bexiga;
o Sonda naso-gástrica: pode ser utilizada no nariz (nasofaringe) e estômago;
o Sonda naso-entérica: é uma sonda fina, provida de um guia. Uso intestinal.
o Micronebulisador: equipamento utilizado para administração de oxigênio (nebulisação).
o Macronebulisador: assim como o equipamento anterior, é utilizado na administração de oxigênio ao paciente. Contudo, tem proporções maiores, sendo usado quando há necessidade de elevado teor de oxigenação. É utilizado junto com a máscara e com o tubo corrugado, exigindo umidificador.
o Desfibriladores: desfibriladores de tamanhos variados e de uso interno e externo foram também mostrados. O de uso interno é menor com as "pás" semelhantes a colheres. Entra em contato direto com o coração. O de uso externo tem "pás" maiores e fica acoplado a um carrinho. Não entra em contato direto com o coração.
o Tubo (naso) traqueal: conforme visto na aula sobre primeiros socorros e também na enfermaria, esse tubo tem a finalidade de conferir ao paciente respiração artificial. Pode ser acoplado a um reservatório para oxigênio, o que melhora sua eficácia.
Outros equipamentos, tais como monitores para acompanhamento dos pacientes, mesas e estantes para acondicionamento de medicamentos foram também mostrados, demonstrando satisfatória organização. O ambiente da enfermaria não é, obviamente, um ambiente agradável. Em geral, ocorrem mais de quatro pacientes por quarto, os quais tem que assistir as intervenções clínicas, quase sempre desagradáveis, em seus companheiros.

Em termos de ambiente físico, contudo, as dependências da enfermaria não são ruins, havendo uma divisão bem feita dos locais para estoque de medicamentos e sua preparação, dos locais para estocagem de material esterilizado, bem como para armazenamento de prontuários, os quais são reunidos numa pasta para cada paciente. Pelo que vimos, o tratamento dedicado aos pacientes é o melhor possível, dentro das limitações do HC.

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