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3.30.2008

Ansiedade como tratar e medicar

Medicamentos antiansiedade
Ansiedade é uma emoção normal, uma resposta fisiológica a diversos fatores da vida, principalmente antecipando uma situação de risco. Inicialmente é benéfica conduzindo a mobilização psíquica e neuroquímica do organismo para o enfrentamento do perigo iminente, com repercussão cardiocirculatória, respiratória e imunológica. Quando a ansiedade é intensa, contínua ou desproporcional ao estímulo é patogênica. A ansiedade se apresenta como um estado de tensão, inquietação e apreensões subjetivas que se acompanham de sintomas neurovegativos. Os níveis de ansiedade são considerados normais quando prevalece o controle neuroquímico, não extrapolando sintomas desagradáveis alterando permanentemente as funções vitais e o estado psicológico.

Com o desequilíbrio poderão surgir:

1) sintomas de ansiedade generalizada, ataque de pânico com a pessoa sentindo que pode enlouquecer ou ter uma crise cardíaca. De início súbito com sensação de medo, terror e morte iminente, ocorre uma reação neuroquímica superestimulando o sistema nervoso autônomo. O transtorno do pânico, pode também significar falha ou diátese indicando vulnerabilidade às infecções orgânicas.

2) transtornos fóbicos como medo de altura, de contatos sociais, de sair de casa ou encontrar pessoas, de espaços fechados com alterações do nível serotonérgico.

3) transtornos obsessivos com compulsões persistentes ou recorrentes levam a adição ao álcool, drogas, sexo, tabagismo e transtorno alimentar.

4) estresse dependendo de fatores genéticos e psicossociais. Nos casos de estresse pós-traumático desenvolvendo recorrência ou recuperando experiências marcantes e traumáticas passadas com memória das crises, tipo flash-back.

A ansiedade reativa apresenta resposta aos estímulos ou agressões psicossomáticas. Ocorrem sonhos angustiantes, situações psicológicas de insegurança a estímulos externos, mesmo pouco significante.

Um evento fora da experiência comum como estupro, assalto, seqüestro, terrorismo e violência urbana. Dentro da experiência social e familiar que está se tornando comum, os sentimentos de perda, separação conjugal e luto podem levar a reexperiência do trauma, com renovadas emoções contraditórias e possibilidades de lesões cerebrais.

Freud previu a prevalência dos medicamentos sobre os métodos psicológicos em determinados casos. Os neurfármacos devem ser utilizados e controlados rigorosamente.

Os períodos de administração destes medicamentos são breves e limitados. Deve-se evitar a automedicação e outros fatores que levam à dependência. Dosagens incompletas proporcionando efeitos colaterais são maléficas, devendo mascarar o quadro ou torná-lo crônico.

Alguns pacientes superestimam os medicamentos e outros os acham indesejáveis. Não importa. O tratamento deve ser adequado aos diagnósticos e às necessidades individuais monitoradas por profissionais competentes.

Um fármaco ansiolítico administrado corretamente no tempo certo e com brevidade poderá trazer um pronto alívio dos sintomas. A expectativa prolongada dos resultados psicoterápicos agravará os sintomas principalmente nas desordens psicossomáticas. Admite-se que novas substâncias psicoativas serão apresentadas ocorrendo acentuada revolução clínica nos procedimentos terapêuticos.

Os Benzodiazepínicos são substâncias psicoativas usadas na Neurofármacologia como anticonvulsivantes, hipnóticos, miorrelaxantes e ansiolíticos, (Richels, Greenblatt). Partindo do Clordiazepóxido (Librium Psicosedin e Relaxil) tivemos o Diazepam (Valium, Dienpax, Kiatrium), Oxazepam (Oxazepol, Adubran), Nitrazepan (Mogadon, Nitrenpax) Medazepam ( Nobrium e Medazepol ), Flurazepam (Dalmadorm), Clorazepato (Tranxilene), Bromazepam (Lexotan e Somalium), Lorazepam (Lorax), Flufenazina (Anatensol). Midazolam (Dormonid).

Como indicações atualizadas, o Alprazolam, Cloxazolam e Bromazepam para os estados de ansiedade, ansiedade fóbica. Ansiedade Orgânica, respiratória, gástrica, cardíaca, puerperal, da tensão pré-menstrual e do climatério.

Ansiedade psicossocial, profissional, conjugal, familiar, sexual e social(fobia social). Ansiedade da vida, ansiedade da morte, do amor, do medo, da fuga, do prazer, da tristeza e da felicidade. Ansiedade existencial, somos ansiosos, mas somos felizes com fé e espiritualidade rezando orações. Pai nosso que estás no Céu, Santificado seja vosso nome. São ensinamentos do Reverendo e psicólogo Pe. Joaquim Colaço Dourado, iluminado por Nossa Senhora de Lourdes. Penso logo existo, disse o filósofo. Temos ansiedade logo existimos.

Josué de Castro
Docente Livre em Psiquiatria e professor de Psicologia Médica




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