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3.13.2008

ESTRESSE: Conheça este inimigo.

ESTRESSE: Conheça este inimigo.

Dentre as várias definições, o estresse pode ser considerado uma reação física a determinadas questões da vida capazes de alterar o equilíbrio interno do indivíduo. Está ligado a quatro sistemas do organismo humano, o esqueléticomuscular, o imunológico, o gastrointestinal e o cardiovascular. A reação física pode ser determinada pelo cansaço (físico e psicológico), gripe, gastrite, dores no peito, palpitações, e outras manifestações clínicas.

De acordo com o cardiologista Dr. Antônio Carlos Pereira Barretos, o principal fator que provoca o estresse é a sobrecarga no trabalho (acúmulo de tarefas), e a falta de organização e capacidade de distribuir as tarefas e funções. Os problemas considerados sem solução que as pessoas têm no dia-a-dia, também levam ao estresse. "O ideal é quebrar a rotina fazendo outras atividades ou exercícios físicos nas horas de lazer", aconselha o Dr. Barretos. Além do lazer, o Dr. Barretos fala que uma alimentação balanceada, rica em carboidrato e proteína, e pobre em gordura ajuda a prevenir o estresse. A gordura também pode causar outros malefícios para nosso organismo, principalmente para quem não pratica nenhuma atividade física. Doce deve ser evitado, só ingerido de vez em quando. O fast-food e as frituras devem ser substituídos por pratos leves, como frango acompanhado de salada, por exemplo.

Agitação, insônia, descontentamento com as questões do dia-a-dia, péssimo desempenho no trabalho e dificuldade para resolver simples problemas podem ser sintomas de um estressado. Segundo o Dr. Barretos, o especialista sempre ajuda, pois o psicólogo e o psiquiatra levam as pessoas a encontrar um caminho para a resolução de problemas. Mas vale lembrar que, para evitar uma consulta a um especialista, tentar se organizar identificando e resolvendo os problemas por etapas é outra saída.

Entretanto, é necessário explicar a questão do estresse visto como uma doença. O Dr. Barretos afirma que só é caso de doença se o estresse estiver somado a outros fatores de risco, como cigarro, sedentarismo ou má alimentação, podendo então provocar distúrbios cardiológicos. Além disso, como já foi citado, pode causar manifestações clínicas, como gastrite (devido à falta de apetite), dores no peito, palpitação (provocada pela descarga de adrenalina), e outras.

A estatística do estresse no Brasil é uma questão complicada, por não haver dados precisos. Sabe-se que o perfil que ainda lidera é o homem executivo, mas com o aumento de mulheres no mercado de trabalho, cresceu também o número de mulheres que sofrem do mal.

Todo tratamento, incluindo a duração e exercícios recomendados, varia de acordo com cada caso e com o nível de estresse apresentado pelo indivíduo. Segundo a Dra. Rebeca, há grande discussão sobre os exercícios ideais. Para ela, as atividades aeróbicas - caminhada, corrida, natação e bicicleta são mais eficazes. Mas há também um acompanhamento terapêutico, com técnicas de relaxamento, respiração, yoga, meditação, dança, e outras. "A atividade indicada depende das condições de cada paciente. Existem pessoas que conseguem se desligar mais facilmente dos problemas do que outras", fala a psicóloga.

Além do tratamento terapêutico, há a psicoterapia na qual agem em parceria o médico e o psicólogo, para os casos mais complexos. O uso de medicamentos deve ser sempre indicado por um especialista e também varia de acordo com cada caso, podendo ser tranqüilizantes, anti-depressivos, etc. "O tratamento para o estresse visa equilibrar relaxamento e preocupação. Os sintomas podem voltar dependendo das questões do dia-a-dia do indivíduo. Para isto, há uma reorientação", explica a Dra. Rebeca.

Prevenir o estresse não tem nenhum segredo, basta que se tenha uma boa qualidade de vida social, sabendo conciliar a tensão da rotina de trabalho, as horas de lazer e as atividades físicas.

Estresse, nem pensar!
Saiba como evitar a síndrome provocada pela falta de tempo e excesso de afazeres
Você que resolveu ler esta matéria, provavelmente sabe dizer seu peso, altura, número do sapato e tamanho da roupa, mas será que sabe ou teve oportunidade de medir as reações físicas e emocionais com a proximidade do Natal e réveillon? Se a resposta for afirmativa, melhor. Segundo os especialistas, saber o nível de estresse a que se está sujeito nessa época ajuda a evitar transtornos e, principalmente, a tomar as rédeas da situação antes que a cabeça entre em colapso.

E se você chegar à conclusão de que anda mesmo estressado nesses tempos, fique sabendo que não está sozinho. O estresse de fim de ano afeta nada menos que 80% da população, segundo dados do Internacional Stress Management Association (ISMA-BR).

O motivo é que, longe de estar envolvida naquele clima de festa, alegria e confraternização, a chegada do fim do ano, para muita gente, pode ser palco para a vivência de um verdadeiro pesadelo. É em dezembro que se intensifica a correria, e quem tem dificuldade em conviver com as exigências da vida moderna, conciliando vida social, profissional e familiar, é a vítima mais vulnerável.

A falta de tempo, de dinheiro e o excesso de planejamento, entre outros fatores, podem detonar a síndrome do estresse de fim de ano, segundo a psicóloga Ana Maria Rossi, presidente da ISMA-BR. Para muita gente, a contagem regressiva provoca a necessidade de ver concluído o que em 11 meses não foi possível fazer. E mais: provoca a ânsia de fazer novos planejamentos para o ano seguinte. Some-se a isso o excesso de compras, principalmente presentes, e de contas a pagar (é preciso preparar o bolso para os gastos de janeiro), e a pessoa simplesmente enlouquece.

Pequenas decisões, como resolver a roupa que será usada nos eventos ou os pratos que serão servidos, também podem se tornar angustiantes. Filas, trânsito, prazo para aproveitar a liquidação. Com tudo isso, seria possível fechar o ano com saúde e tranqüilidade?

Ana Maria Rossi acredita que sim. A dica é, em primeiro lugar, procurar manter um estilo de vida saudável. Depois, ser bem realista a respeito da quantidade de energia, tempo e dinheiro que se está disposto a investir nessa época. A pessoa também deve comparar o que tem que fazer com o que gostaria de fazer, para, assim, estabelecer prioridades. Por fim, exercite a disciplina. É importante seguir as metas planejadas e evitar qualquer acesso de descontrole. “Com as facilidades do cartão de crédito, por exemplo, muitas pessoas tendem a achar que não estão gastando dinheiro. Depois, levam meses para compensar um desequilíbrio”, comenta.

FONTE:Terra (saude.com.br)

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