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5.28.2008

ALIMENTAÇÃO DURANTE A GRAVIDEZ

Principais erros alimentares na gravidez?
Uma alimentação correcta e equilibrada é um dos factores mais relevantes para o desenrolar de uma gravidez saudável. Certos erros alimentares cometidos sistematicamente desencadeiam alterações perniciosas e graves na saúde do seu bebé.

Eliminar o pequeno-almoço
Saltar o pequeno-almoço é um hábito péssimo e perigoso. Ao fazê-lo está a expor o seu bebé, que necessita de um fornecimento contínuo de energia, a um período de jejum extremamente prolongado de cerca de 16 a 18 horas.

Coma bem ao pequeno-almoço assegurando:
• Água
• Leite e derivados: fornecem proteínas de elevada qualidade biológica (ricas em aminoácidos essenciais) minerais (Cálcio, Fósforo, Magnésio,etc.) e vitaminas
• Cereais: para que obtenha energia e fibras
• Fruta: que concede vitaminas.

Fazer dieta
A gravidez não é a ocasião adequada para encetar um regime restritivo, a não ser que este seja, por razões concretas, recomendado pelo médico. As dietas poderão provocar insuficiências nas necessidades calóricas e/ou em nutrientes específicos de que poderão resultar graves consequências para o seu bebé, como aborto espontâneo ou morte neonatal.

Não respeitar as recomendações do seu médico
As regras na alimentação estabelecidas na gravidez pretendem cumprir propósitos muito concretos no que diz respeito quer à satisfação das necessidades qualitativas e quantitativas da grávida quer à manutenção do seu peso. O não cumprimento daquelas poderá provocar consequências muito graves para a manutenção da saúde do bebé.

Comer por dois
O objectivo não é este. Há 50 anos ainda se afirmava que a mãe deveria comer bastante, o que se traduzia em aumentos de peso da ordem dos 20-25 Kg, ocasionando importantes perturbações na saúde materna e infantil. Esta frase para si não deve senão traduzir a responsabilidade de fornecer ao seu bebé alimentos variados em quantidades apropriadas.
Incluir o álcool
O álcool é uma substância calórica e sem interesse nutritivo que pode causar lesões graves ao feto. Não deverá estar presente.

Exagerar no sal
É necessária apenas uma pequena quantidade de não mais que 5g no final da gravidez. Não necessitará de aumentar porque este está presente na alimentação. Evite alimentos salgados, águas mineralizadas e seja suave no tempero.
O excesso de sal pode ocasionar retenção de água e, por vezes, edemas. Parece favorecer a HTA (hipertensão arterial) se existe predisposição.

Copiar as necessidades da sua amiga grávida
As recomendações calóricas e nutricionais são susceptíveis de se adequar às necessidades da maioria das gestantes, mas não podem ser interpretadas como iguais para todas. De facto as necessidades de cada pessoa variam com numerosos factores: peso, idade, actividade, etc.. Assim, deverá consultar o seu médico obstetra.

Consumir alimentos com açúcares simples
Açúcar refinado, mel, adoçantes artificiais, doces em geral (biscoitos, bolachas, gelados) e chocolates, fruta de conserva, condimentos que contenham açúcar (maionese, molhos, etc.) deverão ser eliminados porque aumentam a circulação de açúcar e de insulina o que provoca o seu armazenamento sob a forma de gordura. Não proporcionam fornecimento contínuo de energia.

Eliminar líquidos
Tendo em consideração o aumento do volume sanguíneo e dos fluidos, é importante que garanta líquidos, principalmente água ou sumos naturais de fruta. Adeque a sua ingestão de sal.

Abusar de certos alimentos
Para além do álcool o café e o chá (em grandes quantidades), produtos de charcutaria e enchidos, alimentos fumados, comidas muito condimentadas, frituras e guisados também não devem ser consumidos durante a gestação e amamentação. Evite também as gorduras de origem animal, excepto manteiga (dada a sua riqueza vitamínica). Não cozinhe com óleos de tempero.

Descuidar o peso
Não o deve fazer. As alterações significativas do peso terão repercussões nefastas e graves para a saúde do seu bebé. A obesidade é um risco que não deve correr.


A Obstipação na Gravidez
A prisão de ventre experimentada por muitas mulheres durante a gravidez está relacionada com o abrandamento do trânsito intestinal que ocorre. Destacam-se três causas causas:
A progesterona está a actuar sobre os músculos intestinais, tornando-os mais lentos; ~

Inactividade a que muitas mulheres se submetem neste período predispondo, assim, a lentidão do trânsito;

O feto comprime o intestino e dificulta a progressão do conteúdo intestinal.

Como melhorar o trânsito intestinal?
• Beber muitos líquidos durante as refeições (de preferência água e sumos naturais);
• Comer alimentos ricos em fibras;
• Ir à casa de banho em horários regulares (sem fazer força para não correr o risco de desenvolver hemorróidas);
• Comer farelos (arroz e massa integrais, pão completo, muesli, flocos de aveia e em geral cereais de pequeno-almoço com fibra);
• Aumentar as doses progressivamente, para não causar cólicas, diarreias ou interferências com a alimentação do cálcio ou do ferro;


Comer bem antes da concepção
Geralmente os casais planeiam cuidadosamente a chegada dos filhos; Que sejam saudáveis, é sempre o maior desejo; neste aspecto concreto, o papel da futura mãe pode ser decisivo: Esta tem de preparar o seu organismo para a gravidez.

Dietas de emagrecimento
Iniciar uma dieta injustificada, não vigiada ou radical, pode desencadear consequências nefastas:
• Põe em risco a própria gravidez, pois uma dieta pode acarretar distúrbios hormonais que afectam a regularidade do ciclo menstrual, tornando mais difícil a produção de óvulos de qualidade.
• Os regimes de emagrecimento provocam a delapidação das reservas de nutrientes no organismo que são precisas pelo feto, como os ácidos gordos essenciais, as proteínas as vitaminas e minerais.
Perante um excesso de peso (IMC superior a 25) ou obesidade (IMC superior a 30), recomenda-se uma dieta equilibrada, concebida e supervisionada pelo médico.

Regimes para ganhar peso
Magreza excessiva é potencial inimiga da gravidez saudável.
Se o IMC (índice de massa corporal) é inferior a 20, a mulher fica exposta a diversos perigos, que são tanto mais pronunciados quanto menor for o IMC:
• Dificuldade em engravidar
• Falta de reservas energéticas para fornecer ao feto
• Carências nutricionais
O médico obstetra saberá qual o procedimento a adoptar nestas circunstâncias.

Alimentação versus método contraceptivo
O método contraceptivo adoptado pode interferir no equilíbrio alimentar.
O uso de DIU geralmente aumenta a duração e volume do fluxo e por esse motivo, predispõe a carência de ferro. Por outro lado, a contracepção oral é susceptível de provocar carência das vitaminas B6, B9 (ou ácido fólico) e B12, pelo que se deve privilegiar alimentos ricos nestas vitaminas no trimestre que precede a contracepção.

Livre-se dos tóxicos
Todas as substâncias tóxicas, como o álcool e alguns medicamentos, devem ser suprimidas.

Fale com o seu médico ou farmacêutico.

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