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6.13.2008

Como prevenir o mau hálito, causas e tratamento.

Mau Hálito

Ellen Bueno Camargo Hirsch

O que é mau hálito?

A halitose ou mau hálito é uma condição anormal do hálito que se manifesta com maus odores, expirado pelos pulmões, boca e narinas.
A halitose não é uma doença, mas pode indicar a ocorrência de alguma patologia ou problema de saúde. Entretanto, pode também indicar alguma alteração fisiológica. É um sinal de que algo no organismo está em desequilíbrio, devendo ser identificado através de um correto diagnóstico e tratado adequadamente, quando o problema torna-se crônico.

Quais as causas?

Existem aproximadamente 60 causas distintas, ainda que em mais de 90% dos casos sua origem se dá na cavidade bucal, acompanhada ou não de alterações sistêmicas.

Dentre os fatores bucais, a causa mais comum é a higiene oral deficiente e conseqüente formação de saburra lingual (material viscoso e esbranquiçado que fica aderido ao dorso da língua, principalmente no terço posterior) e placas dentárias, cáries, substâncias plásticas usadas na confecção de dentaduras e pontes (por infiltração de líquidos bucais), doenças da gengiva.

Dentre os fatores de origem fisiológica, temos: hálito da manhã, jejum prolongado, dietas descontroladas ou hábitos de alimentação inadequados. Temos ainda: baixa produção de saliva (hipossalivação), problemas em vias aéreas (adenóides, rinites, sinusites...), estresse. Por razões sistêmicas, temos: problemas renais ou hepáticos, prisão de ventre acentuada, diabetes, nefrite, doenças febris, deficiência de vitamina A e D.

O uso excessivo de medicações, fatores como o fumo, drogas, uso de bebidas alcoólicas e a utilização de soluções para bochecho com álcool, na composição, também são fatores que podem comprometer o hálito (pois com a evaporação da saliva, a boca fica em situação de xerostomia- boca seca).

Como é feito o tratamento?

Para fazer o tratamento, primeiro temos que fazer o diagnóstico, através de um aparelho chamado halímetro, que mede em partículas por bilhão, a quantidade de compostos sulfurados voláteis presentes na boca, e permite a avaliação da gravidade do problema, além do acompanhamento da evolução do tratamento.

Feito o diagnóstico, o tratamento é feito através de orientação do profissional quanto à higiene bucal, e se necessário, também, mudanças nos hábitos alimentares.

Como prevenir?

A prevenção é a medida mais importante no caso do mau hálito, e acaba sendo a principal forma de tratamento. Deve-se ter cuidado com a alimentação e, principalmente, com a higiene bucal.
No caso, de tendência ao mau hálito, deve-se evitar carne gordurosa, fritura, repolho, brócolis, couve-flor, alho, cebola. Deve-se dar preferência ao leite desnatado e ao queijo branco ou ricota, evitar bebidas alcoólicas, fumo e medicamentos com cheiro acentuado.
A alimentação rica em cenoura, maçã e outros alimentos fibrosos auxiliam na promoção de uma limpeza total na parte dos dentes, na linha das gengivas. Uma boa freqüência de ingestão de água e de alimentos que contenham algum carboidrato, também, é muito importante.
A higiene bucal e lingual deve ser caprichada. Os dentes devem ser bem escovados, sempre que necessário, principalmente após cada refeição. A língua deve ser limpa com raspadores específicos, a cada escovação de dentes, para a eliminação da saburra. O uso de fio dental e a realização de bochechos (quando houver indicação do dentista) são importantes.
Pode ser feita, também, uma estimulação da produção de saliva de uma maneira fisiológica, com balas sem açúcar, gomas de mascar, gotas de suco de limão com um pouco de sal. No entanto, consultas periódicas ao dentista são essenciais, principalmente para uma higienização mais profissional, única forma de remover a placa bacteriana ou o acúmulo de tártaro, na região inferior dos dentes.

Como ter uma boa higiene bucal?

- Passar o fio dental, escovar bem os dentes e limpar sempre a língua, após as refeições;

- Consultar regularmente um dentista, que indicará qual a técnica mais adequada para cada paciente;

- Realizar bochechos com produtos anti-sépticos, quando houver indicação;

- Ter uma dieta balanceada, evitando comer besteiras a toda hora;
- Beber pelo menos dois litros de água por dia;

- Evitar o excesso de comidas gordurosas, cigarros, café, frituras e etc.
Devemos ter em mente que a prevenção é a maneira mais econômica, menos dolorida e preocupante de cuidar da saúde bucal. Ao fazer a prevenção, estamos evitando o tratamento de problemas que se tornariam graves. Essas são medidas muito simples, que cada um de nós pode tomar para diminuir, significativamente, o risco do desenvolvimento de cáries, gengivite e outros problemas bucais.

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