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9.23.2008

Alergia a amendoim aumenta

Reação em cadeia
Médicos testam terapias para conter o aumento de casos de alergia a alimentos
Por que o amendoim? Isso é um mistério. O que há com essa leguminosa que provoca reações tão poderosas em algumas pessoas? A terrível verdade é que ninguém sabe ao certo o motivo.
A sensibilidade ao amendoim é uma das alergias alimentares que mais crescem, tornando-se sério problema de saúde em boa parte do mundo. No Reino Unido, o número de casos mais do que dobrou entre 2001 e 2005. Estima-se que 440 mil crianças e adultos com menos de 45 anos sofram algum tipo de reação ao comer amendoim: de uma leve indisposição estomacal ou erupções na pele a um colapso potencialmente letal.

Nos casos mais graves, mesmo a exposição a quantidades ínfimas pode deflagrar reação anafilática, que causa inchaço súbito, falta de ar e pressão baixa, requerendo tratamento médico de emergência. A cada ano, cerca de 30 mil pessoas sofrem ataques anafiláticos potencialmente letais provocados por diferentes motivos. As mais comuns são picadas de insetos e amendoins.

Não há cura para alergia a amendoim e os médicos não têm explicação para o aumento recente do número de casos
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Não há cura para alergia a amendoim e os médicos não têm explicação para o aumento recente do número de casos. As pessoas com a forma mais grave precisam carregar seringas de adrenalina para aplicar em casos de choque anafilático. Alguns especialistas depositam esperanças num tratamento que previna as reações mais severas.

Hoje a melhor perspectiva é a imunoterapia preventiva. O objetivo é reduzir a resposta imune ou induzir a tolerância para o gatilho alérgico. A técnica consiste em submeter o paciente a crescentes doses de amendoim para "ensinar" o sistema imune a tolerá-lo.

Os casos mais severos de alergias alimentares podem levar à morte se o paciente não receber tratamento a tempo. Um dos sintomas mais comuns é o edema de glote: a garganta pode inchar tanto que a passagem do ar fica obstruídas.


- Nessas situações, a providência mais rápida é uma injeção subcutânea ou intramuscular de adrenalina - diz o alergologista Carlos Loja, chefe do serviço de Alergia e Imunologia do Hospital dos Servidores do Estado.
- Recomendo que todos as pessoas, adultos e crianças, que tenham diagnóstico firmado de alergia alimentar, andem com o que chamo de kit de emergência com adrenalina, anti-histamíco e corticóide injetáveis - completa.

O globo

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