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9.03.2008

LILLY PREPARA LANÇAMENTO DO CIALIS DOSE DIÁRIA
26/08/2008
São Paulo, Quando se fala em medicamento para disfunção erétil a associação imediata é com a vida sexual do paciente. Mas o Laboratório Eli Lilly quer mais do que isso. Quer mostrar ao homem que este pode ser apenas um dos sintomas de problemas muito mais sérios com sua saúde masculina, como deficiências cardiovasculares, diabetes, hiperplasia prostática benigna ou até câncer de próstata. Para isso, a empresa já articula uma nova abordagem de mercado do Cialis também no Brasil, assim como foi feito nos Estados Unidos e Europa. O produto lançado em 2003 e que já é líder do mercado mundial com 42% de participação, roubou a cena do pioneiro Viagra por oferecer uma ação de 36 horas contra as quatro do rival. Agora, com a visão de saúde, a indicação deve ser diária, com redução da dosagem de 20 miligramas para 5 miligramas. "Muitos homens não procuram médicos pensando nos problemas de saúde que a impotência podem significar e é isso que queremos alertar", explica o diretor global de marketing da Eli Lilly para Cialis, John Bamforth. O executivo, que veio ao Brasil para encontro com a equipe que vai traçar os planos para os próximos meses, adiantou para a Gazeta Mercantil que o País, como o segundo maior mercado mundial, é muito importante nessa estratégia global. Mundialmente o mercado de disfunção erétil já movimenta cerca de US$ 3 bilhões com crescimento de 6% por ano. A Lilly faturou em US$ 1,2 bilhão. A empresa encerrou o primeiro semestre deste ano com um crescimento de 44% na área em relação aos primeiros seis meses de 2007, totalizando um faturamento de US$ 700 milhões, o equivalente a 8% da receita total da companhia no período. "Acreditamos que a dosagem 'onde day' poderá melhor muito a qualidade de vida dos pacientes em geral", explica o diretor da Lilly. O custo disso, segundo o executivo, ficará similar ao de um paciente que toma dois comprimidos por semana. A Lilly não revela os investimentos que fará nesta nova estratégia de dosagem diária, nem quanto vai contabilizar em ganhos, uma vez que detém a patente do medicamento até 2017. Para Bamforth, a falta de informação e o preconceito do brasileiro em relação aos tratamentos urológicos não é uma limitação. "Os brasileiros são mais abertos a este tipo de tratamento e abordagem que os japoneses ou chineses, por exemplo", afirma o executivo. Para ele, o crescimento da venda do Cialis em relação aos outros concorrentes do mercado só demonstra que os homens estão aprovando os benefícios reais oferecidos pelo produto. "Com a garantia de 36 horas de duração, a urgência acaba e a naturalidade da vida sexual volta, como ocorria antes do problema", explica, acrescentando que, na França, onde o Cialis detém a maior participação em todo o mundo, de 60%, ele já tem o apelido de "fim de semana". No Brasil, enquanto o mercado, em 2007, cresceu 12,62% em dólares e 3,72% em volume, o Cialis cresceu 21,37% em dólar, e 6,12% em volume. No primeiro semestre de 2008 a expansão do mercado chegou a 29,82% ante igual período de 2007 em valores e 5,53% em volume. Enquanto isso, o crescimento de Cialis no mercado brasileiro no semestre foi de 34,56% em dólares e de 9,73% em volume. No total, as vendas de medicamentos Lilly no País até julho de 2008 ficaram em US$ 186.102.936,32. Sozinho, o Cialis representou 60% dessas vendas. Por isso, a empresa vem apostando tanto no produto. "Além disso, o medicamento ainda pode tratar de outra doença como a hipertensão arterial pulmonar, que pode matar uma pessoa em três anos", diz. Com o medicamento, a vascularização do pulmão, assim como dos genitais, melhora e a pessoa ganha uma sobrevida de mais dois anos. VIAGRA - As vendas de Viagra, primeiro medicamento para esse tipo de tratamento lançado no mercado mundial que já é comercializado no Brasil há 10 anos, tiveram crescimento de 2,7% em números de caixas vendidas no primeiro semestre deste ano, segundo informou a Pfizer, com base nos dados do IMS Health. No período, de acordo com a companhia, o produto faturou US$ 45 milhões, valor que representa alta de 16,8% considerando a receita obtida entre janeiro e junho do ano passado que ficou em US$ 38,6 milhões. Ainda de acordo com a Pfizer, em maio e junho, Viagra foi o produto que apresentou maior taxa de crescimento em vendas (dólares) no ranking dos 10 maiores produtos de prescrição da indústria farmacêutica, de acordo com dados do IMS. Enquanto o mercado cresceu 14% o Viagra 17%. Em junho, Viagra também se destacou com um crescimento de 8%, comparado a um crescimento de 1% do mercado. Em 2007 foram vendidas 7,1 milhões de pílulas azuis, números 97% superiores aos de 1998 quando o produto foi lançado no Brasil.

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