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10.16.2008

AIDS PASSA POR CRESCIMENTO RECORDE NA CHINA,

AIDS PASSA POR CRESCIMENTO RECORDE NA CHINA, DIZ PESQUISA
07/10/2008
Desde 2005, número de infectados aumentou 8% no país asiático. Preocupação é com avanço do vírus fora dos grupos de risco. A contaminação pelo vírus da Aids na China está se espalhando além dos grupos de risco originais do país - viciados em heroína do sul e bancos de sangue em regiões rurais. Um novo estudo descobriu que o vírus se espalhou para todas as províncias, e o número de casos vem aumentando rapidamente entre homens homossexuais e mulheres prostitutas. A transmissão heterossexual está crescendo. Em Yunnan, a província mais atingida do país, foram infectados dois homens para cada mulher, como em 2006; 10 anos atrás, a proporção era de 13 homens para uma mulher. Embora o número estimado de casos - 700 mil - seja baixo para uma população de 1,3 bilhão, ele representa um crescimento de 8% desde 2005, de acordo com o estudo, publicado na semana passada na revista "Nature". "A epidemia está se expandindo, e mais medidas efetivas de prevenção são necessárias com urgência", disseram os autores, que incluem sete cientistas de universidades e agências governamentais chinesas e o Dr. David D. Ho, do Centro de Pesquisa de Aids Aaron Diamond, na Universidade Rockefeller. Cientistas acreditam que a Aids tenha entrado na década de 1980 através de traficantes de drogas em Yunnan, que faz fronteira com o "Triângulo Dourado" da produção de ópio, no sudeste da Ásia. A doença teria florescido em Henan, onde bancos de sangue ilegais retiravam sangue de fazendeiros indigentes, mexiam para remover fatores de coagulação e devolviam hemácias misturadas a todos os bancos. O rastreamento de subtipos de HIV sugere que o vírus se moveu ao longo de rotas de tráfico de drogas, criando uma epidemia a oeste de Xinjiang. Para evitar a disseminação ao restante da população em geral, os autores apóiam a promoção de preservativos entre os grupos de risco, a troca de seringas velhas por novas aos viciados em drogas, a manutenção da metadona e tratamento anti-retroviral gratuito. - Donald G. McNeil Jr., do 'New York Times' -
Fonte: G1 globo.com

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