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1.05.2009

CIENTISTAS CRIAM FERRAMENTA DE DIAGNÓSTICO COM PAPEL

A maior parte dos dispositivos de microfluidos apresentam imensa complexidade em um espaço pequeno.
Sanduíches de polímeros ou vidro, eles contêm canais, válvulas e bombas microscópicos projetados com o objetivo de entregar volumes minúsculos de líquidos em saídas diferentes, por exemplo um "chip-laboratório" que poderia testar amostras de sangue em busca de indícios de doenças.
Mas no laboratório de George Whiteside, na Universidade Harvard, os pesquisadores desenvolveram um dispositivo tridimensional mais simples, feito de camadas alternadas de papel e de fita adesiva de dupla face utilizada na fixação de carpetes.
O trabalho poderia levar ao desenvolvimento de ferramentas de diagnóstico pouco dispendiosas que estariam bem adaptadas ao uso nos países em desenvolvimento.
Andres Martinez, estudante de pós-graduação, e autor, com Whiteside e Scott Phillips, do relatório sobre o aparelho publicado pela ¿Proceedings of the National Academy of Sciences", afirmou que o objetivo do projeto era produzir alguma coisa ao mais baixo custo possível.
Eles pensaram em utilizar papel como material, porque é barato e permeável a líquidos, o que eliminaria a necessidade de um sistema de bombeamento.
Mas como produzir os canais necessários em uma superfície de papel?
A solução que os pesquisadores desenvolveram foi impregnar o papel de um polímero conhecido como "photoresist", que endurece quando exposto à luz ultravioleta, e uma máscara com padrão predefinido a fim de bloquear a exposição de determinadas áreas do papel.
Isso deixava como resultado final um papel apresentando um padrão de caminhos que líquidos poderiam percorrer como se eles fossem um pavio, em canais predefinidos. Por meio de perfurações minúsculas na camada de fita adesiva, os pesquisadores conseguem que o líquido de uma camada de papel se transfira à próxima camada de papel em um sanduíche.
Os dispositivos resultantes podiam ser produzidos a custo muito baixo, um dos primeiros protótipos tinha custo de material estimado em apenas três centavos de dólar.
Em uso, um líquido poderia ser adicionado ao dispositivo em um determinado ponto, por exemplo mergulhando uma ponta dele em uma amostra de urina - e os canais o distribuiriam por diversas áreas de teste, cada uma das quais conteria um componente para diagnóstico.
Ao observar as áreas de teste, um profissional de saúde seria capaz de perceber sinais de doença.
Henry Fountain - Tradução: Paulo Migliacci. rra
Fonte: The New York Times - Notícias Te

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