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2.27.2009

Impetigo aumenta no verão

Alerta para os riscos do impetigo

Doença bacteriana atinge principalmente as crianças, que precisam ser afastadas da escola

Com incidência maior nesta época do ano, o impetigo infantil está afastando alguns alunos das classes nesses primeiros dias de aula. De acordo com especialistas da Sociedade de Dermatologia do Rio de Janeiro, o número de casos aumenta no verão e as crianças são as principais afetadas. Além do calor, outro fator faz a bactéria causadora da doença se proliferar: sujeira.

O impetigo, que é contagioso, ataca a superfície da pele, causando feridas com pus e coceira. Pode também ocorrer febre e diarréia. As bactérias causadoras da doença penetram na pele através de machucados, e os locais do corpo mais afetados são aqueles que não ficam cobertos pelas roupas, como por exemplo o rosto e as mãos.

São dois os tipos de bactérias que podem transmitir o impetigo: Staphylococcus aureus, que afeta crianças de todas as idades, e Streptococcus do grupo A, que acomete mais a faixa etária dos 3 aos 5 anos.

FALTA DE PROTEÇÃO

O presidente da Sociedade de Dermatologia do Rio de Janeiro, Carlos Barcauí, explica que as crianças são as mais afetadas devido à falta de proteção na camada superficial da pele. “Elas não têm uma gordura protetora ou antibacteriostática. Só vão desenvolvê-la na adolescência, por volta dos 13 anos de idade. Por isso, são mais afetadas pela doença”, diz.

Segundo ele, as crianças devem ser tratadas imediatamente. “Ao manipularem as lesões, podem espalhar a bactéria para outros locais do corpo, assim como transmitir para outras pessoas da família ou da escola, por exemplo. O ideal é afastá-la por um período curto de tratamento das outras crianças, porque o contágio é pelo contato físico”, diz.

Tratamento rápido para evitar complicações

A dermatologista e professora da Universidade Federal Fluminense (UFF) Neide Kaliu esclarece que o tratamento deve ser feito em até em 48 horas de descoberta a doença. “O procedimento para tratar é simples, pode ser feito com antissépticos locais e antibióticos orais. Mas é preciso fazê-lo antes de uma complicação maior, como o aparecimento de febre reumática, que pode levar à morte”, afirma.

Kaliu ressalta que alguns tipos de cuidados na higiene do lar são necessários quando uma criança pega impetigo. “É preciso separar um assento de vaso para esta criança e ferver a roupa para evitar mais contaminação na casa”,

O Dia

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