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2.03.2009

Medicamentos Contra Resfriado

Mais de cem vírus conhecidos são responsáveis pelos incômodos atribuídos ao resfriado comum, e a cura permanece indefinida. Gastamse bilhões de dólares todos os anos na tentativa de aliviar os sintomas do resfriado. Contudo, algumas autoridades afirmam que se a pessoa resfriada não tomar nenhum medicamento, os sintomas tendem a desaparecer em uma semana e, se tomar, estará melhor em sete dias.

As crianças têm especial propensão para ficar resfriadas e, os pais costumam dar remédios contra resfriado, embora não tenha sido verificada a eficácia desses medicamentos em crianças de idade pré-escolar. Teoricamente, cada sintoma do resfriado deve ser tratado com um medicamento. Na realidade, é difícil encontrar remédios para o resfriado com apenas um ingrediente ativo.

A maioria deles contém diversas drogas – anti-histamínicos, descongestionantes, analgésicos, expectorantes e supressores da tosse –, destinadas a tratar um amplo leque de sintomas. Tomar um supressor da tosse, um expectorante ou um analgésico não alivia a congestão nasal. Se o problema é a tosse, por que tomar um antihistamínico ou descongestionante? Se dor de garganta é o único sintoma, é provável que o problema seja resolvido com um analgésico (acetaminofeno, aspirina, ibuprofeno ou naproxeno).

Também podem ter utilidade pastilhas para garganta – especialmente as que contêm um anestésico local, como diclonina ou benzocaína – ou um gargarejo com água e sal (1/2 colher de chá de sal em um copo de água morna). Encontrar o tratamento apropriado para os sintomas isolados pode ser um verdadeiro desafio. Também ajuda ler a bula dos remédios ou consultar um farmacêutico de confiança.

Ocasionalmente, resfriado ou tosse são um sinal de problema sério comum. Um médico deve ser consultado se os sintomas perdurarem por mais de uma semana, sobretudo se ocorre dor no peito ou se a tosse produz um escarro escuro. É improvável que febre e dor acompanhem um resfriado comum; esses sintomas em geral indicam gripe ou infecção bacteriana.

Anti-histamínicosMuitos especialistas acreditam que os antihistamínicos não devem ser incluídos em remédios VL para resfriado. A preocupação desses especialistas é que os anti-histamínicos causem sonolência e induzam as pessoas à indolência; nesse estado, é perigoso dirigir, trabalhar com equipamento pesado e envolver-se em atividades que exijam atitude alerta.

Os idosos são particularmente suscetíveis aos efeitos adversos dos anti-histamínicos e podem ser acometidos de obscurecimento da visão, tontura, boca seca, dificuldade de micção, constipação e confusão mental. Algumas vezes, as crianças são estimuladas por anti-histamínicos, apresentando insônia ou hiperatividade. A despeito da grande preocupação sobre esses riscos, quase todos os remédios contra resfriado contêm anti-histamínicos. Também nesse caso ajuda ler a bula ou procurar orientação com um farmacêutico.

Descongestionantes

Quando os vírus invadem as membranas mucosas, especialmente no nariz, os vasos sangüíneos dilatam-se e causam inchaço. Os descongestionantes promovem a constrição dos vasos sangüíneos, oferecendo algum alívio. Os ingredientes ativos presentes nos descongestionantes orais são pseudo-efedrina, fenilpropanolamina e fenilefrina. Fenilpropanolamina é também o principal ingrediente de muitos produtos VL para emagrecer, nos E.U.A..

Os efeitos adversos dos descongestionantes podem ser: nervosismo, agitação, palpitações e insônia. Levando em conta que circulam por todo o corpo, esses medicamentos promovem constrição também de vasos sangüíneos de outros locais do corpo, possivelmente elevando a pressão sangüínea. Por essa razão, pessoas com pressão alta ou com doença cardíaca devem tomar descongestionantes somente sob supervisão médica ou, se possível, evitá-los totalmente.

Outros distúrbios que exigem supervisão médica para o uso de descongestionantes são diabetes e hipertiroidismo. Na tentativa de evitar essas complicações, muitas pessoas preferem os aerossóis nasais, que aliviam os tecidos nasais inchados sem afetar outros sistemas do organismo. Mas essa forma de medicamento funciona com tal rapidez e tão bem que muitas pessoas são tentadas a utilizá-los por mais tempo que o limite de três dias observado na bula.

Essa atitude pode levar ao círculo vicioso da congestão nasal de repercussão. Com o desaparecimento do efeito, os pequenos vasos sangüíneos no nariz podem expandir-se causando congestão e entupimento (obstrução) nasal. A sensação pode ser tão desconfortável, que o uso do aerossol terá continuidade, levando muitas vezes à dependência do medicamento, que se prolonga por meses, ou até anos.

Às vezes a descontinuação do medicamento tem de ser supervisionada por um médico especializado em distúrbios de ouvido, nariz e garganta (otorrinolaringologista). Os aerossóis nasais de ação prolongada contêm em sua formulação oximetazolina, xilometazolina, fenilefrina e fenoxazolina que oferecem alívio por até doze horas. Afrin, Otrivina, Aturgyl e Neoxinefrina são alguns exemplos. Esses remédios também devem ser utilizados por não mais de três dias, a cada vez.

Fonte: MSD
Posted by Antonio Celso da Costa Brandão

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