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4.08.2009

Arritmias Cardíacas

Arritmias Cardíacas
As arritmias são distúrbios da freqüência e do ritmo cardíacos
causados por alterações no sistema de condução do coração. Podem
ocorrer em pessoas com o coração normal ou ainda como resposta
a outras doenças, distúrbios eletrolíticos ou intoxicação
medicamentosa.
A freqüência cardíaca normal varia de acordo com a idade -
quanto menor a idade, maior a freqüência. No adulto, pode oscilar
entre 60 a 100 batimentos por minuto (bpm). As arritmias de freqüência
podem apresentar-se como taquicardia (acima de 100 bpm),
bradicardia (abaixo de 60 bpm), fibrilação e flutter atrial (freqüência
igual ou acima de 300 bpm).
As manifestações clínicas englobam dor no peito, palpitações,
falta de ar, desmaio, alteração do pulso e do eletrocardiograma (ECG),
podendo chegar à hipotensão, insuficiência cardíaca e choque.
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Normal
Assitolia
O eletrocardiograma (ECG)
registra a atividade elétrica do
coração, permitindo diagnosticar
uma vasta gama de distúrbios
cardíacos. Eletrodos
são conectados aos pulsos,
tornozelos e peito. São
ativados 2 eletrodos de cada
vez. Cada registro representa
a atividade elétrica de uma
região do coração. Quando
auxiliar este procedimento,
oriente a pessoa a ficar relaxada
e imóvel, isto poderá
acalmá-la.
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PROFAE
O tratamento é feito com medicamentos antiarrítmicos,
cardioversão elétrica e implantação de marcapasso.
As ações de enfermagem devem estar voltadas para:
! transmitir segurança à pessoa que apresenta arritmia, estabelecendo
diálogo, possibilitando à mesma expor seus sentimentos
de impotência e insegurança, a fim de diminuir sua ansiedade;
! proporcionar sono e repouso adequados, garantindo ambiente
livre de ruídos;
! monitorizar sinais vitais;
! oferecer oxigênio, se necessário, para reduzir a hipóxia causada
pela arritmia;
! observar os cuidados com a administração de antiarrítmicos
(verificação de pulso antes e após a dosagem prescrita);
! orientar a família e a pessoa acometida sobre os procedimentos
a serem realizados; e, quando a alta for dada,
! destacar a importância do controle do estresse, de se evitar
o uso do fumo e reduzir a ingestão de cafeína (café, chá
mate, chá preto, refigerantes a base de cola).
3.3 Angina
Angina pectoris ou ainda angina do peito é a síndrome clínica
caracterizada por crises de dor, queimação ou sensação de pressão
na região do tórax. É causada pela obstrução transitória das
coronárias. A causa da dor é o fornecimento inadequado de sangue
ao coração, resultando no suprimento insuficiente de oxigênio e de
nutrientes para o miocárdio.
Alguns fatores podem provocar a dor anginosa, como, por
exemplo, o esforço físico, a ingestão de refeição copiosa, a exposição
ao frio e a situações estressantes.
A dor da angina deve cessar com repouso ou com o uso da
nitroglicerina, num período de vinte minutos, caso contrário, a indicação
é de infarto agudo do miocárdio. Uma característica importante
da dor anginosa é que ela regride quando o fator que a causou
é afastado.
As pessoas idosas podem desenvolver sintomas anginosos mais
rapidamente do que as mais jovens. A dor se manifesta como fraqueza
ou desmaio quando expostas ao frio, já que elas têm menos
gordura subcutânea para proporcionar o isolamento térmico. Os
Marcapasso - É um aparelho
acionado por bateria e que
aplica estímulos elétricos através
de cabos com eletrodos
que estão em contato com o
coração. Ele é usado para
controlar falhas nos
batimentos cardíacos.
Refeição copiosa – É a refeição
em grande quantidade.

Assistência Clínicaidosos devem ser orientados a usar roupas extras e alertados para reconhecer o sinal de fraqueza como indicativo de que devem repousar ou
tomar os medicamentos prescritos.
O diagnóstico da angina é freqüentemente estabelecido pela
avaliação das manifestações clínicas da dor e pela história da pessoa.
De acordo com a gravidade dos sintomas de angina, da idade do
portador e das patologias associadas, exames diagnósticos poderão
ser solicitados, como o eletrocardiograma, Hollter, cintilografia
miocárdica e/ou cateterismo cardíaco.
Existem três formas de tratamento para a angina: o tratamento
clínico, a angioplastia coronariana e a cirurgia de revascularização
miocárdica. O objetivo do tratamento é aumentar a oferta de oxigênio
ao miocárdio, utilizando-se da nitroglicerina, e controlando os
fatores de risco (fumo, obesidade, hipertensão arterial,
hipercolesterolemia e hiperglicemia).
Os nitratos ainda são a principal medida terapêutica no tratamento
da angina do peito, por produzirem dilatação das
coronárias com o conseqüente aumento do fluxo sangüíneo ao
miocárdio. A nitroglicerina administrada por via sublingual alivia
a dor anginosa em até 3 minutos, devendo ser observadas as
seguintes orientações: o usuário deve ter sempre o medicamento
consigo; esse medicamento deve ser conservado em recipiente
escuro e fechado, pois sua ação é alterada na presença de luz; ao
usar o medicamento, manter a língua imóvel e não deglutir a saliva;
para evitar as crises de angina, utilizar nitroglicerina antes
de qualquer atividade intensa, como, por exemplo, as relações
sexuais. Alguns efeitos indesejáveis podem surgir, tais como: rubor,
cefaléia, hipotensão e taquicardia.
Se as crises de angina persistirem, apesar da medicação e do
controle dos fatores de risco, ou se for constatado que a obstrução
nas artérias coronárias é muito grave, poderá ser indicada a
angioplastia coronariana, ou a cirurgia de revascularização.
No caso de cirurgia de revascularização do miocárdio, uma
veia (safena) é retirada da perna e colocada sobre a artéria do coração
que está entupida, ultrapassando o local do bloqueio, como se
fosse uma ponte - é o que se chama de ponte de safena.
A angioplastia consiste em “esmagar” a placa de ateroma, dilatando
a coronária, através de um procedimento com um cateter especial,
com um balão na ponta.

As ações de enfermagem incluem as seguintes orientações
que devem ser prestadas ao portador de angina pectoris, bem
como a seus familiares, em nível ambulatorial ou durante a alta
hospitalar:
Hollter – É o aparelho utilizado
para registrar a atividade
elétrica do coração durante 24
horas.
Cintilografia miocárdica – Consiste na introdução de radioisótopos (substâncias
detectadas por radiação) por via intravenosa com o objetivo
de detectar o infarto agudo do miocárdio.
Cateterismo cardíaco – Consiste na introdução de um ou
mais cateteres pelas artérias até o coração, a fim de medir
as pressões nas diversas câmaras do mesmo.

Placa de ateroma – É o acúmulo de gordura na parede
do vaso, obstruindo a passagem do sangue.

PROFAE
! manter-se em repouso ao início da dor;
! participar de um programa diário de atividades físicas que não
produzam desconforto torácico, falta de ar e/ou fadiga
indevida;
! alternar as atividades diárias com períodos de repouso;
! fracionar as alimentações em menores porções e maior freqüência,
evitando esforço físico durante 2 horas após as
refeições;
! evitar ingestão excessiva de cafeína (café e bebidas com
cola), que pode fazer subir a freqüência cardíaca;
! não usar comprimidos para emagrecer, descongestionantes
nasais ou quaisquer outros medicamentos vendidos sem
prescrição médica e que podem aumentar os batimentos
cardíacos;
! evitar o fumo, o que eleva a freqüência cardíaca, a pressão
arterial e diminui os níveis sangüíneos de oxigênio;
! utilizar roupas adequadas às variações de temperatura;
! reorganizar os seus hábitos de vida, a fim de reduzir a freqüência
e a gravidade dos ataques de angina, bem como
prevenir-se de outras complicações.

Fonte: Cartilha de Enfermagem

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