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4.13.2009
SP tem 118 hospitais com falhas no controle de infecções e contaminação por soro em duas unidades de saúde de Ribeirão Preto
SP tem 118 hospitais com falhas no controle de infecções, diz estudo
Levantamento foi feito aleatoriamente em 158 hospitais do estado de SP.
Nomes das instituições com falhas ainda não foram revelados.
Um levantamento inédito feito pelo Ministério Público do Estado de São Paulo e pelo Conselho Regional de Medicina de Sao Paulo (Cremesp) divulgado nesta segunda-feira
(13) revela que 118 hospitais do estado de São Paulo apresentaram falhas no controle de infecções em fiscalização realizada entre outubro de 2007 e janeiro de 2008.
"Infecção hospitalar é toda infecção adquirida após a admissão do paciente na unidade hospitalar e que se manifesta durante a internação ou após a alta, desde que relacionada com a internação ou com procedimentos hospitalares", diz o relatório divulgado pelo MP e pelo Cremesp.
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Infectologia considerados no estudo, de 5% a 15% dos pacientes internados no Brasil contraem alguma infecção hospitalar.
O estudo foi realizado em 158 hospitais fiscalizados, escolhidos aleatoriamente. As unidades flagradas com falhas (118 hospitais) têm até 90 dias para cumprir as exigências de controle previstas na lei federal nº 9.431, de 6 de janeiro de 1997, e na portaria nº 2616, de 12 de maio de 1998, do Ministério da Saúde, segundo o promotor Reynaldo Mapelli Junior, coordenador da área de saúde pública do MP.
Segundo o Cremesp, no total, há 741 hospitais no estado, excluídas as unidades asilares, as psiquiátricas e as que têm menos de 20 leitos. Os nomes das instituições pesquisadas ainda não foram revelados.
Os fiscais checaram se os hospitais vistoriados tinham um conjunto adequado para lavagem de mãos, se a central de esterilização de materiais tinha normas escritas de uso, se os hospitais tinham controle e registro vacinal dos profissionais, entre outros itens obrigatórios pela legislação para evitar infecções.
Vigilância Sanitária investiga 14 casos de contaminação por soro no interior de SP
Mulher passou mal na terça após receber soro em Ribeirão Preto.
Um dos lotes do medicamento teve uso suspenso na cidade.
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A Vigilância Sanitária investiga 14 casos de contaminação por soro em duas unidades de saúde de Ribeirão Preto, a 313 km de São Paulo. Cerca de 1,8 mil fracos foram recolhidos para análise, e um dos lotes do medicamento teve uso suspenso.
A dona-de-casa Camila Nascimento Soares, de 20 anos, procurou um dos postos de saúde após ter vômitos na terça-feira (24). Na unidade, ela pediu para esperar atendimento deitada em uma maca, mas foi informada que não havia uma disponível. “Eles disseram que não tinha cama e estava lotado realmente”, afirmou Camila.
De acordo com a dona de casa, ela começou a passar mal após receber o soro. “Eu tive dor de estômago e após o terceiro frasco, comecei a ter muito frio, me deu febre e eu comecei a tremer, minhas mãos e rosto ficaram roxos”, relata. Ela conta que, nesse momento, a maca foi providenciada. Depois, foi levada para a sala de emergência e colocada no oxigênio.
Camila contou que ouviu de um médico que não era o primeiro caso de reação ocorrido na unidade de saúde. “Ele pediu desculpas para a minha mãe e disse que aconteceu outros casos naquele dia e que a reação era causada por uma bactéria, mas que ele não sabia se ela estava no soro ou era um problema de manuseio”, afirmou.
A Vigilância Sanitária confirma a ocorrência dos casos de contaminação e afirma ter aberto uma investigação. Embora a instituição não tenha interditado o lote de soro, o próprio posto de saúde suspendeu preventivamente o seu uso até que saiam os primeiros resultados da avaliação.
“O caso está sendo investigado, mas não há qualquer conclusão por enquanto. Se a investigação encaminhar para um produto suspeito, que vai precisar de análise laboratorial, serão necessários pelo menos 30 dias para os resultados, mas claro que as providências preventivas serão tomadas de imediato”, afirmou o chefe da Vigilância Sanitária, Carlos Alberto Dávila de Oliveira.
A Secretaria de Saúde da cidade informou que sabia de casos anteriores ao de Camila. Foram quatro desde a semana passada. Segundo o diretor do Departamento de Atenção à Saúde das Pessoas, Wadis Gomes da Silva, a secretaria também tinha conhecimento de mais outros dois casos em outra unidade de saúde. Os postos vão passar agora a usar soro de outros fornecedores.
Globo.com
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