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5.30.2009

Qualidade de vida

Kenny trabalhava numa importante corretora, conduzia um carro de luxo importado e possuía um apartamento no último andar de um edifício numa área nobre de uma grande cidade. Uma vida plena e satisfatória? De acordo com o The Wall Street Journal, ele disse: “Já cheguei aos 45 anos e não tenho nenhuma perspectiva de um futuro feliz . . . Minha vida é vazia.”

Em TODO o mundo, parece que muitas pessoas acreditam que o segredo da felicidade é ter um carro de luxo, uma conta bancária recheada, uma carreira de prestígio, uma casa grande e as últimas novidades electrónicas. Mas será que a felicidade depende mesmo dessas coisas materiais?

Tem havido “um grande aumento nas pesquisas sobre felicidade, optimismo, sentimentos positivos e qualidades que promovem a saúde”, diz uma reportagem especial na revista Time. Muitos ficam surpresos com os resultados desses estudos. As evidências mostram coerentemente que as pessoas que se deixam levar pela ideia de que o dinheiro, a fama ou a beleza as farão felizes enganam-se si mesmas. Na realidade, elas baseiam-se em algo que pode ser prejudicial para sua saúde mental e até mesmo levar à depressão.
Muitas pessoas nos Estados Unidos são mais ricas do que nunca. “Mas isso não significa que somos mais felizes”, diz a Time. É claro que se pode dizer o mesmo sobre as pessoas em outros países.

O número de pessoas infelizes também tem aumentado bastante na China, apesar do crescimento rápido da economia. O periódico trimestral Access Asia diz que o suicídio naquele país tem se tornado “a principal causa de morte entre pessoas de 15 a 34 anos de idade”. Parece que um factor por trás dessa tendência é a pressão exercida sobre os jovens para serem bem-sucedidos num mundo hostil e exigente.

É óbvio que a prosperidade material não diminui a ansiedade e o stress; pelo contrário, faz com que aumentem. “Hoje em dia, nosso próprio estilo de vida tornou-se a principal causa de instabilidade mental e emocional”, concluiu um estudo universitário. De acordo com o analista de tendências sociais Van Wishard, “cada vez mais, os planos de saúde pagos pelas empresas cobrem problemas de ordem psicológica e emocional”.

Até as crianças são afectadas pelas rápidas mudanças no mundo. Hoje em dia existem livros para crianças de 8 anos, que dão conselhos sobre “como elas podem identificar os sintomas do stress e lidar com ele”, diz Wishard. Segundo um boletim informativo sobre depressão, o número de casos diagnosticados entre crianças em muitos países ocidentais está a aumentar a uma impressionante taxa de 23% ao ano. Além disso, “no mercado de antidepressivos, crescem cada vez mais as vendas para crianças em idade pré-escolar”.

O medo também está a aumentar — e não apenas por causa das incertezas económicas. Com o crescente extremismo religioso e político, muitas pessoas tremem só de pensar nas coisas terríveis que podem acontecer no futuro.


Há uns 2 mil anos, Jesus Cristo ensinou um modo de vida diferente, que traz alívio e reduz o stress. A essência de seu ensino é uma verdade simples, mas profunda. Ele disse: “Felizes os cônscios de sua necessidade espiritual.” (Mateus 5:3) De fato, Jesus incentivou seus ouvintes a dar prioridade à maior necessidade humana — saber a verdade espiritual sobre o nosso Criador e seu propósito para connosco.

O ponto de vista correcto sobre o dinheiro:
Jesus disse: “Mesmo quando alguém tem abundância, sua vida não vem das coisas que possui.” (Lucas 12:15) De fato, seu verdadeiro valor como pessoa, não tem nada a ver com o saldo da sua conta bancária. Na realidade, a busca de riquezas muitas vezes aumenta as ansiedades, que tiram a nossa alegria e roubam tempo para objectivos mais importantes..

De acordo com Richard Ryan, professor de psicologia nos Estados Unidos, quanto mais satisfação as pessoas buscam nas coisas materiais, menos a encontram. O escritor bíblico Salomão disse isso da seguinte maneira: “Quem ama o dinheiro nunca ficará satisfeito; quem tem a ambição de ficar rico nunca terá tudo o que quer.” (Eclesiastes 5:10, Bíblia na Linguagem de Hoje)

A Bíblia incentiva-nos a trabalhar arduamente e a alegrarmo-nos com os frutos do nosso trabalho. (Eclesiastes 3:12, 13) Isso aumenta a nossa auto-estima — outro ingrediente vital para a felicidade. Podemos também alegrar-nos com alguns prazeres saudáveis da vida. Mas há diferença entre se alegrar com algumas coisas que o dinheiro proporciona e fazer da busca de riquezas a coisa mais importante na vida

Seja generoso e grato:
Em vez de pensar só em si mesmas, as pessoas felizes geralmente são generosas e interessam-se pelos outros. “Há mais felicidade em dar do que há em receber”, disse Jesus. (Atos 20:35) Além de dar em sentido material, podemos dar de nosso tempo e energia, o que talvez tenha ainda mais valor, principalmente na família. Maridos e esposas precisam passar tempo juntos para manter seu casamento forte e feliz, e os pais precisam reservar bastante tempo para conversar com os filhos, dar-lhes carinho e ensiná-los. Quando os membros da família dão nesse sentido, eles são bem-sucedidos e seu lar torna-se um lugar onde há felicidade.

Por outro lado, ‘mostra-se grato’ quando outros lhe dão algo — seja seu tempo e energia, seja outra coisa? (Colossenses 3:15) Mostrar gratidão pode fazer muita diferença no nosso relacionamento com outros e aumentar muito nossa alegria.

Se formos gratos, conseguiremos ver melhor as boas coisas que acontecem connosco. Numa experiência controlada, uma pesquisadora da Universidade da Califórnia, em Riverside, EUA, pediu a algumas pessoas que fizessem um “diário da gratidão” — um registo das coisas pelas quais eram gratas. Não é de admirar que, num período de seis semanas, os que fizeram parte da experiência estavam mais satisfeitos com a vida.

Que lição tiramos disso? Que temos de aprender a ver o lado bom da vida, não importa qual seja a nossa situação. Na realidade, é isso o que a Bíblia nos incentiva a fazer, quando diz: “Estai sempre alegres. Dai graças em conexão com tudo.” (1 Tessalonicenses 5:16, 18) É claro que isso exige fazer um esforço consciente para nos lembrar das coisas boas que temos.


Fonte: Time

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