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5.12.2009

Troque a bebida por exercício físico

Troque a bebida por exercício físico
O álcool deve ficar reservado apenas para os momentos mais especiais

Nem sempre é verdade, mas uma rotina saudável ajuda a manter as pessoas longe das drogas.
Quem se exercita sabe que o álcool e o cigarro diminuem a força muscular e a capacidade aeróbica, e beber pode aumentar aquela indesejável barriguinha.
Isso é o oposto do que buscamos em uma academia.

Mas a prática de exercícios também vicia? Sim. Sorte que esse vício é bem mais saudável. Que tal trocar?

Existem relatos de pessoas que conseguiram reduzir o consumo de drogas ao dar início a algum tipo de treinamento físico.
Mas, se o nível de dependência for muito alto, uma medida isolada, como praticar esporte, pode não ser suficiente para fazer largar o vício. Em alguns casos, o que pode ocorrer é a substituição de um vício por outro, como certas atividades físicas, sobretudo as aeróbicas (atividades de esforço moderado com duração maior que 30 minutos), que fazem nosso organismo produzir substâncias como a beta endorfina, que causa a sensação de bem-estar, mas também pode viciar.

Porém, com uma grande diferença: o exercício afeta de maneira muito positiva a autoestima das pessoas, um passo importante para deixar as drogas.

Qual é a quantidade de bebida alcoólica que posso ingerir sem prejudicar a saúde?

Depende não apenas da quantidade, mas da frequência com que você bebe. Medimos isso pela “unidade de álcool”, que equivale a cerca de 10 gramas de álcool puro. O corpo leva uma hora para metabolizar uma unidade de álcool. Em uma lata de cerveja (355 mililitros) existe 1,5 unidade de álcool. Em um copo de chope ou cerveja (300 mililitros) há menos: uma unidade de álcool. Em uma taça de vinho (100 mililitros), também uma unidade, e em uma dose de destilado (pinga, uísque, vodca – 50 mililitros) 1,5 unidade. Se uma pessoa beber duas taças de vinho de 100 mililitros, vai levar em torno de duas horas para que os efeitos da bebida desapareçam no corpo. Mas a desintoxicação completa só ocorre após mais algumas horas.

Mas, para avaliar os riscos reais, além da quantidade de álcool, é preciso considerar o sexo, o peso corporal (quanto maior for o peso, maior a tolerância para a bebida) e a propensão a desenvolver certas doenças. O consumo moderado de bebidas alcoólicas não garante que a pessoa não desenvolva doenças relacionadas a elas. Mas há um padrão médio de consumo sem excessos: as mulheres devem consumir até 14 unidades de álcool por semana (ou duas unidades por dia), enquanto os homens podem ingerir até 21 unidades na semana (ou três por dia).
Mas beber toda a cota da semana em um único dia pode trazer problemas físicos e psicológicos.
Uma garrafa de vinho de uma só vez provoca efeitos colaterais, entre eles a impotência.
Por isso, meu conselho é beber com bastante moderação, de preferência apenas em momentos especiais.

Marcio Atalla

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