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7.22.2009

O PODER DAS AGULHAS

O PODER DAS AGULHAS
16/07/2009
Técnica chinesa, a acupuntura se mostra eficaz no alívio de dores e pode ajudar pacientes a obter melhores resultados no tratamento de várias doenças. Com a chegada do frio, é comum que as dores pelo corpo se intensifiquem. Não por acaso, nessa época, cresce também a procura nos consultórios por acupuntura. Afinal, a milenar técnica chinesa que consiste na inserção de agulhas em pontos específicos do corpo já provou ser bastante eficaz no tratamento de dores, além de poder ser usada no combate a diversos outros males. Reconhecido pelo Ministério da Saúde desde 2006, quando o tratamento passou a ser oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o método pode ser usado também para diminuir a incidência de determinadas doenças e suavizar distúrbios psicológicos. É importante destacar, porém, que a técnica não substitui os tratamentos convencionais, principalmente no caso de problemas mais graves. Mesmo assim, a combinação da acupuntura com a medicina tradicional costuma trazer melhoras significativas para o paciente. Exemplo disso é o caso de Olga Sakkis, 51 anos. "Eu comecei a fazer por recomendação do meu ortopedista quando tive a primeira crise de coluna, há oito anos. Ele me indicou fisioterapia aliada à acupuntura", conta a servidora pública. De acordo com a acupunturista Rose Porto, 39 anos, muitos dos pacientes que a procuram atualmente vêm por indicação de médicos, principalmente clínicos-gerais. "Também tem muita gente que vem por conta própria", revela. Há oito anos, a professora Ilma Gentil, 54 anos, decidiu buscar um método alternativo para minimizar as dores causadas por três hérnias de disco. Os médicos já haviam dito que, mesmo com a realização de uma cirurgia, o desconforto provavelmente continuaria. "Como eu não teria resultado positivo com a cirurgia e estava sentindo muita dor, comecei a fazer acupuntura", lembra. Tanto Ilma quanto Olga são enfáticas ao dizer que as agulhadas trouxeram melhoras na qualidade de vida. "Além da hérnia de disco, tenho artrose e fibromialgia, entre outros problemas. Com a acupuntura, eu consigo conviver muito bem com as dores e acabei me tornando uma pessoa mais equilibrada", assegura a professora. Olga, por sua vez, afirma que seu organismo responde muito bem ao tratamento: "Sinto uma melhora grande na dor muscular, de estômago e de cabeça. Também ajuda nas crises de labirintite", enumera. Além de agulhas, podem ser usados na técnica laser, sementes, massagens, ventosas, entre outros objetos. Logo, mesmo quem tem medo de ser espetado pode ser tratado. A acupunturista Sandra de Almeida, 49 anos, afirma que a acupuntura, a princípio, não dói. Além disso, existem formas de dessensibilizar um pouco os pacientes mais temerosos. "Eu não gosto de dor e acho que ninguém gosta, então tento minimizar o efeito desagradável", diz. OPINIÃO DOS ESPECIALISTAS - Comentam sobre a necessidade ou não de o acupunturista ter formação em medicina. "A acupuntura é reconhecida pelo ministério da Saúde, pelo Conselho Federal de Medicina e pela Associação Médica Brasileira como especialidade médica, ou seja, só pode ser feita por médico com formação específica na área. Só um médico formado saberá, em uma avaliação clínica, se a acupuntura é ou não a melhor indicação de tratamento para o paciente." - Ruy Tanigawa, acupunturista e membro da Associação Médica Brasileira de Acupunturistas. "Eu sou graduada em biomedicina e estou fazendo uma pós em acupuntura agora. Faço parte da primeira turma, que se forma em outubro. Toda pessoa formada em qualquer faculdade da área de saúde pode fazer pós em acupuntura, seja psicólogo, biomédico, biólogo, fisioterapeuta. A faculdade onde faço meu curso é reconhecida pelo Ministério da Educação." - Flávia Gonçalves, pós-graduanda em acupuntura. -
Fonte: Correio Braziliense - Portal Médico

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