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8.24.2009

Exame de próstata: PSA total - PSA livre


PSA total - PSA livre
Melhorando tanto a sensibilidade como a especificidade

Uma fez que não existe cura para o câncer de próstata, detectar a doença enquanto ela esta localizada, confinada ao órgão, é a melhor esperança de melhorar a taxa de mortalidade de pacientes afetados.

Indicações do PSA
- Todos os homens de 50 anos ou mais.

- Homens entre 40 e 49 anos, que sejam negros ou tenham história familiar de câncer de próstata.

O toque retal não provê a desejável sensibilidade e especificidade para a detecção precoce do câncer de próstata. A ferramenta clínica mais efetiva para o diagnóstico e monitoramento do câncer de próstata é o teste de porcentagem de antígeno prostático específico livre (PSA). No entanto, uma vez que o PSA não é específico para o câncer, o conceito da porcentagem livre de PSA (proporção de PSA livro do soro) foi introduzido.

::. Introdução .::

O câncer de próstata é uma doença freqüente e mortal, que se tornou o principal assunto de saúde para a sociedade, médicos e organizações de saúde no mundo todo. Por esta razão clínicos e pesquisadores uniram seus esforços para melhorar nossa compreensão desta doença.
Hoje, há em consenso de que não havendo nenhuma terapia curativa, quando a doença extrapola os limites do órgão, a melhor maneira de melhorar as taxas de mortalidade desta doença é detecta-la enquanto está num estágio localizado, confinada ao órgão. Determinar o modo mais efetivo e apropriado de se alcançar este objetivo tem sido o ponto de discussão há anos na urologia. Por décadas, os urologistas acreditaram que o toque retal (TR) era suficiente para detectar e monitorar o câncer de próstata.

No entanto, o tempo provou que o TR não supre a especificidade e sensibilidade desejáveis para uma detecção precoce da doença. O desafio de se detectar o câncer de próstata num estágio inicial e curável levou à descoberta de uma glicoproteína, conhecida hoje como antígeno prostático especifico (PSA).

O PSA não somente trouxe um nova era para a detecção do câncer de próstata, como também se posicionou como a ferramenta mais confiável no diagnostico e monitoramento de câncer.
Apesar de tudo, o PSA não é especifico para câncer e por si só não pode ser considerado o marcador tumoral perfeito para a detecção precoce deste tipo de câncer. Como meio de otimizar o uso clínico do PSA, conceitos como a densidade do PSA (PSAD), a velocidade do PSA (PSAV) e valores de referência específica por idade têm sido desenvolvidos e testados na prática médica. Apesar de úteis, estes teste não atingem todas as questões.
Mais recentemente, o conceito de porcentagem de PSA (proporção de PSA livre no soro) foi introduzido como uma tentativa de melhorar a especificidade do PSA, enquanto preserva sua sensibilidade. Neste artigo, discutimos a utilidade da porcentagem de PSA livre na melhoria da sensibilidade e especificidade do teste de PSA.
Como algoritmo da detecção precoce do câncer de próstata utilizando o TR, o PSA total e a porcentagem de PSA livre, veja a tabela.

::. O papel do PSA no diagnóstico do câncer de próstata .::

O PSA se tornou o marcador tumoral clinicamente mais útil para a detecção precoce e classificação do câncer de próstata, tanto quanto no monitoramento da resposta à terapia. Apesar de único, o PSA possui importantes limitações que o impedem de ser um marcador tumoral perfeito. Devido ao PSA não ser câncer-específico, os níveis sorológicos de PSA acima do normal não são patognomônicos para o câncer de próstata.
Além disso, valores dentro do espectro de referencia nem sempre são indicativos da ausência de câncer. Apesar de tudo, vários estudos têm mostrado que o PSA sozinho detecta um número de malignidades maior do que o toque retal ou qualquer outro parâmetro isolado. Mais importante, a maioria dos tumores detectados pelo PSA, possuíam apresentações histopatológcas de câncer clinicamente importante, com risco de vida.
Para detectar o câncer de próstata confiavelmente num estágio inicial, é utilizado um baixo valor de corte na sorologia do PSA nos programas de rastreamento (4,0 ng/ml). Este valor de corte está associado com um número considerável de achados falso-positivos e falso-negativos (taxas de 65% falso-positivos e 20% falso-negativos), demonstrando a inabilidade do teste em discernir o câncer de próstata da hipertrofia prostática benigna (HPB).
Além disso, pelo menos 20% dos homens com câncer de próstata comprovado por biópsia na época do diagnóstico, apresentam concentração sorológica de PSA dentro do aspecto de referência de 0,0 ng/ml a 4,0 ng/ml.

Microscopia eletrônica de célula prostática cancerosa
Sendo a concentração sorológica de PSA total o único critério de diagnostico, os cânceres daqueles pacientes não teriam sido detectados.
Nitidamente, as imunotécnicas presentemente empregadas na determinação da concentração sorológica de PSA possuem habilidade limitada para distinguir câncer de próstata inicial de alterações benignas da próstata. Os esforços para aprimorar tanto a sensibilidade como a especificidade do teste de PSA levaram à descoberta de diversas formas moleculares de PSA no soro humano. A concentração destas formas pode variar de acordo com os estados patológicos específicos presentes na próstata.

::. Indicações do PSA livre (f-PSA) .::
O PSA livre corresponde a 10% - 40% do PSA total.
- Se a relação f-PSA/PSA total for menor que 25%, a probabilidade do paciente ter câncer de próstata é de 33%.

- Se o PSA Total estiver entre 4 a 10 ng/ml e a relação f-PSA/PSA total for maior que 25%, o diagnóstico mais provável é a hiperplasia prostática benigna.

- É muito útil nos homens em que os testes de PSA estão na zona cinzenta (4 a 10 ng/ml).

- Ajuda a diferenciar o câncer de próstata da hiperplasia benigna e aumenta a sensibilidade e especificidade do PSA como marcador tumoral.

Inervação da próstata com tumor

::. Resumo .::
Pesquisas cientificas e clínicas básicas continuam a procurar por novos caminhos para aprimorar a utilidade clínica do PSA. Como ele não é específico para câncer e o câncer de próstata se desenvolve no homem numa idade em que outras condições benignas têm maior prevalência, vários métodos para melhorar a sensibilidade e especificidade do teste de PSA estão sendo estudados.
A utilização da porcentagem livre de PSA é recomendada como meio de distinguir entre pacientes com câncer de próstata inicial e aqueles com nível total sérico de PSA em 4,0 e 10,0 ng/ml. Neste espectro, a porcentagem de PSA livre melhora a performance do teste de PSA em 20% a 25%.
Com o nível de PSA total de 4,0 ng/ml ou menos, a porcentagem de PSA livre acentua a detecção do câncer de próstata, com um incremento aceitável do número de biópsias realizadas.
Quando o valor de PSA total é ligeiramente elevado (4,1 - 10,0 ng/ml), a porcentagem de PSA livre diminui o número de biópsia desnecessárias.

Microscopia eletrônica de células prostáticas cancerosas

Pielografia intravenosa de adenoma prostático

Ambos resultados são altamente desejáveis quando se tenciona diagnosticar o câncer de próstata em um estágio confinado ao órgão. Independentemente da abordagem utilizada o teste de PSA está nitidamente detectando mais cânceres de próstata confinados no órgão, clinicamente importantes e curáveis.
Finalmente, avanços no emprego deste método de detecção, poderão levar a uma redução na taxa de mortalidade associada ao câncer de próstata.

Fonte: www.exame-aracatuba.com.br/psa.htm

Alerta

Exame de PSA: 12% de falsos positivos
Diagnóstico de câncer de próstata só pode ser dado após outros tipos de testes, a critério médico

Rio - Um a cada oito homens submetidos a exame de sangue (PSA) para detectar câncer de próstata recebe diagnóstico positivo sem sofrer da doença. O engano ocorre porque nem sempre índices altos encontrados no exame de PSA (Antígeno Prostático Específico), substância secretada pela próstata, significam câncer. A conclusão é de estudo finlandês publicado na revista científica britânica British Journal of Cancer.

Pacientes com teste “falso positivo” apresentaram duas vezes mais chances de não aceitarem exames futuros, por acharem desnecessário. Para o chefe de Oncologia do Hospital São Vicente de Paulo, Décio Lerner, resultado de PSA acima de 4 pode indicar câncer ou alterações benignas na próstata. É necessário conversar com o médico para avaliar a necessidade de outros exames, como toque retal e biópsia.

“Para pessoas com casos de câncer na família e com mais de 50 anos é aconselhável fazer outro exame além do PSA. Não há um consenso para isso. O homem deve conversar com o médico ”, explica.

Segundo o estudo, o falso resultado pode levar a procedimentos invasivos, como biópsias, e a tratamentos desnecessários. Além disso, alguns homens podem acabar recebendo tratamento para um tumor que se desenvolve tão lentamente que jamais causaria problemas. Estudo de março de 2009, realizado em sete países europeus, indicou que exames feitos com frequência poderiam reduzir em 20% os óbitos por câncer de próstata. Homens acima de 50 anos devem fazer o exame de PSA.


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