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8.22.2009

Falta de ar e piora repentina são sinais de complicação da gripe A

Falta de ar e piora repentina são sinais de complicação da gripe A, alertam médicos
Agravamento dos casos ocorre de forma muito intensa e muito rápida.
Dificuldade para respirar pode sinalizar comprometimento dos pulmões.


A maioria dos casos de gripe A é bastante leve e os sintomas podem passar mesmo sem tratamento médico. No entanto, alguns quadros se agravam e podem requerer internação. Como saber se você precisa de atendimento hospitalar? Segundo médicos ouvidos pelo G1, o agravamento não costuma deixar dúvidas: ele ocorre de forma muito intensa e muito rápida. Se você se sentir muito mal de repente: procure seu médico ou um posto de saúde.

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Tire dúvidas sobre a gripe A (H1N1)

O Ministério da Saúde recomendou que pessoas com um ou mais sintomas de gripe (vale lembrar: febre alta e repentina, tosse, dor de garganta, fadiga ou dores musculares) devem procurar seus médicos pessoais ou postos de saúde. Os hospitais vão atender apenas os casos graves da doença.

Como grande parte é leve, a maioria das pessoas é orientada a voltar para casa e permanecer em repouso. Elas devem voltar a procurar seus médicos caso o quadro piore – principalmente se piorar repentinamente.


A dificuldade para respirar é um sinal de alerta. “Falta de ar pode sinalizar um comprometimento da função pulmonar. Pode ser o início de uma pneumonia, que pode ser muito perigosa”, alerta o médico Antônio Baroni, do Hospital das Clínicas de São Paulo. “A pessoa deve procurar ou voltar ao médico a qualquer sinal de dificuldade para respirar”, explica.

O infectologista Paulo Olzon, da Universidade Federal de São Paulo, afirma o mesmo. “A dificuldade respiratória precisa ser investigada pelo médico”, afirma.

Segundo o especialista, o que chama mais a atenção nos casos de agravamento é a rapidez com que ele ocorre. Olzon conta de uma paciente com gripe A que atendeu na semana passada. “Na terça-feira eu a examinei e ela tinha sintomas leves. Tanto que voltou para casa e continuou com a vida normal. Na sexta à noite, ela disse que estava muito cansada. Aos poucos a febre foi aumentando, ela sentiu tremores fortes e muito mal estar. Na mesma madrugada teve que ser hospitalizada”, conta Olzon.

É importante ressaltar, no entanto, que o agravamento do caso não significa que ele vá ser fatal. Mesmo nos casos graves, a maioria dos pacientes sobrevive. “A taxa de mortalidade é muito baixa. A população não deve entrar em pânico”, orienta o infectologista.

O médico também afirma que pessoas com sintomas leves não procurem os hospitais. “Casos leves devem ser investigados por seus médicos pessoais em consultórios. Você pode não estar com a gripe. Se for ao hospital, onde há muitos casos, pode acabar se contaminando”, explica Olzon.

Antônio Baroni passa a mesma orientação. “A pessoa só deve ir a um hospital se o seu médico mandar. Os hospitais são apenas para casos graves que já passaram pelo atendimento médico inicial”, afirma.

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