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8.10.2009

Medicamento falsificado

Todo medicamento é passível de falsificação, tanto medicamentos patenteados, como genéricos (medicamentos vendidos sob o nome do princípio ativo depois de vencida a patente do produto original).
Os medicamentos caros, vendidos somente com prescrição médica para tratar doenças tais como AIDS ou câncer, são particularmente rentáveis para estes "comerciantes" duvidosos. Mas, ainda assim, mundialmente, os antibióticos são provavelmente os medicamentos mais comumente falsificados.
De modo crescente, medicamentos de estilo de vida, tais como produtos para tratar disfunção erétil, ocupam uma boa posição na lista. Por este motivo, qualquer paciente está em risco.

O que são medicamentos falsificados?

A Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Federação Internacional das Associações de Fabricantes de Produtos Farmacêuticos (IFPMA) definem um medicamento falsificado como um medicamento que é rotulado erroneamente de forma deliberada e fraudulenta em relação à identidade e/ou fonte.

Simplificando, eles são medicamentos que não provêm do fabricante original ou sofrem alterações ilegais antes do seu fornecimento ao paciente. Eles variam de falsificações “completas”, que são fabricadas pelos falsificadores do começo ao fim, a produtos genuínos cuja data de validade foi falsamente estendida. Alguns exemplos de medicamentos falsificados incluem produtos:

* que contêm o ingrediente ativo correto, mas em uma dose muito alta ou muito baixa;
* cuja data de validade foi alterada;
* que não contêm o ingrediente ativo;
* que contêm um ingrediente ativo diferente daquele declarado ou
* que são vendidos com embalagens, blisters e/ou panfletos de informações ao paciente falsos.

Infelizmente, estes “medicamentos” geralmente não podem ser identificados por leigos ou por médicos e farmacêuticos sem mais informações.

Quais são os riscos para a saúde?

As pessoas tomam remédios para tratar suas doenças e ficarem saudáveis. Claramente, um falsificador não está interessado em produzir um medicamento com a mesma qualidade do original. Os riscos são óbvios no caso de produtos falsificados, que por sua natureza prejudicam o paciente ou consumidor, por exemplo, ao conter toxinas e impurezas.

Mas além destes exemplos ostensivos, os produtos falsificados são geralmente inferiores em qualidade, provavelmente devido aos processos de fabricação insatisfatórios ou armazenamento inadequado.
E mesmo que o produto contenha alguns ingredientes ativos, eles podem ser inadequados em qualidade ou quantidade, fazendo com que uma vacinação ou teste falhe ou resultando em resistência contra o ingrediente ativo genuíno.
Depois de tudo, existem boas razões para que a lei prescreva procedimentos tão elaborados para ensaios clínicos, autorização de comercialização e monitoramento de medicamentos.

A falta de informações sobre a indicação correta, uso, etc., pode causar riscos e danos consideráveis, mesmo se o conteúdo do medicamento for genuíno. Em alguns casos, o falsificador adiciona substâncias perigosas ao produto com o objetivo de produzir um “efeito” (ou então um “efeito colateral” sem qualquer valor terapêutico) semelhante ao do produto original. Tomar um medicamento falsificado é sempre um jogo de roleta russa.
Exemplos

* Náusea é um efeito colateral inevitável de um produto genuíno tomado para tratar uma doença muito séria. Os pacientes que confiam neste medicamento e o tomam regularmente têm consciência disso. Os falsificadores podem ter o cuidado de adicionar uma quantidade de substância tóxica ao seu produto falsificado para produzir um efeito colateral similar, para que os pacientes acreditem que estão tomando o medicamento original.
* Um medicamento para disfunção erétil falsificado contém modificações do ingrediente ativo original, que não foram submetidos a ensaios clínicos. O falsificador também pode combinar diversos ingredientes ativos. O produto falsificado pode apresentar um efeito “visível”, talvez até mesmo um efeito aparentemente “melhor” do que o verdadeiro uma vez que a dose foi aumentada deliberadamente – mas o paciente não sabe o que ele está tomando na verdade (e qual dose) e quais serão os efeitos a longo prazo.

Fonte: Bayer

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