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9.02.2009
DERMATOLOGIA (novidades)
1. Desaparecimento das lesões cutâneas do granuloma anular através de injeções intralesionais de interferon de fibroblastos humanos
BABA T, HOSHINO, M, UYENO K - Arch Dermatol, 124:1.015-1.016, 1988.
Foi realizada aplicação intralesional de solução de beta-1 interferon semanalmente dividindo-se a dose em algumas áreas. Observou-se importante desaparecimento das lesões após cinco a seis aplicações.
Por outro lado não se observaram alterações nas lesões não infiltradas. Entretanto, para uso prático é necessário maior número de estudos sobre esta forma terapêutica.
2. PUVA terapia no granuloma anular difuso
HINDSON C, SPIRO JG, COCHRANE H - Clin Exp Dermatol, 13:26-27, 1988.
Três casos de granuloma anular difuso, de duração variável e que comprometiam 20 - 40% da superfície cutânea, foram tratados com PUVA. Todos os pacientes melhoraram clinicamente e um deles permaneceu sem lesões por 3 - 5 anos após a suspensão da terapêutica.
Em dois pacientes com recorrência, as lesões apareceram em áreas diferentes das anteriores.
3. Reação lumínica persistente - Êxito no tratamento com ciclosporina A
DUSCHET AP, SCHWARZ T, OPPOLZER C, GSCHNAIT F - Acta Derm-Venerol, 68:176-178, 1988.
Paciente que apresentava, durante anos, uma reação persistente à luz que se mostrava resistente a tratamentos convencionais. Foi tratado com ciclosporina A após o uso prévio e prolongado de corticosteróides. A dose de ciclosporina foi 6mg/kg dividida em duas doses iguais por dia. A resposta clínica foi excelente.
A ciclosporina A pode ser uma boa alternativa em substituição aos corticosteróides nos casos graves de reação lumínica.
4. Tratamento de extensa doença de Paget extramamária e dos genitais masculinos com cirurgia micrográfica de Mohs
WAGNER RF, COTTEL WI - Urology, 31:415-418, 1988.
Paciente com uma extensa doença de Paget extramamária foi tratado com técnica micrográfica de Mohs (MMS). Neste caso, em particular, a avaliação clínica do tamanho do tumor foi somente a metade do seu tamanho real, como foi verificado após a extirpação completa pela MMS.
Aconselha-se que em casos de tumores genitais com limites clínicos mal definidos a técnica de Mohs seja terapêutica de eleição.
5. Tratamento do condiloma acuminado com três diferentes tipos de interferons administrados intralesionalmente - Um estudo duplo-cego placebo controlado
REICHMAN e cols. - Ann Int Med, 108:675-679, 1988.
Setenta e cinco pacientes com condilomas acuminados confirmados por biópsia e refratários às terapêuticas convencionas foram tratados com alfa-1 e beta interferon por via intralesional.
Uma lesão em cada paciente foi infiltrada três vezes por semana durante quatro semanas com 1 por 10 à sexta de interferon ou com placebo
Conclusão: os interferons parecem ser úteis.
A recorrência freqüente da enfermidade e o fracasso terapêutico em muitas lesões indicam que são necessários maiores estudos no sentido de melhorar o tratamento das verrugas genitais.
6. Combinação de extirpação cirúrgica e laser de dióxido de carbono para tratamento de neoplasia intra-epitelial vulvar multifocal
BORNSTEIN J, KAUFMAN R - Am J Obstet Gynec, 158:459-464, 1988.
Três áreas de neoplasia intra-epitelial vulvar (vin) foram selecionadas e tratadas com uma combinação de extirpação cirúrgica e laser de dióxido de Carbono.
As lesões tratadas com laser foram as do clitóris ou distais, respeitando a vulva. Estas áreas poderiam ter sido deformadas funcional ou anatomicamente se as lesões fossem extirpadas cirurgicamente. Combinando o laser de dióxido de carbono com a cirurgia, produz-se um resultado cosmeticamente satisfatório e obtém-se material adequado para o diagnóstico histopatológico.
7. Infecção por papilomavírus transmitida sexualmente - III. Tratamento dos parceiros masculinos
ROSEMBERG S - Urology, 31:375-378, 1988.
Cento e nove homens com infecção por papilomavírus foram tratados com terapêuticas distintas. As lesões restritas ao prepúcio, tratadas com eletrocautério, apresentaram recorrência de 40%. O laser de dióxido de carbono apresentou êxito ao eliminar 75 a 82% das lesões subclínicas extensas de caráter exofítico.
As lesões do meato assim como as anais e perianais responderam adequadamente a uma única exposição ao laser. A localização escrotal foi melhor tratada com aplicação tópica de 5-FU com um índice de cura de 82%.
Acredita-se que para obter êxito o tratamento das infecções por papilomavírus deve se basear fundamentalmente num acompanhamento prolongado e periódico com o objetivo de detectar a recorrência da enfermidade, e deve incluir diferentes tipos de terapêutica para serem usadas de acordo com a apresentação clínica e a localização anatômica da enfermidade.
8. Tratamento de tatuagens com ácido tricloroacético - Experiência com 670 pacientes
PIGGOT TA, NORRIS RW - Brit J Plastic Surg, 41:112-117, 1988.
Uma solução de ácido tricloroacético a 95% foi ligeiramente friccionada sobre as tatuagens até que toda a superfície ficasse branca após dois ou três minutos.
Dessa forma foram tratados 670 pacientes. Não foram realizados tratamentos posteriores por três meses ou mais. Para a grande maioria dos pacientes os resultados foram bastante aceitáveis. Nenhum dos pacientes recebeu mais de três aplicações numa mesma área.
9. Resposta ao uso de tetraciclina em telangiectasias em um paciente hemofílico com infecção por vírus de imunodeficiência humana
GIMENEZ ACOSTA F, FONSECA E, MAGALLON M - J Am Acad Dermatol, 19:369-370, 1988.
Associação de telangiectasias e infecções por HIV tem sido descrita em homossexuais masculinos. Foi usado em paciente hemofílico, soropositivo para HIV, o cloridrato de tetraciclina na dose de 500mg uma vez por dia. O paciente não era homossexual e apresentava telangiectasias na parte anterior do tórax.
Em duas semanas várias lesões desapareceram e não houve recidiva durante meses.
10. Estudo duplo-cego comparativo com mupirocin e placebo no tratamento das úlceras crônicas das pernas
MENTAR S, FOX D - Brit J Clin Prat, 42:324-328, 1988.
Úlceras das pernas infectadas predominantemente com estafilococos ou estreptococos beta-hemolíticos foram tratadas com ungüentos de mupirocin a 2% aplicado diariamente. Observou-se melhora clínica em 15 dos 17 pacientes tratados. O unguento de mupirocin foi bem tolerado e apresentou bons resultados nas úlceras infectadas por estafilococos áureos, mas não nas infectadas por estreptococos beta-helíticos.
11. Úlceras pós-irradiações e metronidazol tópico
KHANNA AK, KHANNA A, ASTHANA K - Cancer Invest, 6:123-124, 1988.
Seis pacientes com úlceras pós-irradiação foram tratados com metronidazol tópico após terem usado, sem resposta alguma, diferentes antibióticos e enxertos cutâneos repetidos.
A aplicação local de metroniciazol foi feita com pó obtido através da cocção dos comprimidos, sendo interrompido todo tratamento sistêmico.
Num período de cinco a 12 semanas cinco das seis úlceras cicatrizaram.
12. Tratamento da queilite actínica crônica com laser de dióxido de carbono
DUFRESNE RG, GARRET AB, BAILIN PB, RATZ JL - J Am Acad Dermatol, 19:876-878, 1988.
Foi usado para tratar 13 pacientes com queilite actínica crônica duas tormas de laser de CO2: a convencional e a forma de superpulso.
Os resultados foram considerados excelentes. O procedimento foi bem tolerado. Não se observaram recorrências.
13. Aciclovir no leite humano
MEYER LJ, MIRANDA F, SHETA N, SPRUANCE S - Am J Obst Gynecol, 158:586-588, 1988.
Foi dosado através de radioimunoensaio a concentração de aciclovir no sangue e no leite de uma mulher em fase de amamentação, e que fazia uso desta medicação para tratamento de herpes zoster.
Os dados sugerem que é baixa a quantidade de aciclovir que passa para a criança através do leite materno.
O uso de aciclovir em mulheres que amamentam é, teoricamente, de baixo risco, desde que a criança tenha função renal normal.
14. Efeitos clínicos e imunológicos da administração mensal de ciclofosfamida endovenosa no lúpus eritematoso sistêmico grave
McCUNE WJ, GOLBUS J, ZELDES W, BOHLKE P, DUNNE R, FOX D - N Engl J Med, 318:1.423-1.431, 1988.
Nos casos severos de LES com comprometimento renal e do SNC, que se mostraram resistentes aos corticosteróides orais foi feito ciclofosfamida endovenosa na dose de 500mg/m2 de superfície cutânea aumentando-se progressivamente até 1000mg/m2.
Nenhum paciente recebeu mais de 2,5mg em dose única. Houve melhora substancial dos casos severos.
Por se tratar de um estudo preliminar não controlado, os resultados devem receber maior investigação.
15. Plasmaferese e pulso de ciclofosfamida em lúpus eritematoso sistêmico
BARR WG, HUBELL EA, ROBINSON JA - An Int Med, 108:152-153, 1988.
Vinte e seis pacientes com LES persistentemente ativo, apesar do uso de prednisona ou de prednisona e lmuram foram tratados com plasmaferese por sete a 10 dias e com ciclofosfamida em bolus na dose de 0,75g a 1g/m2 de superfície corporal, após a última sessão de plasmaferese. Manteve-se a plasmaferese a cada três meses.
Quinze pacientes apresentaram remissão clínica possibilitando uma rápida redução na dose de corticosteróides.
Pode haver sinergismo entre os dois tratamentos.
16. Acitretin e etretinato no tratamento da pustulose palmoplantar - Estudo duplo-cego comparativo
LASSUS A, GEIGER JM - Brit J Dermatol, 119:755-759, 1988.
Sessenta pacientes com pustulose palmo-plantar foram tratados num estudo duplo-cego com acitretin (etretin) ou com etretinato. Foi administrado 100mg de cada medicação durante quatro semanas consecutivas e, de acordo com a resposta terapêutica, fez-se mais oito semanas com um número variável de cápsulas.
Conclusão: acitretin e etretinato não diferem significativamente em relação à eficácia e inocuidade no tratamento desta enfermidade.
Os resultados indicam que ambos os retinóides foram igualmente efetivos.
Levando-se em conta tanto a eficácia quanto a tolerância a dose ótima de ambos os retinóides é 30mg/dia.
17. Síndrome de Papillon-Lefèvre - Um estudo do curso clínico, a longo prazo, das infecções piógenas recorrentes e dos efeitos do tratamento com etretinato
BERGMAN R, FRIEDMAN-BIRNBAUM R - Brit J Dermatol, 119:731-736, 1988.
Quatro dos cinco membros de uma família com uma variante clínica de síndrome de Papillon-Lefèvre foram tratados com etretinato por um período de pelo menos 21 meses consecutivos.
O tratamento com etretinato produziu uma melhora importante da ceratodermia e remissão completa das lesões piodermíticas da pele ceratótica e não ceratótica.
Dose diária inicial foi 1mg/kg e a dose de manutenção foi 0,4 - 0,5mg/kg/dia.
Acredita-se que o etretinato passa ter um papel principal na prevenção de infecções piógenas recorrentes em pacientes com Papillon-Lefèvre.
18. O efeito da terapêutica com retinóide oral sobre o sistema imune humano normal
MEKRROW KJ, MACKIE R, LESKO MJ, PEARSON C - Brit J Dermatol, 119:313-320, 1988.
Vinte e quatro pacientes foram examinados antes e depois de seis a 12 semanas de tratamento com isotretinoína para acne ou com etretinato para psoríase. Pacientes tratados com isotretinoína tiveram uma importante redução na atividade e no número de células "natural killer". Ao contrário, pacientes tratados com etretinato tiveram um aumento na atividade e no número de células "natural killer".
Nos pacientes com transplante renal a isotretinoína se mostrou mais inócua do que o etretinato.
19. Eficácia do acitretin no tratamento do lúpus eritematoso cutâneo
RUZICKA T, MEURER M, BIEBER TH - Arch Dermatol, 124:897-902, 1988.
Foram avaliados 20 pacientes. A dose inicial foi de 50mg dia, sendo a dose máxima administrada de 75mg e a mínima de 10mg.
Todos os pacientes responderam ao tratamento, mas em cinco deles o resultado não foi satisfatório.
Em sete pacientes o acitretin foi superior ã terapêutica prévia com antimaláricos e ou corticõides sistêmicos.
20. Acitretin na terapêutica sintomática de ictiose recessiva ligada ao sexo
BRUCKNER-TUDERMAN L, SIGG C, GEIGER J-M, GILARDI S - Arch Dermatol, 124:529-532, 1988.
A dose de maior eficácia foi de 35mg diários, tendo se observado efeitos colaterais mínimos.
Todos os pacientes mostraram uma melhora clínica importante no que diz respeito à descamação durante o tratamento.
Os efeitos benéficos persistiram por quatro a seis semanas após a suspensão da medicação.
Pode-se esperar bons resultados com uma terapêutica de intervalos ajustados as variações dos sintomas cutâneos.
21. Síndrome de Papillon-Lefèvre - Estudo ultra-estrutural e êxito no tratamento com acitretin
NAZZARO V, LANCET-BARDON C, MIMOZ C, REVUZ J, PUISSANT A - Arch Dermatol, 124:533-539, 1988.
O etretin é eficaz no tratamento da síndrome de Papillon-Lefèvre. A introdução da terapêutica precocemente permite que os pacientes tenham uma denfição definitiva normal.
A dose usada foi de 0,5mg/kg nos três pacientes e foi mantida por 16 meses. Os dentes que nasceram na vigência de tratamento não apresentavam periodontopatia e permaneceram firmemente aderidos aos alvéolos dentários.
22. Terapêutica com itraconazol nas infecções dermatofíticas recalcitrantes
HANIFIN JM, TOFFE SJ - J Am Acad Dermatol, 18:1.077-1.080, 1988.
Em pacientes que não responderam à terapêutica antimicótica tópica e oral, foi instituído 100mg diários de itraconazol em uma única tomada associada à ingesta alimentar. Obteve-se melhora acentuada ao final de três a seis meses de tratamento.
A medicação foi bem tolerada, porém não se obteve cura total das infecções das unhas dos pés. Resta estabelecer a inocuidade a longo prazo e a prevenção das recorrências.
23. Tratando tinea capitis -Deveria o cetoconazol substituir a griseofulvina?
TAOZ R, HEBERT AA, ESTERLY NB - J Pediat, 112:987-991, 1988.
Setenta e nove pacientes com tinea do couro cabeludo foram inseridos num estudo comparativo randomizado de griseofulvina e cetoconazol.
Não se observaram diferenças estatisticamente significativas entre os dois medicamentos no que diz respeito ao resultado do tratamento. Verificou-se 73% de êxito nos pacientes tratados com cetoconazol em comparação aos 96% obtidos com a griseofulvina.
O cetoconazol pode ser usado naqueles pacientes que não podem por alguma razão receber griseofulvina e, possivelmente, naqueles que não responderam adequadamente a esta medicação. No entanto, o cetoconazol não deve substituir a griseofulvina como droga de eleição.
24. Avanços na fototerapia com UVB na psoríase
WELDER HV e cols. - Brit J Dermatol, 119:11-19, 1988.
Uma nova lâmpada fluorescente para UVB, a Philips TL-01, que emite um feixe de 311-312nm, foi comparada, em relação a sua efetividade terapêutica, com as lâmpadas comumente usadas como a Philips TL-12, nos pacientes com psoríase. A nova lâmpada parece fornecer uma fototerapia mais eficaz e mais inócua.
Em relação aos riscos, a Philips TL-01 parece ser ligeiramente menos carcinogênica que a TL-12.
25. Ciclosporina A em baixas doses na psoríase grave - Um estudo duplo-cego
VAN JOOST TH e cols. - Brit J Dermatol, 118:183-190, 1988.
Ciclosporina A em baixas doses (3-5mg/kg/dia) foi administrada em 20 pacientes com psoríase em placas graves durante quatro semanas.
Observou-se uma remissão quase completa em quatro de 18 pacientes. Enquanto que 15 apresentaram uma importante melhora.
Conclusão: a ciclosporina A em doses baixas pode ser útil no tratamento de episódios graves de psoríase por curto tempo de administração.
Se fosse assegurada a ausência de efeitos colaterais graves, a ciclosporina A em baixas doses poderia ter um papel importante na melhoria da psoríase grave.
26. Melhora de psoríase mediante o uso tópico de um análogo de vit D3, o MC903, em um estudo duplo-cego
KRAGBALLE K, BECK HI, SOGAARD H - Brit J Dermatol, 119:223-230, 1988.
Foi usado um análogo de vit D3, o MC903, em creme contendo 10µg/g, 33µg/g ou 100µg/g em 30 pacientes com psoríase em placa crônica moderada.
Observou-se melhora a partir da primeira semana, tanto do ponto de vista clínico quanto do histopatológico. O efeito benéfico persistiu durante as seis semanas de tratamento.
Este análogo da vit D3 tem pouco ou nenhum efeito sobre o equilíbrio do cálcio.
27. Resultados do uso de óleo de peixe na diminuição da hipertrigliceridemia em pacientes com psoríase tratados com etretinato ou acitretin
ASHLEY JM, LOWE NJ, BOROK ME, ALFIN-SLATER RA - J Am Acad Dermatol, 19:76-82, 1988.
Foi administrado óleo de peixe a 25 pacientes que faziam uso de etretinato ou acitretin com a intenção de reverter a hiperlipidemia associada aos retinóides utilizados.
O suplemento de óleo de peixe utilizado continha 1,8g de ácido elcosapentaenóico e 1,2g de docosa-hexaenóico que foram administrados durante quatro semanas tendo se mostrado eficazes na redução de hipertrigliceridemia.
A inversão dos níveis dos lipídios pode ser de particular importância na redução do risco de doença cardiovascular nos pacientes com psoríase que fazem uso de retinóides por muito tempo.
28. Acitretin versus etretinato em psoríase. Resultados clínicos e farmacocinéticos em um estudo multicêntrico alemão
GOLLNICK H e cols. - J Am Acad Dermatol, 19:458-469, 1988.
Em um estudo duplo-cego randomizado multicêntrico, cento e setenta e cinco pacientes com psoríase de diferentes tipos foram tratados com 10, 25 e 50mg de acitretin e comparados com pacientes que recebiam 50mg de etretinato, por um período de oito semanas.
Foi observada remissão completa das lesões naqueles que recebiam doses mais altas.
Devido o tempo de eliminação do acitretin ser mais curto, muitas mulheres podem engravidar mais rapidamente do que depois do tratamento com etretinato.
Outra vantagem do acitretin é que as alterações do colesterol sérico são menos pronunciadas.
29. Terapêutica combinada de antralina-corticosteróides no tratamento de psoríase crônica em placas
MONK BE, HEIR ME, CLEMENTI MI, PEMBROKE AC, DUVIVIER A - Arch Dermatol, 124:548-550, 1988.
Foi usada a antralina numa concentração de 0,1% e também de 2% misturadas ao propionato de clobetasol a 0,0125% de acordo com a tolerância do paciente.
As lesões psoriásicas tratadas com esta combinação se resolveram mais rapidamente que aquelas tratadas com antralina em baixas concentrações.
Uma desvantagem importante foi o aparecimento de uma foliculite estafilocócica em quatro dos 35 pacientes.
30. Melhora da psoríase vulgar após injeções intralesionais com ácido 15-hydroxi-eicosatetraenóico (15 HETE)
FOGH E, SOGGARD H, HERLIN T, KRAGBALLE E - J Am Acad Dermatol, 18:279-285, 1988.
Injetou-se 300mg de 15-Hete na derme superior das placas de psoríase três vezes por semana. Quatro pacientes tiveram cura total e sete melhoraram consideravelmente (50-75%) após três semanas de tratamento.
Os resultados indicam que o 15-HETE mediante um mecanismo dose-dependente e estereoespecífico pode melhorar a psoríase.
31. Melanuma maligno cutâneo primário estágio I - Comparação entre excisões com margens de 1 ou 3cm
VERONESI U e cols. - N Engl J Med, 3:8:1.159-1.162, 1989.
Em melanomas primários menores que 2mm fez-se extirpação com margem de 1 cm em 305 pacientes, e uma excisão ampla de pelo menos 3cm a partir dos bordos em outros 307 pacientes.
A espessura média dos melanomas foi de 0,99mm no grupo de excisão mínima e de 1,02mm no de excisão ampla.
O aparecimento subseqüente de metástases para gânglios regionais e órgãos distantes não foi diferente nos dois grupos.
Os índices de sobrevida também foram similares nos dois grupos.
A excisão mínima é um procedimento eficaz e seguro para os pacientes com melanoma primário de menos de 1mm de espessura.
32. Diminuindo as margens da lesão nos pacientes com melanoma de baixo risco
GOLDMAN LI, BYRD R - Am J Surg, 155:242-244, 1988.
Quarenta e cinco pacientes com melanoma maligno primário medindo aproximadamente 0,85mm de espessura foram tratados com excisão conservadora.
As margens foram de 2cm ou menos após acompanhamento de, em média, 36 meses, não se observaram recorrências.
33. Terapêutica com alfa-interferon intralesional em melanoma maligno avançado
Von WUSSOW P, BLOK B, HARTMAN F, DEICHER H - Cancer, 61:1071-1074, 1988.
Pacientes com melanomas metastáticos com pelo menos uma metástase cutânea foram tratados intralesionalmente com alfa-interferon.
As doses foram de 6 Mio e 10 Mio endovenosas três vezes por semana.
As respostas sistêmicas consistiram de remissões objetivas em nove pacientes. A resposta local foi parcial ou completa em 24 pacientes.
Os resultados mostram que o alfa-interferon tem atividade antitumoral no melanoma maligno.
34. Amoxicilina e dermatite das fraldas
HONIG PJ, GRIVETZ B, LEYDEN JJ, Mc GINLEY KJ, BURKE LA - J Am Ac Dermatol, 19:275-279, 1988.
Os dados apóiam a conclusão que o tratamento com amoxicilina está associado com um aumento na incidência de culturas positivas e na quantidade de Candida albicans no trato gastrointestinal. Observou-se que este fato está associado a uma incidência aumentada de dermatite das fraldas.
A amoxicilina sistêmica é um fator de risco importante para o desenvolvimento da dermatite das fraldas.
35. Utilidade da ciclosporina A na dermatomiosite da criança
REINET P e cols. - Arch Franc Pediatr, 45:201-203, 1988.
A ciclosporina A foi usada em uma criança de três anos e meio com dermatomiosite e importante comprometimento articular, e que apresentava intolerância aos corticosteróides.
Em poucas semanas observou-se melhora clínica importante.
A dose inicial foi de 2,2mg/kg/dia aumentando-se progressivamente até 4,4mg/kg/dia.
36. Etretinato no tratamento do líquen amilóide
MARSCHALKO M, DAROCZY J, SOOS G - Arch Dermatol, 124:657-659, 1988.
Dois pacientes com líquen amilóide foram tratados com 1mg/kg/dia de etretinato por 1 mês e depois com 20mg/dia.
Várias semanas de tratamento produziram resolução do prurido e uma acentuada melhora das lesões.
Após a suspensão do etretinato as áreas comprometidas permaneceram sem alterações durante todo o período de acompanhamento.
37. Regressão da leucoplasia pilosa oral após terapêutica oral com aciclovir
RESNICK L e cols. - JAMA, 259:384-388, 1988.
O aciclovir foi administrado por via oral na dose de 3,2g/dia durante 20 dias.
Dos seis pacientes que receberam esta terapêutica, cinco apresentavam regressão clínica.
Uma vez que se suspendeu a medicação houve recorrência em todos os que haviam respondido anteriormente. Não se observou remissão naqueles em que foi reintroduzida a terapêutica.
38. A duração do controle local do sarcoma de Kaposi clássico (não associado à SIDA) por meio de radioterapia
COOPER JS, SACCO J, NEWALL JN - J Am Acad Dermatol, 19:432-439, 1988.
Oitenta e dois casos de sarcoma de Kaposi clássico foram tratados com doses maiores que as normalmente usadas. Mais de 50% das lesões desapareceram completamente e em quase todas houve alguma regressão. A maior parte das recorrências ocorreram dentro dos dois anos em que durou o tratamento e praticamente todas surgiram nas áreas das lesões que não haviam se resolvido completamente durante as duas semanas de radioterapia.
O tratamento deve ser pleno desde o início, portanto os autores aconselham uma dose de três mil cGy dividida em 10 aplicações durante 10 semanas.
39. Cetoconazol a 2% em creme versus creme de hidrocortisona a 1% no tratamento de dermatite seborréica
STRATIGOS JD e cols. - J Am Dermatol, 19:850-853, 1988.
Setenta e dois pacientes com dermatite seborréica foram tratados com creme de cetoconazol a 2%, ou creme de hidrocortisona a 1% num estudo duplo-cego por quatro semanas. Não foram detectadas diferenças fundamentais entre os dois grupos.
A incidência de efeitos colaterais em ambos os grupos foi baixa.
O cetoconazol tópico se mostrou mais eficaz que os corticosteróides, os quais na face podem produzir efeitos piores que os causados pela dermatite seborréica.
40. Nicotinamida em altas doses no tratamento de necrobiose lipoídica
HANDFIELD-JONES, JONES S, PEACHEY R - Brit J Dermatol, 118:693-696, 1988.
Quinze pacientes com necrobiose lipoídica foram tratados com nicotinamida na dose de 500mg três vezes por dia. Dos 13 pacientes que permaneceram no protocolo por mais de um mês, oito melhoraram.
A nicotinamida pode ser uma terapêutica útil para alguns pacientes com necrobiose lipoídica. Destes, os que têm maior probabilidade de se beneficiarem são os que apresentam dor ou sensibilidade associada à importante inflamação ou ulceração.
41. Tratamento eficaz da síndrome de Netherton com loção de lactato a 12%
WHER RF e cols. - J Am Acad Dermatol, 19:140-142, 1988.
Foi aplicada a loção de lactato duas vezes por dia em um lado do corpo, no outro aplicou-se creme com petrolato pesado.
Houve melhora nos dois lados, porém no lado tratado com lactato esta ocorreu em maior grau proporcionando a cura das lesões.
Os pacientes mantiveram o controle da erupção com o uso do produto.
42. Lúpus eritematoso discóide resistente de palmas e plantas - Êxito no tratamento com azatioprina
ASHINOFF R, WERTH VP, FRANKS AG - J Am Acad Dermatol, 19:961-965, 1988.
Foram tratados dois pacientes com lesões limitadas quase que exclusivamente em palmas e plantas e que eram resistentes aos tratamentos convencionais.
Fizeram uso de azatioprina na dose de 100mg diários com excelente resultado em um dos pacientes e no outro houve apenas alívio dos sintomas.
43. Injeções de gordura para correção das lipodistrofias faciais - Um informe preliminar
De la FUENTE A, TAVORA T - Aesthetic Plastic Surgery 10:42-44, 1988.
A gordura é injetada com a mesma seringa e agulha com a qual é extraída, devendo o material estar isento de sangue.
Trata-se de uma técnica fácil e inócua, sem exitos secundários para as áreas doadoras e eceptadoras.
A desvantagem fundamental é o grau intenso de reabsorção.
44. Os corticosteróides previnem a neuralgia pós-herpética? Uma revisão da evidência
POST BT, PHILBRICK JT - J Am Acad Dermatol, 18:605-610, 1988.
A partir do momento em que nenhum dos estudos randomizados controlados sugerem que os corticosteróides reduzam a incidência de dor a longo prazo, um maior esforço para provar esta hipótese não é considerado ético.
Considerando os riscos potenciais de altas doses de corticosteróides em muitos pacientes idosos e os benefícios potenciais de prevenir a neuralgia pós-herpética debilitante, torna-se necessário maiores estudos para se obter uma resposta a essa pergunta.
45. Tratamento da hiperplasia angiolinfóide do pavilhão auricular com laser de anidrido carbônico
HOBSS ER, BAILIN PL, RATZ JL, YARBOROUGH Ch - J Am Acad Dermatol, 19:345-349, 1988.
Duas mulheres com história de hiperplasia angiolinfóide de longa data, comprometendo pavilhão auricular, foram tratadas com aplicação de laser de anidrido carbõnico, apresentando êxito terapêutico.
Em pacientes idosos ou debilitados ou naqueles que estão fazendo uso de anticoagulantes, o laser de anidrido carbônico proporciona vantagens significativas, devendo ser sempre considerado.
46. Talidomida na doença enxerto versus hospedeiro após transplante de medula óssea.
SAURAT JH, CAMENZIND M, HELG C, CHAPUIS B - Lancet, 2:359, 1988.
Foi instituída talidomida na dose de 300mg por dia por seis meses a um paciente com uma forma esclerótica extensa da doença enxerto versus hospedeiro (GVHD) crônica cutânea.
Observou-se melhora progressiva da esclerose da pele.
47. 8-methoxypsoralen e raios ultravioleta A nas manifestações cutâneas da doença enxerto versus hospedeiro
JASCHONEK K, ENSE H, SCHMIDT H, LENZ HJ, ENNINGER G
Nove pacientes com manifestações agudas e crônicas da GUHD foram tratados com PUVA. Em todos os pacientes as lesões cutâneas melhoraram e diminuiu a necessidade de corticosteróides.
48. Epidermólise bolhosa simples com resposta à isotretinoína
ANDREANO JM, TOMECHI KJ - Arch Dermatol, 124:1445-1446, 1988.
Em um paciente com epidermólise bolhosa simples, foi instituído isotretinoína na dose de 0,50-0,25mg/kg/dia, observando-se importante redução na formação de bolhas e aceleração na cura das mesmas.
Os retinóides, e em particular a isotretinoína, podem ser uma opção terapêutica bastante útil em pacientes com epidermólise bolhosa simples.
49. Eficácia da fenitoína sistêmica no tratamento da epidermólise bolhosa juncional
FINE JD, JOHNSON L - Arch Dermatol, 124:1402-1406, 1988.
Foram tratados com fenitoína duas crianças com epidermólise-bolhosa benigna atrófica generalizada e outras duas com doença de Herlitz. A dose utilizada foi aquela comprovadamente eficaz no tratamento da epidermólise bolhosa distrófica recessiva. Os dois primeiros apresentaram excelente resposta com a terapêutica com fenitoína, ao contrário dos pacientes com a variante Herlitz que pioraram com o tratamento.
50. Duração da terapêutica com Minoxidil a fim de se obter o máximo de benefício
RIETSCHELD RL, ROBERTSON DB - Arch Dermatol, 124:1569-1570, 1988.
Concluiu-se que o uso do minoxidil no tratamento da alopécia androgênica pode não ser de 12, 24, 30 ou 48 meses. A partir do momento em que se está tratando uma situação perene, pode ser mais apropriado fixar-se um limite de cinco ou até 10 anos.
Noventa e oito homens e quatro mulheres usaram minoxidil por tempo suficiente para surgirem resultados terapêuticos.
Vinte e sete homens continuaram usando minoxidil por quatro anos.
O tratamento de alopécia masculina obteve êxito em 27,5% dos casos.
51. Tratamento da urticária aguda com flunarizina sublingual
ALEGRE F, MARTIN M, HARTO A, LEDO A - Internat J Dermatol, 27:265-266, 1988.
A flunarizina é um bloqueador do canal de cálcio. Devido a sua alta solubilidade é bem absorvida por via sublingual. Foi administrada 20mg a 20 pacientes com urticária aguda.
Concluiu-se que os efeitos da flunarizina justificam seu uso em urticária.
O único efeito colateral importante é a sonolência, que pode ser minimizada administrando-se uma dose diária à noite.
52. O uso do laser de argônio nas lesões vasculares cutâneas nas enfermidades do tecido conjuntivo
ZACHARIAE H, BJERRING P, CRAMERS M - Acta Dermatol-Venerol, 68:179-182, 1988.
Dois pacientes com dermatomiosite, cinco com lúpus eritematoso discóide e um com síndrome de Rothmund Thomson foram tratados de telangiectasias na face com laser de argônio.
Em quatro pacientes os resultados foram bastante satisfatórios com um aspecto final de quase normalidade da pele tratada.
Os resultados mais convincentes foram observados nos pacientes com dermatomiosite juvenil e com síndrome de Rothmund Thomson.
Os únicos efeitos secundários observados foram pequena cicatriz e discreta pigmentação.
53. Aquecimento das mãos como tratamento do fenômeno de Raynaud na esclerose sistêmica
GOODFIELD MID, ROWELL NR - Brit J Dermatol, 19:643-646, 1988.
Doze pacientes com esclerose sistêmica que apresentavam fenômeno de Raynaud, tiveram suas mãos aquecidas por cinco minutos em água quente a cada quatro horas diariamente. Isto foi feito em semanas alternadas por um período de seis semanas.
Houve diminuição significativa na quantidade e duração dos fenômenos nas semanas em que foi realizado o aquecimento, o que não ocorreu nas semanas em que o tratamento não foi realizado.
Ocorreu um aumento no fluxo sangüíneo local comprovado por fluxometria de laser. O doppler acompanhou a melhora clínica.
Os pacientes são aconselhados a aquecerem suas mãos em água quente antes de saírem à rua. A duração do efeito dessa terapêutica nunca é inferior a duas horas.
54. Tratamento da micose fungóide com alfa interferon recombinante ou com sua associação ao etretinato
THESTRUP-PEDERSEN K, HAMMER R, KALTOFT K, SOGAARD H, ZACHARIAE H - Brit J Dermatol, 118:811-818, 1988.
Onze pacientes foram tratados com alfa interferon recombinante ou com sua associação ao etretinato. A dose inicial de interferon foi de três milhões de unidades administradas por via subcutânea e, posteriormente, foi-se aumentando para 9,18 e 36 milhões de unidades a cada quatro dias. Após três meses o interferon foi administrado semanalmente por 12 meses.
Em um paciente com a combinação de interferon e etretinato a remissão foi completa, em outros seis as remissões foram parciais.
Conclusão: o estudo mostra que o interferon recombinante associado ou não ao etretinato pode induzir a remissão da micose fungóide.
55. Fototerapia com UVB na dermatite atópica
JEKLER J, LARKO O - Brit J Dermatol, 119:697-705, 1988.
Foi investigado em dois estudos a ação da fototerapia com UVB na dermatite atópica. No primeiro deles, 17 pacientes foram tratados com UVB durante oito semanas em metade do corpo e na outra metade foi feito luz placebo. Em 13 pacientes o lado tratado com UVB curou ou melhorou consideravelmente. No segundo estudo 25 pacientes foram tratados durante 8 semanas com 0,8 da dose de eritema mínimo de UVB em uma metade do corpo e na outra metade foi feito 0,4 da dose de eritema mínimo de UVB. Não foram observadas diferenças entre os dois tipos de tratamento.
Conclusão: A irradiação com UVB três vezes por semana ajuda a controlar o prurido.
A dose de UVB administrada parece não ter importância, desde que se mantenha certos limites.
56. Tratamento com biotina oral é eficaz na dermatite atópica de crianças com atividade baixa de biotinidase
IIKUNA Y e cols. - Acta Pediatr Scand, 77:762-763, 1988.
A deficiência de biotinidase em crianças produz alterações cutâneas difíceis de diferenciar da dermatite atópica. Essas alterações respondem ao uso de biotina.
Quatro pacientes com dermatite atópica e com baixa atividade da biotinidase sangüínea foram tratados com 5mg/dia de biotina obtendo melhora dramática.
O tratamento com biotina deve ser introduzido nos casos graves de dermatite atópica.
57. Ácido monocloroacético e ácido salicílico a 60% como tratamento de verrugas plantares simples: eficácia e modo de ação
STEELE K e cols. - Brit J Dermatol, 118:537-544, 1988.
Num estudo duplo-cego em 57 pacientes foi observado que a associação de cristais de ácido monocloroacético e ungüento de ácido salicílico a 60% é mais eficaz que o placebo no tratamento da verruga plantar simples.
Foi comparado 66% dos pacientes do grupo ativo com 18% do grupo placebo, os primeiros obtiveram cura após seis semanas de tratamento.
Os resultados do estudo sugerem que a cura não depende primariamente do sistema humoral, mas sim de destruição mecânica do tecido verrucoso ou em decorrência da imunidade celular.
58. Solução tópica de 5-FU no tratamento de verrugas - Experiência clínica e absorção percutânea
SENFF H, REINEL D, MATTHIES C, WITTS D - Brit J Dermatol, 118:409-414, 1988.
Seis pacientes com verrugas disseminadas foram previamente tratadas com uma solução concentrada de 5% de 5-FU, ácido salicílico a 10% e 8% de dimetilsulfóxido em uma base formadora de película, aplicada 3 vezes ao dia durante cinco dias consecutivos. Logo após, foi realizada curetagem das lesões com anestesia local. Durante um ano não se observou reaparecimento das verrugas em cinco dos seis pacientes.
A solução de 5-FU é útil para tratamento pré-operatório de verrugas extensas. A solução se mostrou inócua, visto que a quantidade de medicação absorvida parece ser muito pequena.
*Trabalho apresentado no VI Congresso Mundial de Dermatologia da Sociedade Internacional de Dermatologia Tropical. Geográfica e Ecológica.
Tradução: Simone de Mello Abdalla - Médica - Estagiária da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro (Serviço do Prof. Rubem David Azulay).*
An bras Dermatol, 64(6):321-327, 1989.
DERMATOLOGIA
Dermatologista alerta
A pele, parte visível do corpo do ser humano, é de extrema sensibilidade. O emocional e o estado de humor da pessoa influenciam em quase 100% das suas conseqüências. Para tirar as dúvidas e dar dicas sobre o tratamento com a pele, a dermatologista Dra. Valéria Marcondes, da clínica que leva seu nome e membro da Sociedade Brasileira de Medicina Estética, cita exemplos de doenças que causam irritabilidade à derme e os cuidados para evitar estes males.
O estresse e as alterações emocionais agravam ou até mesmo desencadeiam algumas dermatoses. Uma das conseqüências que isto causa é a acne, as famosas espinhas que atingem principalmente adolescentes na fase dos quatorze e quinze anos. Mas não é apenas esta faixa etária que é afetada por este mal. Pessoas com alto índice de estresse ou depressão também são atingidos.
Segundo Dra. Valéria Marcondes “os fatores emocionais muitas vezes agravam a acne. Mas, o ato de se escoriar provoca grandes feridas e cicatrizes na pele que são produzidas por uma reação psicológica alterada ou até mesmo conforme o grau de desequilíbrio neurótico. Em um grande número de doenças cutâneas existe uma inter-relação entre os sentimentos, estresse, conflitos e estados emocionais e os sinais ou progressão da doença”.
Dentre as principais doenças causadas pelo emocional dos pacientes estão: a Alopecia Areata, que provoca queda de cabelos em áreas como couro cabeludo, sobrancelhas, cílios, barba e até mesmo em todo o corpo; Acne Escorida, que acontece quando há um impulso compulsivo de espremer cravos e espinhas, o que deixa manchas, marcas e cicatrizes que podem se tornar definitivas; Suor em excesso, que é o aumento da sudorese axilar e palmo-plantar. Muitas vezes é acompanhada de odor desagradável e que também se agrava em situações de tensão, impossibilitando em alguns casos, uma vida pública ou profissional satisfatória.
Dra Valéria Marcondes
- Dermatologista
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