Cocaina adulterada com medicamento para vermes (EUA)

Departamento de Saúde dos EUA divulga alerta sobre cocaína adulterada
Droga está sendo misturada com remédio para verminose em animais.

Levamisol causa febre alta, inchaço dos gânglios linfáticos e lesões.

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Quando se pensa que se conhece e já se ouviu de tudo sobre falsificação, uma agência do Departamento de Saúde do governo norte-americano divulgou um alerta médico sobre cocaína adulterada.

Segundo relatórios de serviços médicos de grandes cidades dos EUA, a cocaína usada no pais está sendo misturada a um medicamento para tratar verminoses em animais, o levamisol.

Em média 70% da droga apreendida no país mostra contaminação com esse medicamento. Em Seattle, na costa oeste, 80% da cocaína está misturada a essa droga.

Medicamento foi desenvolvido inicialmente como vermífugo para humanos; por sua atuação no sistema imunológico, também foi usado no tratamento de câncer do intestino

O alerta veio a partir do diagnóstico de vários casos de agranulocitose em usuários de cocaína nos Estados Unidos. Esse grave efeito colateral do levamisol aparece como a redução dos glóbulos brancos e vermelhos do sangue.


Esse medicamento foi desenvolvido inicialmente como vermífugo para humanos.
Por causa de sua atuação no sistema imunológico, também foi utilizado como medicação acessória no tratamento de casos de câncer do intestino, com o nome comercial de Ergamisol.

Por causa de seus graves efeitos colaterais, seu uso em seres humanos foi proibido no ano 2000, permanecendo como remédio para verminose em animais.

A utilização de cocaína contaminada pelo levamisol pode causar sintomas como febre alta, inchaço dos gânglios linfáticos, lesões dolorosas na mucosa da boca e ânus e infecções de repetição.


Um relatório detalhado da situação levantada pelo Centro de Controle de Doenças será publicado na próxima edição do relatório semanal da agência.
As autoridades sanitárias de todo o mundo vão passar a monitorar a situação para tentar evidenciar a disseminação dessa prática que aumenta os efeitos danosos da cocaína sobre os humanos.

Globo.com