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10.28.2009

Crack, uma droga “extremamente lesiva ao cérebro"

O crack deriva da planta de coca, é resultante da mistura de cocaína, bicarbonato de sódio ou amônia e água destilada, resultando em grãos que são fumados em cachimbos.

O surgimento do crack se deu no início da década de 80, o que possibilitou seu fumo foi a criação da base de coca batizada como livre.

O consumo do crack é maior que o da cocaína, pois é mais barato e seus efeitos duram menos. Por ser estimulante, ocasiona dependência física e, posteriormente, a morte por sua terrível ação sobre o sistema nervoso central e cardíaco.

Devido à sua ação sobre o sistema nervoso central, o crack gera aceleração dos batimentos cardíacos, aumento da pressão arterial, dilatação das pupilas, suor intenso, tremores, excitação, maior aptidão física e mental. Os efeitos psicológicos são euforia, sensação de poder e aumento da auto-estima.

A dependência se constitui em pouco tempo no organismo. Se inalado junto com o álcool, o crack aumenta o ritmo cardíaco e a pressão arterial o que pode levar a resultados letais.






Especialista diz que 40% de viciados em crack são de classe média
Para psiquiatra, existe uma ‘epidemia do consumo da droga no Rio’.
Ela se baseia em dados de internações em clínicas especializadas.

Um episódio trágico, no último fim de semana, fez um pai expor sua dor publicamente deixando muitas famílias em alerta. Ao afirmar que viu uma pessoa boa se transformar em um assassino, referindo-se ao filho usuário de crack que estrangulou a amiga de 18 anos, ele revelou a dimensão dos efeitos devastadores dessa droga que já é altamente consumida em rodas de classe média.


De acordo com a psiquiatra Analice Gigliotti, presidente da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas (Abead) e chefe do Setor de Dependência Química da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, cerca de 40% dos usuários são pessoas de classe média.

A gente não está falando de meninos de rua, com uma população em que 90% são dependentes pelas condições desfavoráveis em que vivem. Esse dado é baseado em informações dos números de internações em clínicas especializadas, que é um outro público”, explica.

“Não temos um monitoramento epidemiológico, mas não há dúvidas de que existe uma epidemia do consumo de crack no Rio. Houve uma disseminação assustadora dessa droga destrutiva nos últimos três anos”, afirma. Na segunda-feira (26) a polícia apreendeu mais de 6 mil pedras na Zona Oeste.


'Acaba com qualquer um', diz estudante

Para a pesquisadora, como o vício do álcool, responsável por um alto índice de homicídios, o crack, uma droga “extremamente lesiva ao cérebro” também pode provocar muitas tragédias.
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Prefeitura calcula que pelo menos 400 crianças são viciadas em crack no Rio Bope apreende 18 mil pedras de crack na Baixada Fluminense PM apreende 612 pedras de crack em Itaguaí 'Consegui finalmente internar meu filho', diz pai que entregou viciado à polícia ‘Ela morreu tentando ajudá-lo’, diz amiga de jovem estrangulada
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“É prazeroso, estimulante, acelerador. Com o uso de cachimbos ou coisa similar, a droga vai direto para o pulmão, que tem uma grande capacidade de absorção. A quantidade que chega ao cérebro é muito maior do que quando se cheira cocaína, cuja superfície é a mucosa nasal”, compara. “A dependência vem rápido.”

O estágio devastador da droga pode ser percebido no relato de um estudante de classe média alta, de 24 anos, que revela em seu blog pessoal a luta para se afastar do vício, depois de três anos.

“O crack realmente acaba com qualquer um. É muito poderoso. Conheço quase todos os tipos de drogas que temos no Brasil. Só nunca usei heroína. Classifico o crack como a mais viciante de todas. Com um efeito curto e muito intenso, devido a depressão após o uso, o usuário se vê obrigado a usar grandes quantidades. Não dá para fumar só uma pedrinha se você tem carro e dinheiro no bolso", conta.

Droga atinge o cérebro em oito segundos

Conforme estudos científicos, ao ser fumado, o crack atinge o cérebro em cerca de oito segundos, após passar pelos pulmões e pelo coração. Vicia com apenas três ou quatro doses. O efeito dura de um a dois minutos.

A droga produz insônia, falta de apetite e hiperatividade. O uso prolongado causa sensação de perseguição e irritabilidade, o que leva o usuário a agir de forma violenta.

Segundo investigações da Delegacia de Combate às Drogas da Polícia Civil (DCod), o crack é vendido nas maiores favelas e morros do Rio, como Jacarezinho, conjuntos do Alemão, Maré e Manguinhos (subúrbio), Macacos e Mangueira (Zona Norte), Rocinha, Santo Amaro (Zona Sul) e São Carlos (Centro).

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Ela morreu tentando ajudá-lo’, diz amiga de jovem estrangulada

Bárbara Calazans, de 18 anos, teria tentado impedir suspeito de usar crack.
Bruno Kligierman foi preso em casa e já teria sido internado diversas vezes.


Estrangulada na tarde de sábado (24), Bárbara Calazans, de 18 anos, teria tentado impedir o assassino de usar drogas. A informação foi dada por amigas dela, durante o seu velório, na tarde deste domingo (25), no cemitério São João Batista, em Botafogo, na Zona Sul do Rio.


“Ela morreu porque tentou ajudá-lo a não usar a droga. Ela gostava de ajudar todo mundo e não tinha preconceitos”, contou a estudante Tamires Lopes, de 18 anos, amiga de infância de Bárbara. De acordo com ela, Bruno Kliegierman, de 26, que confessou o crime, não era namorado da vítima. “Eles eram amigos há alguns meses”, completou.

Bruno seria usuário de crack

A relação de romance dos dois foi informada pelo pai de Bruno à polícia. Em depoimento, Luis Fernando Proa, disse que o filho lhe telefonou após o crime, contando o ocorrido e ameaçando se matar. Ele, então, chamou a polícia. Ainda segundo Proa, Bruno era dependente químico, fumava crack e já havia sido internado diversas vezes.


De acordo com amigos de Bárbara, ela e Bruno teriam discutido por que ela queria dissuadi-lo de usar a droga, já que ele estaria com um teste de TV marcado. Os dois, eventualmente, faziam figurações em novelas. Bruno foi preso em flagrante e será indiciado por homicídio.

“Sou amiga das duas famílias. O pai de Bruno estava nessa luta para livrá-lo das drogas há seis anos. Ele não era violento e, por isso, os amigos, como Bárbara e o meu filho, tentavam ajudá-lo. A família dele está muito abalada. Não só pela prisão dele, mas pela morte dela. Estão até pensando em se oferecer para arcar com os custos do velório ou oferecer algum outro tipo de ajuda”, contou a secretária Helena Saloña, de 51 anos.

Como foi

Segundo a polícia, o crime aconteceu no apartamento de Bruno, na Rua Ferreira Viana, no Flamengo, na Zona Sul do Rio. A vítima moraria do outro lado da rua com a família.

Bruno foi preso ainda no apartamento, e não resistiu à prisão. Na delegacia, ele contou que tinha fumado crack momentos antes da discussão.

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'Consegui finalmente internar meu filho', diz pai que entregou viciado à polícia
Segundo a polícia, músico viciado em crack estrangulou jovem de 18 anos.
Ele foi preso em casa e já tinha sido internado cinco vezes.


Três dias após entregar o filho à polícia, o pai do músico e viciado em crack Bruno Kligierman de Melo, de 26 anos, revela o que o levou a tomar essa atitude. O jovem está preso na polícia após confessar que matou uma amiga estrangulada.

"Primeiro, entreguei porque era o certo a fazer. Eu consegui finalmente internar meu filho contra a vontade dele, que é uma luta que tenho tentado fazer e não tenho conseguido. Uma das coisas que ele tem é síndrome do pânico e tinha horror de pensar em voltar para a clínica e se internar novamente. Em nenhum momento ele esboçou a ideia de fugir da responsabilidade", diz o poeta Luiz Fernando Prôa.

Segundo ele, essa segunda-feira (26) está sendo o pior dia após o crime. "Hoje é o dia mais difícil. É o dia que a ficha caiu".


Pai de Bruno escreve carta de desabafo: leia na íntegra

Luiz disse ainda que o filho caiu em si pouco depois de estrangular a amiga Bárbara Calazans, de 18 anos, a quem chamava de "anjo da guarda".

"Quando ele acordou do surto e foi falar com a menina, e não conseguiu falar com ela e viu que ela tava roxa e tava morta, aí é que caiu a ficha. De lá pra cá começou esse arrependimento todo. Tá difícil, tá muito difícil", disse o pai.

Luiz conta que ainda não falou com o filho desde que ele foi preso. Bruno, de acordo com o pai, foi internado cinco vezes, a última em maio, quando ficou cerca de 15 dias na reabilitação.

A bebida sempre foi o estopim para que o músico voltasse a se drogar. "Ele saía bem da clínica, mas voltava a se drogar. Encontrava os amigos e quando bebia, onde tudo começou, perdia a lógica do raciocínio. A bebida era o estopim para usar outras drogas".

Luiz Fernando conta que tem outros dois filhos. "Meu filho passou este ano para a UFRJ, para Letras. E o outro tem 14 anos. Eles só me dão alegrias", diz satisfeito. Fala também que a família toda está arrasada com a morte da jovem.


"A família toda está muito envergonhada. Tá todo mundo arrasado pelo lado da menina e pelo lado dele".

Músico tem síndrome do pânico

A preocupação agora é fazer com que Bruno receba medicação para o tratamento da síndrome do pânico. "Ele tá fissurado. Deve estar batendo a síndrome do pânico. Ele tem que tomar a medicação".

Luiz Fernando fala que o filho o procurou logo após o crime, arrependido. "Quando acabou o efeito da droga é que caiu a ficha. Foi aí que ele me ligou. No dia do crime, dois jovens morreram. Uma foi enterrada e o outro ainda está respirando, mas com dor e remorso. Ele só chorava e dizia 'matei a mulher e amiga que amava. Vou me matar'".

Pedido de perdão

O poeta diz que ainda não falou pessoalmente com a família da jovem morta e desaconselha que outros jovens tentem ajudar viciados. "Pedi perdão. Vou falar o que? Só perdão. Mas não aconselho ninguém a tentar ajudar um viciado porque essa jovem pagou muito caro por isso. Eu estava tentando interná-lo novamente, mas a única coisa que consegui é que ele frequentasse o NA (narcóticos anônimos), que ele estava indo há duas semanas".


Luiz Fernando garante que se fosse o contrário também saberia perdoar. "Eu perdoaria, mas não sei se de imediato porque a dor seria muito grande. Até porque a mãe dela há pouco tempo tinha falado pra minha mãe que o Bruno era a única pessoa que ela confiava que a filha saísse para a balada. Então, não sei como eles devem estar se sentindo, mas com certeza com muita raiva. Eu estaria com raiva. Eu estou aberto a falar com eles em qualquer momento, mas não vou procurá-los e causar mais dor. Não tem como reparar, mas quero que eles saibam que estou solidário com a dor deles".

O pai do rapaz critica o sistema de saúde. "Os viciados têm que ser compulsoriamente tratados e internados. São riscos para eles mesmos. Vamos ter que construir celas dentro de casa? O plano de saúde acha que em 15 ou 20 dias cura o internado e não é assim".

Para ele, o momento mais feliz da vida do músico foi o reencontro com a mãe. "No dia 5 de abril, aniversário dele, ele reencontrou a mãe. Nunca vi ele tão feliz. Mas dias depois ela morreu, vítima do HIV".

'Caso de saúde pública virou caso de polícia', diz pai

Bruno, segundo o pai, estaria arrependido do crime. "Ele se conscientizou e tá arrependido. Infelizmente consegui a internação dele atráves de uma coisa trágica. Mas meu filho não é um criminoso comum. O que ele fez é imperdoável e não quero minimizar isso. Não quero justificar em nenhum momento a atitude dele. Estou me sentindo morto. Minha preocupação agora são os outros que vivem a mesma situação. Um caso de saúde pública virou um caso de polícia", lamenta.

O crime

A jovem Bárbara Calazans foi encontrada estrangulada na tarde sábado (24). Segundo a polícia, o crime aconteceu no apartamento de Bruno, na Rua Ferreira Viana, no Flamengo, na Zona Sul do Rio. A vítima moraria do outro lado da rua com a família.

Bruno foi preso ainda no apartamento, e não resistiu à prisão. Na delegacia, ele contou que tinha fumado crack momentos antes da discussão.

Amigas de Bárbara contam que ela morreu tentando ajudar o músico. “Ela morreu porque tentou ajudá-lo a não usar a droga. Ela gostava de ajudar todo mundo e não tinha preconceitos”, contou a estudante Tamires Lopes, de 18 anos, amiga de infância de Bárbara. De acordo com ela, Bruno, que confessou o crime, não era namorado da vítima. “Eles eram amigos há alguns meses”, completou.

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