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10.29.2009
José Gomes Temporão anuncia novos medicamento para o tratamento da hepatite B (tenofovir, entecavir e adefovir)
Temporão anuncia novos medicamentos para tratamento da hepatite B
BRASÍLIA - O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, anunciou nesta terça-feira nova estratégia para o tratamento da hepatite B no país, uma das principais causadoras do câncer do fígado.
Pelo protocolo anunciado nesta terça, o governo irá distribuir medicamentos para o tratamento da doença a todo o país. Os remédios estarão disponíveis nas unidades de saúde no primeiro trimestre de 2010.
Os medicamentos hoje utilizados no tratamento da Aids serão também incorporados no combate à hepatite. Segundo a diretora do Departamento DST/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Mariângela Simão, a incorporação dos três antivirais (tenofovir, entecavir e adefovir) aos dois que já vinham sendo distribuídos (lamivudina e interferon convencional), representa uma possibilidade dos médicos prescreverem a seus pacientes tratamentos mais efetivos e eficazes, com menos efeitos colaterais.
Para a compra, com base na estimativa dos gastos que os estados previam fazer com a aquisição dos medicamentos, o Ministério da Saúde calcula gastar em torno de R$ 20 milhões. Valor que, de acordo com Mariângela, será "facilmente absorvido pelo orçamento do ministério".
Levantamento inédito apresentado pelo Ministério da Saúde detectou que cerca de 127 mil brasileiros desenvolveram a doença de forma aguda ou crônica.
Ainda segundo o ministério, a enfermidade atinge pelo menos 12 mil pessoas a cada ano. Somando o número de infectados pelos quatro tipos de hepatite, foram notificados, de 1999 a 2008, 374.837 casos da doença. São cerca de 37,5 mil novos casos por ano.
A hepatite B é uma doença transmitida por sangue, esperma e secreção vaginal. A transmissão pode acontecer pela relação sexual desprotegida, pelo uso de drogas injetáveis e inaláveis, como cocaína. Até tatuagem é um dos fatores de risco de contaminação.
Mariângela fez um apelo aos pais e às crianças e adolescentes para que se previnam contra a doença tomando a vacina, que é aplicada gratuitamente em postos de saúde.
- A hepatite B pode ser prevenida por vacinas. Temos a faixa etária de até 19 anos, preferencial para o uso da vacina, mas para a qual a vacinação ainda é muito baixa, principalmente a partir dos 11 anos de idade - , afirmou Mariângela, revelando que o ministério estuda as medidas para ampliar a faixa etária e melhorar a cobertura entre a faixa etária de 11 a 19 anos.
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Estamos aqui com a sensação de missão cumprida, mas na verdade estamos apenas começando
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Temporão explicou que esses medicamentos combinados com os que já estão sendo utilizados, dos quais há resistência de muitos pacientes, trarão novas esperanças para os pacientes. O ministro considerou a assinatura desse protocolo um dia histórico.
- São duas notícias importantes. Pela primeira vez temos um estudo com a avaliação real da situação das hepatites virais. E a novidade que o portador da hepatite B contará com três novos medicamentos. Até agora só tinha duas. E teremos tratamento isonômico, igual para todo o país. Estamos aqui com a sensação de missão cumprida, mas na verdade estamos apenas começando - disse Temporão.
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