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11.15.2009
As Duas Faces da Moeda
Você sabe quem é esse senhor capaz de provocar tantas alterações na vida de algumas pessoas que com ele tomam contato mais estreito?
Pois bem, vamos dar algumas dicas.
Ele é capaz de mudar completamente a filosofia de vida de alguém.
Faz com que um homem inverta totalmente sua postura perante as demais pessoas.
Quando ele chega, para alguns, muda-lhes a maneira de ser, de sentir, de pensar.
Há pessoas que, quando o recebem, se tornam arrogantes,
prepotentes, despóticas.
Há, ainda, aqueles que se tornam, de bom grado, seus escravos.
Noutros ele altera radicalmente o senso de justiça.
Pessoas simples, aparentemente humildes, tornam-se soberbas e orgulhosas, ao seu contato.
Esse senhor é realmente muito poderoso.
Consegue, mesmo, fazer com que o mundo gire em torno dele.
Guerras cruéis, disputas sangrentas, infanticídios, homicídios de toda ordem são cometidos em sua honra.
Filhos se voltam contra pais, pais contra filhos, irmão contra irmão, por causa dele.
Ele é capaz de triturar os mais sagrados laços de amizade e de solidariedade.
Em cada país veste-se com roupagem diferente e atende sob diversas denominações, mas em todo lugar tem seus adoradores.
Você já deve ter concluído: mas então esse senhor é muito mau e deve ser banido da face da terra.
Não, ele não é mau e nem deve ser banido da face da terra.
Ele apenas deverá servir ao fim a que se destina: meio de progresso.
Aqueles que entendem o seu verdadeiro objetivo, o utilizam para promover a paz, a cultura, o bem-estar social.
Nas mãos de pessoas nobres, ele tem gerado empregos, permitido pesquisas científicas importantes, impulsionado a tecnologia, fomentado a educação e a saúde de muita gente.
E agora, você já sabe quem é esse inquietante senhor?
Sim, é isso mesmo. É o dinheiro.
O dinheiro, por si só, é neutro. O que faz a diferença, é o valor que cada um de nós lhe atribui.
Sem dúvida, é um valioso recurso que Deus deposita nas mãos do homem para servir de alavanca ao progresso da humanidade. E não há nada de errado possuí-lo em abundância.
O que ocorre é que, às vezes, o colocamos acima do verdadeiro tesouro do criador, que é o ser humano.
Salvo as honrosas exceções, o homem, que deveria ser o senhor, a ele se submete totalmente, tornando-se escravo por opção.
Dispõe-se a servi-lo a qualquer custo. E muitas vezes esse custo é a honra, a dignidade, a fidelidade, a sensatez e até a própria vida.
O homem verdadeiramente sábio faz dos recursos financeiros um meio de progresso para si mesmo e para todos aqueles que Deus lhe coloca sob a responsabilidade.
Já o homem medíocre faz-se mesquinho e arrogante, negando até mesmo a existência de Deus e elegendo o dinheiro como o todo poderoso, ao qual reverencia.
Assim, o dinheiro é, sem contestação, um excelente recurso, mas, como toda moeda, tem duas faces.
Uma é a face que permite a conquista do passaporte para a liberdade, a outra serve para adquirir cadeias de sofrimentos para muitos séculos.
Como usar esse recurso, é apenas uma questão de escolha
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