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11.09.2009
Câncer de mama
Estado do Rio de Janeiro é o primeiro do País no ranking de incidência da doença e registrou cerca de 1.800 óbitos em 2007
Rio - Quase 8 mil casos de câncer de mama devem surgir até o fim de 2009 no Estado do Rio. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), cerca de 1,8 mil mulheres morreram pela doença em 2007. Dados colocam o Rio como o primeiro no ranking de incidência desse câncer, seguido por Rio Grande do Sul e São Paulo.
O vice-diretor do Hospital III do Inca, Carlos Frederico Lima, afirma que não há justificativas concretas para a alta nos números. Mas alguns fatores podem favorecer o aumento da incidência, como idade, sobrepeso e histórico familiar.
Auto-exame ajuda, mas não é suficiente para detectar o problema“O câncer de mama não é hereditário. A cada 100 casos de mulheres com a doença, somente 10% apresentaram histórico de câncer de mama na família. Mulheres que não praticam exercícios físicos, fazem uso de bebidas alcoólicas e se submetem a terapia de reposição hormonal estão no grupo de risco. Esses três fatores contribuem para que o câncer de mama se desenvolva”, explica.
O médico ressalta que estudos comprovam diminuição de 30% na incidência em mulheres que passaram a se alimentar corretamente e a praticar 30 minutos de atividades físicas, três vezes por semana.
“Ter hábitos saudáveis diminui muito a chance de desenvolver a doença. Não beber e não fumar são ações que diminuem o risco não só do câncer, mas de doenças cardiovasculares. Mulheres com mais de 50 anos devem ir ao ginecologista a cada seis meses para o exame clínico das mamas”, aconselha.
O câncer de mama costuma aparecer com mais frequência a partir dos 40 anos. O sintoma palpável é o nódulo ou tumor no seio, acompanhado ou não de dor. O auto-exame não é suficiente para detectar, sendo o exame clínico e a mamografia os mais indicados. Quanto mais cedo o câncer é detectado, maior é a chance de cura. No Brasil, o câncer de mama é responsável pelo maior número de mortes entre mulheres. Em 2007, foram mais de 11 mil óbitos no País.
TOME NOTA
SEDENTARISMO
Caminhar por pelo menos 30 minutos três vezes por semana e manter uma vida ativa é uma forma de diminuir em 30% a chance de desenvolver o câncer de mama.
REPOSIÇÃO HORMONAL
Estudos realizados de 2001 a 2007 nos Estados Unidos indicaram diminuição de 8% na incidência de casos depois que os médicos pararam de prescrever a terapia de reposição.
PARE DE BEBER
O álcool aumenta em 50% o risco de se desenvolver o câncer de mama. Beba, no máximo, duas doses de álcool por semana.
O Dia
Clarissa Mello
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