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11.20.2009

Diabete mata mais

Número de mortes pela doença aumentou quase 50% em 16 anos

A má alimentação, o sedentarismo e o aumento da obesidade, fatores que favorecem a diabete, estão matando o brasileiro. Segundo o Ministério da Saúde, que divulgou ontem a pesquisa Saúde Brasil 2008, o número de mortes causadas pela doença aumentou quase 50% em 16 anos — em 1990, eram 16,3 mortes pela doença por cada 100 mil habitantes. Em 2006, já eram 24.

“A principal causa do aumento das mortes por diabete é a obesidade. O sobrepeso leva à sobrecarga do organismo e é fator de risco para diversas doenças crônicas”, explica Deborah Malta, uma das responsáveis pela pesquisa, acrescentando que 43% dos brasileiros maiores de 18 anos que vivem nas capitais tinham sobrepeso em 2008. “O brasileiro tem se alimentado mal”, conta.

O estudo mostrou ainda que o brasileiro está mais gordo e mais alto. As mulheres ganharam, em média, 3,3 cm em 14 anos. Elas cresceram quase duas vezes mais que os homens, passando de uma média de 1,55m, em 1989, para 1,58m, em 2003. Eles, nesse período, aumentaram 1,9 cm na altura e chegaram a uma média de 1,70 m em 2003.

“As novas gerações estão ganhando altura porque têm maior acesso a alimentos e podem crescer em todo o seu potencial genético”, diz Deborah. “O estudo aponta uma reação das mulheres contra o sobrepeso. Dos anos 90 à atual década, o peso delas tende à estabilidade. Já o peso dos homens preocupa porque a tendência é de crescimento”, explica.

A boa notícia é que o brasileiro tem morrido menos por doenças cardiovasculares e cerebrais: melhor acesso ao serviço de saúde, exames e diminuição do tabagismo são apontadas como causa. Hoje, 15,2% dos que têm mais de 18 anos são fumantes. Em 1989, os fumantes eram 35%.

“O Brasil teve uma redução significativa no hábito de fumar, o que contribui para a diminuição de mortes. O tabagismo deteriora as paredes das artérias, facilitando derrame, enfartes e problemas circulatórios em geral e câncer”, afirma Deborah, que elogia as restrições ao fumo. “A meta é chegar a 14% em 2012”,

O Dia

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