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11.12.2009
novas vacinas Dengue, gripe aviária, meningite A, pneumococo e papiloma vírus humano (HPV)
Países em desenvolvimento
apresentam resultados de
pesquisas em novas vacinas
Dengue, gripe aviária, meningite A, pneumococo e
papiloma vírus humano (HPV) estão entre as doenças
no alvo dos pesquisadores
Pesquisa e inovação na área
de vacinas não são atividades restritas
às nações mais ricas. Países
em desenvolvimento, também, se
destacam no setor. Isso foi comprovado,
durante a realização, em
novembro de 2007, no Rio de Janeiro,
da oitava reunião anual da
Rede de Produtores de Vacinas
dos Países em Desenvolvimento
(DCVMN, na sigla em inglês),
promovida pelo Instituto de Tecnologia
em Imunobiológicos (Biomanguinhos)
da Fiocruz e pela
Fundação Butantan.
Dengue, gripe aviária, amarelão,
pneumococo e papiloma vírus
humano (HPV) estão no alvo de
laboratórios brasileiros que participaram
do encontro da DCVMN.
Algumas dessas vacinas já começaram
a ser produzidas, em escala
piloto, e os ensaios clínicos, para
comprovar a segurança e a eficácia
desses produtos em seres humanos,
são planejados para o ano de
2008. Vacinas que, ao mesmo tempo,
conferem imunidade contra
várias doenças são outra estratégia
dos laboratórios nacionais.
Especialistas estrangeiros
também apresentaram suas novidades.
O Diretor do Centro de
Antígenos Sintéticos da Universidade
de Havana, Vicente Vérez-
Bencomo, divulgou um trabalho
que levou ao desenvolvimento
de uma vacina sintética contra
Haemophilus influenzae tipo b (Hib),
bactéria que pode causar meningite
e outras doenças infecciosas.
Os testes clínicos do produto foram
conclusivos: quase 100% das
crianças desenvolveram anticorpos
contra a bactéria, de forma satisfatória.
Primeira do gênero, no
mundo, a vacina sintética contra
Hib representa uma série de vantagens,
como produção mais simples,
maior pureza e menor custo.
Já o gerente geral da empresa
chinesa de biotecnologia Xiamen
YST Biotech, Steven Gao, falou
sobre os ensaios clínicos de uma
vacina inédita contra a hepatite E,
doença que já foi responsável por
epidemias no centro e sudeste da
Ásia, no norte e oeste da África e
na América Central. Os resultados,
até agora, mostram que a vacina é
imunogênica e tem, pelo menos,
83% de eficácia contra a infecção
pelo vírus da hepatite E. A companhia
chinesa, a mais avançada
do mundo no desenvolvimento de
uma vacina contra essa doença, já
deu início à fase 3 da pesquisa clínica,
na qual cerca de 100 mil indivíduos
já receberam a primeira de
três doses do imunizante.
Por fim, o Diretor do Instituto
Serum da Índia e Presidente
da DCVMN, Suresh Jadhav, realizou
uma palestra sobre uma vacina
conjugada contra meningite
A, desenvolvida em sua instituição.
Diferentemente da vacina de
polissacarídeo, hoje disponível,
a indiana, além de ser mais imunogênica,
pode oferecer outras
vantagens, como uso confiável
em crianças com idade inferior a
um ano, indução de imunidade na
massa populacional e preço relativamente
baixo. Após passar com
sucesso pelas duas primeiras etapas
da pesquisa clínica, a nova vacina
contra meningite A, também,
se encontra na fase 3, sendo testada
em mais de 1.300 indivíduos na
Índia e na África.
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