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12.12.2009

CÂNCER, SAIBA MAIS.....


Câncer é mais comum em homens por causa do estilo de vida
Mais homens fumam que o de mulheres. Eles também exageram com mais frequência no consumo de álcool.
Médicos fazem um alerta: o estilo de vida pode ser o responsável pela maior incidência de câncer nos homens do que nas mulheres. O resultado está em uma pesquisa feita aqui no Brasil.

Segundo a pesquisa, a genética tem pouca influência. O determinante mesmo é o estilo de vida. Os homens se expõem mais a riscos para a saúde. E quando ficam doentes, demoram para procurar um médico.

O agricultor Amauri dos Santos, de 64 anos, nunca tinha entrado em um consultório médico. A primeira vez que precisou passar por uma consulta, recebeu um diagnóstico preocupante: câncer. "Eu vou tratar, se Deus quiser dá jeito", diz Amauri.

Uma pesquisa do Inca, o Instituto Nacional do Câncer, mostra que os homens têm 77% mais risco de desenvolver um câncer do que as mulheres. No estudo, pesquisadores não conseguiram identificar nenhum aspecto biológico para essa diferença. Os médicos suspeitam, então, que a maior incidência de câncer no sexo masculino se deve ao estilo de vida, os homens se cuidam menos e se expõem mais aos fatores de risco.

Segundo a pesquisa, o número de homens que fumam é quase três vezes maiores que o de mulheres. Eles também exageram com mais frequência no consumo de bebidas alcoólicas e nas porções de carnes vermelhas e alimentos gordurosos. Pior, dão menos importância às orientações médicas, inclusive, a de fazer exame de sangue e de toque retal a partir dos 45 anos para prevenir o câncer de próstata.

"É ignorante, nós homens somos meio ignorantes para isso", reconhece o agricultor Luís Carlos de Assis.

Na luta contra o preconceito, equipes do Hospital de Câncer de Barretos rodam o país. Setenta por cento dos pacientes com câncer de próstata diagnosticados fora do hospital nunca tinham procurado um médico antes.

"Quando o paciente, que foi fazer o exame de sangue, que foi fazer o toque, chega para nós com o tumor pequeno, ou seja, no estágio inicial, para nós é muito melhor e para o paciente também. Nós conseguimos oferecer a ele, inclusive, chance de cura", justifica o médico urologista Elinei Faria.

O exame de seu Luís Carlos detectou um tumor inicial. As chances de tratamento são animadoras: "Noventa e cinco por cento de possibilidade de um sucesso absoluto pelo tratamento. Isso é ótimo, é excelente", conclui o agricultor.

Os médicos ainda consideram o exame de toque a principal maneira de detectar precocemente o câncer de próstata. Alguns homens preferem fazer o exame de sangue, mas ele não é tão preciso.
Mas, como admitem os próprios pacientes o preconceito ainda é grande. A incidência da doença é maior no Sul e Sudeste, o câncer tem relação com o estresse.

Fonte: Bom Dia Brasil

As pessoas que recebem um diagnóstico de câncer, passam por vários níveis de estresse e angústia emocional. O medo da morte, a interrupção de planos futuros, as mudanças físicas e psíquicos, as mudanças do papel social e do estilo de vida, bem como as preocupações financeiras e legais são assuntos importantes para qualquer pessoa com câncer. Entretanto, nem todas as pessoas com diagnóstico de câncer sofrem uma depressão grave.

Existem muitas idéias preconcebidas e falsas sobre o câncer e sobre como vivem os pacientes com câncer. Por exemplo, a idéia de que todas as pessoas com câncer sofrem, obrigatoriamente, de depressão. Ou ainda, a idéia de que a depressão é normal nas pessoas com câncer, que no existe tratamento para ajudar com a depressão da pessoa com câncer, ou que todos os pacientes com câncer sofrem muitíssimo e têm uma morte muito dolorosa.

A tristeza e o pesar são reações normais às crises que se enfrenta ao se saber com câncer, e todos pacientes as sofrem num momento ou outro. Não obstante, sendo a tristeza comum nesses pacientes, será muito importante diferenciar entre os níveis "normais" de tristeza e a depressão.

Uma das partes mais importantes no cuidado de pacientes com câncer é, exatamente, saber reconhecer quando eles necessitam de tratamento para a depressão. Algumas pessoas têm mais problemas que outras para aceitar o diagnóstico de câncer e a depressão grave, que não é simplesmente estar triste ou desanimado, acaba acometendo 25% desses casos.
Mas, deve ficar claro que, basicamente, todos os pacientes com câncer sentem tristeza e pesar de forma periódica durante alguma fase de sua doença, seja no diagnóstico, durante o tratamento e/ou depois dele. Inicialmente, quando se comunica ao paciente que ele(a) tem câncer, a primeira reação emocional é de descrença, rejeição ou desespero.

Nessa fase ele(a) pode ter problemas de insônia, perder o apetite, sentir-se angustiado e estar preocupado com o futuro. Esses sintomas podem diminuir conforme a pessoa vai se acostumando com o diagnóstico.


Um dos sinais importantes de que a pessoa tem melhor aceitação de sua doença, é a manutenção de sua capacidade para continuar participando das atividades diárias e sua habilidade para continuar cumprindo com seu papel social, de cônjuge, pai (mãe), funcionário(a), etc, incorporando as sessões de tratamento em seu esquema de vida cotidiano.
As pessoas que demoram muito em aceitar o diagnóstico e que perdem o interesse em suas atividades diárias podem estar sofrendo de depressão e, mesmo sendo leve essa depressão, experimentando um grande incômodo.
Uma preocupação muitíssima importante é em relação aos pacientes que no demonstram sintomas óbvios e típicos de depressão. Esses terão uma série de manifestações emocionais patológicas não só extremamente molestas, como também, capazes de interferir negativamente na evolução do tratamento. Esses pacientes com depressão atípica também podem beneficiar-se muito do tratamento.
Tanto os indivíduos como as famílias que se enfrentam a um diagnóstico de câncer experimentaram diversos níveis de estresse e de perturbação emocional. A Depressão aparece como uma doença comórbida, aproximadamente 25% de todos pacientes com câncer (Henriksson – 1995). O medo da morte, alteração dos planos de vida, mudanças na imagem corporal, abalo na autoestima, mudanças na situação social e no estilo de vida, assim como preocupações econômicas e ocupacionais são assuntos importantes na vida de qualquer pessoa com câncer e, ainda assim, nem todos os que estão diagnosticados com câncer experimentam Depressão Grave, como se poderia pensar.
Existem muitos mitos sobre o câncer e da maneira como as pessoas o enfrentam. Alguns desses mitos seria, por exemplo: todas as pessoas com câncer estão deprimidas, a Depressão numa pessoa com câncer é normal, os tratamentos antidepressivos não ajudam a Depressão no câncer.

MITOS SOBRE O CÂNCER
Todas as pessoas com câncer estão deprimidas
Depressão numa pessoa com câncer é normal
Tratamentos não ajudam a Depressão no câncer
Todos com Câncer sofreram uma morte dolorosa

Sendo a tristeza uma reação comum à qual todas as pessoas com câncer têm que enfrentar e, sendo também a Depressão bastante comum nesses pacientes, é importante distinguirmos entre os graus normais dessa tristeza e os Transtornos Depressivos francos.

Dependendo da personalidade e do perfil afetivo de cada paciente, alguns podem ter severíssimas dificuldades em ajustar-se emocionalmente ao diagnóstico de câncer. O quadro a que estão sujeitas essas pessoas mais sensíveis não diz respeito, simplesmente, à tristeza, aos pensamentos negativos ou à falta de ânimo. Como vimos, esses 15 a 20% de pacientes têm Depressão Maior e devem ser tratados, para que melhore a qualidade de vida e, principalmente, as perspectivas de sucesso no tratamento oncológico (Massie, 1987; Lynch, 1995).

A Reação Vivencial ao Câncer

Inicialmente, a resposta emocional diante do diagnóstico de câncer pode ser relativamente breve, durando alguns dias ou semanas, e pode incluir sentimentos de incredulidade e rejeição da doença ou, de desespero. Esta resposta emocional é considerada fisiologicamente normal e se situa dentro de um espectro de sintomas depressivos que vai, progressivamente, desde a tristeza normal, até um Transtorno de Adaptação do tipo depressivo ou, mais grave, até uma Depressão Maior (Veja Transtorno de Adaptação no Câncer em PsiqWeb). Em seguida vem um período de disforia, marcado por uma confusão emocional crescente. Durante este tempo a pessoa experimentará transtornos do sono e do apetite, ansiedade, ironias e críticas amargas e medo do futuro.
Além de algumas pesquisas apontarem entre 15 e 25% a porcentagem de pacientes com câncer que desenvolvem depressão emocional comórbida, outros estudos epidemiológicos indicam que, no mínimo, metade de todos as pessoas diagnosticadas com câncer se adaptou satisfatoriamente. Spencer (1998) sugeriu alguns indicadores sugestivos de adaptação satisfatória. Seriam:

1 - manter-se ativo nos afazeres cotidianos;
2 - reduzir ao mínimo o impacto da doença nos papeis cotidianos, como de pai, esposo(a), empregado(a) etc., e;
3 - controlar as emoções normais à doença

Por outro lado, existem também indicadores sugestivos da necessidade de se efetuar uma intervenção o mais precoce possível:

Indícios da necessidade de tratamento para Depressão
1. Antecedentes pessoais de Depressão;
2. Sistema precário de respaldo social, tais como: ser solteiro, ter poucos amigos, ambiente de trabalho solitário;
3. Crenças persistentes e irracionais ou negação à respeito do diagnóstico (alguns aidéticos se recusam a acreditar em sua doença);
4. Prognóstico mais grave do tipo e estadiamento do câncer;
5. Maior disfunção orgânica conseqüente ao câncer.

Alguns níveis de Depressão se consideram leves e subclínicos, normalmente quando inclui apenas alguns, mas não todos, dos critérios para o diagnóstico de Depressão Grave (Veja esses critérios de Depressão Grave em DSM.IV). Mesmo se tratando de Depressão Leve, poderia ser também angustiante e necessitar de certa intervenção, como por exemplo, a terapia de grupo ou individual, tanto através de um profissional de saúde mental como dos vários grupos de apoio ou auto-ajuda (Meyer, 1995).
Mesmo na ausência de sintomas expressivos de Depressão muitos pacientes manifestam interesse na terapia de apoio, embora nem sempre esses pacientes são encaminhados a um profissional de saúde mental qualificado. Quando não tratados esses casos de depressão (ainda que leves), depois de terem aparentemente desaparecido, podem recorrerem, se intensificarem e se tornarem duradouros (Massie, 1989; Massie, 1993; Weisman, 1976).

O diagnóstico psiquiátrico nas crianças com câncer

As informações sobre a incidência de depressão em crianças fisicamente saudáveis ainda são limitadas e, muitas vezes, contraditórias. Estudos, não tão recentes, em ambulatórios de pediatria mostram que 38% das crianças apresentam problemas suficientes para justificar uma intervenção psicológica-psiquiátrica.

Algumas pesquisas falam que, entre as idades de 7 a 12 anos, há uma incidência de depressão de 1,9%. Se esses números são verdadeiros, pode-se estimar entre 10 a 15% de alunos deprimidos nas escolas. Em 1982, uma comissão conjunta sobre Saúde Mental Pediátrica nos Estados Unidos indicava que 1,4 milhões de crianças abaixo dos 18 anos de idade, necessitavam de ajuda imediata para transtornos depressivos. (Deuber, 1982).

Em relação ao câncer, tudo leva a crer que a maioria das crianças é capaz de lidar com o caos emocional ocasionado pela doença, e não só dar mostras de boa adaptação mas, muitas vezes, fazendo isso melhor que os adultos com câncer e, freqüentemente, muito melhor que seus pais.

Nos momentos imediatos e mediatos ao diagnóstico do câncer infantil os resultados podem ser diferentes. Crianças e pais entrevistadas imediatamente depois do diagnóstico do câncer teveram significativamente mais problemas psicológicos do que as crianças e pais da população geral. Entretanto, em avaliações subseqüentes, não havia nenhuma diferença na incidência de problemas psicológicos experimentados por crianças e pais nos dois grupos.

A longo prazo, a prevalência dos problemas psicológicos experimentados por crianças com câncer e em tratamento oncológico, bem como a prevalência dos problemas psicológicos experimentados por seus pais, não diferem das incidências encontrados nas crianças e pais da comunidade geral (Sawyer, 2000).

Rait (1988) analisou as consultas psiquiátricas de um centro de oncologia pediátrica, e encontrou os Transtornos do Ajustamento (Veja Transtorno de Adaptação no Câncer em PsiqWeb) como o principal diagnóstico psiquiátrico. Essa predileção para os Transtornos de Adaptação nas crianças com câncer é bastante similar aos pacientes adultos com câncer.

Rait também notou que as reações de Ansiedade eram mais comuns nos pacientes pediátricos mais jovens, enquanto os Transtornos Depressivos eram mais comuns nos pacientes de maior idade. E, de fato, anos antes Kashani (1982) já havia encontrado 17% de incidência da depressão, baseado nos critérios do DSM III. Em termos de depressão e população geral, esses 17% não querem dizer muita coisa. Notadamente se deixarmos de lado os níveis e graus daquilo que os autores chamam de depressão. Mas, falando em graus de depressão, Tebbi encontrou, num estudo de 1988, uma taxa de Depressão Maior entre pacientes adolescentes com câncer semelhante à da população em geral.

Apesar dessas felizes evidências de boa adaptação na maioria dos pacientes infantis de câncer, juntamente com uma maior capacidade de recuperação e maior êxito no reajuste social do que os pacientes adultos com câncer, a maior parte dos estudos nos mostra um importante subgrupo de pacientes com câncer que, depois de tratados, experimentam importantes dificuldades vivenciais.

Durante a quimioterapia, e em relação ao bem estar emocional, as crianças da oncologia foram notavelmente similares às crianças sadias. Inclusive, uma boa parcela delas obtiveram escores melhores em diversas dimensões do funcionamento social que as crianças sadias controles (Noll, 1999). Mas, os efeitos do estresse do tratamento podem surgir depois.

Recentemente foram investigadas 51 crianças e adolescentes com câncer, entre 8 e18 anos, divididos em dois subgrupos; um em tratamento para o câncer e outro já tratado. As crianças e os adolescentes em tratamento mostraram níveis de depressão e de ansiedade comparáveis àqueles de crianças saudáveis, como temos dito até agora. Entretanto, algumas crianças e adolescentes que haviam terminado o tratamento mostraram níveis de depressão e de ansiedade diferentes das crianças saudáveis.

Entre as crianças e adolescentes fora de tratamento, foi de 14% a incidência de um nível mais elevado do depressão. Esses achados sugerem que o período depois que termina o tratamento pode ser caracterizada por um risco mais elevado para problemas emocionais do que o período real do tratamento (von Essen, 2000).

Greenberg (1989) também já havia apresentado dados mostrando maior prevalência de funcionamento dentro dos limites normais em pacientes infantis tratados de câncer, mas ressaltou que as crianças vitimadas por efeitos mais severos da doença ou do tratamento mostravam mais sintomas depressivos.

Se alguma idéia pode ser simploriamente extraída desses dados é a de que, felizmente, a grande maioria das crianças com câncer não apresenta quadros depressivos graves ou maiores.

Entre os pacientes que manifestam transtorno emocional, na maioria deles os Transtornos da Adaptação prevalecem, assim como prevalecem sintomas de Ansiedade em crianças mais jovens e sintomas de Depressão naquelas com mais idade. Seriam, então, Transtornos de Adaptação com sintomas ansiosos e depressivos (dependendo da idade das crianças). Também parece claro que os pacientes de mais idade prevalecem entre aqueles que desenvolvem os transtornos emocionais juntamente com o câncer.

Podemos ainda aproveitar a idéia, facilmente constatável na experiência clínica, de que muitos pacientes vão apresentar transtornos emocionais depois do tratamento para o câncer, e a incidência desses é maior do que aqueles que se desestruturam emocionalmente durante o diagnóstico, a doença e o tratamento.



Uma segunda opinião

Segundo a maioria dessas pesquisas, uma menor parte desses pequenos pacientes com câncer desenvolve problemas psicológicos, tais como depressão, ansiedade, transtornos do sono e dificuldade nas relações interpessoais. Alguns, inclusive, não querem continuar o tratamento indicado. E é para estas crianças, que, apesar de serem em menor número mas, não obstante, necessitarem uma maior atenção em saúde mental (Kazak, 1989), que dedicamos esse capítulo.
Foram diagnosticados 6,2% de Transtorno de Estresse Pós-Traumático e 20% de Transtorno de Estresse Pós-Traumático subclínico, ambos com comorbidade de ansiedade e transtorno depressivo entre pacientes sobreviventes do câncer infantil (Manne, 1998).

O problema desses dados, infelizmente, é que eles podem não refletir fielmente os números da Depressão Infantil em paciente com câncer e, aliás, esses números podem nem sequer refletir a realidade da Depressão Infantil , independente do câncer. Todas essas pesquisas trabalham com critérios de diagnóstico que investigam a depressão típica, mais ou manos semelhante à depressão típica que acomete adultos.

Se interpretamos a pesquisa de Phillips ao "pé da letra", a qual conclui que as crianças com câncer relataram significativamente poucos sintomas depressivo a mais do que os controles saudáveis no inventário do depressão, visto que nenhuma diferença foi encontrada na medida da anedonia (Phillips, 1999), então, de fato, o câncer não influiria na qualidade existencial da criança. Ora, esse raciocínio não deve, de forma alguma, ser generalizado.

Realmente, parece-nos difícil que uma criança de 9 anos se queixe de "falta de perspectivas futuras" ou diga que a "vida perdeu o brilho". Mas, num dos primeiros estudos sobre a depressão em crianças com câncer, quando então os critérios para diagnóstico talvez não fossem tão estreitos, 114 crianças e adolescentes foram avaliadas e, 59% delas teriam problemas emocionais "leves" (O'Malley, 1979).

Outro estudo interessante foi realizado por Kaplam, entre 17 adolescentes e 21 pacientes não-adolescentes da pediatria oncológica. Ele mostrou que os adolescentes teriam um nível médio de sintomas depressivos, similar aos níveis da população geral. Já, entre as crianças, os níveis de sintomas depressivos foram muito mais baixos do que na população geral (Kaplam, 1987). Isso corrobora outros autores, mais recentes, os quais sugerem que em crianças mais jovens a incidência de depressão é menos que em crianças mais velhas (adolescentes), sendo a incidência dessas últimas, mais próximas à dos adultos com câncer.

De qualquer forma, parece que em crianças e adolescentes o câncer tem representado um fator menos importante para depressão que em adultos. Fritz (1988) avaliou a 41 sobreviventes adolescentes de câncer infantil, concluindo que a maioria deles funcionava emocionalmente bem, sendo raros os casos de depressão.

E realmente, muito tempo depois da pesquisa de Fritz, Berard (1998) constatou que, felizmente, em apenas 9% dos adolescentes com câncer foi diagnosticado Transtorno Depressivo. Entretanto, o exame desses casos individualizados sugeriu que o fator doença não era, obrigatoriamente, um risco preliminar para o desenvolvimento da morbidade psicológica. Os estressores externos, tais como problemas familiares e abuso sexual, quando combinados com a doença, juntamente ainda com os fatores do tratamento, poderiam ser mais relevantes para o desenvolvimento de quadros depressivos.

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