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12.15.2009

Ginástica Cerebral: Técnica estimula o cérebro e pode ajudar na hora das provas




A técnica estimula o desenvolvimento da capacidade do cérebro e melhora o desempenho nas provas.
Atenção: é preciso apurado controle motor para os exercícios!

Concentração:
Coloque dois dedos na reentrância da base do crânio. Posicione a outra mão no umbigo.

Respire puxando a energia para cima. Após um minuto, inicie o movimento utilizando a outra mão para tocar a outra reentrância da base do crânio (lado oposto ao primeiro). Repita o exercício três vezes.

Memorização:
Coloque uma mão no umbigo.
Esfregue o peito firmemente com a outra mão, para a direita e para a esquerda.
Olhe para cima e acompanhe com os olhos as linhas divisórias da parede com o teto.

Para evitar o branco na hora da prova
Durante 1 minuto, massageie o centro da testa, acima dos olhos.
Isso aumenta o fluxo de sangue no lóbulo frontal, a parte rica e nobre do cérebro. Excelente para rapidez de raciocínio, planejamento, criatividade. A massagem pode ser no sentido horário ou anti-horário, conforme a preferência de cada pessoa.
Por Carlos Maurício Prado

Aprender ainda é a melhor ginástica para os neurônios
Para especialistas, jogos são válidos, mas não bastam para estimular o cérebro.
Estudo de línguas, aulas de dança e leitura são a receita, aliados ao bem-estar físico.

Daniella Clark

Tania Guerreiro e seus alunos: oficina no Rio é dedicada à memória (Foto: Divulgação)Aprender a aprender: enquanto se multiplicam sites, jogos e exercícios que prometem turbinar os neurônios, o aprendizado ainda é, para especialistas, a melhor receita de “malhação cerebral”.


Segundo médicos e neurocientistas, enquanto jogos como palavras cruzadas, sudoku, quebra-cabeça baseado na colocação lógica de números, ou charadas matemáticas exercitam capacidades específicas do nosso cérebro, o estudo de línguas, aulas de dança, de instrumentos musicais ou mesmo uma boa leitura o protegem de doenças e o ajudam a ficar mais resistente. Tudo isso aliado a boas noites de sono e atividades físicas.


“Não existe a receita: fazer palavras cruzadas basta. Não basta. O que se sabe que confere proteção, ajuda o cérebro a ficar mais resistente é o estudo de uma maneira geral. O importante é aprender a aprender. Criar o hábito de exigir o seu cérebro”, explica a neurocientista da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Suzana Herculano Houzel, autora do livro “Fique de bem com seu cérebro”, lançado recentemente pela Editora Sextante.


“Se você faz palavras cruzadas, desenvolve o raciocínio espacial com letras, mas é só isso. Se gosta de charadas matemáticas, desenvolve o raciocínio lógico e matemático. Não existe fórmula mágica. Fazer palavra cruzada e sudoku é bom, mas nada disso basta. É legal combinar isso com outras coisas”.



Oficina no Rio é dedicada à memória

Idosos em sala na Oficina da Memória: aprendizado é estimulado por problemas de raciocício lógico e abstrato, desenhos e teatro. (Foto: Divulgação)Na Oficina da Memória, no Rio, há 17 anos a palavra cruzada dá lugar a cursos em que a aprendizagem é estimulada por meio não só de jogos, como também problemas de raciocício lógico e abstrato, desenhos e teatro, entre outras técnicas. E o público-alvo não se restringe à terceira idade: há aulas oferecidas a empresas, adolescentes e crianças. Nesse último caso, o objetivo é estimular o aprendizado de uma forma mais lúdica.

“Só exercitar a mente com jogos e exercícios é muito pouco. Nossa proposta é sensibilizar a pessoa para seu aprendizado constante. Não adianta jogar e não cuidar da pressão arterial e do bem-estar físico. Os jogos são válidos, mas se feitos com equilíbrio e variados”, explica Tania Guerreiro, médica geriatra especialista em memória, diretora da oficina.

Jogos e cérebro: parceiros de longa data
Para o neurocientista Sidarta Ribeiro, diretor de pesquisa científica do Instituto Internacional de Neurociências de Natal, no Rio Grande do Norte, jogos e cérebro são uma dobradinha antiga. Novo é o computador, que aumentou a complexidade dos jogos.

“Não necessariamente são mais eficazes”, explica Sidarta, ressaltando que pensar é sempre bom e jogar é botar o cérebro para funcionar. “Um ponto é se é divertido ou não. Outro aspecto é se aquilo vai causar uma mudança no aprendizado. A pessoa pode ficar muito boa em apertar o mouse do computador, é um aprendizado motor. Isso é bom na vida real? Não, só no jogo. Mas jogar xadrez é melhor do que nada. A pessoa pode se especializar num único jogo e ele ser muito completo”.

Reprodução
O site Racha Cuca traz jogos que desafiam o raciocínio lógico. (Foto: Reprodução)Foi como passatempo que os irmãos Tiago e Vinícius Serafim, de 23 e 19 anos, ambos estudantes de Ciência da Computação na Unicamp, criaram dois sites que atraem fãs de jogos que desafiam o raciocínio lógico. O primeiro, www.sudoku.hex.com.br, que entrou no ar em 2005, foi, segundo eles, a primeira versão em português do Sudoku. Menos de um ano depois veio o rachacuca.com.br. Ambos recebem de seis mil a oito mil acessos por dia.

“É bom para exercitar o cérebro e como diversão. Além de usar a lógica, é um passatempo também”, conta Tiago, que busca jogos na internet e os traduz para português.

Se aqui o objetivo é divertir, lá fora é lucrar. No site BrainBuilder, a promessa é melhorar a memória e prevenir o envelhecimento do cérebro em menos de dez minutos por dia, por US$ 7,95 por mês. Já o My brain trainer se define como um ginásio cerebral virtual. O site oferece ao internauta um exercício gratuito (em inglês) como teste.

Correntes nos Estados Unidos defendem exercícios
A prática de exercícios de estimulação cerebral é defendida por duas correntes, nos Estados Unidos. Uma delas é a neuróbica, ou aeróbica dos neurônios, apresentada no livro “Mantenha seu cérebro vivo” (Editora Sextante), de Lawrence Katz e Manning Rubin. Com mais de cem mil exemplares vendidos no Brasil, o livro traz exercícios que prometem melhorar a capacidade cerebral. Defende-se, por exemplo, que um dos caminhos seria a quebra da rotina, como destros escovarem os dentes com a mão esquerda.

“Escovar o dente com a mão esquerda não vai fazer você ficar mais inteligente”, rebate a neurocientista da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Suzana Herculano Houzel.

Já a “ginástica cerebral”, criada por Paul E. Dennison, doutor em educação pela Universidade do Sul da Califórnia, defende a prática de exercícios que atingiriam determinadas partes do cérebro. “Movimento é a porta do aprendizado”, escreve ele em seu site. Segundo o publicitário e advogado Luiz Eduardo Gasparetto, no Brasil, a marca “ginástica cerebral” foi registrada pela empresa Serap, da qual ele é diretor, e que oferece programas de exercícios para o cérebro a empresas há três anos.

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